As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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Andre.Trovello 07/02/2021

Perdidamente apaixonado pela morte (título sensacionalista)
*Capítulo 1: A descoberta*
Minha experiência com esse livro foi, no mínimo, inusitada.
A primeira vez que ouvi falar dele foi no canal da Mel Ferraz (merchan gratuito, Mel me patrocina, por favor) e já amei a ideia de um livro sobre o que aconteceria se a morte parasse de trabalhar. POOORÉM, fiquei super inseguro com a questão da linguagem, já que não tinha lido nada do autor e Saramago é um dos pioneiros em surtos e ressacas literárias na língua portuguesa, traumatizando leitores de todas as etnias e nacionalidades.
Entretanto, fui forçado a ler pela gerente da minha conta bancária, visto que já tinha pago 40 reais naquele artefato amaldiçoado, então minha morte financeira já havia sido encaminhada via Amazon, não me deixando escolha senão ler.
E foi assim q se iniciou minha jornada de encontro à ceifadora de almas.

*Capítulo 2: O empecilho*
Se a morte tirou férias no livro, quem decidiu me matar foi a escrita do autor.
Segundo pesquisas de alguns historiadores do MIT (Minha Imaginação Tosca), Saramago morreu sem saber o que era um parágrafo ou um ponto final. Parentes próximos relatam que ele costumava ter pesadelos onde fazia o enem e era obrigado a resumir todas as suas ideias em apenas 30 linhas.
Tudo isso se traduz nos seus livros: frases infinitas, separadas por nada além de vírgulas, diálogos no meio do texto, etc; todas aquelas coisas que te ensinaram a NÃO fazer nas aulas de redação e que me fizeram criticar mentalmente o homem que leva seu nome na capa da obra.
Aí está então, o embate do século:
De um lado, um vencedor do prêmio Nobel da literatura e, do outro, o dono de um perfil humilde no Skoob.
Só o tempo dirá quem está correto...

*Capítulo 3: Dona Morte, me adota*
Comecei a ler e esqueci de todo o resto. De repente, toda aquela escrita confusa q foi alvo de críticas no último capítulo fazia total sentido, dando dinamismo e fluidez à historia (me perdoa Saramago, eu estava errado).
O enredo se inicia brilhante, mostrando os efeitos da ausência da morte em nossas vidas, mas foi a segunda parte da obra que fez ela entrar pra minha lista de favoritos. Toda a jornada da Morte pra matar aquele homem que já devia ter morrido me prendeu demaisss e foi bem emocionante, além de engraçada.
As últimas 3 páginas desse livro são uma das coisas mais maravilhosas q já li, não sentia nada parecido desde o final de "A hora da estrela".

A partir de hoje, quem não gosta da dona Morte não é meu amigo.
Sério, brincadeiras à parte, leiam esse livro, é fantástico. E que venham novas obras do autor.

VIVA SARAMAGO!
B.norte 07/02/2021minha estante
Ameeeeeei demais a tua resenha!!!!! ?????????
A primeira vez que li Saramago foi com a obra "A jangada de pedra" e tive a mesma sensação que você, a escrita confusa dele some a medida que a gente vai lendo e se familiarizando com o estilo de estrutura narrativa. Passei a amar esse estilo por me dar liberdade de imaginar as entonações dos diálogos (logo eu que amo ler em voz alta e interpretar os personagens), fazendo disso uma experiência única para cada leitor.


belacrcruz 07/02/2021minha estante
moço, pelo amor de Deus!!! tua resenha é geniaaaaaaaal, amei juro!!! (tenha em vista que vc me fez ter vontade de ler um livro totalmente fora da curva que consiste o meu estilo de livros?)


