O imitador de homens

O imitador de homens Walter Tevis




Resenhas - O imitador de homens


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Carla Maria 12/12/2020

Excepcional
Eis que para a minha inesperada e maior surpresa, O Imitador de Homens entrou para a minha seletíssima lista de livros da vida (ele é o terceiro). O autor Walter Tevis consegue atingir a alma do leitor.

Em um futuro não muito distante, lá pelo ano de 2400, a humanidade está se dizimando, apenas alguns milhões ainda permanecem de "pé". E os poucos que ainda resistem, com o tempo cometem suicídios a luz do dia, e ninguém faz nada, pois é algo normal. As pessoas vivem a base de drogas e sexo rápido. Eles não sabem mais o que é ter sentimentos, pois foi proibido a vários anos atrás. Eles também não sabem mais ler. Não existem crianças. O mundo é controlado por robôs de várias categorias e um deles em especial, o Tipo Nove, chamado de Bob Spofforth, é o responsável por controlar essa população. Ele possui sentimentos e é praticamente uma cópia de um Ser Humano. Ele quer acabar com a própria existência, mas foi programado para não conseguir. E é aí que a "vida" desse robô vai se cruzar com a de Mary Lou (uma mulher foragida da lei), e com a de Paul Bentley, um professor universitário que aprendeu a ler sozinho.

Uma leitura mais que obrigatória para aqueles que almejam ler algo grandioso.
Joel Premiani 22/12/2020minha estante
Segui esta tua sugestão e estou quase finalizando a leitura. Eu não podia deixar de passar por aqui e dizer que estou fascinado com este livro. Valeu.


Carla Maria 27/12/2020minha estante
Nossa, que alegria imensa saber que você seguiu minha sugestão e conseguiu captar a magnitude dessa história. Abraço Jocabilis.


Joel Premiani 28/12/2020minha estante
Finalizei a leitura hoje. Amei. E... nossa! Que similitude com nossa época. Valeu pela dica.


Carla Maria 28/12/2020minha estante
Verdade Jocabilis. Espero poder compartilhar em 2021 livros tão bons quanto esse?.




Isaac 10/10/2020

Só o pássaro imitador canta na borda do bosque
Nas primeiras páginas desse livro, já sabia que iria se tornar um favorito.
É um livro completo: trata de política, igreja, suicídio e, principalmente, solidão.
No universo criado por Walter Tevis, o suicídio é frequente; as pessoas usam drogas e remédios que as fazem não questionar o mundo em que vivem, mas a aceitar tudo da forma como lhes é imposto. No caso das mulheres, os remédios inibem a fertilidade, fazendo com que no mundo existam apenas adultos.
Ninguém sabe ler; os livros e filmes foram proibidos e os cargos são ocupados em sua maioria por robôs.
O livro tem três narrativas de personagens diferentes que em determinado momento se conectam:
Primeiro, veio o Spofforth, um robô criado para ser o mais humano possível e assumir os grandes cargos. Ele tem um único desejo: morrer. Porém, os seus algorítimos de fabricação não permitem. Depois, conhecemos o Bentley, um aspirante a leitor que passa a trabalhar próximo a Spofforth. Por fim, a Mary Lou, uma mulher que vive em um zoológico e enxerga a vida diferente das demais pessoas.
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Raiane.Priscila 21/12/2023

Bem meia boca
Realmente esse livro deixou muito a desejar. História arrastada e desinteressante. Não consegui me apegar a nenhum personagem. Minha avaliação foi até boa, mas dou crédito ao tema.
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Joel.Martins 03/04/2022

Gostei!
Uma mistura de Blade Runner e O livro de Eli.
Acho que o foco principal do livro é a natureza humana. Aquela que nos faz sentir necessidade de ser feliz.
E será que um robô pode ser feliz??
Essa leitura vai responder essa pergunta ??
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Elaine | @naneverso 17/07/2020

Tão real que chega a doer!
Com uma escrita melancólica e incrivelmente palpável, Walter Tevis nos apresenta três personagens singulares: um robô depressivo criado à imagem de um homem negro ? talvez o único de sua espécie ?, um homem que aprendeu sozinho uma arte muito antiga conhecida como "ler", e uma mulher que incrivelmente escapa ao controle dos robôs e consegue viver sua vida de forma diferente dos outros seres humanos ainda existentes.

Nesta distopia onde a vida é uma não-vida ? ou seja, onde os humanos ainda estão vivos, mas sua existência é marcada pelo uso de drogas, psicotrópicos e a impossibilidade de sentir qualquer coisa que seja, já que existem leis que impõem a individualidade acima de tudo ?, Tevis cria sua trama ao redor de questionamentos como o valor da literatura, da arte, dos sentimentos, da religião e da fé (que, sim, são duas coisas diferentes), trazendo o leitor para dentro da história por meio da identificação com a sensação de anestesia dos tempos modernos, ainda que o livro seja dos anos 1980.

Resenha completa em @naneandherbooks no Instagram
Agnaldo Alexandre 18/07/2020minha estante
O homem que caiu na terra, do mesmo autor, também é extremamente melancólico. Esse aí eu não conhecia. Vou procurar.


Elaine | @naneverso 18/07/2020minha estante
Já até comprei O homem que caiu na Terra também porque gostei muito da escrita dele. Se você gostou dele, provavelmente vai gostar desse também :D


Daniela 21/07/2020minha estante
Tô muito afim desse livro desde que vi teus comentários.


Elaine | @naneverso 21/07/2020minha estante
Eu acho que você iria gostar, Dani!




edisik 06/05/2021

Ótimo
Eis que para a minha inesperada e grande surpresa adorei esse livro. Tenho que confessar que pela capa (Que é Horrível, mas nunca julgue um livro pela capa) achei que que iria perder tempo tentando ler ele, mas ao contrário é uma leitura fluida e que nos deixa com muita coisa para refletir.
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Isa 04/08/2021

O Imitador de Homens
A desconstrução civilizatoria por sua total  alienação, este é o cenário futurista de horror pela completa falta de sentimentos do "O Imitador de Homens"
- "...um mundo subpovoado de idiotas egocêntricos e viciados em drogas, todos vivendo segundo as Regras da Privacidade em algum sonho louco de Autossatisfação"

A cultura instituída é primada pelo o individualismo e privacidade, através do controle comportamental por dopagem e esterilização quase inconsiente do indivíduo. Com incentivos ao consumo de drogas, sedativos , antidepressivos e  psicofármacos, onde não lhes são permitido resquícios algum de humanidade, reprodução, famílias e afeto. "Não pergunte...relaxe" "Sexo às pressas é o melhor".

Os robôs são a força motriz dessa sociedade atrofiada. Dentre eles o androide Spoffort, o ápice da concepção criativa do homem, o tipo nove cujo o único desejo é a morte. Porém, escravo da sua condição de guardião mor até o último ser vivente, mantém o subjulgo da humanidade 

Mas a leitura,  hábito esquecido, proibido e criminalizado nesse universo áudio visual é descoberto acidentalmente por Paul Bentley,  professor universitário. Que se une a Mary Lou, que se recusou desde sempre ao uso de controle entorpercentes. Perfazendo conceitos e valores redescoberto para um novo fim, ou contínuo recomeçar da espécie humana. 

Apesar do desfecho um tanto quanto alinhavado, uma ótima reflexão, vale muito a leitura.  Recomendo.
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dafsss 08/07/2020

Esplêndido
O livro gira em torno de três personagens. O Spofforth, Paul Bentley e Mary Lou.
Paul é um professor que descobre como ler, nessa sociedade futurística ler não é mais necessário e inclusive é proibido. Com a descoberta de alguns livros que ainda restam, Paul começa a pensar por si só e questionar para aonde o mundo está indo. Junto com Mary, que é uma mulher de olhos bem abertos para realidade.

Consegui me reconhecer nas motivações de todos. É uma escrita leve e direto ao ponto, conseguindo balancear entre cenas tensas e cenas reflexivas. Houve espaço até para alívios cômicos.
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A leitura tem um papel importante nos personagens. Bentley depois que aprendeu a ler criou empatia pelas outras pessoas e conseguiu enxergar o mundo de um jeito crítico. Afinal, como os robôs, criações humanas, conseguiram se tornar dominantes? Porque os humanos respondem aos comandos de máquinas?

Resenha completa no link: Consegui me reconhecer nas motivações de todos. É uma escrita leve e direto ao ponto, conseguindo balancear entre cenas tensas e cenas reflexivas. Houve espaço até para alívios cômicos.
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🌻A leitura tem um papel importante nos personagens. Bentley depois que aprendeu a ler criou empatia pelas outras pessoas e conseguiu enxergar o mundo de um jeito crítico. Afinal, como os robôs, criações humanas, conseguiram se tornar dominantes? Porque os humanos respondem aos comandos de máquinas?

site: https://www.instagram.com/p/CCY_DfoDLUY/
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Gabs - Entre Prólogos e Epílogos 30/07/2020

Um incrível universo apocalíptico e sensível
Imagine você uma Nova York desolada, sem carros, pouca gente na rua. É nesse universo que Tevis nos insere, ressaltando que o Empire State Building é a lápide da cidade.
Alguns séculos no futuro, a população mundial está em declínio, os robôs e máquinas agora ocupam os postos de trabalho que antes eram dos humanos. Ah, mas os robôs TAMBÉM estão em declínio :) As pessoas foram educadas desde crianças para seguirem “leis” estritas de privacidade: não encarar, não fazer perguntas; além disso, passam o dia todo chapadas ou dopadas. Para completar esse cenário quase apocalíptico, a leitura e a escrita são hábitos que foram perdidos ao decorrer dos séculos e inclusive, se tornaram proibidos. O último livro foi publicado no ano de 2189.
Vamos vendo mais sobre esse caos futurista pelos olhos dos personagens centrais: Spofforth, um robô do nível mais alto já feito, que teve seu “cérebro” copiado de um cérebro humano; Bentley, um homem que na meia idade se tornou um dos únicos nos Estados Unidos que aprendeu a ler e escrever; Mary Lou, uma mulher que aprendeu muito cedo a revolucionar o sistema em que vivia.
É importante notar que a história é uma metáfora muito dolorosa para o que o autor vivia. Sentimentos como o fracasso e a solidão, e a opressão do alcoolismo. Com esse repertório, Tevis conseguiu criar uma ficção científica que em vez de focar nas tecnologias, ou no declínio delas, ressalta os sentimentos humanos que ainda restam, ou que haviam sido esquecidos.
É assim que o livro traz uma sensação muito grande de esperança mesmo em meio a um cenário de caos, sem contar, é claro, um amor muito grande aos livros, palavras e história, ao contar sobre um homem que no meio de uma sociedade apática e em declínio, descobre os sentimentos e a vontade de mudança.
Deixo uma de minhas frases favoritas:
“”Ler é íntimo demais”, disse Spofforth. “Ler vai colocá-lo muito perto dos sentimentos e das ideias dos outros. Vai perturbá-lo e confundi-lo.””


site: youtube.com/entreprologoseepilogos
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Picón 06/07/2020

