Resenhas - O Xangô de Baker Street

Carlos Nunes 11/11/2017

Sherlock genérico
Apesar de grande admirador da personagem de Conan Doyle, não posso dizer que sou fã de Sherlock Holmes. Admiro a personagem, gosto bastante das histórias, mas o detetive é arrogante e prepotente demais para me inspirar simpatia. Por isso a surpresa (agradável) com esse livro. Sempre achei Jô Soares extremamente inteligente, e unir Sherlock a personalidades brasileiras em uma investigação criminal no Rio de Janeiro em 1886 parecia promissora. E não me decepcionei: leitura leve e rápida, a história prende a atenção, e as descrições do Rio Antigo são fantásticas! E Sherlock, aos poucos despido de sua fleuma britânica, vai aos poucos se "contaminando" pelos trópicos, a ponto de pensar em se estabelecer por aqui. De quebra, cria a expressão "serial killer", a caipirinha, troca a cocaína pela maconha, leva uma surra de um capoeirista e sofre um enorme desarranjo intestinal ao misturar vatapá com feijoada.. Um leitura divertidíssima - exceto, claro, para os fãs mais puristas de Sherlock Holmes, que provavelmente devem odiar esse lado mais "humano" do detetive.

Ana 04/03/2018

Sherlock nos trópicos
Esse livro é uma deliciosa história de suspense e humor, que mistura fatos fictícios com momentos históricos do Brasil de fins do século 19, mais precisamente no segundo Reinado.
Um violino Stradivarius, que Dom Pedro Segundo deu de presente à amante, a baronesa de Avaré, é roubado. Pouco depois, começam a aparecer as cordas desse mesmo violino nos lugares mais... digamos impróprios, relacionados a escabrosos casos de assassinatos de mulheres no Rio de Janeiro, mulheres que pouco ou nada tinham em comum umas com as outras. O assassino segue uma lógica louca e ao mesmo tempo genial, ao deixar pistas, o que confunde a polícia.
Para resolver o caso, ninguém menos que Sherlock Holmes é convocado. O detetive inglês é muito conhecido por sua dedução, mas será que o crime do violino é tão elementar assim?
Só lendo para saber, meus caros.
Acreditem, li esse livro aos 9 anos, muita coisa me chocou, claro, mas li até o fim. E gostei tanto que reli outras vezes. É um dos meus livros favoritos até hoje.

Isys.Nogueira 27/08/2018

Resenha - O Xangô de Baker Street
Um livro cômico-policial de Jô Soares que te leva a um universo da investigação que jamais
imaginaria, é como estar no centro de uma explosão de conexões em câmera lenta.
Por que não começar por esse nome tão atrativo? Xangô, procedente da língua iorubá,
pode ser interpretado como justiceiro. E quem seria esse justiceiro de Baker Street?
Ninguém menos que Sherlock Holmes e seu fiel escudeiro Watson, que saem do frio de
Londres para o receptivo calor do Rio de Janeiro, chamados por Dom Pedro II para
descobrir o paradeiro do Stradivarius, um raro violino que seria dado como presente à
baronesa Maria Luíza. Na busca pelo instrumento acabam por cair na trilha do primeiro
caso do serial killer do Brasil.
Uma leitura marcada por diversas narrativas com muito humor, principalmente com as
aventuras dos londrinos à brasileira, mostrando um Sherlock bem descontraído. Um livro
que pode ser apreciado “por partes” ou ser lido freneticamente pelos mais ansiosos, cheios
de referências históricas, mantendo um ritmo eloquente do começo ao fim.

Leo Leu 07/11/2022

Um passeio ao Rio
Pontuo o valor histórico empregado ao livro e seu cuidado aos detalhes ao apresentar o Rio e a época em si. O desenvolvimento da história é uma reunião de vários bailes e jantares, nunca li Sherlock Holmes, mas acredito fielmente que ele tenha um potencial mais aguçado do que nessa narrativa em que ele não faz nada de relevante para ajudar na até então resolução, mesmo entendendo pelo fim, poderia ao menos ter chego perto de algo, enfim. Talvez valha aos que gostam de YA.

Parênteses a identidade do grandioso Jô, visto no francês, no humor e na elegância.

Vinicius.Bergamoni 12/09/2022

Uma boa lembrança do eterno Jô Soares
Apesar de me sentir muito burro pois errei quem era o assassino, o livro possui uma história muito envolvente com anedotas que misturam personagens históricos e fatos irônicos/fictícios

No fim, as dicas não serviam de nada para o leitor. Se nem Holmes descobriu quem era, quem sou eu para entender o que o maluco queria dizer com casa coisa bizarra que fazia

Ray Cunha 14/11/2022

Gostam de sátira?
Se gosta de sátira, esse é um livro muito indicado.

