O Marcador de Página

O Marcador de Página Sigismund Krzyzanowski
Sigismund Krzyzanowski




Resenhas - O Marcador de Página


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Marina 25/01/2024

Seis contos que criticam a vida soviética de maneira ácida e irônica através de elementos absurdos. O autor apresenta fatos concretos e os exagera até chegar no fantástico, mas é quase crível quanto entendemos mais sobre a União Soviética.

O meu favorito foi "O carvão amarelo", uma distopia em que a humanidade acabou com os recursos naturais e energéticos e descobre-se uma forma de usar a raiva para gerar energia. Escrito em 1939, me pareceu muito atual considerando nossa crise climática e a forma que a internet usa a raiva para gerar engajamento e lucro.

Gostei muito da definição do Nelson Ascher no texto de orelha do livro: "Seu mundo é a um só tempo mágico, intemporal e tipicamente soviético."
comentários(0)comente



Fabio Di Pietro 11/01/2024

Ótimos contos
Leitura bem diferente, cheia de ironia, filosofias inventadas, nonsense, mas tudo muito próximo da realidade. Para quem gosta de contos interessantes, que fujam de temas batidos e dotados de muita criatividade, vai sem medo!
comentários(0)comente



Diego Rodrigues 16/11/2023

Contos do absurdo à moda russa
Sigismund Krzyzanowski é daqueles autores que, devido aos rigores do regime stalinista, pouco pode publicar em vida. Somente nos anos 80, mais de trinta anos após sua morte, é que sua obra foi resgatada e teve o devido reconhecimento. "O Marcador de Página e Outros Contos" reúne seis narrativas curtas escritas entre 1926 e 1939. São histórias que partem de premissas absurdas para tecer críticas sutis (muito inteligentes, por sinal) ao governo e à sociedade soviética. Narrativas com um pezinho no realismo fantástico e que aproximam a literatura russa da chamada literatura do absurdo. Logo, é uma leitura que poderá agradar tanto os fãs de Gabo e Borges, quanto os apreciadores de Kafka e Beckett.

Um estranho vendedor bate à porta do morador de um cubículo e apresenta um produto mágico, capaz de esticar as paredes: "O Quadraturin". O homem passa então a alargar o seu quarto, mas isso se torna um problema quando os passos da senhoria e dos fiscais da "Comissão de Moradia" ecoam pelos corredores do prédio. E o que até então parecia uma dádiva se transforma em terror, numa clara alusão ao rigoroso controle da recém instalada URSS.

O conto que da título ao livro fala de um "caçador de temas", um escritor de imaginação fértil e olhar arguto, capaz de usar tudo a seu redor como matéria-prima para criar suas historietas. Mas ele acaba esbarrando na figura implacável dos redatores, que sempre recusam seus escritos sob a acusação de serem prematuros demais para a época. O conto reflete a situação em que se encontrava a literatura russa após a revolução de 1917 e deixa implícita a censura imposta pelo regime soviético, algo que o próprio autor sentiu na pele.

Após uma série de guerras e catástrofes ambientais, os recursos naturais da Terra finalmente se esgotaram. A "Comissão para a Pesquisa de Novas Formas de Energia" promete uma bolada para aquele que descobrir novas fontes de energia. Eis então que surge a proposta do professor Lekr: "Meu projeto é simples: proponho utilizar a energia da raiva, espalhada por um grande número de seres humanos." Essa é a premissa de "O carvão amarelo", onde uma nova era industrial é inaugurada e a sociedade acaba por atingir uma espécie de utopia. Mas a que preço?

Embebido de humor, "A décima terceira categoria da razão" conta a história do morto que se atrasou para o próprio enterro e agora, com a ajuda do coveiro, vaga pelas ruas e pelas repartições públicas na tentativa de "regulamentar" sua situação. Com nuances da filosofia de Kant, a narrativa também parece evocar os labirintos burocráticos aos quais o regime stalinista submetia o povo.