Andre.Trovello 08/02/2021minha estante
Obrigado moçaaa ??
Ler Saramago é uma experiência maluca, mas vale mt a penaa kkkkkkkkk Esse "A jangada de pedra" não conhecia, vou colcar na minha listaaa


Andre.Trovello 08/02/2021minha estante
Obrigadoooo ??
Fico mt feliz q vc tenha se interessado por um livro fora do seu gênero habitual.
Sério, leia esse livro, ele é um desafio mas vale mttt a penaa kkkkkkkkk


Giovanna 08/02/2021minha estante
resenha foda, andre. conseguiu me convencer a ler ?


Andre.Trovello 09/02/2021minha estante
Valeu giiihh, vc é demaiss ??
Lê esse livro, vale mt a pena, sério!!


Beatriz 09/02/2021minha estante
Melhor resenha da vidaaa! Tão espirituosa que, se eu tivesse esse livro em casa, seria obrigada a ler neste instante. ?


Andre.Trovello 09/02/2021minha estante
Aaaaa obrigadoo biaaaa ??? vc é maravilhosaaaa


Monithex 10/02/2021minha estante
Kkkk adorei sua resenha!! Agora deu até vontade de ler ??


Andre.Trovello 10/02/2021minha estante
Mt obrigadooo ??
Se vc tiver a oportunidade, leia, ele é incríveeel


adri 12/02/2021minha estante
me diverti tanto lendo sua resenha que agora estou doida para ler esse livro ???


Andre.Trovello 12/02/2021minha estante
Aaaa obrigadoo ?? kkkkkkk
Leia esse livro, vale mttt a pena!


Maria12235 12/02/2021minha estante
Gente eu sou apaixonada por resenhas enormes e cheia de carisma. AMO


Andre.Trovello 12/02/2021minha estante
Obrigadoooo ??
Fico feliz q vc tenha gostadoo, esse livro é sensacional!


Rafaela Marques 21/03/2021minha estante
amei a resenha kkkkkkk já coloquei o livro na minha lista


Andre.Trovello 26/03/2021minha estante
Obrigadoo ? leia, esse livro é maravilhoso kkkkkkk


Carolina.Gomes 21/05/2021minha estante
Tb amei esse livro ?


Andre.Trovello 08/08/2021minha estante
Obrigadooo ?
Leia, é um dos meus livros favoritoss!


bela 24/08/2021minha estante
a resenha tá perfeita skxhsjs e nossa, ler esse livro foi muito isso!! que experiência vius ?


Andre.Trovello 24/08/2021minha estante
Mtt obggg ??
SIM, ler esse livro é uma experiência mto doida kkkkkk amei dmss


Isa 16/09/2021minha estante
Que resenha incrível. Tô lendo e confesso que me causa TOC ver palavras com letras maiúsculas após uma vírgula. Comecei ontem, mas seu desesperado e feliz comentário, me deu vontade de continuar.


Andre.Trovello 17/09/2021minha estante
Aaaaaa mdsss, mtt obgg ??
Não desiste desse livro, pfvv
No começo é meio complicado, principalmente por causa da linguagem e tals, mas a história é MT boa.
Da segunda parte pro final ele fica perfeitoo, juroo


Kelly.Azevedo 03/10/2021minha estante
Acabei de ler o livro e a tua resenha foi de longe a melhor qye eu poderia ter lido. Estou num luto imensurável após o término da leitura. De fato, a morte/Morte não me mandou uma carta avisando e morri sem aviso prévio. Saramago genial.


Andre.Trovello 04/10/2021minha estante
Mtoo obrigadooo ??
O final desse livro tb me matou, de tão bom q é kkkkkkkkkkk


Ibiata 20/10/2021minha estante
ahahah amei sua resenha! Já estava afim de ler esse depois que terminei Ensaio sobre a cegueira, agora com essa resenha.... só aumentou! Parabéns pelas palavras, humor e bom gosto. ?


Andre.Trovello 20/10/2021minha estante
Mtoo obrigadoo manoo ??
Fico mt feliz em saber q vc gostou, esse livro é um dos meus favoritos!
Amei sua resenha de "Ensaio sobre a cegueira" tb, é um dos próximos q pretendo ler dele.


