O imitador de homens

O imitador de homens Walter Tevis




Resenhas - O imitador de homens


48 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Jessy Silva 02/02/2024

O corajoso Paul...
Uma grata surpresa essa leitura pra mim...
Pelo título do livro achei que a história ia girar em torno de Robert, que devo mencionar, um personagem bem construído, entendi as suas dores, suas frustrações e seu propósito. Mas Paul ganhou meu coração!
Paul verbaliza através de toda a sua jornada, a complexidade do ser humano, attaves do relato dele consegui visualizar o ser humano e me angustiar com o ser humano ali perdido na sua Individualidade e Entorpecido a medida que ficava encantada em como ele foi evoluindo, se descobrindo e olhando pra dentro de si e descobrindo a essência do ser humano, que acredito veementemente que ele conseguiu espalhar essa semente junto com a Mary Lou.
Mary Lou que desde sempre tão articulada, tão destemida e audaciosa que foi tão importante quanto Paul para o fim da história e esse final que ao me ver, foi excelente, porque fica aberto a criatividade, mas que no fundo a gente sabe o que aconteceu.

Estou grata pela leitura!

Ps: só dei 4 estrelas, por conta dos diálogos dentro das aspas.
comentários(0)comente



Raiane.Priscila 21/12/2023

Bem meia boca
Realmente esse livro deixou muito a desejar. História arrastada e desinteressante. Não consegui me apegar a nenhum personagem. Minha avaliação foi até boa, mas dou crédito ao tema.
comentários(0)comente



bardo 26/05/2023

O que aconteceria se o Homem Bicentenário de Asimov vivesse no Admirável Mundo Novo de Huxley? É difícil não imaginar que essas referências passassem pela mente de Walter Tevis ao escrever esse livro incrível, profundo e doloroso.
Apesar da escolha para o título traduzido ser bem fiel ao provável objetivo do autor, ela tira uma referência que vai permear a obra toda, o título Mockingbird se refere diretamente ao enigmático verso “only the mockingbird sings at the edge of the woods” (“Só o pássaro imitador canta na borda do bosque.”).
Essa sensação de desamparo, de não pertencimento e ardente necessidade de comunhão (muitas vezes não compreendida) vai permear toda a obra e o autor vai trabalhá-la de diversas formas. Temas como alienação, ausência de propósito, inadequação, transpassam a obra, o autor nos oferece diversas formas de interpretá-los.
De longe talvez seja uma dos romances distópicos mais melancólicos e pessimistas, a despeito da solução em aberto. O olhar agudo do autor em identificar que o maior desejo da espécie seja a autodestruição, não deixa muita margem para esperanças. O fato do livro ter sido escrito nos anos 80 muito antes do advento da Internet, das redes sociais e ainda assim possuir uma atualidade assustadora também não contribuí para não deixar o leitor no mínimo pensativo.
É curioso pensar que muito antes do advento das Redes um autor tenha entendido que o mal que assolaria o futuro seria um profundo sentimento de solidão e inadequação. Apesar da menção às drogas, ao sexo desapegado e impessoal, é muito óbvio que o alvo do autor é um pouco mais sutil. A comunidade profundamente cristã e ao mesmo tempo afastada dos valores mais profundos do cristianismo e seu óbvio paralelo com o pecado da Privacidade que diz repudiar não deixa margem para dúvidas.
Vale ainda dizer que temos aqui um manifesto de amor à leitura, à capacidade de ler, escrever e por meio dela ter acesso às mentes e visões que de outra forma nos seriam incompreensíveis. Um livro para ser lido e relido.
Brujo 26/05/2023minha estante
Uwau !! Ótimo resenha !! Só a tua frase inicial já me deixou bem interessado


bardo 27/05/2023minha estante
Vale muito a pena, estou bem interessado em ler mais coisas desse autor.




cosmiclaire0 25/03/2023

?
com a leitura desse livro percebi que desvalorizamos muito o aprendizado, e não quero dizer só do ponto de vista acadêmico mas também de vivências.
tente se imaginar em mundo em que robôs controlam o trabalho braçal, e basicamente os humanos não precisam fazer nada, nem mesmo aprender a ler, dizendo assim parece o mundo perfeito, não é? mas e se eu te contar que além disso, desde que nasceram os humanos são ensinados a não falar com ninguém, não pensar nem mesmo no que faz e a não amar?
parece uma realidade inimaginável, mas esse é o mundo em que bentley, spofforth e mary lou vivem e onde as suas vidas se cruzam e toda essa história envolvente começa.
acho que se eu falar mais que isso vou estragar a experiência incrível que é ler esse livro que tanto nos faz pensar. resumindo, indico demais!!
comentários(0)comente



