Resenhas - Teologia natural

Claire Scorzi 25/04/2021

Delicioso e Com Sabor de Quero Mais
McGrath faz aqui um "ensaio", como ele próprio diz na introdução; um ponto de partida, ao recapitular posições antigas - e como mostra, ineficazes - de teologia natural, limpar o terreno e assim propor novas bases, uma abordagem enfocando a chamada tríade platônica do Verdadeiro, do Belo e do Bom, que são anseios históricos, comuns ao ser humano, que Alister McGrath vê como buscas do ser feito à imagem e semelhança de Deus, e que apontam para Deus - pois Jesus Cristo reflete / encarna a Verdade, a Beleza e a Bondade (Justiça). Excelente, com sabor de "quero mais", e meu desejo ao findar seria o de que McGrath a partir deste livro escrevesse outro aprofundando os aspectos levantados aqui. Ainda quero achar um teólogo competente escrevendo sobre estética teológica. Um dia, quem sabe...

Rodrigo.Dias 26/11/2022

Que livro legal!
Alister McGrath apresenta uma nova abordagem a teologia natural, a qual está alicerçada em uma visão trinitária de Deus. Com isso, ela apresenta uma engajamento mais bem desenvolvido e satisfatório, ?transcendendo os limites do processo de apenas dar sentido às coisas?. Possibilitando, o diálogo entre a teologia cristã e as ciências naturais.

Por meio da correta observação da tríade verdade, beleza e bondade de Deus, é possível reconhecer a natureza como um indicador legítimo, autorizado e limitado do divino:
?Verdade, beleza e bondade podem ser indicados na natureza; no entanto, são mais amplamente revelados por meio de Cristo. Recorrendo a uma forma de expressão caracteristicamente joanina, Cristo não é apenas aquele que revela a verdade; ele é a verdade. Ele não é apenas aquele que ensina e louva a bondade; ele é a bondade. Portanto, a busca natural do ser humano pela verdade, beleza e bondade é, em última análise, uma busca por Cristo não reconhecida. Essa busca pode ser motivada pela natureza; contudo, não pode ser respondida ou cumprida pela natureza - sem ser vista de uma perspectiva encarnacional?.

?O reconhecimento da beleza da natureza é importante em si; contudo, também há importância naquilo que ela insinua e sugere. De uma perspectiva cristã a apreciação da beleza da natureza pode ser interpretada como uma intuição transitória do que é eterno, uma experiência que representa sem trazer totalmente à luz, mas de importância imensa e transformadora, gerando assim uma sensação de ausência, um anseio na alma humana?.