Junky

Junky William Burroughs




Resenhas - Junky


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Tales Martinelli 28/01/2024

Muito enrolado
Sensações mistas com esse livro, ao mesmo tempo que tive várias reflexões interessantes, no outro achei a leitura super penosa e monótona...

Apesar de ser um livro pequeno, as páginas demoram muito pra passar... E a história em si não tem muito início, meio e fim... Só o dia a dia de um viciado (e bota viciado nisso hahahaha)... Não me levem a mal, achei bem interessante isso, mas começou a ficar muito repetitivo... Sem falar do monte de personagens que aparecem e desaparecem do nada, não dá pra se apegar com quase nenhum deles.

Em resumo, é um livro interessante, que descreve muito bem a vida dos viciados em drogas pesadas... Mas que no geral não acontece muito coisa hahahaha
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Danilo.Castello 27/01/2024

No fundo do poço
Esse foi o meu primeiro contato com um livro do Burroughs, fiquei bem animado pra ler as outras obras dele.

O livro aborda o estilo de vida do Burroughs como um viciado, é um mergulho na rotina do mundo do Junk.


"Eu não precisava ganhar dinheiro. Gostava da extravagância romântica de pôr em risco minha liberdade em atos criminosos de valor simbólico. Foi por esse tempo, e nessas circunstâncias, que entrei em contato com drogas pesadas, me tornei viciado e, em função disso, passei a ter uma necessidade real de dinheiro, que até então desconhecia.
Sempre se formula a mesma questão: por que um sujeito se torna viciado?
A resposta é que, em geral, ele não pretende se tornar viciado. Ninguém levanta de manhã e resolve se viciar. Demora pelo menos dois meses, com duas aplicações diárias, para se ficar realmente dependente.
E ninguém sabe de fato o que é fissura por droga pesada até passar por vários períodos de dependência. Eu demorei quase quatro meses para ficar dependente pela primeira vez, e, mesmo então, os sintomas da privação da droga foram suaves. Não acho exagero afirmar que é preciso um ano e várias centenas de injeções para se produzir um verdadeiro viciado.
Outras questões, é claro, poderiam ser formuladas: por que você resolveu experimentar entorpecentes? Por que continuou a usá-los tempo suficiente para se viciar? Bem, você se vicia em entorpecentes quando não tem motivações fortes que apontem para outras direções. A droga pesada ganha por desistência. Eu a experimentei por curiosidade. Ia tomando umas picadas sempre que descolava a droga. Acabei fisgado. A maioria dos viciados com quem conversei relata a mesma experiência. Ninguém começou a usar drogas por algum motivo especial. Apenas foram tomando seus picos até se verem fisgados. Quem nunca foi viciado não consegue entender o que significa precisar da droga pesada com a urgência do vício. Ninguém decide virar viciado. Certa manhã o sujeito acorda fissurado e pronto ? é um viciado."


"Com a consolidação da dependência, o usuário vai perdendo interesse por outras coisas. A vida passa a ser vista através de um telescópio virado ao contrário; depois de um pico, só resta aguardar o próximo; tudo se resume a ?mocós? e ?receitas?, ?picos? e ?conta-gotas?. O viciado muitas vezes acha que está levando uma vida normal e que a droga é meramente incidental. Não se dá conta de que apenas está fingindo desempenhar as atividades normais."

Burroughs narra o vício detalhadamente nos apresentando a cruel realidade nesse modo de vida, mas sempre sem demonstrar qualquer sinal de arrependimento de suas atitudes, ficando a cargo do leitor as reflexões morais sobre o junk.



Apenas um pico aguardando o próximo, quem diria que o junk é um tédio...
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Carolina Del Puppo 16/01/2024

Caos
Eu sempre gosto de enfatizar a experiência de ter vivido o livro, então vamos lá. Eu acho que entrei com a expectativa certa ao não esperar mais do que o livro realmente ia me oferecer, sendo assim, aproveitei ao máximo, até porque pela própria temática, não havia como ser de outra forma. Achei sensacional a forma como o livro é tão real e tão subjetivo ao mesmo tempo, tem sua escrita marcada por fluxo de acontecimentos, temas esses que são puxados pelo verdadeiro buraco negro do livro o próprio vício Junky, não sendo possível nem mesmo uma liberdade narrativa para ser tratados outros temas, eu chamaria também alegoricamente de fissura temática/literária (lendo para entender).
Tanta coisa para debater mas ainda tenho muito a pensar ...
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Pol 04/07/2023