Um homem apaixonado vê o próprio reflexo nos olhos da mulher amada. Mas algo está errado, o reflexo parece estar se mexendo lá dentro... Ah, é um homenzinho da pupila! Ele passa então a viver dentro desse olho, mas, depois que o amor acaba, cai em um limbo onde estão outros homenzinhos da pupila, amores passados. Juntos, os esquecidos refletem sobre o amor e o esquecimento e tentam captar qual seria o momento exato em que começamos ou deixamos de amar.

Fechando o volume, temos "O cotovelo que não foi mordido". Aqui conhecemos um homem que tem como objetivo de vida: morder o próprio cotovelo. Sua excentricidade vai parar nos jornais e dá início a toda uma nova corrente filosófica conhecida como "cotovelismo". O governo não fica atrás e também se aproveita do tema, lançando uma loteria onde as pessoas apostam se o homem conseguirá ou não morder o cotovelo. Por fim, o homem só é explorado, indo parar primeiro em um circo e depois em uma jaula onde as pessoas pagam para vê-lo tentando desempenhar a façanha. O final é triste e faz pensar a forma como a sociedade lida com o não habitual.

Felizmente a obra de Krzyzanowski foi resgatada, pois não vejo nada similar dentro da literatura russa (pelo menos dentro do que li). Essa mistura de realismo mágico, literatura do absurdo e contexto russo gerou contos divertidos de serem lidos e ao mesmo tempo profundos e sagazes em suas críticas. O único adendo é que para aproveitá-los melhor, para captar o que está nas entrelinhas, é preciso entender um pouco do contexto da União Soviética. Não é um livro que eu indicaria, por exemplo, para quem busca um primeiro contato com a literatura russa. Embora, como já mencionado, também possam ser lidos apenas com o intuito de divertir.

site: https://discolivro.blogspot.com/
QUEIJO460 16/11/2023minha estante
Muito interessante.


Claudia.livros 16/11/2023minha estante
Interessante! Eu estudo comunismo, URSS e literatura russa. Já leio O Mestre e Margarida? É bem esse estilo de realismo fantástico misturado com deboche. Tudo para enganar os censores soviéticos, o que não adiantou muito na época. Bulgákov não viu seu livro publicado na União Soviética.


Diego Rodrigues 16/11/2023minha estante
Sim, eu já li é um dos meus livros favoritos da literatura russa!
Também lembrei do Bulgakov ao ler esses contos, principalmente esse do escritor que não conseguia publicar. Tristeza ?




Nazrat 21/02/2023

Um conto melhor que o outro
Um livro encontrado durante um promoção, do nada. Mas que leitura sensacional! Os contos são inventivos, absurdos, filosóficos, satíricos e muito mais. Daquelas leituras que te pegam no momento certo. Especial destaque para a raiva como combustível e o mordedor de cotovelo, sem contar a espiral de contos do conto que entitula a obra.
comentários(0)comente



Jose 10/02/2023

Contos do absurdo
Só um comentário mesmo. São seis contos e o que não acontece com outros livros de contos, nesse todos ficaram na minha mente. São histórias tão absurdas mas tão perto da realidade que eu duvido e ao mesmo tempo acredito que pode estar acontecendo.

O conto que mais me marcou foi Carvão Amarelo, nele o autor pinta um mundo distópico onde está faltando energia e a solução encontrada é usar a raiva humana, dá certo até alguém aparecer satisfeito e feliz. Esse conto me fez ficar refletindo por dias.

Bem, eu não tenho habilidade para escrever uma resenha decente mas esse livro merece ser lido com toda certeza.
comentários(0)comente



Carlos 19/01/2023

O marcador de página
Krzyzanowski é um autor desconhecido e misterioso, mas não deixa de chegar ao nível de Kafka em seus contos.