Já havia lido outros livros do autor e gosto da forma fluida e divertida em que escreve, mesmo em um suspense. Dele, O Xangô se tornou meu favorito.

Um roubo no Brasil Imperial trás o mais famoso detetive londrino às terras brasileiras. Sherlock Holmes não será retratado como o gênio que todos conhecemos.

Entre personagens e situações icônicas, muito do tal jeitinho brasileiro e tudo sem romantizar grandes problemas sofridos naquele período.

A leitura é leve e gostosa e uma ótima distração. Só não espere muito realismo histórico ou de personagens. Isso pode acabar gerando decepção.

site: https://www.instagram.com/p/Ci237pQrPzY/

Jana 08/06/2019

Incrível
Toda investigação até o final de toda a trama... Fiquei intrigada. Também ri diversas vezes com contextos irônicos. Recomendo muito!

Lais da Mata 13/11/2022

Achei a escrita um poico difícil, tinha que parar de ler pra pesquisar algumas expressões, e isso me incomodou um pouco. A história é interessante e engraçada.

Carolzinha 15/12/2019

Na contramão das críticas
Quando adolescente, assisti ao filme baseado no livro e lembro de ter me divertido muito. Desde então, nutria o desejo por essa leitura, "assassinado" só agora.
Temos uma caricatura muito diferente do Sherlock de Conan Doyle e isso é bom! A linguagem é extremamente fácil e, por conseguinte, a leitura flui muito bem. O humor, de fato, não é o mais original. Meus parabéns, no entanto, vão para a grande pesquisa histórica que compôs o livro. Fatos reais, com suas devidas distorções, foram retratados de tão bom modo que ficou fácil se ambientar naquele Brasil imperial.

Alexandre Torres 03/02/2020

Jô é um gênio do humor nacional
A boa e velha chanchada nacional. Aqui temos os "gringos" vindo ao Brasil imperial para resolver um caso pra lá de terrível. Misturando humor, mistério e pitadas de horror, nosso gordo preferido entrega uma história que canibaliza o Sherlock inglês, seguindo a boa e velha receita da antropofagia cultural nacional.

Bruna 06/02/2020

Péssima experiência de leitura
O Jô escreve bem e fluido. Descreveu bem o Rio do século XIX. Mas pra alcançar o objetivo de satirizar alguns fatos históricos ele humilhou dois dos personagens mais famosos e o personagem que marcou a literatura mundial. Ele passou dos limites na tentativa de sátira e acabou que o livro é chato de ler, não há conexão empática personagem-leitor e ainda fiquei triste com as situações e atitudes imbecis em que ele colocou Holmes e Watson. É como aqueles fãs que escrevem fanfics vergonhosas de seus personagens favoritos. Ele não respeitou nada da essência de Holmes. Ainda bem que Sir Arthur não está vivo praa ver o absurdo que fizeram com o detetive dele. E pelos céus, Jô não inventou de estragar Poirot. Que permaneça assim.

Emi 18/05/2020

O que dizer desse livro maravilhoso? Li ele a uns 10 anos atrás. Cômico e bem escrito. Jô resgata um personagem clássico e o coloca em um Brasil colônia. Impossível não rir com o Sherlock e o Watson.

Partes incríveis que sempre vou lembrar: "barbaa e bigodonn", "é aquela ali? Sim, a caipirinha".

O filme também é muito bom, recomendo para uma sexta feira. É difícil achar mas vale a pena a busca.

Nana 20/02/2023

Elementar meu caro Watson !
Sherlock e Watson, dois ingleses de alma, se se aventurando em terras brasileiras com toda certeza é algo maravilhoso de se ler. Enquanto os personagens tentam entender nossos costumes, comidas e piadas chegamos a esquecer por um MOMENTO que sua verdadeira estadia no Brasil, se dá por causa de um evento hediondo.

Carol.Alves 10/06/2020

Assim nasceu o serial killer mais famoso do mundo
Um Strandvarius foi roubado e uma série de assassinatos acontecem no Rio de Janeiro de 1886. D. Pedro II chama o famoso detetive da 221B da Backer Street para ajudar nas investigações. Sherlock Holmes desembarcou no Brasil para descobrir esse assombroso mistério e conhecer a nossa cultura tão peculiar. A narrativa de Jô Soares é divertidíssima e faz o leitor embarcar nessa aventura peculiar.