Resenhas - Outsiders

bckbea 12/04/2024

Então tá
Com uma escrita fraca e um enredo mal explorado Hinton não emociona. Entendo que o livro tenta trazer a escrita de um garoto de 13 anos, mas essa não é uma boa razão para as falhas encontradas no livro. Ponyboy é dito como um garoto inteligente, menos quando não é. Um garoto esperto, menos quando não é. Uma informação nova surge, então uma grande explicação para explicar como aquilo faz parte do cotidiano do garoto. O personagem não é consistente ao longo das páginas. As situações é passada sem grande emoção. Seja o ataque dos socs, a morte de Johnny e Dallas ou o surto do Ponyboy. Nada comove o leitor e senti a mesma apatia que o Curtis acusa os socs. No final, terminei com uma sentimento de indiferença com o final de todos os personagens e o final só me trouxe uma sensação de "então é isso? okay".

couto 31/03/2024

A vida é dura pra todo mundo.
Tinha esse livro parado na estante há meses e fui ler pra sair das leituras técnicas e me surpreendi.
É um choque de realidade por demonstrar a realidade de vários jovens com famílias desestruturadas, uso de drogas na adolescência e afins.
Não conhecia sobre o filme e logo após o fim da história tem um capítulo específico sobre, despertou meu interesse em assistir, achei legal o livro e o filme se tornar algo repassado com frequência nas escolas americanas como um exemplo da estranha aleatoriedade da adolescência e seus devaneios nessa fase da vida.

Duda 30/03/2024

Tem como desviar do inevitável?
Todos os livros que leio que saem da minha zona de conforto (romance), eu começo a resenha da mesma forma, explicitando que não sou muito conhecedora de outros gêneros. Talvez seja uma forma de justificar caso alguém não goste e eu tenha amado, acho que quero justificar, com minha falta de repertório no gênero, eu ter amado o livro. Enfim, vamos a resenha.

Iniciei essa leitura sem saber o que esperar, não sabia a história, não sabia que tinha sido adaptado pro cinema, não sabia de nada. Fui totalmente pega de surpresa por uma história extremamente envolvente, o livro conta a história de uns garotos que moram no lado mais pobre da cidade e são extremamente taxados como a escória de tudo, são chamados de "greasers". Considerados jovens vândalos que não tem nada de bom a oferecer e são muito pobres. Do outro lado temos os "socs" que são os mais ricos, limpinhos e tudo de bom.

O olhar que a autora traz é bastante perspicaz, são jovens que enxergam a vida sob uma perspectiva que, caso estejamos dentro de uma bolha, não conseguimos ver. É bem interessante ver a jornada do personagem principal, Ponyboy, e ver como que se algo em sua trajetória fosse diferente, uma simples coisa, ele se tornaria uma outra pessoa. Achei muito interessante esse livro no sentido da construção da subjetividade humana. A galera da turma dele tinha plena consciência da sua falta de tudo e de que estariam fadados a um destino cruel, mas viam no Pony e no Johnny uma chance de não serem iguais a eles. São crianças que tiveram que crescer e amadurecer devido ao local em que nasceram.

O Dally é um personagem extremamente simbólico para todos, ele é tudo o que você vai se transformar, vivendo sob aquelas condições e ele é tudo que você não quer ser. O mais lógico para todos eles era se tornar como Dally e praticamente o fazem, mas ainda há neles a esperança de que nada daquilo vai ser eterno. Apesar da vida ser uma bela merda pra eles, tudo pode melhorar. Que mesmo perdendo tudo e todos ao seu redor, eles ainda podem encontrar um rumo na vida.

Acho que é um livro sobre utopia, esperança, sonhos e a realidade cruel do que o mundo transforma a gente. "Continuar dourado" nesse mundo que nos engole é praticamente impossível, é uma completa utopia de fato. A vida, com o passar dos anos, vai nos endurecendo totalmente e, em alguns casos, de forma mais complexa e definitiva.

O livro é ótimo, uma leitura bem curtinha que vale super a pena.

"Eu fico com a pureza da resposta das crianças. É a vida, é bonita."

davidbbarroso 28/03/2024

Diferente então fiquei bem indiferente em relação a ele. Me amarrei muito na história e os personagens bem complexos que ela conseguiu super desenvolver. Com certeza gostei bastante!!!