Barato Eterno
O livro tem todo esse lance de ser um ?romance? mas desde sempre fica muito claro que boa parte dele foi escrita com base nas experiências que o autor passou junto com histórias dos amigos que deve ter escutado durante o período em que era Junky. É quase como se fosse uma viagem pela mente de uma pessoa que relata o começo do uso de junk, a busca por mais, o vício, as crises, o tráfico, as fissuras e praticamente em como o país tava lidando com o crescimento da droga. Hoje em dia esse livro tem um peso por desmitificar o uso de droga pesada, não só da experiência da droga mas de todo o rolê como partir de ser só consumidor para se tornar traficante etc como nenhum outro que eu já tenha lido, mas imaginar esse assunto escrito dessa forma na época em que foi lançado (1953) é uma loucura. De maneira geral é um livro legal pra quem tem interesse no assunto que da pra ser lido quase como uma autobiografia.
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Gerson 03/07/2023

O livro poderia se chamar "Diário de Um Traficante Viciado" tem um quê de autobiográfico, mas apenas narra a vida de alguém que sem motivo aparente resolveu experimentar drogas pesadas ficando viciado nelas, passando a traficá-las para sustentar o vício.

Não há nada de interessante, no meu ponto de vista, em tal narrativa... e não é porque haja qualquer juízo moralista... simplesmente a história é totalmente insípida...
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Eduardo 01/06/2023

Loucura
O autor relata com muitos detalhes e muita emoção a sua vida de usuário de drogas nos EUA no período pós segunda guerra!

Excelente leitura! Ficava imaginando as situações nas quais o autor se encontrava, as viagens, as abstinências, os riscos para conseguir dinheiro ou drogas.... ele até usa muitas gírias do pessoal junky!

Louco demais!
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Alexis.Sodre 31/01/2023

Meu primeiro contato com a escrita de Burroughs foi com Almoço Nu, então já sabia bem o que esperar de Junky. A única cena que me deixou perturbada foi a do gato, mas de resto, é até mais leve que Almoço Nu.
Gosto muito do estilo dele.
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Maria16577 11/01/2023

Livrinho curto, simples e despretensioso, daqueles que apenas imagino terem sido revolucionários em sua época, mas que a essa altura já serviram de inspiração para outras muitas obras que expandiram e reconstruíram repetidamente sua abordagem.
A narrativa tem um ritmo bem específico das obras que tratam do vício, sendo um tanto fragmentada, com alguns períodos mais detalhados junto de saltos temporais gigantescos, refletindo os períodos de abstinência que duram o que parece ser uma eternidade, e momentos de "barato" que restam para sempre esquecidos.
O narrador, ainda, parece disperso, completamente dissociado da própria vida.
Enfim, marcas registradas no tratamento desse assunto, mas que são super bem exploradas aqui.
No fim não me envolvi muito, em especial por o narrador ser um insuportável, mas é um retrato de uma geração específica que soa extremamente autêntico. Me agradou bastante.
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julia 10/01/2023

"Quando se para de crescer, se morre. Um viciado nunca para de crescer."
Junky é uma história sobre vício e só sobre vício. A narrativa é bem simples e é totalmente focada nas drogas e no relacionamento que o personagem tem com elas. São mais de 200 páginas descrevendo o uso dessas substâncias de forma detalhada e falando sobre tráfico, abstinência, etc. Pessoalmente, eu gostei bastante do livro mas não acho que ele seja incrível, apesar de ter sido "revolucionário" pra época.
O personagem principal não é alguém de quem o leitor gosta (pelo menos, eu não gostei) principalmente depois daquela cena com o gato.
Um detalhe que me incomodou ao longo da narrativa é que apesar de ela ser simples (e essa aparentemente é uma característica da escrita do autor) eu não senti que o livro fosse aprofundado o suficiente. Os acontecimentos não estão realmente em ordem cronológica e o personagem cita momentos que aconteceram no passado sobre os quais o leitor nunca fica sabendo de fato, além de que do nada ele aparece com uma esposa e eu fiquei sem entender de onde aquela personagem saiu.
A homofobia e o uso de termos racistas também incomodam ao longo da narrativa. Além disso, o fato de o personagem principal se relacionar com vários homens ao longo da história e mesmo assim ter tanto problema com homens gays é infelizmente um tipo de hipocrisia bem comum (e que me irritou durante o livro).
Apesar disso, eu gostei do livro. Ele é uma boa porta de entrada pra literatura Beatnik e eu amo o gostinho do punk que é possível extrair de tudo que é produzido pelo Burroughs.
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Fernanda Martins 05/12/2022

Junky foi um barato
"Você se vicia em entorpecentes quando não tem motivações fortes que apontem para outras direções. A droga pesada ganha por desistência".
Burroughs versa brilhantemente sobre sua experiência como um dependente de drogas. Diante das mais diversas facetas sobre o mesmo assunto, o autor neutraliza sua narrativa especialmente sobre a rotina dos "Junkys" e suas maiores dificuldades em ficar "limpo". O livro é um conjunto de verdades cruas, as quais no começo, são difíceis de se digerir, mas que valem a pena o esforço.
Foi uma leitura complicada que agregou bastante!
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yvnvitx 12/10/2022

Junky, de William Burroughs
Junky é o retrato de um viciado do começo do século passado, escrito por William Burroughs, um dos três integrantes da santíssima trindade beat, ao lado de Allen Ginsberg e o lendário Jack Kerouac.