Ariana.Freitas 02/11/2021minha estante
Que resenha maravilhosa. Moço vc tem o dom da escrita heim. Já leu Ensaio de uma Cegueira? Vai surtar mais ainda.


Andre.Trovello 03/11/2021minha estante
Aaaaa, muito obrigadooo ??
Eu quero mtoo ler esse! É o próximo dele q ta na lista kkkkkk


Iza 18/01/2022minha estante
Andre, eu amei tua resenhaaaa!! tenho muita vontade de ler faz tempoo e só não li ainda por causa da escrita dele, mas vou dar uma chance! Obrigada pela resenha!!


Duda | @univers0_literario 20/01/2022minha estante
Que resenha sensacional meu amigo! Captou demais a essência do livro, meus parabéns??


Rafa569 25/01/2022minha estante
Melhor resenhaaa!! Hahahha. Acabei de terminar essa leitura e achei genial. Já tinha lido Ensaio sobre a cegueira e amo a escrita do Saramago, rio muito com as ironias no texto dele.


Andre.Trovello 30/01/2022minha estante
@Iza Mto obgggg ?? fico feliz de vdd em saber disso!
Meu, lê simmm, no começo é meio dificil de acostumar, mas vc pega o jeito bem rapido kkkkkkkkk


Andre.Trovello 30/01/2022minha estante
@Duda obrigadoooo ?? de vdd
Esse livro é maravilhoso, fazer a resenha dele foi uma delicia kkkkkkk


Andre.Trovello 30/01/2022minha estante
@Rafa mtoo obgggg ??
Ensaio sobre a cegueira é o próximo dele q ta na minha lista, to bem ansioso pra ler kkkkkkkkkkk


Dacimara.Costa 27/03/2022minha estante
Se tivesse um concurso de melhores resenhas, a sua tinha meu voto. Que resenha engraçada e muito bem escrita. Meu segundo comentário no canal da Tatiane Feltrin vai ser "gente leiam a resenha desse livro no skoob, é muito boa".


Andre.Trovello 28/03/2022minha estante
@Dacimara MTO OBG MSM ??
Fico feliz dms q vc tenha gostado.
Tentei passar um pouquinho da minha experiência com o livro na resenha, pq ele foi marcante dms pra mim e o mundo precisa saber o quão incrível o Saramago é kkkkkkkk


Marcelo.Alencar 26/07/2022minha estante
Espetáculo!


Rafa569 27/07/2022minha estante
@Andre Ensaio sobre a cegueira eu já li, foi meu primeiro do Saramago. Também é muito bom!!


amandafffdo 25/10/2022minha estante
AAAAAAAAAAAAAAAA


Marina 06/11/2022minha estante
que resenha maravilhosa!


Andre.Trovello 23/11/2022minha estante
@Marina mto obgggg ????


Clara.Gordiano 24/03/2023minha estante
Sensacional descrição! Também fiquei incomodada com a escrita no início.. mas terminei apaixonada por Saramago.


Clara.Gordiano 24/03/2023minha estante
Parabéns demais pela resenha! Amei


Andre.Trovello 29/03/2023minha estante
@Clara obgggg ??
A gente vai acostumando com a escrita dele e no final acha genial kkkkk


Hopehale 06/05/2023minha estante
Eu to assim agora! Levei um tempo para ler esse livro por conta da sua escrita diferente de tudo que eu ja li, abriu minha mente e estou amando Jose Saramago, e agora estou lendo o Ensaio sobre a cegueira!!!


Guilherme Amin 01/06/2023minha estante
Que resenha deliciosa!!


Nathalia.Leles 23/07/2023minha estante
Acabei de ler o livro, tive a mesma percepção que vc! No início, muita insegurança e confusão por causa da escrita. Pensei: ?devo estar lendo errado?, o livro vencedor do prêmio Nobel de literatura. Por sorte, insiste na leitura e no final, me vi totalmente submersa na história e apaixonada pelo violoncelista e principalmente pela morte!
?No dia seguinte ninguém morreu?


