Ministério do Silêncio

Ministério do Silêncio Lucas Figueiredo




Resenhas - Ministério do Silêncio


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Spy Books Brasil 22/06/2023

Um grande trabalho de reportagem
Lucas Figueiredo faz um trabalho exemplar de apuração, com recurso a fontes e documentos oficiais – muitos deles ainda classificados pelo governo brasileiro – para recontar a história do Serviço Secreto Brasileiro, de seu nascimento como uma ideia vaga, em 1927, até metade do primeiro governo Lula, em 2005. Nessa trajetória, ele reconta a transformação daquela ideia vaga, nos anos da ditadura militar, num monstro de perseguição a cidadãos brasileiros que pensavam de maneira diferente do governo de plantão. O SNI, além de investigar supostos subversivos, colaborando com as prisões ilegais e sevícias praticados pelo aparto de "inteligência" das três Forças Armadas, se meteu em aventuras golpistas contra os próprios generais – quando eles não mais apoiavam a brutalidade do sistema – e outras de corrupção, com o apoio de militares, como os casos Capeme e Baumgarten. É uma aula de história do Brasil.
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Paulo 12/03/2023

Todos temos ouvido sobre como a prática de decretar sigilo de informações públicas tem se tornado corriqueira. A cultura do sigilo é típica de regimes autoritários e, sem dúvida, a Lei de Acesso à Informação (lei 2527/2011) foi um grande passo para dar mais transparência à administração pública.

No livro ?Ministério do silêncio?, o jornalista Lucas Figueiredo narra a longa história do serviço secreto brasileiro que, depois de muitas tentativas frustradas, foi estruturado com a criação do Serviço Nacional de Informações (SNI), poucos meses após o golpe de 1964. Com o passar dos anos da ditadura, o SNI ganhou muito poder e atuou cotidianamente para sabotar qualquer iniciativa de democratização, cultura herdade pela Abin, órgão que o sucedeu.

O chefe do SNI (sempre um militar) passou a ter status de ministro de Estado e, não sem razão, dois deles seriam presidentes do regime de exceção depois de ocuparem o cargo: Médici e Figueiredo. Grande parte da verba abundante que sustentava o serviço de espionagem vinha de um orçamento secreto, além de que o órgão não tinha obrigação de tornar públicas as informações acerca de seu funcionamento. Não havia qualquer tipo de controle externo.

A cultura política do sigilo, que Bolsonaro buscou reimplantar no Brasil, é defendida abertamente pelas Forças Armadas e é herdeira direta do período ditatorial.
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bella 11/02/2023

Obrigada pai por comprar esse livro antes de eu nascer ?
Fluiu mais do que o esperado. pensei que ia ser extremamente maçante por se tratar da origem de um órgão do governo que eu pouco me importava, mas foi uma fonte de fatos históricos que eu não tinha o conhecimento. a divisão dos capítulos ficou bem organizada - feita por mandatos de cada presidente, separado pelo período de governo certinho - e as informações no início do livro também me auxiliaram bastante: siglas, linha do tempo e estrutura das organizações políticas etc.
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Denise Barros 13/03/2021

Impressionante
Existem partes da história do nosso pais que ainda não estão esclarecidas, e pelo desenrolar de tudo nunca serão. Livro impressionante, herdei do meu tio.
Hadassa99 13/03/2021minha estante
Nossa, me falar um pouco sobre?


Denise Barros 13/03/2021minha estante
Ele fala bastante a respeito do serviço secreto brasileiro. Um pouco da época que iniciou tudo. E uma passagem política interessante




Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

Durante sete anos, o jornalista Lucas Figueiredo ( autor de Morcegos negros) investigou o submundo do serviço secreto brasileiro, compondo um retrato impressionante desse órgão público federal que age nas sombras e não obedece às leis. Para contar a história do serviço desde o surgimento do seu embrião, em 1927, até, 2005, o autor reuniu 26 quilos de documentos confidenciais e mais de 120 horas de entrevistas com agentes e ex-agentes secretos. O resultado é um quadro inédito dos crimes cometidos pelo serviço secreto nesses 78 anos, que incluem chantagem, perseguição, estelionato e cumplicidade em tortura, assassinato e ocultação de cadáveres.
Ministério do silêncio revela ainda que a vocação do serviço secreto para sabotar a democracia surgiu muito antes da ditadura militar (1964-1985) e continua a se manifestar nos dias de hoje. Mostra também como o governo gasta anualmente mais de 40 milhões de dólares para manter esse órgão público obcecado com um único “inimigo”: você.


Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/85-01-06920-5
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djr 30/11/2017

O Ministério pouco conhecido
Excelente livro sobre uma das organizações mais importantes e responsáveis pelas atrocidades cometidas pela ditadura. Mostra toda a formação até os dias atuais do órgão de informações do Brasil, mostrando sua relação com os políticos e com o sistema de corrupção no país, que es´ta presente desde sempre.
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Bernardo 17/06/2014

A origem da ABIN
Mostra com o Serviço de Inteligência no Brasil foi criado para caçar comunistas, e como tal serviço perdeu o propósito de existir com o fim da Guerra Fria.
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Érica 09/02/2014

Os perigos de se querer proteger uma nação de si mesma
O belorizontino Lucas Figueiredo tem carreira de sucesso como repórter tendo trabalhado em jornais e revistas bem conhecidos nacionalmente. Decidiu, então incursionar pelos livros, sendo que Ministério do Silêncio: a história do serviço secreto brasileiro de Washington Luís a Lula (1927-2005) é seu segundo livro, cujo subtítulo bem poderia ser substituído pelo título dessa matéria.

O tamanho dele assusta um pouco aos mais incautos (espero que não aos leitores desta coluna!) – são quase 600 páginas de texto, notas e referências históricas.

“De que trata o livro então? Qual é esse ministério?” – o leitor poderia se perguntar meio assustado, pensando que o nosso distinto presidente, mesmo em seu ano final, teria criado mais uma cadeira ministerial acrescentando-a a sua quase infinita lista de colaboradores entre ministros e secretários com status de ministro.

Mas, não. O título do livro remete-se à fala de um dos idealizadores do Serviço Secreto brasileiro, que o qualificou assim: como sendo um braço do governo com poderes de ministério, mas que zelaria pelo silêncio e pela manutenção do secreto enquanto protegia os interesses nacionais.

Quem se deleita com fatos históricos vai, de fato, apreciar a leitura deste livro, já que foi fruto de pesquisa minuciosa de onde se pode compreender com clareza como e quando aconteceram as fundações – porque, segundo minha interpretação dos acontecimentos narrados pelo autor, foram pelo menos, duas – da agência de espiões brasileiros, do SFICI (Serviço Federal de Informações e Contra-informação) até a atual ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).

Ao longo da leitura ainda, tem-se uma visão clara da movimentação da máquina política brasileira – de onde o jeitinho e a astúcia não estão ausentes. Um belo exemplo foi a maneira pela qual Castello Branco, ao assumir a presidência, esvaziou os poderes de um desafeto chamado Portella, muito amigo de um seu desafeto ainda maior – o futuro presidente Costa e Silva. Portella, então, chefiava o SFICI – cargo cheio de poder e glamour. Castello Branco, sem tocá-lo diretamente, esvazia todas as suas funções, mantendo-o no “poder”, sem afrontar diretamente a perigosos brios, simplesmente transferindo as funções do serviço de informações para uma nova agência: o SNI (Serviço Nacional de Informações), colocando o novo órgão sob supervisão direta da presidência da república. Um golpe de mestre.

Entende-se ainda qual o pensamento daqueles que primeiro geriram as agências de inteligência brasileiras, e por extensão, o pensamento da maioria dos políticos da época que prevalece ainda vivo entre os populistas. Segundo eles, o “povo” é visto como uma massa desprotegida, inepta e carente da orientação e cuidados paternais do Estado, sem os quais se afundaria no lodaçal da ignorância.

E foi com este pensamento que os generais – lembrando que os serviços de inteligência sempre foram civis, mas geridos pelo exército – passo a passo decidiram eliminar a todos aqueles que quisessem trazer ao Brasil ideologias diferentes das defendidas por eles visando a proteção do “povo” da contaminação comunista.

Vê-se também como o governo americano influenciou grandemente o funcionamento da inteligência brasileira fornecendo manuais e treinamento para seus comandantes que promoveram, similarmente ao que aconteceu naquele país, uma caça às bruxas nacional, durante a qual comunistas – guerrilheiros ou não – foram expulsos do país ou, ainda pior, torturados e mortos em episódios já elucidados ou em outros ainda por se entender completamente, como a operação Marajoara, acontecida no Araguaia.

É necessário que se faça aqui um aparte – o autor pecou apenas em pequenos pontos do texto que soam panfletários. Essa característica consegue me enervar quando estou lendo algo que se identifica como sendo histórico, pois, segundo o que aprendi, relatos dessa natureza devem prezar pela neutralidade e pelo relato dos fatos. Assim, logo no começo, quase desisti da leitura quando marquei em vários lugares do texto partes com a famigerada palavra “panfletário”.

Nelas, o autor, discretamente, defende ou parece defender, o ideário comunista afirmando, por exemplo, que Fidel Castro e Che Guevara conseguiram libertar seu povo “da elite exploradora e, de troco, humilhar os ianques tomando aquilo que lhes era mais caro – seus bens” (pág. 72).

Embora o tom da prosa – extremamente leve e interessante do autor – seja irônico e sarcástico, em trechos como o mencionado, tem-se a impressão de que ele posiciona-se a favor de uma visão política em detrimento da outra. Isso, como já afirmado, deveria inexistir em um livro que se pressupõe factual.

Mas, é claro, continuei a leitura movida pela curiosidade – e porque não dizer: pela prosa interessante e pela pesquisa detalhada executada pelo autor – e não me arrependi.

Realmente, para alguém que como eu, viveu apenas os anos finais da ditadura – e mesmo assim como criança pequena – é sempre bom manter em foco as conseqüências gravíssimas que podem advir de governos paternalistas que tomam a peito o intento de proteger a nação da própria nação – e de seus reais desejos.

Periga-se descambar na ditadura, como fica bem claro pelo relato de Figueiredo.
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Vanessa 13/10/2012

Quem é o poder
Lucas Figueiredo comprova de forma suave e através de fatos o Poder que manda no país. Este Poder é capaz de eleger e derrubar presidentes. Livro obrigatório para quem ama política e o Brasil.
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ralfe 22/10/2011

O titulo do livro nao diz muito, pra quem ja nao conhece o significado do termo. Essa obra trata do sistema brasileiro de inteligencia, desde o seu inicio ate os dias atuais. O autor fez uma investigação profunda e com informaçoes que voce nao encontrará mais em lugar algum. E tudo é contado com um humor muito bem colocado. Só é preciso disposição, pois é uma leitura um pouquinho massante.
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Prateleira Cult 09/03/2011

Ministério do Silêncio - Lucas Figueiredo
Esta resenha foi retirada da seguinte postagem no blog: http://prateleiracultural.blogspot.com/2010/09/ministerio-do-silencio-lucas-figueiredo.html

Todos nós já estamos bastante acostumados a ver filmes que falam do serviço secreto norte-americano (CIA), o britânico (SIS antigo MI6), o israelense (MOSSAD), entre outros, mas pouco conhecemos sobre o serviço de inteligência brasileiro (ABIN).

O livro é um documentário realizado pelo autor, possuindo um vasto acervo documental que reforça os apontamentos e as afirmações do mesmo. Retrata com requintes de detalhes a forma militarizada como é tratado o serviço secreto nacional, mesmo já tendo terminados os anos da ditadura militar.

O Serviço Secreto foi criado principalmente para manter o presidente informado dos principais acontecimentos que ocorriam a sua volta, porém predomina a desinformação e a manipulação de informações que, na minha opinião, assombra o serviço até os presentes dias.

Os serviços secretos estrangeiros foram criados com a função principal de espionagem e prevenção de danos a ordem nacional interna. Esse deveria ser também o fundamento do Serviço Secreto Brasileiro, mas desde o começo foi uma forma de se realizar manobras políticas, voltando-se o serviço mais para os aspectos e comportamentos internos.

Os relatos de fatos históricos e seus bastidores são de arrepiar, tais como o golpe militar de 1964 que teve seus primeiros passos quase uma década antes.

O livro é vasto em enriquecimento cultural, principalmente sobre a história de nosso país, uma vez que a mesma é contada por um ponto de vista interno das paredes dos palácios, quartéis e escolas.

Para os leitores que buscam mais conhecimentos sobre a história nacional esse livro é uma ótima indicação.

Bem pessoal fica a indicação, sei que esse não é um livro no estilo dos abordados aqui no blog, mas fica a dica.

Espero que tenham gostado e espero ser convidado novamente para estar com vocês. Saudações a todos e boa leitura.
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Gabriel Lucas 11/01/2010

Impressionante a história do Serviço no Brasil. Das barbaridades cometidas na Ditadura à instalação da burocracia após a abertura.

Fiquei com vontade de assistir Araponga!
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Daniel432 01/01/2010

Vida própria
O livro é muito interessante ainda mais que retrata situações contemporâneas (pelo para mim) tais como o primeiro concurso para funcionário da Abin (do qual participei, sem sucesso).
Para mim ficou claro que neste tipo de atividade dificilmente algum Governo consiga controlá-lo efetivamente a não ser que eles (os agentes) sejam o Governo como o foram durante a ditadura militar, fora isso, eles sempre agirão por conta própria desenvolvendo atividades que coadunem com seus interesses e não necessariamente com os interesses do Governo.
O livro é grande mas vale à pena a leitura.
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Cabelo 16/09/2009

Brasil, o país de todos.
Ministério do Silêncio é um livro que conta um pouco da história do Brasil na época da ditadura militar.
Um período onde houve muita injustiça, muitas mortes, muitas perseguições. Conta histórias de personagens que foram torturados até a morte sem o mínimo de piedade.
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