Semiautobiográfico, o livro nos põe na pele de William Lee, pseudônimo do autor.
O livro trata da rotina de um viciado, suas noitadas, o corre pra conseguir a droga de cada dia e suas tentativas frustradas de largar dela são temas recorrentes.

Apesar de serem temas interessantes, o livro é muito repetitivo e tem muitos personagens, mas nenhum além do protagonista é interessante. Todos eles acabam sendo muito unilaterais e o único traço de suas personalidades é ser viciado.

É um livro de fácil leitura, mas que cansa ao passar da metade, a história ganha novo fôlego na parte do México mas vai se repetindo até o fim, deixando um final aberto.
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Gustavo Simas 21/08/2022

A seca rápida prosa de um viciado
Junto com Almoço Nu, Junkie é a obra mais conhecida de Burroughs, autor do movimento literário beat, que carrega escritores como Jack Kerouac (o mais mainstream com seu On The Road) e Allen Ginsberg (Howl).

Em busca incansável por inaláveis e injetáveis, a ficção autobiográfica é veloz e faminta. William Burroughs e sua literatura experimental trazem a escatologia urbana como primeiro plano para o cenário sedento dos espectros viciados; a própria prosa revela uma ânsia-vício em avançar e se circular no abismo da divergência social, trafegando no absurdo racional e no problema comum moderno.

Descrito como "homossexual depois da morte acidental da esposa causada por um disparo com arma de fogo" , foi um dos pioneiros no consumo de drogas para produção subjetiva de textos. A arte de William se marcava não apenas com o verbo, mas também com seu rifle, telas e latas de tinta, assim como em parcerias na música com Beatles, The Doors, Frank Zappa, Kurt Cobain e outros.

Talvez pela simplicidade narrativa, pela concretude dos fatos, não há tempo para o leitor se correlacionar com as personagens, despontar empatia profunda ou algo do tipo nessa estrutura. O que sobram são sequências descritivas que, em certos momentos, podem dar náuseas e revelar um pouco da vida de drogados norte-americanos na década de 1940.
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Kirla 11/08/2022

Um excelente livro sobre vícios, principalmente a heroína, morfina e remédios. Um relato cru do dia a dia do viciado, onde não tem vitimíssimo ou exaltação. Só o dia a dia do junky a espera do próximo pico.
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laguito 13/02/2022

Se eu pensar em um bom edito depois...
A leitura me causou, acima de tudo, uma angústia intensa que se manteve durante a maior parte da história - que em muito se confunde com um relato extremamente pessoal e detalhado de cada parte da rotina de um "junky". Fala-se dos desdobramentos para conseguir manter a rotina de vício, os efeitos pré/durante/pós/e na ausência da droga além da relação viciado-sociedade.

O livro permite compreender, mesmo que de forma superficial, o que foi a politica anti-drogas presente nos Estados Unidos (que foi exportada para outros países da América Latina) no período pós-guerra: consistiu basicamente na agressão e marginalização constante do viciado fazendo o máximo para desumanizar sua imagem e pressioná-lo a deixar os espaços de dignidade para trás - e ver essa política da perspectiva de um junky torna tudo mais intenso.

As relações de Bill são uma tradução do que os anos de vício somados à agressão constante da política anti-drogas geram no indivíduo. Listas enormes de nomes vão e vêm durante o desenvolvimento da história, sem profundidade ou maiores explicações - o que não deixa de ser, em si, uma explicação mais do que suficiente. Enquanto junky, o protagonista não consegue estabelecer laços, raízes ou qualquer tipo de relação interpessoal fixa a longo prazo, tomando como exceção seus passadores, que tomam mais tempo da história e diferenciam-se entre si, mesmo que sempre numa perspectiva enevoada sobre o que de fato é a personalidade de cada um e o que é feito apenas para manter um cliente por mais tempo.

A leitura de Junky é rápida, e mesmo que tenha durado algumas poucas horas, foi capaz de ser extremamente incômoda e real, e é por isso que ela vale a pena.
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Mayara1111 03/05/2021

Simples e sem muita emoção.
Um monólogo feito por Bill, um viciado em drogas pesadas, onde relata os anos de sua vida no vício. Mas como ele mesmo diz, um junky não guarda muitas memórias.
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