Mariana 15/01/2023
"E porque lido com gente, não posso [...] recusar a minha atenção dedicada e amorosa à problemática mais pessoal deste ou daquele aluno ou aluna. Desde que não prejudique o tempo normal da docência, não posso fechar-me a seu sofrimento ou a sua inquietação porque não sou terapeuta ou assistente social. MAS SOU GENTE."
Revolucionário e patrono da educação porque olhou a quem ensinava (e aprendia) como semelhante. Rompeu com uma série de dizeres ditatoriais sobre como exercer a educação. Mostrou-nos que é do ser humano ensinar aprendendo, aprender ensinando, sendo necessário escutar e adentrar ao mundo de quem fala, acolhê-lo, aprender com ele e com ela, com seus saberes, para, assim, instigá-los a curiosidade crítica.
Revolucionário porque afirmou que alegria, amor, "boniteza", criticidade, autoridade, humildade e, com certeza, respeito, são imprescindíveis na prática pedagógica.
Eu não sei mais que você. Você pode me ensinar e eu aprender, assim como o contrário também é verdadeiro. Eu te enxergo, te compreendo, te escuto.
Não se restringe, apenas, a pedagogia. Paulo Freire é para vida.
Simplesmente revolucionário.