Reinaldo.Rivarolli 23/12/2023minha estante
Acabei de ler e é diferente de tudo que já vi, é um estranhamento delicioso de acompanhar. Meu primeiro contato com o autor é já quero mais.... mesmo que não tenha parágrafo é com diálogo no meio do texto nos indagando e respondendo perguntas que não fizemos...rs


Andre.Trovello 12/01/2024minha estante
@Hopehale ensaio sobre a cegueira é maravilhoso tbb!! Mas é mto mais pesado kkkkkk demorei mto pra conseguir terminar


Andre.Trovello 12/01/2024minha estante
@Guilherme valeu manoooo ????


Andre.Trovello 12/01/2024minha estante
@Nathalia.Leles não desistir desse livro foi uma das melhores coisas q fiz na vida, vale a pena dmsss kkkkkk


Andre.Trovello 12/01/2024minha estante
@Reinaldo.Rivarolli simm, é diferente mas é bom dmss kkkkk se for ler outras coisas dele, experimenta A Viagem do Elefante. O povo fala mto pouco desse mas curti dmsss




Arsenio Meira 14/10/2013

Saramago e a arte de justapor os sentidos do nonsense sem temer o precipício

Saramago pode viciar. No bom sentido, claro. O luso não veio a passeio, e mesmo ainda incipiente em seu universo, já senti o impacto que um livro seu pode causar.

Neste "As intermitências da morte", lido neste domingo dia 13.10.2013, em que peguei o livro pela manhã e só parei quase agora, fiquei com a nítida sensação dessa urgência que um grande escritor pode provocar em alguns dos seus leitores. (Podem me chamar de maluco. "De perto, ninguém é normal"...)

O ponto de partida deste romance levou-me à premissa kafkiana: o que aconteceria se, pois Saramago cria um país onde, com a virada do ano, ninguém mais morre. Nem no primeiro dia do ano, nem no segundo, nem no terceiro. E por aí vai. A euforia é geral, bandeiras são colocadas à mostra para comemorar a eternidade. Só faltou a banda passar, sob a batuta de Chico Buarque de Hollanda... Mas logo os problemas começam a surgir. A velhice vai se prolongando, o corpo se esvaecendo sem nunca chegar ao fim. Hospitais e asilos ficam lotados, sistema de aposentadorias, funerárias e seguradoras explodem. Colapso na terra do sem fim.

Como não há mortes, não pode haver ressurreição e sem isso a retórica da igreja perde sentido. Os padres ficam mudos, parece-me a mensagem, e a clássica e bela frase de um verso do poeta inglês John Donne, popularizada por Papa Hemingway, "não me perguntes por quem os sinos dobram" é sumariamente despejada de qualquer utilidade. Ou seja, a eternidade ceifa o lirismo e as liturgias.

Enquanto os aludidos percalços vão se desenvolvendo, Saramago aproveita para dar suas alfinetadas. Mostra e fustiga o establishment, retratando a grande Imprensa sob o viés marrom do jornalismo preocupado com as vendagens ao invés das notícias e o jogo de interesses que rege a política, e que causa desarranjos na coletividade, pois cada grupo quer, nem que seja à fórceps, sua parte do bolo, sem sequer admitir umas sobras a título de migalhas para a malta...

Mas é através da criação da máphia, encarregada de levar moribundos até o outro lado da fronteira para que descansem em paz, que o autor desmascara o poder, expondo a sua fragilidade perante os interesses econômicos, expressão cediça, mas incontornável. A narrativa é impessoal, conta a história de um país como um todo, sem se apegar a personagens. Alguns poucos aparecem como exemplo, não tem rostos nem nomes, apenas cargos e parentesco.

Só lá pela metade do livro é que o protagonista dá as caras; mas mesmo sua ausência não modifica essa surpresa, porquanto esse tal protagonista nunca este propriamente ausente da trama. Pelo contrário.