Quadraturin: o conto expressa ao mesmo tempo a necessidade de mudança, na visão dos cidadãos, da URSS, assim como, paradoxalmente, justamente um problema com tais mudanças. Parece-me um conto que critica a nossa noção de liberdade e nossas supostas necessidades. O pequeno quarto, antes pequeno e aconchegante, torna-se um deserto em que o próprio Sutúlin se perde.

O marcador de página: conto que dá nome ao livro, deixou a desejar.

Carvão amarelo: conto de grande teor kafkiano que apresenta o culto ao ódio como alternativa energética final para a humanidade, genial. Este universo distópico, em que as pessoas são estimuladas a odiarem umas às outras, parece um pouco com a nossa sociedade atual.

A décima terceira categoria da razão: conto fantástico em que um morto se atrasa para o próprio enterro. Uma exploração muito boa da categoria da razão que está além daquelas definidas por Kant.

Dentro da pupila: conto incrível, tratando-se do amor. Todos que já amaram - e foram amados - por alguém se identificarão com este conto, pois todos já estiveram e ainda estão dentro da pupila do amado(a). A tentativa de equacionar o tempo que a imagem (pessoa) leva para dissociar-se da emoção, levando ao esquecimento após o relacionamento, é genial.
Mateuzinhz 19/01/2023minha estante
Oi pode curtir minhas últimas publicações pfvr




rafa_._cardoso 16/10/2022

Leitura boa, engraçada e diferente
Gosto muito de contos e sempre que vejo um livro nesse estilo fico curioso para ler.

Com esse não foi diferente. O autor me chamou atenção pelo tema (e pela editora 34 claro), mas confesso que foi o conto que menos gostei.

São contos que tem críticas a censura, ao sistema socialista, tudo com uma boa pitada de absurdo.

Vale muito a leitura!
comentários(0)comente



Nayzinha 14/08/2021

retiro um pouco o que disse sobre odiar o texto do Krzyzanowski. acontece é que penso que um bom escritor ou é um bom mentiroso ou é, felizmente, ainda menino. não acontece com ele. saio com a impressão que é um bom rapaz, mas não sabe mentir muito. meus contos favoritos foram O carvão amarelo (1939) e o hilário A décima terceira categoria da razão (1927). creio que a tradução também tenha mantido o humor do texto, o que é um alívio. tem umas frasezinhas excelentes, como, ?Pode-se afirmar com segurança que, no amor, os olhos ? bem, como direi ? sempre vão correndo na frente.?. enfim, levei um tempinho para me acostumar com o autor, sim.
comentários(0)comente



Fabiola Hessel 30/06/2021

O olhar certeiro e uma escrita única
Eu amei a escrita do Sigismund Krzyzanowski, para mim é uma mistura perfeita realidade e absurdo, no melhor estilo Borges e Kafka, mas de uma forma totalmente russa de escrever sobre as situações e as pessoas.

Ele tem uma forma de misturar realidade com absurdo que me fascinou, ele vai inserindo os elementos fantásticos de forma sutil, misturadas com sarcasmo e crítica social. O que sai dessa mistura é muito peculiar e não me lembra nada que eu já tenha lido, mesmo que tenha elementos que eu já vi em outras obras.

Eu amei os contos O Quadraturin, O carvão amarelo e Dentro da pupila, mas achei O cotovelo que não foi mordido, A décima terceira categoria e O marcador de páginas muito bons também.
Essa é uma daquelas coletâneas onde os contos parecem se complementar e o conjunto é harmônico e maravilhoso.

Pouca coisa desse escritor chegou aos dias de hoje, o que é uma pena, mas depois de ler percebi porque ele sofreu tanta censura, o olhar agudo que ele tinha para os defeitos do regime soviético e a forma que o criticava em seus contos, com tanta argúcia e de maneira tão certeira não podia passar impune.

Uma das coisas que mais admiro é essa capacidade que alguns autores têm de chegar no cerne da questão e expor tanto as questões humanas como políticas de sua época.

Mesmo lendo o livro em um contexto tão diferente a escrita conseguiu ultrapassar as barreiras de tempo e espaço e me levar para a União Soviética do autor.

