Conservadorismo

Conservadorismo Roger Scruton




Resenhas - Conservadorismo


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Mainnã 13/09/2020

Achei que o livro inicia de forma bem interessante e vai se tornando monótono ao decorrer da leitura. O autor joga diversas ideias e autores e acaba tornando um introdução ao pensamento conservador em um manual não muito eficaz
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Patricia Pietro 22/03/2022

A forma como o autor escreve torna o livro maçante, e a leitura, arrastada. A temática também não ajuda. Cheguei a desistir duas vezes, e demorei bastante para concluir. Apesar de não ser uma leitura agradável, fui até o fim. E isso porque eu acredito na importância de escutar e entender (ou, ao menos, tentar) os dois lados do espectro político. Afinal, como discordar de uma ideia se não a conhecemos/entendemos?

Nesse livro, o autor busca explicar e defender a filosofia conservadora. Mais da metade dos capítulos do livro tratam da história do conservadorismo: seu nascimento, suas correntes, seus grandes pensadores. Enquanto apenas os últimos capítulos são destinados ao momento atual do conservadorismo na sociedade.

Me chamou bastante atenção a ausência de grandes pensadores conservadores. Edmund Burke, talvez, tenha sido o mais importante. Os que vieram depois dele não atingiram o mesmo grau de relevância/reconhecimento.

E é aí que entra um dos meus maiores incômodos em relação a essa obra: à falta de outros nomes, Scruton tenta reivindicar ao movimento conservador figuras como Adam Smith, Hayek e George Orwell. Aponta Smith como o pensador que "forneceu o insight filosófico que realmente deu início ao conservadorismo intelectual". Destaca Orwell e Hayek como filósofos que "compreenderam e defenderam a mensagem conservadora", mas que "se mostraram relutantes em admitir o rótulo".

GENTE! O fato de Orwell discordar dos intelectuais de esquerda de sua época, não o torna um pensador da direita. O escritor defendia o socialismo democrático em face do socialismo autoritário vigente (URSS). Quanto à Hayek, não é preciso ir muito longe: o autor, reconhecidamente liberal, inseriu um apêndice em sua obra Os Fundamentos da Liberdade, com o seguinte título: "Porque não sou conservador".

Em suma, o texto é de difícil compreensão, e a abordagem é um tanto quanto rasa (há muitas informações, autores e ideias, e poucas páginas para explorar profundamente tudo isso). O autor defende algumas ideias que, na minha opinião, são ilógicas e retrógradas. Cita como proeminente à causa conservadora o combate ao politicamente correto e ao islamismo, e se mostra super sensível à algo que ele chama de fobia contra os conservadores. (Vem aí: o conservadorismofobia).

Por outro lado, há alguns aspectos do conservadorismo extremamente defensáveis. Um bom exemplo é o pragmatismo como guia para a ação prática, ou seja, enxergar a natureza humana e a realidade como elas são (e não como gostaríamos que fossem) para, a partir daí, tomar decisões. Enfim, foi uma leitura que exigiu muito esforço, mas que no fim valeu a pena, já que eu sabia muito pouco acerca da filosofia política conservadora.
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LisboaPB 22/04/2021

Xenofobia não basta ser somente expressado pela violência. Agir como tal também é válido.

Ele fala que o islã quando vive no mundo ocidental entra em conflito por qie eles exigem mudanças nos Estados ocidentais. Como se quisessem modificar por exemplo a estrutura da Inglaterra ou França.

Ele tem uma visão de que como se o islamismo fosse a única religião que se pregada com radicalismo matasse. Ele fala que é no islâ que a lei última é encontrada em Deus e que não tolera a liberdade religiosa.

Eu tenho 19 anos e já sei que no islamismo tinha-se mais liberdade religiosa que no cristianismo desde que o islâ nasceu. Isso por que o islamismo NÃO CONVERTIA as pessoas por que eles achavam que as pessoas que teria que se converter. E eles viam as demais religiões do Ofiente Médio como crisrianismo e judaismo como VIZINHAS e não inimigas. O cristianusmo não né? Cruzadas, colonização...

