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Resenhas - Dos Mortos
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Lucas Viapiana 23/01/2020
Desmortos
Essa resenha vem de alguém que assina um dos contos, portanto, se você acha que há um conflito de interesses nisso, que não é ético, apenas desconsidere-a.
Gostei da maioria dos contos e senti em grande parte deles um olhar novo e original sobre esse gênero saturado que é o apocalipse zumbi. Mas apesar de saturado, é um gênero fértil para conflitos dramáticos e que possui poucas obras brasileiras (até onde eu sei). Essas duas características somadas formam a essência dessa bela antologia. É muito interessante ver histórias desse tipo ambientadas no Brasil, com personagens brasileiros e em contextos brasileiros. Parece muito mais verossímil.
Meus dois contos preferidos foram “Tempo maldito”, de Renato Baroni e “O caminho para Guajupiá”, de Ricardo Celestino. No primeiro vemos uma protagonista que tem como principal adversário não zumbis ou outros sobreviventes, e sim o (excesso de) tempo. Temos reflexões interessantes sobre a relação humana com a passagem de tempo e sobre a solidão. Já o segundo mistura elementos de ficção científica e a cultura dos Wari (povo nativo da região norte), trazendo uma visão diferente sobre a morte e a desmorte.
Não gostei de alguns contos, mas foram minoria mesmo, coisa de um ou dois. Achei eles imaturos, muito visuais e apelativos. Basicamente só sangue e explosões, com pouca história e personagens muito rasas. Não necessariamente são ruins, apenas constituem uma proposta diferente. Acho que seriam mais bem aproveitados em outras plataformas, como quadrinhos ou filmes curtos.
A capa e o projeto gráfico são excelentes, como de costume em outras publicações da Lendari. As folhas pretas e o texto branco combinam com a proposta do livro e são um diferencial interessante.
site: https://bibliotecadavolnania.blogspot.com/
Desmortos
Essa resenha vem de alguém que assina um dos contos, portanto, se você acha que há um conflito de interesses nisso, que não é ético, apenas desconsidere-a.
Gostei da maioria dos contos e senti em grande parte deles um olhar novo e original sobre esse gênero saturado que é o apocalipse zumbi. Mas apesar de saturado, é um gênero fértil para conflitos dramáticos e que possui poucas obras brasileiras (até onde eu sei). Essas duas características somadas formam a essência dessa bela antologia. É muito interessante ver histórias desse tipo ambientadas no Brasil, com personagens brasileiros e em contextos brasileiros. Parece muito mais verossímil.
Meus dois contos preferidos foram “Tempo maldito”, de Renato Baroni e “O caminho para Guajupiá”, de Ricardo Celestino. No primeiro vemos uma protagonista que tem como principal adversário não zumbis ou outros sobreviventes, e sim o (excesso de) tempo. Temos reflexões interessantes sobre a relação humana com a passagem de tempo e sobre a solidão. Já o segundo mistura elementos de ficção científica e a cultura dos Wari (povo nativo da região norte), trazendo uma visão diferente sobre a morte e a desmorte.
Não gostei de alguns contos, mas foram minoria mesmo, coisa de um ou dois. Achei eles imaturos, muito visuais e apelativos. Basicamente só sangue e explosões, com pouca história e personagens muito rasas. Não necessariamente são ruins, apenas constituem uma proposta diferente. Acho que seriam mais bem aproveitados em outras plataformas, como quadrinhos ou filmes curtos.
A capa e o projeto gráfico são excelentes, como de costume em outras publicações da Lendari. As folhas pretas e o texto branco combinam com a proposta do livro e são um diferencial interessante.
site: https://bibliotecadavolnania.blogspot.com/
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Renato.Baroni 29/04/2023minha estante
Fico feliz que você tenha curtido meu conto, Lucas! Foi o primeiro que escrevi na vida, e muito em breve terei mais alguns publicados em outra antologia da Lendari intitulada "A Jornada." São doze contos, de gêneros distintos, cada um inspirado num dos doze estágios da jornada do herói.
Lembro-me bem do seu conto também, A Última Bala, eita troço doído de ler. Me remeteu ao filme "A Estrada," baseado no livro homônimo de Cormac McCarthy que ainda não parei pra ler e que, francamente, nem sei se teria estômago. Uma versão de poucas páginas, como a sua, de uma despedida dolorosa dessas já acaba comigo. Se não conhece o filme, recomendo.
Quando li nossa antologia pela primeira vez, lembro de pensar que sua história não se enquadrava tão bem na premissa de unir contos sobre o primeiro ano da pandemia zumbi. Talvez a minha também não se encaixe tanto assim, e vejo isso como atestado de qualidade do nosso trabalho; valeu a quebra da regra.
Fico feliz que você tenha curtido meu conto, Lucas! Foi o primeiro que escrevi na vida, e muito em breve terei mais alguns publicados em outra antologia da Lendari intitulada "A Jornada." São doze contos, de gêneros distintos, cada um inspirado num dos doze estágios da jornada do herói.
Lembro-me bem do seu conto também, A Última Bala, eita troço doído de ler. Me remeteu ao filme "A Estrada," baseado no livro homônimo de Cormac McCarthy que ainda não parei pra ler e que, francamente, nem sei se teria estômago. Uma versão de poucas páginas, como a sua, de uma despedida dolorosa dessas já acaba comigo. Se não conhece o filme, recomendo.
Quando li nossa antologia pela primeira vez, lembro de pensar que sua história não se enquadrava tão bem na premissa de unir contos sobre o primeiro ano da pandemia zumbi. Talvez a minha também não se encaixe tanto assim, e vejo isso como atestado de qualidade do nosso trabalho; valeu a quebra da regra.
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