Esses seis contos me mostraram o quando o Krzyzanowski usou da escrita como resistência, mesmo sabendo que não seria publicado ele não queria deixar de dizer o que queria e da forma como queria.
O texto dele contém a dor de não ser aceito, de não se encaixar, mas contém o brilho de quem não aceita ser outra pessoa além de si mesmo.
comentários(0)comente



jota 12/07/2020

Minha avaliação: 2,7/5,0 (a nota é da minha leitura, não para a obra, reconhecidamente genial para alguns especialistas)
Uma vez Sigismund Krzyzanowski (1887-1950) descreveu-se como "um escritor conhecido por ser desconhecido", e esse trocadilho continha certa profecia porque somente 30 anos após sua morte foi devidamente publicado na então URSS e no exterior. Além do que, sua escrita singular não é algo que se lê e imediatamente se entende e se gosta. Para alguns especialistas o estilo de Krzyzanowski pode ser comparado ao de Franz Kafka e Jorge Luis Borges. Penso que está mais para o argentino, mais complicado, do que para o tcheco, mais acessível. Mas há também quem veja em sua literatura semelhanças com os escritos de Jonathan Swift e Samuel Beckett, autores seminais.

Nas orelhas do livro desta segunda edição (2016), temos a apresentação do conhecido crítico (entre outras coisas) Nelson Ascher, muito útil para se ler antes e depois dos contos. Que são seis, versam sobre diferentes temas (digamos que SK escreve a partir do nada, de uma ideia que nos parece maluca) e trazem muita imaginação e certa carga filosófica, especialmente kantiana. Mas também são marcados por várias influências, que abarcam desde Shakespeare e a novela gótica alemã até o simbolismo russo, conforme destaca a Editora 34 na quarta capa. Daí que essas histórias se tornaram inclassificáveis e se o leitor esperava algo com começo, meio e fim, contos tradicionais, eles também vão parecer não apenas inclassificáveis mas incompreensíveis em certos momentos, se me entendem.

Não vou tentar resumi-los porque não tenho competência para tal (ou vontade, pensando melhor), isso já foi feito muito bem por Ascher na apresentação, apenas citar seus títulos e desejar boa leitura para quem se dispuser a conhecer a (estranha ou original ou ambas as coisas) literatura de Sigismund Krzyzanowski: O Quadraturin; O marcador de página; O carvão amarelo; A décima terceira categoria da razão; Dentro da pupila; O cotovelo que não foi mordido. A partir dos anos 1980 as histórias de Krzyzanowski passaram a ser divulgadas e apreciadas fora da Europa Oriental mas nosso Campos de Carvalho (de A Lua Vem da Ásia, O Púcaro Búlgaro etc.), tão criativo e imaginativo quanto o russo, e muito mais divertido, merecia melhor divulgação dentro e fora do Brasil, não é mesmo?

Lido entre 07 e 11/07/2020.
comentários(0)comente



Gabi 26/02/2020

Não curti muito o livro. Talvez tinha muita referência sobre a União Soviética na época, mas que não foram explicadas, então foi uma leitura meio "sem sentido".
comentários(0)comente



cy_livros.filmes.etc 07/10/2018

Acabei de ler mais um livro da Coleção Leste, da Editora 34: O Marcador de Páginas e outros Contos, de Sigismund Krzyzanowski, um escritor que se descrevia como ?conhecido por ser desconhecido?. Nasceu em 1887, em Kiev, na Ucrânia, em uma família de origem polonesa. Estudou Direito, publicou alguns contos nos jornais de onde nasceu, depois mudou-se para Moscou em 1922. Escreveu cinco novelas e seis livros de contos, sempre em russo, mas teve apenas duas histórias publicadas em vida, pois assim como outros autores daquela época rica e contraditória, foi perseguido e boicotado pelo regime soviético.


