miri.miri 24/02/2024
Punpun realmente enlouqueceu, ficou biruta
"? Esse mangá é bom?
? É chato, ninguém entende nada" (Uma autocrítica do autor? Relaxa que eu entendo... Eu acho, irei explicar)
Essa trama está quase chegando ao fim, nada tão épico, mas também nada muito raso. Parando pra perceber a história é sobre a metamorfose do Punpun, se ver por esse lado alguns dos personagens se tornam dispensáveis... (isso mesmo: o Pegasus estraga esse mangá!)
O clima tá muito depressivo, a coisa tá muito séria, e é óbvio que a Aiko e o Punpun precisam de ajuda psicológica urgente. Porém nada foi tão pesado pra me fazer chorar, se o autor tivesse mantido a essência dos primeiros volumes as coisas poderiam ter mais força pra mexer com o emocional do leitor. Só o que me comove um pouco é a Aiko, de resto tanto faz o que vai acontecer.
Punpun regrediu, foi se transformando a cada volume do mangá, e é legal como as capas dessa edição da JBC destacaram isso. As transformações do Punpun, uma questão a ser levantada, o que foi que levou ele a chegar onde chegou? Ele foi consumido pela carência ao ponto de ficar oco? A vida adulta esmagou a esperança e deixou ele com o coração duro? Solidão, desejos, fachadas... Palavras que se fixaram nele, cada coisa teve o poder e o efeito de moldar e mudar o Punpun. No fundo devemos ter a consciência de que cada pequeno ato ou palavra nossa pode se tornar um marco, uma ferida na vida de outra pessoa, algo que pode ser tão intenso ao ponto de ela regredir e ter essa metamorfose reversa que aconteceu com o Punpun. As vezes a transformação não é permanente, quando estamos em bons momentos esquecemos todas as nossas marcas... E também o tempo pode levar elas permanentemente, com Punpun será assim? Ou é tarde demais? Ele sempre teve a essência ruim?
"Este mundo é um imenso mangá de comédia!"