A telepatia são os outros

A telepatia são os outros Ana Rüsche




Resenhas - A telepatia são os outros


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May 16/06/2021

Depois de perder a mãe, Irene que é meio introspectiva recebe um presente de uma amiga, um convite para ficar em um retiro no chile por um tempo. No início tudo parece normal, um retiro com várias atividades interessantes, mas depois uma noticia sobre um misterioso chá vaza para o mundo todo e as coisas no retiro mudam de caminho repentinamente. Essa é uma história interessante por muitos motivos, um deles é que a personagem é uma mulher de 50 anos, o que é incomum de ver em livros, infelizmente, e isso trouxe uma coisa especial pra história, a sensação que temos é de que a personagem acaba descobrindo seu objetivo de vida, muito mais que apenas uma aventura que ela nem pensava em viver. Além disso o livro é bem curtinho, ótimo pra ler uma sentada só, e a sensação que temos é de estarmos nessa aventura junto com Irene.

"Uma casa se amarra pelo teto."

site: https://www.instagram.com/soumlivro/
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Davenir - Diário de Anarres 27/04/2021

Uma das melhores contribuições para a Ficção Científica brasileira recente
"A telepatia são os outros" de Ana Rüsche é, na minha humilde opinião, um dos melhores livros de FC brasileiros dos últimos tempos. Já figurou em mais de uma lista que fiz no Diário de Anarres no Youtube, pois me empolgou bastante. Contudo, pretendo não deixar que a empolgação atrapalhe a objetividade de preparar o leitor para o que pode vir, então vamos, lá.

A obra é repleta de acertos que vão desde a escolha do tema, localização, personagens femininas relevantes, que são sustentadas por uma prosa habilidosa que me faz pensar em nomes como Úrsula Le Guin e Margaret Atwood. Diferente do habitual dessas referencias sensacionais, Ana traz um romance curto que ainda assim consegue proporcionar uma viagem profunda e tocante.

O foco central do romance é a telepatia. Ela não aparece como uma alta tecnologia saída de um laboratório ocidental mas é descoberta pelo mundo, como um chá enjoativo e forte, utilizado a centenas de anos por ameríndios no Chile. Não seria a primeira riqueza da América Latina pilhada desavergonhadamente. Essa tecnologia, no entanto, teve pouco espaço na FC, desde os anos 50, passando, sem protagonismo por Philip K. Dick e Úrsula Le Guin. A telepatia só ganha protagonismo em obras sem interesse em abordar o seu aspecto tecnológico, onde ela é apenas um superpoder, como nas HQs, ou maldição, como, por exemplo, em Uma Pequena Morte, de Robert Silverberg.

Acompanhamos, na história, Irene que está de viagem ao Chile buscando reorganizar a vida, após a morte da mãe, ao qual estava muito apegada, passando seis semanas numa escola de meditação e logo se vê meio ao rebuliço da descoberta do chá telepático pelo resto do mundo, vazado por um estadunidense, que leva a descoberta aos EUA. A obra pode ser dividida em dois grandes momentos. O tempo de Irene na escola de meditação, e depois, após o segredo ganhar o mundo, acompanhamos os personagens em Santiago. A partir daí, abre-se uma corrida para conciliar o chá a internet, chamada pelo mundo anglofano de Brainnet. Uma patente feita com tecnologia roubada, que ironiza a sina da exploração pela qual América Latina é submetida.

Os personagens são muito bem construídos, inclusive os coadjuvantes, pois a autora amarrou bem o uso do chá aos segredos mais profundos de cada personagem. Irene e Lúcia evoluem em meio a constante volta do passado doloroso, são as mulheres fortes da trama enquanto o vingativo e passional Paco e o melancólico e racional Jorge parecem se afundar nos seus polos.

"A telepatia são os outros" é uma aula de literatura, consegue nos cativar com personagens humanos e temas relevantes e consegue tudo isso em pouquíssimas páginas. Aguardo ansiosamente pelos próximos trabalhos desta autora.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2021/04/resenha-180-telepatia-sao-os-outros-ana.html
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Camila(Aetria) 01/11/2020

Demorei pra conseguir sentar e ler esse livro da Ana, e minha nossa.
Cada parágrafo bem amarrado, palavras diferentes organizadas poeticamente na prosa.
O melhor é que além de uma leitura incrível (beijo Irene e Lucía), ele também rende conversas expandidas, de um mundo telepático e de pensar se eu tomaria ou não o chá (a resposta é sim, embora eu seja mais purista tal qual Lucía haha).

Vale demais, foi uma experiência incrível de leitura e universo.

Atualização: batemos um papo joia sobre o livro nesse cast: https://www.multiversox.com.br/2020/11/Interludio06.html?m=1
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Ellen 01/08/2020

Legal
Livro curtinho, história simples, me deixou curiosa no início, mas no final me perdeu um pouco.
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Dri 25/06/2019

Maravilhoso!
Irene vê sua vida mudar aos 50 anos. Ela perde a mãe e é demitida do emprego em uma clínica de fisioterapia após trabalhar lá por 15 anos. Para lutar contra a apatia e assim fazer a vontade de sua mãe de que a filha aproveitasse a vida, ela acaba indo parar no Chile, em uma espécie de retiro em uma pequena comunidade rural.

Lá ela descobre que um cientista americano está tentando patentear a telepatia, o que gera reações porque a fórmula original vem das camponesas chilenas. Isso desencadeia uma série de acontecimentos que leva Irene em uma jornada de autoconhecimento, aprendizados, construção de relações e empatia.

De cara já amei que a autora escolheu abordar uma mulher de 50 anos se reinventando, aprendendo várias coisas novas e tomando decisões difíceis. O livro ainda tem personagens gays e negros (a própria Irene não é branca) e eu amo quando os autores priorizam diversidade em suas histórias.

Aliás os personagens secundários acrescentam demais no livro, são interessantes e cada um tem seus conflitos e traumas. O livro da Ana Rüsche é maravilhoso e cativante por si só, mas também dá pra tirar boas reflexões sobre tecnologia e relações humanas, felicidade, autoestima e como os seus erros e traumas do passado não podem definir você.

E o modo como a telepatia é abordada, é sensível, inteligente e carregado de emoções. É uma habilidade nada simples e que possui efeitos diferentes em cada pessoa. Adorei acompanhar cada consequência disso. Foi uma leitura incrível. Recomendo demais!

"Há uma beleza estranha nas encruzilhadas. A possibilidade de ser sempre a escolha errada."
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Carol Vidal 15/05/2020

Bem diferente!
Uma história bem diferente do que costumo ler, o que me trouxe um frescor de novidade muito interessante. Gosto da forma poética usada pela autora para narrar a trajetória e as descobertas de Irene; as palavras te envolvem, como se transpusessem pra vida real a conexão proposta na obra.

Algumas partes mais "psicodélicas" me causaram certo estranhamento (o que, acredito, possa ter sido a intenção), mas recomendo muito a leitura!
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fev 13/01/2021

2,5

Apesar de um livro sobre conexões e telepatias eu não consegui me prender com os personagens e com a história. O pano de fundo da história não me conquistou. No entanto, a parte da ficção científica é bem interessante. Se o livro fosse um pouco mais desenvolvido, tivesse mais páginas talvez a minha imersão tivesse sido maior. É um livro super bem escrito, mas não me agradou o tanto.
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Ju - @jujueoslivros 25/08/2019

Uma viagem inesquecível!
Irene é uma mulher de 50 anos, que recentemente perdeu sua mãe, e para completar a situação, foi demitida.

Sua amiga Mari, oferece uma viagem a Irene, uma espécie de retiro no Chile. Irene vê a oportunidade para aproveitar mais a vida. O que ela não esperava, e que lá ela entraria em contato com acontecimentos acentrais, e estaria entre uma briga internacional, um americano roubou a fórmula da comunidade e está tentando patentear a telepatia.

Que novela maravilhosa! A telepatia são os outros trata-se de um sci-fi nacional!

Patentear a telepatia seria um feito e tanto, se conectar entre as pessoas, conversar e trocar mensagens telepaticamente, partilhar de sua mente, e ir além, se conectar através da internet. Que maravilhoso não?

Não para os retirantes dessa comunidade, não é bem assim que pensam. É um ato bem mais íntimo e singular, onde o mundo digital não substitui a conexão física.

A autora dar vez a personagens mais maduros da maioria das histórias que lemos, uma mulher de 50 anos em uma crise de meia idade, gays, negros, uma diversidade em um só lugar!

Se você gosta de um leitura rápida, reflexiva e intensa, leia A telepatia são os outros!

site: https://www.instagram.com/jujueoslivros/
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petroniodtn 28/08/2019

Leitura rápida e gostosa
O texto da Ana Rüsche é bem fluido, mas não é superficial. A abordagem que ela dá à telepatia... sem comentários, é demais! Precisamos de mais autores fazendo ficção científica boa e brasileira (ou latinoamericana) como ela.
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Ricardo Santos 04/01/2020

O inferno são os outros, mas o céu também
Irene, uma fisioterapeuta brasileira de meia-idade, vai para o Chile de férias e acaba no meio de uma trama tensa e intensa, envolvendo a indústria farmacêutica, um misterioso grupo de pesquisadores e um chá que possibilita a conexão de mentes. Essa novela traz algo novo para a ficção científica nacional e é uma ótima porta de entrada para conhecer o gênero. Em suas poucas páginas, há um mar de informações, mas nada é jogado aleatoriamente. Há rigor na pesquisa da autora. E leveza em sua imaginação, ao criar personagens e situações que se vinculam com a obra de uma Ursula K. Le Guin, por exemplo, outra autora de ideias questionadoras do estado das coisas, imbuída de uma criatividade “ecológica”, digamos assim, de busca do melhor entendimento entre ser humano e natureza. Ana Rüsche também é poeta, o que fica evidente em algumas passagens, elevando a beleza e os significados de sua prosa.
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Gabriel Dias - @Done.em 21/04/2020

A telepatia são os outros
“A curiosidade é um antidoto instantâneo aos dissabores”.
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Aos 50 anos Irene perde a mãe, o emprego, de 15 anos, e vê sua vida de cabeça para baixo, contudo quem tem amigos tem tudo, e incentivada pela sua amiga Mari, ela recebe uma proposta para ir ao Chile, em um “retiro espiritual”, A Escola Semblar, um local de meditação e que de certo modo busca o conhecimento interior.
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Contudo, Irene nota estranhamento dos demais alunos, até que descobre um boato, está em todos os jornais a manchetes, “o chile é a nova telepatia” onde revela um segredo, de uma formula que estimula a telepatia entre as pessoas, como forma de conexão, produzida nesta escola, assim as mestras confirmam e oferecem ensinamentos deste “chá”, que permite o acesso a um plano, onde a comunicação entre as pessoas é fluida. Todavia, tudo aquilo que permeia a evolução pode ser utilizado de maneira incorreta, e Irene irá compartilhar o melhor da sua mente, desenvolver a empatia e sofrera conflitos internos.
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Preciso comentar que sempre tenho um receio com gêneros tão diferentes/atípicos para mim, mas confesso que fiquei feliz ao selecionar ficção cientifica e a própria editora escolher este título para minha leitura, gostei de diversos aspectos, a forma que Irene é retrata como uma Brasileira, intensa e principalmente curiosa.
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Confesso que os cenários, o mistério, as vezes me remeteu ao universo do Doutor Estranho, mas foi uma forma inteligente que associei para adentrar na obra, gosto da ideia da telepatia e como ela é desenvolvida em todo o enredo, mostrando que a força e os mistérios da mente são o que podem trazer frutos ou ruinas no universo.
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Por fim a escrita é muito bem trabalhada, uma trama interessante e que nos deixa sem fôlego, preciso falar que a resolução final, para mim, se desenvolveu de maneira muito rápida, mas de certa forma gostei, pois não é o ponto principal da trama e sim acompanhar a evolução de Irene, um personagem tão crível que só lendo para entender.
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“Na guerra não importa o teu lado, informação é crucial”.

site: https://www.instagram.com/p/B_QrbqlDPhz/
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Daniel 22/12/2020

Não é ficção científica
A telepatia são os outros ? Ana Rüsche

Ou: Uma baita de uma história desperdiçada.