A morte, através de uma carta enviada ao diretor de uma emissora de televisão, explica seus motivos de inatividade e anuncia que voltará à ativa, mas passará a avisar os futuros mortos uma semana antes, para que estes possam se despedir e resolver pendências, como um testamento, um pedido de perdão, uma checada no último best seller, o filme que não se pode deixar de rever, um último trago, enfim, até mesmo para quem queira construir uma nova babel, mas sequer iniciou por falta de tempo, cotidiano insano, trabalho, filhos, obrigações, poderá, ao menos, iniciar este projeto e deixar um legado.

Com a presença da personagem morte, na figura de um esqueleto embrulhado num lençol, a narrativa perde qualquer vínculo com a realidade e abraço o nonsense. Reforçando o meu ponto de vista, não é como "A Metamorfose" de Kafka; nem pensem que Saramago enveredou pelo realismo fantástico de García-Marquez, não obstante a primeira parte do livro, onde você sabe que aquilo não existe, mas mesmo assim você aceita, embarca na história como se pelo menos ali, naquele universo, tais acontecimentos pudessem realmente acontecer

Já a segunda parte de "As intermitências da morte" vai além, quebra o pacto de tolerância ficcional entre autor e leitor, fazendo com que a gente desconfie. É como se Saramago quisesse testar o seu poder de persuasão e só não destrói as sementes plantadas na primeira parte, por conta do seu controle e maestria em narrar histórias.

Daí a advertência do início deste breve resenha. Tamanha é a naturalidade e arte com as quais Saramago contrói o enredo (um enredo ora picaresco, ora dramático, ora irônico, ora reflexivo), que ele pode viciar. Só um craque como ele para esticar a corda e burilar o nonsense sem temer o precipício.
jota 15/10/2013minha estante
Muito boa esta resenha. Acho que juntamente com Caim, Intermitências é um dos livros mais engraçados de Saramago. Ninguém vai sair por aí gargalhando com sua leitura, mas vai ficar com a alma (ou o cérebro, pode ser) sorrindo, arejada, contente. Salve Saramago!


Arsenio Meira 15/10/2013minha estante
Obrigado, Jota. Foi um resgate (para mim) deste grande escritor. Havia lido Memorial do Convento sem me convencer, e um outro romance (este, sim, estupendo) chamado "O Ano da Morte de Ricardo Reis". Então, na minha cabeça de leitor ainda incipiente do Saramago, estava 1x1. O Intermitências veio para desempatar (em favor, claro, do Luso premiado), e agora, estou alinhando na estante as demais obras para ler, inclusive o citado Caim. Abraços
ps - falta cadastrar o livros citados e mais outros de outros autores. Certa vez, aconteceu um bug aqui no Skoob e foram para o espaço resenhas, comentários, e etc.


Marcos Amaro 30/10/2015minha estante
Esse livro é arrebatador. Não há como não amar a escrita do mestre. Eu simplesmente devoro cada página de suas obras. É Fantástico esse livro.


Thiago Ernesto 26/06/2016minha estante
Acabo de reler hoje essa obra do mestre. Que resenha fantástica! Hoje, a releio com pensamentos em um projeto acadêmico e justamente levando em conta os aspectos em relação ao enredo citados pelo amigo Arsenio. Que saudade! Que falta nos farão suas resenhas amigo!


Clara 30/12/2016minha estante
Concordo com tudo o que você disse! Principalmente que Saramago pode viciar, no bom sentido. Terminei de ler este livro hoje e estou maravilhada! Dos livros dele que li, foi o que mais gostei (não que não tenha gostado dos outros, afinal, Saramago é Saramago rsrs).


Anderson 17/07/2017minha estante
Seus comentários sempre tão pontuais fazem uma falta danada, meu amigo. Felizmente o Skoob ainda guarda algumas resenhas. É sempre um prazer voltar e te ler. Ficarás na memória afetiva sempre. Obrigado por tudo.




Clio0 03/04/2020

Poucas vezes li um livro sobre a Morte (perdão, morte) que me fizesse rir e sorrir.

Nesse livro, Saramago traz três pontos de vistas: da humanidade sobre a morte, da morte sobre a humanidade, e da vida em si.

No primeiro momento somos inundados com todo o sarcasmo que o autor reúne sobre os homens e suas máquinas sociais - a política, a Igreja, a economia. São todas finamente ironizadas e o livro já seria ótimo se parasse por aí.

Mas, o autor vai além e nos oferece a própria visão da morte sobre as humanos cuja vida ela ceifa. Talvez o justo não seria dizer humanos, mas humanidade.

Por fim, temos uma leve leitura do que é a vida.

Isso é tudo o que posso dizer sobre esse livro. Pegue e leia.
Lelouch_ph 25/08/2021minha estante
Essa resenha agora me fez sentir ainda mais vontade de ler esse livro.


Felipe.Camargo 06/01/2022minha estante
Uma obra-prima! Livro genial!




Rafael.Augusto 15/05/2020

Amo Saramago
O que dizer sobre este livro!Quantas críticas reunidas em uma única obra! A hipocrisia, não apenas na forma do ser humano como unidade, mas nas instituições, as mais variadas representações, porque é isso que o autor faz. A crença em "bons motivos" para existirem muda completamente no momento em que a adversidade... sim! adversidade da falta da morte passa a vigorar em um país em primeiro de Janeiro de algum ano, faz com que se repense em novos bons motivos" para suas existências, e eles não param de ser criados, inventados, como queiram. As relações entre instituições lícitas ou ilícitas, mas sempre necessárias.
Discordo de algumas opiniões que recebi em uma postagem anterior, e também vi comentários no mesmo sentido no YouTube, sobre a metade final do livro, onde o autor dá vida à morte, e ela passa a figurar como uma personificação dela própria. Ora, nada mais humano do que personificar tudo quanto for possível! Personificamos Deus, ou deus, como queiram, personificamos a natureza, personificamos toda e qualquer entidade, personificamos objetos inanimados como nossos carros, esse tem cara de bonachão, aquele tem cara de bravo, antropomorfizamos nossos animais de estimação, creditando a eles ,sentimentos e sensações que são em realidade, humanas, e apenas humanas. Por que não personificar a morte? E que maravilha aquele final! O amor é realmente capaz de distorcer tudo! Kkkkk olha, tudo o que disse não diz nada! Leiam esse livro antes que a morte chegue por favor!
maggianni 15/05/2020minha estante
Eu simplesmente amo quando você fala do Saramago. Da mais vontade de ler!!!!


Rafael.Augusto 15/05/2020minha estante
Ai Ju, é maravilhoso mesmo! Não li tudo dele ainda, mas é sempre um grande prazer. Me empolgo um pouco kkkk


Estela 15/05/2020minha estante
Muito boa resenha, Rafael. Então, como sabe, eu faço parte do grupo que não curtiu a segunda parte do livro, mas não é exatamente isso.
Acho genial a premissa do autor. Uma das melhores coisas que já li na vida. O início do livro martela sempre na minha mente. Sou simplesmente apaixonada. E também gostei bastante da morte personificada, me emocionei com o final. Uma premissa também muito interessante. Mas a minha principal questão é como essas duas histórias são desconexas, parecem ser dois livros diferentes: um é genial, o outro não o é.
Acho que a segunda parte do livro tira o peso da primeira, muito mais reflexiva e pertinente. Abraço!


Rafael.Augusto 15/05/2020minha estante
Sim, claro Estela! O mundo literário é o mundo das idéias! Temos sempre que respeitar a opinião alheia, e eu respeito muito a sua, e entendo também. O que eu levo muito em conta, inclusive por outras experiências com o autor, é a ironia sempre presente em suas obras. Então, creio que essa foi mais uma ironia do autor de como nos referimos à morte como algum ser animado kkkkk e no final ela se ferra como todos nós kkkk é fantástico na minha opinião. Mas legal que deu a sua também. Gostei muito e achei bastante pertinente.


