Pátria

Pátria Fernando Aramburu




Resenhas - Pátria


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@loop.literario 26/03/2024

Pátria Fernando Aramburu - 2019 / 512 páginas - Intrínseca
“Pátria” é muito mais que uma ficção histórica ou um recorte de um povo assolado pela violência de grupos terroristas. É um mergulho numa intrincada rede de relações familiares, onde todos são protagonistas. Esse foi o meu primeiro contato com a escrita do Fernando e, com certeza, não será o último.

O enredo nos coloca no centro da história de duas famílias. Bittori e Miren são melhores amigas desde a infância, muito religiosas e até pensavam em ir juntas para o convento. Até que conheceram seus respectivos maridos e formaram suas famílias. Os maridos eram melhores amigos e os filhos deles eram próximos. Até que um terrível assassinato aconteceu. O marido de Bittori morreu em um ataque terrorista do grupo separatista ETA (grupo paramilitar). E o filho de Miren era membro desse grupo. A partir desse momento elas se tornaram inimigas mortais.

Fernando traz para sua escrita breves momentos que contextualizam o leitor em relação ao povo basco e seu desejo de independência. A língua como forma de pertencimento é largamente explorada durante a narrativa. Mas, para mim, seu grande mérito veio na forma como essa história foi contada.

Um narrador onisciente que mergulha tão fundo na consciência dos personagens que sentimos quando os próprios personagens tomam para si a voz do narrador, numa mescla originalíssima entre 1a e 3a pessoa. A princípio, seu estilo pode causar estranheza, mas os capítulos curtos e objetivos deixam o leitor ansioso por ler só mais um pouquinho, mesmo em um calhamaço com mais de 500 páginas.

Sabemos exatamente o que acontece com os personagens no início do livro, e durante a leitura vamos nos aprofundando no acontecimento inicial da narrativa sob diversas óticas. Nos apaixonamos por alguns personagens, detestamos outros e, principalmente, entendemos suas frustrações e anseios.

As temáticas abordadas incluem o luto, o perdão e as questões políticas e sociais do povo basco. Mas “Pátria” é um livro essencialmente sobre pessoas, sentimentos e suas relações. Recomendo demais essa leitura!
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Tina Lilian Azevedo 14/03/2024

Relato do impacto nas relações humanas pela luta do ETA
"Você se esforça para dar um sentido, uma forma, uma ordem à sua vida, e no fim das contas a vida faz o que bem entende com você."
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tiadodudu 02/03/2024

Drama familiar mergulhado na política
Duas famílias unidas e separadas por atos violentos de um grupo político e armado. Ficamos divididos entre compreender a luta pela independência e identidade do povo basco e o choque com os atentados e mortes realizados por uma pequena parte dessas pessoas.
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Ana Vizentim 01/03/2024

Não esperava
Eu definitivamente não esperava pelo q esse livro me trouxe. Gostei muito da narrativa do autor e de como ele expôs os fatos de uma história de violência e terrorismo espanhol.
Esse é um livro sem mocinhos e romantização dis fatos, dando poder de fala aos dois lados dessa luta insana.
Ouvi no Audible e a experiência foi incrível!
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Philipe 27/02/2024

Patria
Otimo livro e com uma boa narrativa porém achei que não precisava ser tão longo , mais valei a leitura .
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Kau 21/02/2024

"Você se esforça para dar um sentido, uma forma, uma ordem à sua vida, e no fim das contas a vida faz o que bem entende com você."
O que a vida fez com a história de Bittori e Miren, duas amigas inseparáveis, foi algo imprevisível. Existências marcadas pelo luto, raiva, orgulho e solidão, em meio aos conflitos entre governo espanhol e o grupo terrorista ETA.
O conteúdo do livro é intenso e tenso, porém a leitura é fluída. O autor conseguiu me transportar para a história de maneira natural e viciante.
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Ana 15/02/2024

Um ótimo livro. No começo se dá um estranhamento quanto a escrita do autor, mas depois que pegamos o jeito, o livro flui melhor. Gostei como o autor construiu os personagens e a visão de cada um diante dos conflitos.
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Silmara 05/02/2024

Leia tudo o que puder. Acumule cultura. Quanto mais, melhor. Para não cair no buraco onde muita gente está caindo neste país.
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Rita571 24/01/2024

Primeiro do ano
Esse livro tem um tema ótimo e contou muitas histórias, mas não foi uma leitura rápida. No geral eu gostei, achei inteligente e etc .. mas o final não me agradou muito . Mas é uma leitura pra refletir
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Izy 01/12/2023

Muito bom
Quando eu li na contracapa, não há heróis nem vilões, apenas pessoas. Durante toda a trama, eu me vi diversas vezes julgando os personagens e os colocando em alguma caixinha, mas logo em seguida Aramburu traz toda a parte humana dos personagens, seus sentimentos mais profundos.

Você conhece todas as versões, não se prende só a uma e vê toda uma mesma trama de pontos de vista cruciais.

Pátria é realmente um livro ótimo, tanto pela a trama, mas como o pelo ponto o de vista histórico. O autor é claro no que ele quer passar, e consegue desenvolver muito bem o livro a partir disso.
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Erica 17/11/2023

Nossa, que livro bom de ler! Vi minha mãe nas mães várias vezes!
E as frases escritas sem final que a gente acaba tão facilmente, e as expressões em basco que, mesmo sem procurar o significado (tem um glossário com todas elas no final), ficam tão claras, e os nomes , que deixa a gente querendo saber como pronunciar, e o final, sem final que traz toda a cabeça dura das personagens...

Muito bom!


Mapa de personagens:

Bittori, Txato, Xabier, Nerea, uma família
Quique, marido de Nerea
Miren, Joxian, Joxe Mari, Arantxa, Gorka, outra família
Ikatza, a gata
Josune, Guillermo, Ramuntxo, os agredados
Celeste, a cuidadora equatoriana
Don Serapio, o padre da vila
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Natalia 10/11/2023

La historia aborda la vida de dos familias que viven en la época conflictiva del grupo ETA, para unos considerado terrorista, para otros, un grupo que defiende una patria, el País Vasco.
Historia muy impresionante que nos presenta a diferentes perspectivas sobre las raíces y las consecuencias del pensamiento del grupo ETA y como la sociedad ha percibido, sufrido, tanto del punto de vista de los etarras cuanto de los civiles vascos.
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Rayssa 06/11/2023

Pesado
Eu só conhecia a história do ETA e do nacionalismo basco da escola e, para falar a verdade, não lembro muito bem.

No período de leitura dei uma lida e em uma coisa ou outra, porque evidentemente o livro tem um lado: ele se preocupa em focar nas mortes e no terror dos atentados provocados pelo grupo terrorista.

Fala sobre a dor das famílias, tanto dos participantes, quanto das vítimas.

Assim, apesar de em muitos momentos, parecer que humaniza os membros do ETA, só os faz com aquele "mas".

É difícil, daqui de tão longe, ter real dimensão sobre o que aconteceu ou não duvidar das agressões do outro lado, mas pelo que vi depois das conquistas Bascas o ETA perdeu força e muita gente na região já não apoiava o grupo.

Dessa forma, resolvi aproveitar o livro sobre o viés que ele me deu. Ele é bem profundo nas dores das famílias e embarquei em todas.

É muito triste como a gente é tão radical, as vezes. Se radicaliza. Ideias que tem premissas boas vão se corrompendo igual as pessoas.

A gente sobe degrau por degrau e quando chega no topo da escada nem acredita no que fez: as vezes boas coisas e as vezes nem tanto.

A história se passa permeada pela luta basca, mas fundamentalmente fala de pessoas, famílias... parece gente que existe, morre e resiste.

Triste e profundo.
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