Ynala 27/03/2024

A narrativa é muito bem construída e em nenhum momento, pelo menos pra mim, se tornou algo cansativo, personagens super interessantes e até mesmo aqueles que não aparecem tanto, conseguem ser cativantes e despertar curiosidade do leitor, consegue retratar muito bem as dificuldades de se viver em uma condição precária e o convívio no meio da violência, e mesmo que seja agridoce em vários pontos, tem uma narrativa linda, amei muito.

vicente39 21/03/2024

A escrita é horrível a história é chata, o livro parece que foi escrito por um senhor de 80 anos tentando se passar por adolescente e os nomes dos personagens são ridículos ?

Laura 20/03/2024

Muito bom, gostei bastante. Recomendo.

É uma leitura bem fluída, as vezes acho que as coisas acontecem meio corridas, mas aí lembro da época que foi escrito e a idade da autora quando publicou, então o que viria a ser uma crítica na verdade se torna admiração. Gostei.

isabela 17/03/2024

De início não me pegou porque o protagonista/narrador é masculino e eu fico meio nhe com isso, fora que os capítulos são gigantes apesar de poucos mas depois dos 30% era só lapada atrás de lapada e meu deus não dava pra largar esse livro!!! me apaixonei tanto pelo jhonny que foi só choro atrás de choro queria poder colocar todos eles em um pote e cuidar.

Duda865 08/03/2024

"A vida é dura pra todo mundo"
The Outsiders é um livro maravilhoso.
Comprei por uma sugestão e tive uma boa experiência com ele; a história não é apenas sobre adolescentes rebeldes, mas sim sobre a vida deles no esteriótipo que são levado de marginais. Traz uma grande reflexão sobre a sociedade e como são vistas e tratadas as pessoas de mais, ou menos, dinheiro.
Não dou 5 estrelas porquê não me conectei plenamente com os personagens, nem foi uma história revolucionária... mas ainda assim maravilhosa de ter lido e de ter como repertório para o vestibular rsrs

Emília 07/03/2024

Me surpreendeu
Achei q não iria gostar quando eu li sinopse. Ganhei esse livro de presente, e me surpreendeu o quanto me prendeu essa leitura. Me emocionei em vários momentos. Achei incrível. Agora quero ver o filme também.

jessyroux 07/03/2024

"Stay gold, Ponyboy."
Ao mergulhar nas páginas deste livro, fui transportada para a década de 1960, onde conheci Ponyboy Curtis e seus amigos, um grupo de jovens marginalizados lutando para encontrar seu lugar no mundo. A narrativa envolvente de S.E. Hinton me fez sentir como se estivesse vivendo as emoções e desafios enfrentados por esses personagens. À medida que acompanhava suas jornadas de autodescoberta, amizade e confronto com a violência das gangues rivais, me vi refletindo sobre questões universais de identidade, pertencimento e justiça. "Outsiders: Vidas Sem Rumo" é mais do que uma história sobre adolescentes rebeldes; é uma poderosa reflexão sobre as complexidades da condição humana e a busca por significado em um mundo muitas vezes desolador.

Wallace50 01/03/2024

"De tanto lutar para sobreviver,ele tinha ficado tão seco que não se importava com mais nada"

Mesmo sendo ambientado numa localidade específica de um país desenvolvido,esse livro tem questões universais,a desigualdade social,como cada um assume pré-conceitos baseados na aparência,e também como às vezes a empatia é um sentimento pouco recorrido pela sociedade,os "Greasers" são absurdamente humanos,eu senti as dores deles com muita rapidez e eficiência,as adversidades vividas por eles têm uma densa camada dramática,embora alguns não tenham muito foco direcionado a eles,seus dramas internos são marcantes e comoventes,tudo rico em detalhes seja na abordagem do espaço geográfico ou na construção da personalidade deles,o afeto entre homens héteros não é algo comum de se ver,mas aqui é feito com sutileza.Pequenas incoerências me fizeram tirar 1 estrela.

Leonardo.Heffer 28/02/2024

É melhor ter o mínimo de conhecimento antes de ler...
Sabe aquela história que diz que o melhor é ir sem saber de nada que você se surpreende? Não foi bem assim comigo em " Vidas Sem Rumos", tradução que a obra cinematográficas de Francis Ford Copolla ganhou ao levar a adaptação deste livro de Hinton para os cinemas em 1983.