Clássico moderno
Como esse livro pode ter passado tanto tempo sem tradução para o português? Por que não está nos cânones da literatura moderna?
Trata-se de um genial romance de formação ao contrário, um romance de desconstrução.
Uma ilustração de Ontologia, e das fronteiras da essência do Humano e do inumano. Aborda e critica temas como o suicídio, fé, fundamentalismo religioso, capitalismo, reificação, materialismo, drogas, dependência da tecnologia e das máquinas, a existência de Deus e a aleatoriedade da vida, e sobretudo a importância da leitura e dos livros como conscientização e libertação, primeiramente individual, e posterior e consequentemente coletiva.
Com muitas alegorias bíblicas, e em diversas facetas, às religiões.
Enfim, uma grande obra, de conteúdo riquíssimo.
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Sandrics 10/07/2020

Maravilhoso!
Spofforth está na beirada da cobertura do Empire State Building, ele quer cair, é o seu maior desejo há muito tempo. Mas seu sistema operacional o impede de morrer. Spofforth é um robô do tipo Nove, o melhor de todos, designado para todos os tipos de tarefas.

O imitador de homens trata-se de uma ficção expeculativa em que o autor imaginou como seria o planeta Terra daqui alguns anos no futuro. Humanos tomam seus coquetéis de sedativos e são treinados a não pensar. As mulheres perderam a fertilidade. A leitura é um conceito que não existe mais.

Nesse ambiente, Paul é um humano que aprende sozinho a ler e tem o desejo de ensinar a leitura, porém, é crime. E Mary Lou é uma mulher que não toma drogas pois fica enjoada e por isso parece tão esquisita dos demais. Esses três personagens terão seus caminhos colidindo.

"Aprendi a somar e subtrair números em um dos livros. Mas era entediante aprender o que chamava de Aritmética para meninos e meninas, então paramos de ler depois de adição e subtração. Se você tem sete pêssegos e tira três, você vai ficar com quatro. Mas o que é pêssego?"

Walter Tevis escreveu uma história de pessoas solitárias em um mundo de abandono. Não entendo como esse livro ainda não havia sido publicado no Brasil já que está lado a lado de grandes clássicos. Usando alegorias bíblicas e situações cotidianas, o autor nos mostra como estamos perto da solidão e de perder nossa consciência para artifícios que façam com que nos sintamos melhor.

"O que mais gosto é da estranha sensação que tenho nos pelinhos da nuca quando leio certas frases. E, por mais estranho que pareça, há frases que muitas vezes são muito obscuras para mim, ou que me deixam triste. Ainda me lembro desta, dos meus tempos em Nova York: 'Minha vida é leve, e espera o vento da morte, como uma pena no dorso da minha mão'".

site: https://www.instagram.com/culturinhas/?hl=pt
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Silvia Ferreira 29/08/2021

incrível
se eu tivesse lido sequencialmente cem livros ruins e depois lido esse livro, todo meu sofrimento como leitora teria sido recompensado. plenamente.
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Eder Ribeiro 31/03/2021

O livro poderia ter sido melhor se tivesse explorado melhor a história de Spofforth. Não o acho apocalíptico e nem a história possível de acontecer, entretanto, alguns trechos da história merece uma reflexão sobre os atos humano e aonde podem nos levar.
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Michel Pinto Costa 18/05/2022

LEIA SEM EXPECTATIVAS
O livro tem bons momentos, como o tratamento mítico/religioso que o protagonista recebe ao chegar numa comunidade pelo fato de saber ler, as dúvidas e aflições do robô nível 9 e a falta de perspectiva e ambições das pessoas, que as levam a tomar medidas drásticas.
Vale a leitura, mas sem criar muitas expectativas.
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Mari Pereira 23/01/2021

Poderia ser melhor
O livro tem uma premissa interessante, mas o desenvolvimento da história é um pouco monótono e enfadonho. Os personagens não são muito carismáticos e não consegui me envolver emocionalmente com nenhum deles.
O livro desperta uma reflexão sobre o egoísmo, individualismo e preguiça humana.
Também mostra a força da leitura e do conhecimento para a transformação da realidade.
Não foi uma leitura ruim, mas também não foi empolgante.
Em resumo: bom, mas poderia ser melhor.
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