Bcoralli 18/01/2023

Profundo e satisfatório.
Que surpresa ótima ler esse livro. Apesar do tema "ficção científica" ele é profundamente mais que isso, abrangendo a importância do auto conhecimento, educação, relacionamento afetivo e emocional, refletir sobre coisas ditas normais e o quanto disso tudo faz ou não bem a você e a sociedade como um todo.
Os personagens são simples com a sua construção básica de psique, mas creio que foi intencional serem dessa forma.
Um livro antigo, mas na minha opinião se faz tão atual, ainda mais se relacionarmos com tanta rede social em nosso cotidiano. Indico de olhos fechados a todos que se atentam mais do que a história em si está contando e sim o que ela te faz pensar e sentir.
comentários(0)comente



Michele Duchamp 02/06/2022

Uma história oral da distopia
2.5 estrelas.

Achei a prosa oralizada demais pro meu gosto, uma vez que parte significativa do enredo é escrita na forma de diários pessoais e a narrativa é muito simplória, afinal os personagens humanos são pessoas com um nível de alfabetização básico.

Brave New World e Fahrenheit 451 encontram Idiocracy.
O nosso trio de heróis pode ser classificado como Robocop, Eva e homem randômico de 40 e poucos anos.

Concordei com várias críticas à religião cristã fundamentalista, mas a parte dele vivendo entre religiosos "rednecks" de alguma igreja batista no sul dos EUA é entendiante ao extremo.
Na minha opinião, um livro unidimensional.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Michel Pinto Costa 18/05/2022

LEIA SEM EXPECTATIVAS
O livro tem bons momentos, como o tratamento mítico/religioso que o protagonista recebe ao chegar numa comunidade pelo fato de saber ler, as dúvidas e aflições do robô nível 9 e a falta de perspectiva e ambições das pessoas, que as levam a tomar medidas drásticas.
Vale a leitura, mas sem criar muitas expectativas.
comentários(0)comente



Joel.Martins 03/04/2022

Gostei!
Uma mistura de Blade Runner e O livro de Eli.
Acho que o foco principal do livro é a natureza humana. Aquela que nos faz sentir necessidade de ser feliz.
E será que um robô pode ser feliz??
Essa leitura vai responder essa pergunta ??
comentários(0)comente



Jessi 17/03/2022

Esse livro junto com "o conto da aia" me fez ter medo do quanto isso pode realmente acontecer nas nossas vidas, e isso é muito perturbador, no entanto é necessária a leitura.
Peguei essa indicação aqui no Skoob mesmo de modo aleatório, mas foi uns dos melhores aleatórios que já li.
comentários(0)comente



kiki.marino 05/03/2022

O livro se passa num futuro distopico realista,talvez o único exagero seja um mundo e sociedade onde robôs criados a partir de tecidos humanos comandam e tomam decisões da sociedade. Dominada por tecnologia, drogas inibidoras de fertilidade, vontade e conhecimento, onde a introspecção isolamento e privacidade são um dever ,o fim da comunidade. Uma sociedade em que a leitura e a escrita desaparece.
Sinto que o livro não atingiu todo o seu potencial e até um pouco previsível mas tem observações bem interessantes dos valores e impactos da indústria cultural/tecnologia na consciência e comportamento das pessoas.Mas felizmente há sempre um "mockingbird" ou melhor dois na estória,representado pelo improvável casal Paul e Marie Lou que com a ajuda do robô Spofforth,o mais inteligente,avançado e último da sua linha redescobrem a interdependência, emoções e sua humanidade adormecida.
Além do poder da leitura, escrita e memórias para construção da pluralidade social.

"Sinto-me livre e forte. Se eu não fosse um leitor de livros,eu não seria capaz de me sentir assim .Aconteça o que acontecer,graças a Deus eu sei ler,fui capaz de entrar em contato verdadeiro com a mente de outros homens. [...] Pois deve ter sido a escrita, tanto quanto a leitura, que me deu essa forte sensação do meu novo ser"
comentários(0)comente



Luagirao 29/01/2022

Terminei a leitura agora e sei que preciso digerir muita coisa, mas foi uma leitura que me deixou muitas vezes anestesiada. Algo tão fictício e ao mesmo tempo tão real... Absurdamente, real.
comentários(0)comente



voandocomlivros 27/01/2022

"LER É ÍNTIMO DEMAIS. LER VAI COLOCÁ-LO MUITO PERTO DOS SENTIMENTOS E DAS IDEIAS DOS OUTROS. VAI PERTURBÁ-LO E CONFUNDI-LO."


"O Imitador de Homens" ressignifica a relação entre homens e livros como a única possibilidade de liberdade e encontro da essência humana.


O autor criou um universo sintético com uma sociedade com humanos quase extintos e substituídos por robôs. A maior parte da história se passa em Nova York, e conforme a leitura avança, é possível perceber que a Terra está devastada, um verdadeiro apocalipse tecnológico que foi se infiltrando aos poucos, de forma silenciosa.


Bob Spofforth, um robô de última geração, representa paralelamente a desumanização extrema e a quebra da engenharia perfeita. Em toda sua frieza, ele é dotado de sentimentos humanos e tenta suicídio repetidamente, mas é impedido pelo software. Quando encontra Paul Bentley, um humano, especialista em leitura que aprendeu a ler sozinho nessa sociedade sem leitores, Spofforth apresenta muitas contradições, escancarando ainda mais sua personalidade robótica complexa.


"SER AMIGO ERA ISSO. ALGUÉM COM QUEM VOCÊ FICAVA MAIS TEMPO DO QUE UMA PESSOA DEVERIA FICAR COM OUTRA."



Paul Bentley é um sonhador. Quando ele encontra Mary Lou, uma rebelde que opta pela realidade dura e prefere os animais às máquinas, desperta seu lado incorfomado e incompleto, os dois são incapazes de aceitar o que lhes é dado e estão dispostos a romper com o status quo.


"O QUE MAIS GOSTO É DA ESTRANHA SENSAÇÃO QUE TENHO NOS PELINHOS DA MINHA NUCA QUANDO LEIO CERTAS FRASES."


Esse livro é muito rico, aborda uma infinidade de tópicos que podem ser debatidos por horas, mas acho que o que mais mexeu comigo foi a insustenbalidade de um mundo vazio, imaginar-me vivendo em um lugar totalmente desprovido de qualquer arte é triste demais.


"AQUILO QUE EU QUERIA, AQUILO PELO QUAL EU ANSIAVA DESDE AQUELE TEMPO, ERA SER AMADO. E AMAR. E ELES NÃO HAVIAM SEQUER ME ENSINADO ESSA PALAVRA."


Se você já leu "1984" e "Admirável Mundo Novo", vai encontrar várias semelhanças nesse livro. Mas também vai perceber uma diferença gritante: "O Imitador de Homens" transmite esperança. Eu amei tanto isso. O livro todo é incrível, mas o desfecho é espetacular.



"ELE ESTAVA COMEÇANDO A DESCOBRIR QUE, DENTRO DE SI, EM ALGUM LUGAR, HAVIA UMA VIDA ENTERRADA, UMA VIDA DE SENTIMENTOS."



Recomendo muitíssimo!

site: https://www.voandocomlivros.com/post/o-imitador-de-homens-resenha
Jessy Silva 02/02/2024minha estante
Nossa, que resenha linda!




Michelle.Oliveira 06/01/2022

Maravilhosoooo
Termino esse leitura muda, introspectiva e abismada com cada palavra.
O livro traz uma crítica mordaz a nossa sociedade, até parece que ele escreveu o livro semana passada. E enlouquecedora a nossa capacidade de fazer m*erd@, de nós destruir, de transformar algo benéfico em nosso calvário.
Finalizo com a sensação que estou vivendo em uma distopia e que só a literatura está me "impedindo" de surtar de vez.
comentários(0)comente



Hidalberto 23/12/2021

Pode ser que seja amanhã
O romance em questão faz reflexões sobre um modo de vida que estamos caminhando para o futuro. Na verdade, muito do que foi relatado no livro já está acontecendo. Achei interessante que algumas coisas que ele expôs lá, hoje já está acontecendo como a crise do petróleo que ele afirmou que na época a gasolina custava mais caro que um copo de uísque.

Achei interessante também a evolução do personagem que através das leituras ele ganhou destaque chamando atenção da importância do hábito de leitura. A leitura foi tão boa que li em poucos dias. Pena que a Rádio Londres se acabou...
comentários(0)comente



48 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR