Glória e Ruína

Glória e Ruína Tracy Banghart




Resenhas - Glória e Ruína


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Queria Estar Lendo 24/09/2019

Resenha: Glória e Ruína
Quando ouvi a premissa de Graça e Fúria, fiquei apaixonada. Quando li, dei meu coração para a história - e quase morri de nervoso com aquele final desesperador. Eis que a sequência e volume final da duologia chega pela Editora Seguinte - que cedeu este exemplar para resenha -, pega todos os meus sentimentos e multiplica por dez mil, tornando-se um favorito. Glória e Ruína é tudo e mais um pouco e eu vou contar para vocês o motivo.

Esta resenha pode conter alguns spoilers do primeiro livro.

Graça e Fúria terminou com uma reviravolta; Nomi foi traída e enviada para Monte Ruína para viver em exílio com as outras prisioneiras, sem imaginar que sua irmã se tornou uma guerreira e se ergueu contra a opressão infringida contra todas aquelas mulheres. Serina comanda a ilha e está pronta para dar liberdade às suas companheiras de luta, sem saber que, em Bellaqua, outro reinado de terror acaba de começar.

O objetivo das irmãs é um só: mudar o sistema de governo e, assim, garantir os direitos que foram negados às mulheres por tanto tempo. Para isso, é necessária uma revolução. Para isso, elas precisam de aliados, de armas e de um espaço para erguerem suas vozes; para isso, elas vão precisar derrubar o tirano que tomou o governo e promete se tornar um governante ainda mais cruel que o seu antecessor.

"- Essa prisão não é só para assassinas e conspiradoras, entende? É para qualquer mulher que desafia o funcionamento de Viridia, em qualquer instância. É para as desobedientes."

O que eu mais tinha gostado em Graça e Fúria era a simplicidade da narrativa e a maneira colossal com que a autora deu força às suas personagens femininas - diferentes tipos de força; a física, a que fala sobre amor, sobre razão, sobre coragem e determinação, sobre fé e amizade. Glória e Ruína pega exatamente esse ponto e multiplica em uma rebelião gloriosa, mostrando o melhor tipo de YA feminista que já li.

É fato que muitas fantasias recentes saíram com essa premissa de serem feministas e de terem "protagonistas diferentes do usual" que validavam a luta, mas poucos - ou quase nada - foram os que alcançaram essa descrição. A duologia de Tracy Banghart é, aos meus olhos, a que mais se ajusta a premissa de dar voz às mulheres e sua luta.

"Ela ouviu as vozes altas e as respostas raivosas dos homens e desejou poder falar também. Queria encher o mundo com seus gritos."

Justamente por trazer uma história que se passa em uma sociedade que apagou suas rainhas e transformou as mulheres em objetos - sem direitos, sem voz, sem liberdade alguma - a duologia dá espaço para que as protagonistas e as coadjuvantes se ergam contra a opressão. Seja através da força física, com as guerreiras de Monte Ruína, ou da razão e da emoção, como visto com Nomi e as graças, ou mesmo com atitudes sutis que fazem toda a diferença - as cenas da garotinha na estação de trem e de mulher na padaria foram duas que mais pegaram no meu coração.

Glória e Ruína usa os pontos deixados no primeiro volume para trazer uma conclusão à altura. É um livro rápido, com uma narrativa bastante fluida - não considero simples e nem pouco desenvolvida como vi em algumas críticas, aliás. Mil vezes um livro ligeiro que entrega os momentos certos para fechar a história do que um com 500 páginas que não vai a lugar algum. Suas personagens são cativantes, seus enredos individuais são marcantes e seus caminhos - tanto os que constroem juntas quanto os que seguem sozinhas - são emocionantes.

Serina, aqui, está ainda mais madura. E o preço que essa maturidade coloca sobre seus ombros é o que a assombra; ela quer dar liberdade a todas as mulheres que lutaram ao seu lado, quer garantir que encontrem um recomeço pacífico, mas ainda há muita luta à sua frente antes de poder alcançar isso. Suas interações com as mulheres de Monte Ruína são carregadas em esperança e medo, em fé e tensão. Elas construíram uma irmandade inquebrável, independente do que tenham que confrontar quando erguerem sua revolução. Com Val, seu interesse amoroso, é muito mais sutil - já tem essa relação construída entre os dois, e a narrativa não perde tempo com o amor romântico quando seu foco é justamente o oposto.

"Ela devia saber que, em Monte Ruína, sobrevivência significava dor."

Eu poderia passar horas falando sobre cada uma das personagens e como eu chorei e me emocionei com seus desfechos, mas deixo um comentário específico para Âmbar que foi a que mais me pegou de jeito. Por sua coragem, por sua presença e por ser um escudo para suas irmãs de luta, uma espada quando elas precisavam. Uma mulher magnífica com uma história emocionante.

Nomi, por outro lado, está carregando o peso de uma traição. Por ter confiado na pessoa errada, por ter traído a pessoa errada e por ter se colocado em uma situação extrema, ela sente que precisa resolver as coisas sozinhas. Ter sua retribuição; seu reencontro com a irmã é lindo, mas é ainda mais bonito ver como elas se entendem dentro das suas mudanças e como respeitam isso.

Enquanto as interações de Serina com as coadjuvantes ficaram bem para o lado da irmandade e da confiança, as de Nomi foram breves e mais serviram como degraus para sua caminhada solitária. De novo, a autora explorou as diferentes forças de suas protagonistas para garantir que chegassem ao seus desfechos.

"Viridia ainda era um lugar perverso, e suas rainhas estavam enterradas."

Maris, a graça que acompanha Nomi, teve momentos ótimos com Helena, sua companheira - a representação do relacionamento amoroso entre as duas é linda e bem mais intensa do que os relacionamentos héteros da história (deusa a abençoe por isso!).

A edição da Seguinte está linda - se eu já adorei a capa do primeiro, essa arte do segundo me conquistou ainda mais.

"De repente, um rugido subiu de algum lugar, agarrando-se às paredes e fazendo as pedras estremecerem. Era o rugido de uma centena de vozes femininas, cheias de raiva. Era um grito de guerra."

As irmãs Tessaro vão ficar comigo no coração, e eu vou fazer questão de sempre divulgar suas histórias e garantir que as pessoas acompanhem sua revolução grandiosa.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/09/resenha-gloria-e-ruina.html
Lica 29/03/2020minha estante
Achei essa duologia maravilhosa! Comecei a ler e não parei mais, gostaria que tivesse uma antologia ?




Amanda 26/11/2020

Conclusão fraquíssima
A revolução é necessária, mas nem sempre é bonita. Glória e Ruína se apoia inteiramente sobre essa base e levanta questões como escolhas, sacrifícios, justiça e liberdade. Em retrospecto, Graça e Fúria entregou o despertar da consciência para a reivindicação de direitos e de uma sociedade igualitária para as mulheres de Viridia, e apesar de tê-lo feito de forma superficial e, de certa forma, juvenil, o propósito foi convincente o suficiente para levar o leito até sua continuação. E foi aí que as coisas começaram a desandar.


Após o golpe de Asa para tomar o palazzo e o banimento do herdeiro Malachi e de Nomi para Monte Ruína, Viridia tomou rumos ainda mais obscuros, especialmente no que diz respeito às mulheres. Antes graças escolhidas como cortesãs e amantes, agora as mulheres do reino são arrebatadas de sua família para uma vida medíocre de abusos sexuais no palazzo. O que era desprezível torna-se aversivo nas mãos de um ditador ambicioso e sem limites.

Em Monte Ruína, as coisas não estão tão mais fáceis para Serina, ao descobrir que lutar contra os homens foi apenas o início da enorme lista de provações necessárias para comandar as mulheres que acreditam em suas palavras.

"Ela devia saber que, em Monte Ruína, sobrevivência significava dor."

Primeiramente, é necessário destacar que de todos os personagens, Serina foi a única a ter uma evolução consistente desde o início de sua jornada, primeiro como candidata a graça, depois como aia, prisioneira, e, em Glória e Ruína, líder da revolução. Para a maior parte dos demais, os eventos pareceram apressados demais ou simplesmente surreais. No caso de Nomi, inclusive, percebi uma considerável decadência do ritmo evolutivo: a personagem não apenas estagnou, como pareceu retornar ao ponto inicial da trama, como uma jovem assustada demais para fazer qualquer coisa.

Quando digo que a revolução nem sempre é bonita, devo incluir o fato de ela tampouco ser bem escrita. O golpe é a parte mais fácil nesse tipo de movimento. Quando tratado como clímax, opta-se por deixar de lado inúmeras consequências podendo surgir a partir daí. Ou pior ainda, como é o caso de Glória e Ruína: apressa-se os fatos e consequências e pula-se convenientemente para um cenário surreal. E é surreal mesmo, porque não é fornecido ao leitor pista suficiente para tornar a narrativa plausível.

Tracy Banghart faz a escolha segura e fácil para fechar a duologia Graça e Fúria e, com isso, minimiza danos e romantiza uma revolução feminista que sai completamente do tom. Para piorar um pouco as coisas, boa parte do já curto espaço para essa construção narrativa é dedicada aos respectivos arcos românticos das duas irmãs, e, sinceramente, quem quer saber de beijos na boca quando se está lutando pela própria sobrevivência?

"Viridia ainda era um lugar perverso, e suas rainhas estavam enterradas."

No meio de tantos problemas, ainda preciso ressaltar a enorme confusão que a autora faz na caracterização de Viridia no tempo e espaço. Ainda que não haja uma ambientação bem definida, observa-se que a história se desenrola em um cenário medieval com influências da cultura italiana, com longos vestidos bufantes e bailes, mas também é possível comprar água mineral em quiosques na estação de trem, o que só pode significar que há algo de muito errado com o worldbuilding desta autora.

Infelizmente, não há muita coisa boa a se falar de Glória e Ruína. Pode valer o passatempo de uma leitura rápida, com ritmo fluido e alguns momentos interessantes (todos nos capítulos dedicados a Serina), com alguma ação e suspense. Mas nada além de um entretenimento extremamente comercial e mal pensado.

site: https://www.ficcoeshumanas.com.br/post/desafio-fic%C3%A7%C3%B5es-gl%C3%B3ria-e-ru%C3%ADna-gra%C3%A7a-e-f%C3%BAria-vol-2-de-tracy-banghart
Maisa @porqueleio 11/12/2020minha estante
Estou lendo, mas com essa mesma sensação, uma estória rasa e previsível...




Viviane.Campos 29/02/2020

Nesse 2 livro a guerra acontece e todos se juntam. Nomi e Serina conseguem realizar seus sonhos e ficam com seus amores.
Sarah 02/08/2020minha estante
Final feliz para as duas ?




Emmie E. 17/07/2019

Temas importantes, mas pouco desenvolvimento...
ATENÇÃO — ESSA RESENHA CONTÉM SPOILER DO LIVRO ANTERIOR.


Na tão aguardada sequência de G&F, acompanhamos a jornada de encontros e desencontros entre as irmãs Tessaro. Depois descobrir que estava sendo enganada por Asa e presenciar o assassinato a sangue frio do Superior, Nomi é enviada junto com o herdeiro, Malachi para Monte Ruína.

Chegando lá, Nomi tem a chance de reencontrar sua irmã Serina que está completamente mudada e liderando uma revolução. Enquanto as prisioneiras planejam qual será o futuro delas no mundo, Serina tem que se manter firme depois de ver tantas perdas e passar por tantas provações, e Nomi tem que encontrar uma maneira de superar a traição de Asa e entender seus sentimentos por Malachi.

Confesso que eu tinha altas expectativas para esse segundo livro. Apesar de não ter sido uma leitura desagradável, o ritmo de acontecimentos continuou lento e, sem dúvidas, o que te prende mesmo é a escrita instigante da autora. O livro começa a se movimentar mesmo um pouco depois da metade e o final (para um desfecho de duologia) foi bem morno.

Muitas relações que deveriam ser desenvolvidas ficaram bem rasas e superficiais, como a de Nomi e Malachi, e quase não temos sinal da motivação do antagonismo de Asa além da sua misoginia.

Para mim, o que salvou mesmo foi o arco da Serina e as mulheres de Monte Ruína, que foram exemplos de garra, superação e sororidade. Verdadeiras sobreviventes. O livro abordou muitas questões feministas — o que é incrível — mas falhou na hora de dar profundidade a alguns personagens cruciais.



site: Instagram.com/ladywhistlebooks
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Cau @caumunhoz 18/08/2019

Contém spoilers de Graça e Fúria, primeiro livro da duologia.
?Na continuação de Graça e Fúria, Serina e Nomi Tessaro vão dar início a uma revolução que vai mudar a vida de todas as mulheres de seu país. As irmãs Serina e Nomi Tessaro nunca imaginaram que acabariam em lugares tão distintos: Serina em uma ilha-prisão, Monte Ruína; Nomi no palácio de Bellaqua, como uma graça, à disposição do príncipe herdeiro do reino. Depois de sofrer uma grande traição, Nomi também é mandada para a ilha e, ao chegar lá, para sua surpresa, encontra Serina à frente de uma rebelião das prisioneiras contra os guardas.

Agora as irmãs têm um objetivo em comum: mudar o funcionamento de toda a sociedade. Além disso, elas sabem que Renzo, gêmeo de Nomi, está em perigo. Relutantes, elas se separam mais uma vez, e Nomi retorna à capital, enquanto Serina permanece em Monte Ruína para garantir que todas as mulheres encontrem um lugar seguro para viver. Só que nada sai como o planejado ? e as duas vão ter de enfrentar os seus maiores medos para mudar o país de uma vez por todas.?

É tão bom ler uma distopia, que as mulheres superam todos os seus medos e lutam pelos reais objetivos das mudanças!!! A Serina foi o exemplo, de uma mulher criada para ser uma graça, e que para sobreviver, tornou-se uma grande líder guerreira. A Nomi, não mudou tanto como a irmã, na minha opinião, mas os seus ideais foram mantidos até o fim. Gostei muito dessa história. Recomendo a todos que gostam de ler uma boa distopia.
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Lanny 27/09/2019

Ainda a toque de caixa...
Alguns autores sugam o que podem de uma história e alongam até ser um alívio quando chega o fim. Tracy Banghart correu desse destino fazendo apenas uma duologia onde as coisas acontecem num Flash. A história não deixa de ser interessante, mas no fim a gente fica com aquela sensação de que as coisas aconteceram rápido demais e que mereciam um desenvolvimento melhor. Outra coisa, não pude evitar perceber semelhanças com A Rainha Vermelha.
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Gabi 30/09/2019

Mais ou menos
O primeiro volume do livro é muito melhor na minha opinião. Fiquei bem decepcionada com muitas coisas, achei bem corrido esse final. Poderia ter sido mais elaborado, com mais diálogos entre os personagens. E com o final fica a pergunta "vai ter o 3 volume?" O livro é bom, mas pelo modo q terminou o primeiro a gente esperava muito mais.
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natalia.costa.3 14/10/2019

Previsível e sem grandes novidades
Em uma sequência direta dos acontecimentos de Graça e Fúria, Glória e Ruína mostra as irmãs Nomi e Serina, cada uma em sua jornada individual para acabar com a opressão que há em cima das mulheres de Virídia. Serina com o objetivo de libertar as mulheres de Monte Ruína e Nomi com o objetivo de se vingar dos acontecimentos finais do livro anterior (se você não leu esta resenha conterá spoilers), procurando salvar a vida de Malachi e descobrir se seu irmão Renzo está vivo, além de matar Asa. Porém, o objetivo central de tudo envolve dar liberdade e voz a todas as mulheres, tornando Virídia um lugar melhor. Esta continuação e conclusão da duologia tem uma narrativa mais fraca e arrastada que o primeiro volume e, o final, não fornece nenhuma surpresa. Achei bem previsível e me decepcionei um pouco, esperava mais. Porém, se você já leu o primeiro volume e está em busca da conclusão da história, recomendo que leia. É uma duologia que vale a pena ser lida.

site: https://www.instagram.com/p/B3m-LLSD5L-/?utm_source=ig_web_copy_link
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Gisela.Bortoloso 20/10/2019

Glória e Ruína, Vol. 02 [Tracy Banghart]
Glória e Ruína é o segundo e último volume da duologia Graça e Fúria. Eu me encantei pela capa e sinopse do primeiro livro, além do fato de gostar de duologias, pois são histórias mais diretas, em dois livros já chegamos a conclusão. Em Glória e Ruína, em alguns momentos, cheguei a pensar que a autora não iria conseguir finalizar a trama, mas ela assim o fez, de forma louvável.

Esta trama de fantasia se passa em Virídia, país onde as mulheres são totalmente subjugadas pelos homens, e a lei proíbe-lhes quase tudo, inclusive a ler. O País é governado por um "superior" e este a cada três anos escolhe entre as mulheres mais belas do país, três "graças", que passam a pertencer-lhe. Neste ano as graças escolhidas serão para o "herdeiro" do trono.

Serina Tessaro treinou toda sua vida para ser uma graça. Já sua irmã mais nova, Nomi, é seu oposto, com um espírito rebelde, não se conforma com a condição das mulheres, e transgrediu uma das regras, aprendendo a ler. Infelizmente, por um acaso do destino, os papeis das irmãs se invertem, Nomi é a escolhida para ser uma das três graças do herdeiro e Serina é pega com um livro na mão, indo diretamente para Monte Ruína, a pior prisão do país. E aí que toda a trama do primeiro volume começa.

A princípio imaginei que Nomi ia ser a força central do livro, por seu espírito livre. Doce ilusão, a linda, recatada e gentil Serina, que toda a sua vida aprendeu somente a agradar (os homens), é que nos surpreende, tirando de seu interior uma força que nem ela mesma conhecia, para lutar pela sua sobrevivência e de todas as mulheres aprisionadas na ilha prisão ao qual foi enviada.

“Nomi a encarou como se fosse uma desconhecida. Sua irmã tinha perdido todos os traços de suavidade e submissão. Não tinha nada de graça. Em vez de passos de dança e loções, falava de corpos, sangue e assassinato.”

Na ilha, Serina acaba se tornando uma líder, unindo as forças femininas para lutarem contra os guardas em vez de entre si. Seu maior desejo é fugir de lá (o que é uma tarefa praticamente impossível) para reencontrar sua irmã. Enquanto Nomi, como graça, acaba trocando os pés pelas mãos, com julgamentos precipitados que colocam sua família em perigo, além de todo o reino. Quando percebe todo o mal que provocou, ela tenta repara-lo, com a ajuda de um dos príncipes.

“- Nada disso é sua culpa - Serina disse com convicção, já não sentindo raiva de Nomi. - É culpa de Virídia. Condenar mulheres à morte por ler e por querer tomar suas próprias decisões...
Esse país é doente, Nomi. Podre até os ossos.”

Todos os capítulos são intercalados entre a visão de Serina e Nomi e a autora mostra o empoderamento feminino, com o intuito de mostrar as mulheres que nada está além do seu alcance. Todo o tempo, a cada situação de perigo, é uma mulher que salva o dia, seja usando a força ou a cabeça. E os homens as seguem sem pestanejar, reconhecendo suas habilidades (achei legal, mais um pouco forçado para um país com mentalidade tão machista).

Por falar nos personagens masculinos, Val desde o começo se mostra um homem bom, mas o príncipe, mesmo o mais bonzinho, bem, ele sempre "soube" das condições degradantes das mulheres na sociedade e nunca fez nada para mudar isso.

“As palavras a acalentaram. Ela sempre ficava surpresa quando Val falava daquele jeito - nunca tinha imaginado que um homem ficaria satisfeito ao ver uma mulher reivindicando poder ou se mantendo à parte em vez de impor sua vontade. Outrora pensara que o herdeiro era bonito, mas nunca tinha visto nada mais atraente que o respeito nos olhos de Val.”

As irmãs Tessaro lutam primeiro para sobreviverem e depois para mudar o funcionamento da sociedade de Virídia, tornando-o um lugar onde as mulheres possam ter os mesmos direitos que os homens. Isso te lembra alguma coisa?

Para um livro juvenil, Glória e Ruína cumpre muito bem o seu papel, leitura leve, com muita aventura, além romance. E também passa boas mensagens sobre lutar pelo que acreditamos e decidir nosso próprio futuro.

site: http://www.lerparadivertir.com/2019/10/gloria-e-ruina-vol-02-tracy-banghart.html
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Karini.Couto 23/11/2019

Esse é o segundo e último volume! Sim, foi uma duologia, eu achei no início que seria uma trilogia, como é costume geral dos autores! Gosto de duologia, pois não precisamos ficar naquela famosa enrolação para a conclusão, ela chega rápido e com isso agrada alguns e desagrada outros! Para mim, a autora não apenas deu uma continuação digna ao enredo que me ganhou no primeiro volume, como fechou com chave de ouro a história e atendeu as minhas expectativas!

Serina, como eu contei no volume anterior, treinou a vida toda para ser uma graça, enquanto Nomi, sua irmã mais nova, nunca teve interesse nisso, elas são muito diferentes, pensamentos, jeito, desejos e ainda assim irmãs, unidas pelo sangue e também pelo amor! Lembrando algo que acho interessante mencionar, mas as mulheres eram criadas para serem recatadas, educadas, prendadas e boas esposas e ler era algo proibido, algo que Nomi aprendeu e se arriscou, acarretando nos ocorridos mencionados no primeiro volume! O país como todos sabem pelo livro anterior é governado por um tirano, superior e que de tempo em tempo, escolhe três graças para lhes pertencer no sentido literal de pertencimento e suprirem seus desejos, só que dessa vez as três graças escolhidas seriam para seu herdeiro que digamos que não pensa como o pai exatamente! Nomi, a rebelde é escolhida como uma das três graças, logo ela que jamais desejou algo assim, enquanto Serina, a irmã que sempre sonhou com tal posição e se preparou para isso, além de não ter sido escolhida, foi pega com um livro nas mãos, item proibido entre mulheres, como mencionei! E com isso ela vê sua vida virar de ponta cabeça, pois como cometeu um crime, foi enviada para Monte Ruína, um lugar para onde todo tipo de "criminosa" eram enviadas! Logo Serina, a bela, recatada e do lar (brincando com as palavras).

E assim começou a trama. Todos, acho, que leram o primeiro livro devem ter pensando em Nomi como a revolucionária, destemida e etc. Mas ao ser enviada para Monte Ruína, Serina perdeu toda a sua "graça" se modelou em uma nova mulher, mais forte, mais corajosa e de fato conheceu a si mesma de uma forma que ela, ou nós jamais imaginaríamos! Aquela vida de servidão, de agradar os homens, de submissão passa a ser algo bem distante diante a nova realidade que ela tem que enfrentar! Ela descobre em si uma verdadeira guerreira que chega inocente em um lugar de mulheres que lutam e brigam entre si pela sobrevivência, e se tornou uma mulher destemida que luta não apenas pela sua própria sobrevivência, mas pela sobrevivência de todas as mulheres que de alguma maneira foram parar naquele lugar, humilhadas, jogadas a própria sorte!

Aquela moça recatada e gentil, se torna uma líder, uma guerreira a que todos querem seguir e a quem todas as mulheres passam a aprender sua força interior, a não se encararem entre si e sim lutar umas pelas outras! E foi Serina, não Nomi que me surpreendeu e que conquistou todo meu ser com essa história incrível que apesar de uma ficção fala sobre direitos, deveres, amor próprio, empoderamento, sororidade e muito mais!

Nomi que não foi de maneira nenhuma moldada para ser uma graça e acabou se tornando uma, acaba fazendo muitas bobagens, uma delas tem relação com a situação de sua irmã, no fim das contas, assim como com os perigos a que impõe a sua própria família e também a todos aqueles que vivem submetidos ao reinado de um tirano! Ela percebe seus erros e tenta, com a ajuda do príncipe, consertar as coisas!

Os capítulos vão sendo intercalados entre Nomi e Serina e com isso vamos vendo a evolução de ambas, vemos ambas se transformarem em pessoas que nunca imaginariam que se tornariam. Elas travam uma luta pela sobrevivência e também por mudanças de um sistema injusto e absurdo!