Apesar disso Krzyzanowski valendo-se de grande ironia, transformou suas frustrações em histórias fantásticas como as que vemos nos seis contos deste livro. No primeiro, ?O Quadraturin?, o protagonista recebe uma amostra grátis de um produto que promete aumentar o tamanho de seu quarto de oito metros quadrados (provavelmente o autor viveu em um lugar assim). Ele espalha o produto nas paredes e de fato o cômodo se expande, porém cresce sem parar. Num primeiro momento Sutúlin se alegra, mas logo se desespera pois não sabe como irá explicar o fato à Comissão de Reavaliação de Superfícies quando da próxima inspeção.



O conto que dá título ao livro traz uma forte crítica aos censores e à literatura da época. O narrador encontra seu velho marcador de páginas, com quem dividira momentos e leituras maravilhosas. Entretanto, agora ao olhar títulos recentes não encontra nenhum digno de seu marcador. Sai de casa e vê em uma praça um ?caçador de temas?, um homem que desenvolve histórias fantasiosas como por exemplo, a da Torre Eiffel que resolve sair andando para fora de Paris, ou corriqueiras como uma que desenvolve a partir da saliência de um prédio ou de uma apara de madeira e um marceneiro que se torna um importante membro do Partido. O interessante é que este ?caçador de temas? transmite suas histórias oralmente, pois sabe que ninguém quer publicá-las. Provavelmente Krzyzanowski teve muitas de suas histórias também rejeitadas, como as deste homem.


Não dá para falar dos seis contos neste espaço, mas não posso deixar de mencionar ?O carvão amarelo?. Nele o mundo se encontra à beira de um colapso, pois as fontes de energia estão se esgotando. Um cientista, contudo, inventa um dispositivo que consegue transformar o ódio humano em energia. Aparentemente inesgotável esta fonte também acaba quando a apatia domina as pessoas. Incrível como é atual este conto escrito em 1939.


Como eu disse acima, Sigismund Krzyzanowski pouco publicou em vida, mas em 1970 foram encontradas cerca de três mil folhas manuscritas guardadas por sua mulher, o que permitiu que muitos anos após sua morte pudéssemos conhecê-lo.
comentários(0)comente



Márcia Regina 22/12/2009

"O marcador de página", de Sigismund Krzyzanowski

Um título interessante e um autor desconhecido. Confesso que foi essa a motivação que me fez iniciar a leitura.

Primeiro conto, “O quadraturin”. Começa bem, brinca com o absurdo de forma criativa, mas é previsível e perde fôlego ao longo do texto. Ao final, num momento em que a emoção deveria estar no auge, o grito soou fraco, falso, não soou grito.

Segundo conto, o do título. Oh, oh, quase desisti. Histórias camuflando a visão do autor sobre o ato da escrita, teoria literária, fórmulas... Conheço isso... Geralmente me cansa... Autores cheios de ideias, ideias boas, inusitadas, motes perfeitos para contos inesquecíveis. O problema é que os contos não se concretizam, perdem-se no momento em que são transportados para o papel.

Felizmente, um gatinho perdido no parapeito de uma janela manteve meu olhar preso no livro. Depois, “O carvão amarelo” prendeu minha atenção quando meu corpo já começava a dobrar a esquina. E “A décima terceira categoria da razão” manteve-me definitivamente concentrada e atenta. Havia ali algo que valia a pena.

Fechando com chave de ouro, “Dentro da pupila” e “O cotovelo que não foi mordido”, que considerei verdadeiras pérolas.

Saí do livro de forma ambígua, mas sem dúvidas quanto à recomendação. Leiam e divirtam-se. Uns vão gostar, outros não. Fantasmas, absurdo, vida real, ilusão, desilusão, medos, encantos e desencantos, tem de tudo. E em dose quase certa. Ele oferece muito, ainda que falte algo. Se o autor fosse um pouco além, poderia figurar entre meus preferidos. Faltou cruzar a linha, apenas um passo a mais. Ficou em um limbo que me incomoda.
comentários(0)comente



14 encontrados | exibindo 1 a 14


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR