Amanda 22/04/2021
Essas paixões encantadoras...
Eu amo quando tudo termina bem em um livro bom como esse. A coleção em si vem sendo fantástica (pelo menos pra mim!) e mesmo com as críticas (principalmente ao primeiro), eu consegui amar cada um dos livros até aqui. É uma pergunta interessante é: quem não se encantou pelo divertido visconde Ponsonby?! Ele sempre tinha uma piada na ponta da língua com aquele gaguejar - sequela da guerra. E quando seu par romântico é a melhor amiga de outra mocinha que também amei, é sucesso garantido pra mim.
Agnes Keeping é uma viúva respeitável. Seu marido faleceu há 3 anos e desde então ela peregrinou pela casa do pai e do irmão mais velho até se sentir um estorvo e ser convidada a morar com a irmã solteirona aos redores de Gloucester nas terras do visconde Darleigh. Sua vida, porém, é desprovida de paixão. Seu marido era um homem seco e a história de sua mãe a deixa com medo de ser uma qualquer caso se deixe levar.
Mas tudo muda quando vai ao baile de sua amiga Sophia, conhece Flavian Arnott, o visconde de Ponsonby, e dança com ele. A paixão nasce quase que instantaneamente, mesmo sabendo que ele é perigoso e sem confiar naquela sobrancelha arqueada trabalhada no deboche. Tudo passa e quando meses depois ele retorna para o encontro dos Sobreviventes, os sentimentos voltam com tudo.
Flavian, é um sobrevivente da guerra e passou por maus bocados. Mesmo não tendo feridas aparentes, o que ele não sabe pode ser pior que uma cicatriz no rosto. Ele tomou um tiro na cabeça e caiu de um cavalo e contra todas as chances, sobreviveu. Desde então ele lida com o gaguejar e a dificuldade de formar frases e da boca acompanhar seus pensamentos. Mas o que mais o incomoda são os blackouts que ele tem sobre o passado. Porque ele voltou pro exército quando o irmão estava morrendo?! Porque largou o leito do irmão doente para ir em um baile de noivado na véspera de voltar pra península?! Porque se incomodou tanto com seu melhor amigo que casou com a noiva que todos dizem que ele amava?! São perguntas que ele não tem resposta.
Ao ficar atormentado e buscar paz nas terras de Vincent, ele reencontra Agnes a quem conheceu no outono passado e nutriu grande simpatia. Os encontros acontecendo em momentos vulneráveis o deixaram com uma sensação de paz e calmaria ao redor da moça e o fez querer se casar com ela. Mas Agnes é muito sensata e não aceitaria sem um bom motivo. O porém era que ele não conseguia dar um bom motivo, além de querer muito. Mas, água mole em pedra dura tanto bate até que fura e Flave convence Agnes a se casar e mais um sobrevivente se rende a vida de casado. Agora o desafio é incluir Agnes em sua família que queria que ele reatasse com sua antiga noiva (agora viúva) e convencer sua esposa que ela não é parte de uma vingança ridícula. Será que ele vai conseguir?!
Uma coisa que me encanta nessa coleção é a ideia de superação, redenção e autoperdão que todos os personagens passam (inclusive os pares dos Sobreviventes). Todos tem uma história para contar, uma dor a superar, mas mesmo assim não desistem da vida e nem um dos outros. Gosto também da ideia de mocinhas fortes e nada bananas (odeio mocinha fraquinha). Agnes é um bom exemplo, sensata, forte e adepta do ?se a vida te deu um limão, faça uma limonada?, quando ela decidiu seguir o caminho que queria, sua própria força foi suficiente e não precisou ficar se escorando no marido para nada (inclusive ela quem foi a fortaleza dele). Já Flave foi capaz de ser o cara forte que ao mesmo tempo tem suas fraquezas e as mostra de peito aberta a mulher que escolheu passar seus dias junto. Ele poderia ter contato algumas coisas antes?! Claro que sim! Mas daí não teríamos história hahahahaha. Enfim, eu estou amando essa coleção e espero que os próximos sejam tão bons quanto *-*