Glória e Ruína atendeu absolutamente as minhas expectativas tornando-se mais um queridinho da minhas estante!
Espero que tenham curtido a resenha e que possam conhecer por si mesmas. E quem já leu, o que achou?



site: http://www.alempaginas.com/
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Maria.Eduarda 08/03/2024

É um misto de medo, vingança e sororidade
O livro foi fascinante, mesmo nas partes que alimentavam o leitor com a guerra e a sobrevivência, o amor que Serina tinha por Nomi e vise-versa é muito tocante.
As mulheres do Monte Ruina sobreviveram a tudo!
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Bruh Silva 04/12/2019

Glória e Ruína
?Na continuação de Graça e fúria, Serina e Nomi Tessaro vão dar início a uma revolução que vai mudar a vida de todas as mulheres de seu país.?

É com esse pequeno trecho, da sinopse que está disponível no site da Amazon, que eu começo a minha resenha.

? A história começa, exatamente, do ponto que terminou em Graça e fúria, o que me deixou feliz, e com a curiosidade lá em cima, para saber o que estava por vim.

No primeiro livro, vemos a força das irmãs Tessaro e a união das mulheres, e nesse segundo e último volume da duologia, veremos todas as mulheres em ação.

Para resumir esse livro em uma palavra, eu uso a palavra ORGULHO. E para resumir em uma frase, não poderia ser outra senão, ESSE LIVRO É SENSACIONAL!!

Ao terminar a leitura, eu me sentia orgulhosa. Orgulhosa por te dado uma chance a essa duologia, e muito mais orgulha das mulheres dessa magnífica história.

Mulheres fortes, que foram a luta, não abaixaram a sua cabeça, foram em busca da igualdade para todas, e as que morreram, foram lutando por um objetivo e um ideal que seria benéfico para todas.

Teve um acontecimento ou outro, na qual eu gostaria de ter visto mas emoção, ou melhor mais dor..? Mas posso dizer que o nosso vilão teve o final que ele mesmo buscou. ?

E, de olhos fechados eu indico a leitura dessa duologia. É uma leitura maravilhosa, que pode chocar em alguns momentos, mas que no final, você se sentirá de alma lavada, coração alegre, feliz e cheio de amor.
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Ana 15/12/2019

Glória e Ruína é o segundo volume da duologia criada por Tracy Banghart. Se você ainda não leu Graça e Fúria, deixe essa resenha para mais tarde, porque é impossível não soltar um spoiler ou outro. Pois bem, tendo isso em vista, a segunda parte da história das nossas heroínas começa exatamente onde termina a primeira: Serina liderando um motim contra os homens que dominavam Monte Ruína — e vencendo com honra, diga-se de passagem — e Nomi chegando à Monte Ruína exilada após o assassinato do superior.

A atmosfera de Glória e Ruína permanece extremamente tensa, já que as mulheres continuam sem um pingo de dignidade. Assim, o foco das protagonistas é fazer com que as mulheres de Viridia, incluindo as sobreviventes de Monte Ruína, tenham um futuro digno. Então o foco das duas irmãs se torna o mesmo: mudar o sistema, ainda que seja necessária uma revolução. É claro que as coisas não são fáceis, principalmente levando em conta o tirano que assumiu o governo — o filho mais novo do antigo superior, aquele que tirou a vida do próprio pai unicamente para conseguir poder.

O que eu mais gostei em Graça e Fúria foi o desenvolvimento de Serina, que foi se tornando cada vez mais forte e terminou o livro de forma magistral. Nesse segundo volume, a personagem continua perfeita, sem defeitos. Obviamente também me apaixonei pela forma como as mulheres são unidas, lutam juntas por um único objetivo. Ainda bem que Tracy Banghart seguiu essa mesma linha em Glória e Ruína.

E por falar em luta, quem se incomodou com a ambientação brutal das cenas que se passavam em Monte Ruína, ficará ainda mais impactado com as batalhas desse segundo volume. Lutas estão presentes o tempo inteiro, desde o momento em que as mulheres estavam se organizando para sair do cárcere em que viviam até o momento em que chegaram, de fato, onde queria chegar. Apesar de não gostar dessa violência toda, estaria mentindo para mim mesma se dissesse que não gostei. Concordo que é muito triste que elas precisassem matar pessoas para se libertarem, mas cada tiro, cada facada, foi sinceramente uma satisfação pessoal.

Eu sei que é um sentimento muito pesado, mas foi a forma como a autora conseguiu erguer todas as personagens contra a opressão. A história inteira se passa em uma sociedade que simplesmente apagou as mulheres — que, inclusive, chegaram a governar Viridia —, transformando-as em meros objetos. A força física está presente o tempo inteiro, mas existem outras ações envolvendo sororidade e empatia que mostram que as mulheres têm poder.