Bom, fui sem saber de nada e infelizmente fiquei impactado negativamente. Com uma linguagem simples, visivelmente sem nenhum cuidado estético e perceptivelmente feito para adolescente (aquela leitura rasa, sem.profundidade) fui pegando um desgosto a cada página deste livro.

Ok, temos aqui o cuidado com a relação familiar e outros aspectos, mas ainda assim tudo parece maquiavelicamente calculada para que a história ande. E isso é perceptível ao extremo.

Não à toa descobri mais adiante que o livro fora escrito por uma jovem de 15 anos, que não tinha nenhum conhecimento sobre escrita e que resolveu escrever um conto depois de presenciar uma cena em sua escola de bullying e violência na década de 60.

Ou seja, estamos falando de uma leitura que, pra mim, ocorreu pelo menos 60 anos depois de sua escrita, e que infelizmente é uma história datada que retrata uma realidade norte-americana da década de 60.

Claro, podemos fazer vários paralelos com os dias atuais, mas ainda assim, pra mim foi forçar a barra demais. Não curti.

Celso Filho 23/02/2024

Stay gold
"Vidas sem rumo" é um livro publicado por Susan E. Hinton publicado em 1967 que conta a história de Ponyboy Curtis, um garoto de 14 anos que faz parte da gangue dos Greasers, composta por outros meninos e jovens adultos marginalizados que se caracterizam justamente pelos seus longos cabelos penteados para trás e recheados de brilhantina ou "grease", de onde deriva o nome. Eles vivem em conflito constante com outros jovens de mais alta classe social, os "Socs", e as brigas e perseguições entre eles muitas vezes vão para as vias de fato.

O fenômeno que mais chama atenção ao livro é justamente o seu contexto autobiográfico. A autora começou a escrever o livro aos 16 anos, em 1965 (mesmo ano em que se passa a história), inspirada no seu dia-a-dia vivendo em Tulsa, Oklahoma, assim como por seu desejo de retratar o contexto social que via na sua escola, muito pouco retratado pelos livros e obras da época.

Apesar de Ponyboy, seus irmãos e amigos, e os próprios Socs serem todos jovens, as provações representadas no livro são inversamente proporcionais a sua idade. O livro sabe trabalhar muito bem os desejos e sonhos vivenciados por dezenas de milhares de outros colegiais, seja fora do contexto americano, seja fora do contexto social representado, inclusive como eles podem ser impactados com o que já pode esperar pelo tipo de vida que levam.

Como fui ler as cegas, conhecia muito pouco do material em si, mas o contexto do pós-guerra já vem se tornando muito florido com a bagagem de leitura construída ao longo dos anos. Essa são pessoas cujos avós e pais ainda possuem impacto de ter vivenciado a 2ª Guerra Mundial e suas consequências, assim como todos os impactos da contracultura dos anos 60 em relação a roupas, drogas, sexualidade, direitos civis, militarismo e educação. O ano em que se passa o livro é justamente a transição dos baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964) e a geração X (1965 e 1980).

Acredito que são geralmente essas adversidades que surgem no livro que aumentam o contraste dos momentos mais felizes e esperançosos que surgem. A construção faz com que seja muito fácil encarar de maneira emotiva o final que espera o leitor, que em suas menos de 300 páginas pode já ter feito alguns laços fortes com suas personagens.

Marydalle 22/02/2024

Laços Familiares além do Sangue
O elo de amizade se mostrou mais importante que o laço sanguíneo, adolescentes e jovens adultos na busca pelo seu lugar no mundo, o que dificulta ainda mais o percurso quando não se tem apoio dos seus familiares ou pela falta de tais. Alguém que torne a rota menos dolorosa entre o certo e o errado, o bom e o ruim, o embate é certeiro com outros meios gerando a violência desmedida.
Darry, Soda, Ponyboy, Johnny, Dally, Two-Bit Mathews e Steve aprenderam juntos que toda ação tem consequências, mas ao continuarem juntos a escuridão vai ser amenizada pelo lindo pôr do sol que permanece dourado.

“Eu achava engraçado que o sol que ela via do quintal da casa dela e o sol que eu via dos degraus dos fundos da minha casa era o mesmo. Talvez os dois mundos diferentes em que a gente vivia não fossem tão diferentes assim. O pôr do sol que a gente via era o mesmo”.