Roger Scruton se coloca muito bem em suas falas. Da aquele tom de um bom professor e filósofo quando profere palavras mais aguçadas no seu campo. O que difere muito da nojeira de Olavo de Carvalho. Mas é decepcionante quando ele critica de forma cega e paranoica a esquerda como se a esquerda fosse um baiacu: falou mal sobre islâmicos, gays e etc, ela infla e explode.

Esquerda não é baiacu mas a esquerda tá fazendo pelo menos uma coisa que a direita não faz: que é apontar o dedo para quem não enxerga que se encontra em uma bolha social.

Esse cara é muito cômodo nesse perfil conservador. Na verdade a visão conservadora cada vez mais me enoja. Se formos olhar os princípios do conservadorismo na filosofia a gente se depara com ideias interessantes e complementares na sociedade. Mas o que querem pregar aqui é ideia de um sociedade fechada para uma única cultura. Roger claramente quer repudiar em termos o globalismo cultural. O multiculturalismo para ele é um problema.

Você pode reclamar do islâmico. Pode xingar o gay. Pode bater em mulher. Mas consequências você vai ter e cada vez mais nossa sociedade vai ser multicultural e ninguém vai impedir isso. E quando mais sermos multiculturais, mais mudaremos nossa cultura onde sempre adaptaremos para melhor.
Narayana.Marques 15/09/2021minha estante
Estou completamente fascinada pela sua resenha. Pq esse livro é um compendio histórico que acaba no ridículo. Minha parte favorita: ele cita ele mesmo


LisboaPB 15/09/2021minha estante
Hahaha. Obrigado pelo elogio. Esse livro tem cada coisa!


Bibi 19/10/2021minha estante
Genteee, amei essa resenha também! Falou muito bem! Terminei o livro agora e estou chocada! "Nossa esperança é que surja uma forma de islã que aceite essas verdades...". Verdades? É um absurdo atrás do outro... E quando ele critica as comunidades que não respeitam as fronteiras? E que essas comunidades deviam ser mais como a estadunidense e respeitar as fronteiras?? Gente to embasbacada.


Filippe 23/02/2022minha estante
Seu comentário é claramente desprovido de conhecimento mínimo dos conflitos internos europeus a partir da crise migratória. O cristianismo, apesar de ainda haver claramente exageros individuais, está longe de hoje ser uma religião com muitos seguidores ortodoxos ou fundamentalista, pelo contrário, para maior parte dos cristãos Deus está virtualmente morto. Por mais que não expressem verbalmente, não se há temor, não se há uma tentativa de sequer seguir dogmas cristãos, quantos dos seus amigos cristãos esperam até o casamento para te servir de exemplo? A religião no mundo ocidental de hoje está ali para quando a pessoa precisar de conforto, mas longe de ser uma determinados de vidas, como o é no islã.

Na sociedade ocidental pós iluminista outras coisas vem na frente da religião, o próprio individualismo e o Estado e o direito moderno são exemplos disso. Não é assim com os muçulmanos. E não é aqui um juízo de valor de que a nossa experiência é melhor ou pior do que a deles, eu até imagino que eles tenham menos ansiedade, por ter uma fé bem mais convicta do que a fé do ocidente materialista, por exemplo. Mas a questão toda é que os europeus estão satisfeito com seu modo de vida e sua cultura e de fato a cultura deles está em risco e é todo o direito deles preservarem o que deu tão certo para eles.

O seu último parágrafo é uma série de espantalhos que mostram que tu não consegue nem ao menos entender as nuances mínimas e básicas do termo conservador. E pela forma como expressou, da a entender que acredita que Bolsonaro e bolsonarista são conservadores políticos. Eu espero que não seja o caso, mas não existe outra forma de interpretar o "pode xingar o gay". Existe nada ou quase nada de conservador em Bolsonaro e sua trupe, onde tem conservadorismo em gerar instabilidade nas instituições, por exemplo.

Sobre ter mais multiculturalismo faz uma sociedade melhor. Não é verdade. Não é positivo que uma cultura onde os direitos das mulheres são devidamente reconhecido aceite e aplauda com um sorriso no rosto uma cultura que reprime estás. Sendo que você tem argumentação científica e filosófica mais que o suficiente para provar a equivalência dos gêneros. Engraçado, você acusa conservadores políticos de estimular a agressão contra mulheres, mas no fim do dia quem está brigando para preservar os direitos dela da ameaça de culturas que as diminuem são justamente os conservadores políticos.


Leiliane R. Falcão 06/02/2023minha estante
Filippe, seu comentário é ouro! Parabéns pela lucidez. Espero que as pessoas tenham perseverança para entender certos assuntos com mais profundidade.




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Vanessa Hentges 17/04/2021

Difícil, mas importante
Apesar de trazer muitas referências históricas, o que acho muito interessante, achei a leitura cansativa. Mas também importante para conhecer sobre o conservadorismo. Pretendo ler no futuro novamente para dar uma segunda chance.
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Talita 28/09/2020

É um tanto desconfortável ler coisas com as quais a gente não se identifica muito, né? Pois então, foi exatamente assim que me senti durante TODA a leitura desse livro: desconfortável!
Mas fui até o fim, queria conhecer um pouco desse pensamento, entender alguns conceitos, e tentar compreender a mente de um conservador.
Entendi? Não muito...
Achei a escrita estranha, desconexa, difícil mesmo. Foi uma luta pra terminar, mas fico feliz de ter conseguido. É importante conhecer outras visões de mundo, pra conseguir argumentar melhor.
Mas uma coisa eu aprendi: a maioria das pessoas que conheço que se diz conservadora não faz ideia do que é o conservadorismo!
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GraAa18 05/10/2020

Superficial
O livro trata da história e da evolução do movimento conservador ao longo do século. Minha crítica é que o Roger Scruton se detém muito a questão cronológica e cita de forma cansativa várias referências no livro sem se aprofundar. Ao meu ver fica na superficiaidade do tema. Porém, é importante conhecermos de onde vem as ideias de quem pensa diferente da gente, pra que possamos dialogar e argumentar com propriedade, principalmente, sobre temas que geram polaridades nas discussões.
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Barbara Hellen 31/10/2020

@cactosliterarios
Como é dificil ler sobre um tema que a gente não concorda e não tem familiaridade! Esse foi o primeiro livro teórico que li sobre o conservadorismo, escrito por Roger Scruton - um dos autores referência na área. Nele, aprendemos um pouco sobre o conservadorismo britânico, a diferença entre liberalismo/conservadorismo e entre liberalismo/liberalismo clássico e ainda revemos alguns conceitos de livre mercado e common law. Isso tudo em um livro de 135 páginas que parece ter 300!

Além disso, são muitos outros conceitos e muitos autores citados. A sensação que me deu foi que eu não estava absorvendo nada. Conclui com sensação de alívio (finalmente, ufa!), mas com a certeza de ter sido uma leitura produtiva - e que valeu a pena terminar - pois não podemos criticar sem antes conhecer.

site: www.instagram.com/cactosliterarios
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Leiliane R. Falcão 04/02/2023