Falando em sororidade, é impressionante os laços que as mulheres de Monte Ruína criam no decorrer da história. Por mais que tivessem suas diferenças e desavenças, eram muito unidas e respeitavam umas as outras acima de tudo. Existem várias cenas emocionantes no livro que provam isso, "detalhes" que contaram muito para mim. Eu dou muito, muito valor à essa união, porque acredito que ninguém segura mulheres que caminham juntas para alcançar um objetivo em comum.

Glória e Ruína é um livro bastante rápido, mas mesmo com o final aberto bem no estilo de conto de fadas — convenhamos que depois de tanta luta, não é possível que as pessoas não pudessem sonhar, não é mesmo? —, dá um desfecho para as irmãs Tessaro e todas as outras coadjuvantes que fizeram essa história acontecer.

site: http://www.roendolivros.com.br
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C. Aguiar 23/12/2019

Nesse segundo livro, encontraremos a conclusão para a história de Serina e sua irmã Nomi. No primeiro livro Serina foi condenada no lugar da irmã e foi mandada para Monte Ruína, um lugar onde outras mulheres rebeldes encontram-se cativas. Enquanto que Nomi foi escolhida para ser uma Graça.
Serina está cada vez mais forte, seu tempo na ilha-prisão a deixou extremamente destemina e ela juntamente com as outras detentas estão causando uma grande rebelião.

As lutas em monte ruína estão cada vez mais sangrentas, muitas mulheres acabaram perdendo a vida por causa do homem que comanda a ilha, e se as demais quiserem sobreviver terão de lutar, conquistar as armas dos homens e revidar a altura. Os homens não estão acostumados com isso, afinal mulheres não batem de volta, mas sentirão na pele o poder que tem uma mulher quando ela se une com as demais.

Serina vai crescendo de forma esplendida durante toda a sua trajetória, é incrível como ela ascendeu de forma inesperada. Eu sinceramente não dei nada por ela no começa da leitura, na verdade até a achava insuportável, mas para a minha surpresa a personagem evoluiu e cresceu de tal forma que é quase impossível não elogiar sua força de vontade.

Nomi precisa resolver o grande problema que criou no final do livro anterior, e talvez seja necessário assassinar alguém para colocar o país em ordem. Depois de descobrir a verdadeira história de Virídia, Nomi acredita que pode vencer essa batalha, mas talvez um grande sacrifício seja necessário. Mas, mesmo tendo seu momento de glória durante a leitura, continuou completamente sem graça.
No começo do primeiro livro você acha que Nomi é a mais forte entre as irmãs, mas está enganado. Ela mostra-se não só a mais fraca, como também ingênua e alheia a todos os perigos que a cercam. Decepcionante é a palavra exata para descrever Nomi Tessaro!

Os planos das irmãs Tessaro não saem nada como o esperado e elas terão de improvisar se quiserem salvar sua nação.
A história tem diversos momentos de tensão e reviravoltas a cada momento. Não achei uma decepção como alguns, mas também não foi uma história extremamente marcante. Gostei do livro apenas por causa de Serina e de seu desenvolvimento, achei a história promissora, mas não creio que a autora soube desenvolver todos os personagens, alguns são extremamente sem graça, até mesmo o vilão da trama [apesar de ser um homem extremamente cruel e cheio de segredos/artimanhas].

Em capítulos intercalados vamos acompanhado a história de Nomi e Serina de forma rápida. O livro é levemente corrido e sem enrolações, e com uma escrita fluída é possível chegar ao final da história sem sentir o tempo passar.
O final da duologia não foi tão inesperado assim, na verdade eu já havia descoberto o plot twist no primeiro livro - é bem óbvio se você leu A Rainha Vermelha.

Não sei se lerei no futuro próximo algo da autora, pois acho que ela precisa amadurecer suas ideias e não deixar tudo muito raso, mas creio que com um pouco de esforço ela faria um trabalho excelente.
Não foi encontrado erros durante a leitura, a capa é no mesmo estilo da primeira e possui uma diagramação muito bonita.

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