Decepção é o sentimento após ler esse livro, ele não é ruim em si, só não entrega o que promete. Ele é vendido como uma história de Ficção Científica, porém, é uma fantasia, nem uma Fantasia Científica a história se encaixa

Vamos a história, o livro acompanha uma mulher solteira aos cinquenta anos em luto pela morte recente da mãe. Por um acaso do destino, recebe o convite para passar seis semanas em uma escola ?mística? no Chile. Durante sua estadia, uma bamba é solta na mídia, um pesquisador americano roubou a fórmula secreta da escola para um chá capaz de dar habilidades telepáticas. A trama se desenrola, as professoras acabam ensinando o chá para a turma e um dos alunos deseja unir as habilidades telepáticas dadas pelo chá com a internet.

A primícia é fantástica, a capacidade telepática unida com a internet, podendo desenvolver conexão automática entre pessoas através do mundo. Como uma história insana dessa poderia dar errado? Esquecendo a primícia e focando na introspecção da personagem.

Ficção Científica pode ter um leque sem fim de abordagens, com narradores em primeira pessoa com fluxos de pensamentos, narradores oniscientes capazes de trazer cada detalhe do pensamento da personagem ao todo, ou os clássicos descritivos frios, o estilo não é o ponto, porém, o elemento científico deve ser o principal da história.

Durante todo o tempo a telepática é tratada como uma experiência metafisica, parte dos rituais de uma religião antiga, de sabedoria dada somente aos iniciados. A questão científica da mudança da mente pelo chá não é tratada em nenhum lugar. Outro problema, quando une o chá com a internet, não a qualquer desenvolvimento lógico do como foi feito.

O livro é bom, só não é ficção cientifica, logo, não gostei, pois não cumpriu com o pacto entre autora e leitor.

Faltou no processo leitoras/es betas de ficção cientifica, para indicarem esses pontos e um/a editor/a consciente dos elementos do gênero, para auxiliar a autora no processo.
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Flavio.Vinicius 29/11/2023

A telepatia são os outros
Uma escrita fina, elegante, que aprecia bem o sabor de cada palavra. O livro da autora Ana Rüsche é uma ficção científica brasileira das melhores, e também um presente para nós, leitores.

A tecnologia que justifica a ficção científica é ancestral, vinda de comunidades chilenas pré-coloniais. A personagem principal, não é nada semelhante aos homens brancos, heterossexuais e anglo-saxões, clichês das no elas de ficção científica mais famosas. Ao contrário, Irene é uma mulher de meia idade, uma brasileira que viaja por acaso para o Chile, e, lá, entre mulheres e homens gays - que se tornam amigos íntimos -, Irene viaja para o mais profundo da mente, da própria e da mente dos outros. A telepatia é o que lhe permite voltar a conhecer a si própria, tanto por meio de si mesma, quanto por meio da relação com o outro.

A linguagem em prosa tem muito da poesia. Os primeiros livros da autora Ana Rüsche foram no gênero poético, talvez venha daí a inclinação pela escolha da palavra certa no momento certo, o mot just.

A obra tem o valor de trazer para um presente imaginado uma tecnologia ancestral. Uma tecnologia que, embora vinda do passado, pode ser percebida como futurística, de modo que futuro e passado se unem no presente, num tempo circular, como imaginavam os indígenas nossos antepassados. Gostei bastante. Já quero ler mais ficção científica da autora.
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taigataiga 22/01/2024

"Gracias, gracias a la vida que me ha dado tanto"
E por aqui eu também agradeço ao amigo que me apresentou essa leitura sensacional, que, por telepatia, se conectou e conversou comigo de uma forma tão íntima.

Escrita cativante, história espetacular, a forma que os detalhes, falas, pensamentos e premonições, se assim podem ser chamados, se conectam é simplesmente apaixonante.
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