Leitura essencial para entender o outro lado da moeda
Li este livro por indicação do Pondé em um de seus vídeos sobre conservadorismo. Eu nunca me identifiquei como uma pessoa conservadora, na verdade tinha um certo asco dessa palavra, que na minha cabeça soava como algo como ultrapassado, que não se renova. Mas ao mesmo tempo, queria entender por qual motivo as pessoas que se dizem conservadoras alardam tanto as suas próprias virtudes (o que sempre me deixou desconfiada, tenho alguns na família assim). E foi exatamente essa tentativa de entender uma posição diferente da minha que me motivou a ler este livro.
Primeiro, ao contrário do que pensei, este livro não é uma leitura superficial do Conservadorismo. Se você quer um "Conservadorismo for dummies", melhor procurar outra opção. O que o Scruton faz neste livro é esmiuçar a filosofia e a história, trazendo fontes e contextualizando o leitor acerca do conservadorismo no ocidente.
Também devo dizer que este não é um livro fácil. Acima disso, não é um livro para preguiçosos. Scruton derruba na nossa cabeça uma chuva de ideias, pessoas, referências. Você que lute para buscar aquilo que te interessa e aprofundar naquilo que seja mais relevante, de acordo com seu senso crítico.
Eu comecei a leitura torcendo o nariz, e terminei como fã do Scruton. O livro me fez refletir muito sobre a minha própria base educacional, sobre o surto nada conservador que acontece no nosso país hoje, e principalmente sobre que tipo de país herdamos e que mundo deixaremos para os nossos filhos e netos.
Só pelo exercício intelectual, este livro já valeu a pena. Independente da sua ideologia, é um livro que vale ser lido com o coração aberto. Sensacional!
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Luana Araujo 18/01/2021

Filosofia Política
Este, NÃO é um livro para quem está INICIANDO em seus conhecimentos sobre política.
Requer um conhecimento prévio no assunto para que o conteúdo verdadeiramente faça sentido. Entendo que, devido a isso, este livro é tão mal avaliado.
Ele é bem curto porém, um pouco denso, já que trata de assuntos profundos em nossa sociedade.
O conteúdo é riquíssimo no que diz respeito à história do conservadorismo, desde o seu surgimento, tendo como base Aristóteles, até os dias atuais. Mas apenas fará sentido para você, caso já tenha um certo conhecimento sobre: Progressismo, liberalismo e conservadorismo.
Ele cita muitos autores conhecidos mostrando seus posicionamentos políticos. É uma verdadeira viagem histórica.
Para quem estuda filosofia política este livro é, sem dúvidas, indispensável.

Eu, particularmente, gostei muitíssimo do conteúdo. Esclareceu muitas coisas, colocando cada peça do tabuleiro em seu lugar.

site: https://www.instagram.com/cesarluana.km
Cesar Kucker Martins 18/01/2021minha estante
Impressionante. Vou ler.




Cesar Kucker Martins 24/01/2021

Indico com certeza
O livro é muito bom, de uma clareza sem par, indico a todos aqueles que querem se posicionar politicamente em alguma vertente em que se identificam.
Boa leitura a todos.
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Jeferson.Luis 10/09/2020

Tédio
Um dos livros mais chatos que eu já li na vida! Enrola muito, cita muitas referências, com nomes e datas precisas, mas não se aprofunda em nada! Achei bastante confuso. Parece mais um índice de autores conservadores.
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Tirso 10/07/2021

É sobre isso?
Compreendo que o objetivo desta obra não é criar um manual de como um conservador se comporta, mas sim demonstrar como essa corrente nasceu, seus pilares e suas adaptações na história. "O conservadorismo moderno começou como defesa da tradição contra as reinvindicações de soberania popular e se tornou um apelo em nome da religião e da alta cultura contra a doutrinação materialista do progresso", essa passagem diz muito sobre o que está escrito no livro.
As ideias expostas pelo autor, independente da minha visão pessoal sobre a ideologia em si, me parecem simplistas e com um viés de sempre buscar algo para combater, chegando ao ponto de parecer que a conservadorismo está sempre em uma posição de desvantagem. Além disto, a apropriação de passagens para tipificar antigos autores/pensadores como conversadores é algo que convence aqueles que não os conhecem, pois alguns citados tinham uma ideologia declarada ou definida com base em todos seus trabalhos e estavam longe da definição que os foram dada aqui.
Normalmente, quando pego um pensador referência para entender como uma corrente de pensamento funciona, fico impressionado com os conceitos e ideias que descubro, mesmo concordando ou não, mas aqui isto quase não aconteceu, o que li foi exatamente o que esperava.
Laísa 10/07/2021minha estante
incrível análise, caro amigo cesar! por mais resenhas sinceras assim que nos poupem de ler livros ruins.




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