Rafael.Augusto 15/05/2020minha estante
Que cabem duas obras nessa eu também concordo contigo Estela. Creio até que caberiam outras tantas se considerarmos os questionamentos que esse livro nos traz.


Luana 15/05/2020minha estante
Está na minha lista para ler ainda esse ano!!! Leio as resenhas e fico super ansiosa. Será o próximo que vou ler!


Rafael.Augusto 16/05/2020minha estante
Luana, é um livro e tanto viu. Caso você ainda não tenha lido nada do Saramago, não se assuste com a pontuação, ou falta dela rsrs depois de algumas páginas você habitua e a leitura flui muito bem. Boa leitura!




Rafa 14/12/2023

Uma leitura um pouco complexa, tanto pela língua portuguesa incomum quanto pelo próprio estilo do autor; requer uma grande atenção para facilmente não se perder... Não obstante, genial, de fato! Pôr a morte como uma personagem, de 'carne e osso', por assim dizer, muito inusual. O tom sempre irônico em todos os diálogos e narrações, muito inteligente. E o desfecho, surpreendente e original. Obra maravilhosa!
comentários(0)comente



Rosangela Max 01/07/2023

Maravilhoso!
Uma história interessante com uma exposição sobre a ?não morte? em uma determinada região. A mente brilhante e criativa do autor colocou o tema sobre várias perspectivas: a da família dos enfermos, da população, do governo, dos médicos, dos filósofos, da Igreja e até da própria Morte ?em pessoa? e encerra com uma espécie de conto que mostra que pode haver amor na morte.
Não foi uma leitura fluída para mim, tive até dificuldade em intercalar com outras leituras, mas valeu super a pena.
Recomendo.
JurúMontalvao 02/07/2023minha estante
?
add na minha lista




Alê | @alexandrejjr 24/01/2021

A morte e o fardo

É preciso pontuar um detalhe antes de comentar qualquer coisa a respeito de “As intermitências da morte”: o fato de José Saramago ter sido escolhido como Prêmio Nobel de Literatura e, pelo menos até o momento da existência deste texto, ser o único em língua portuguesa, é uma demonstração de reconhecimento como pouco se viu na história da humanidade.

Vamos ao livro. E que livro! “As intermitências da morte” bem que poderia ser mais um da série “Ensaio” do Saramago. Afinal de contas, a obra é exatamente isso: uma análise filosófica e existencial sobre a única certeza que temos em vida. E a partir disso já dá para imaginar como o texto aqui vai exigir atenção e dedicação para ser aproveitado.

Saramago foi um homem muito peculiar. Eu particularmente acho, sem exceção, que todas as suas ideias para livros são geniais. Uma cegueira branca, uma hipotética divisão territorial da península ibérica, a história de Jesus Cristo como o humano que foi e não como a divindade que é e assim por diante. O cara não errava uma e sempre tinha algo a dizer para o mundo. Aqui, Saramago discorre sobre essa necessidade totalmente humana do desejo egoísta da eternidade, além de mostrar como muitos de nós não aceitamos a intragável realidade da finitude.

Ao longo das páginas, os leitores acompanham o esvaziamento da vida e suas implicações na sociedade, com especial atenção ao fútil desespero do Estado e da Igreja. A vida carrega um fardo inevitável: a morte. Dela ninguém escapa. Mas é aí que a ficção saramaguiana ataca: e se alguém escapasse? Melhor ainda: e se a morte se apaixonasse? É dessas duas principais questões que o caos presente em “As intermitências da morte” é feito. E muito bem feito.

Como toda a boa arte, este pequeno romance é aberto a múltiplas interpretações. Diferentemente do que já li e escuto, não indicaria ele para uma incursão no universo saramaguiano, preferindo o bonito “Claraboia” e o ótimo “Todos os nomes” como possibilidades mais interessantes. Aliás, sobre o último, vale mencionar que Saramago fez uma brincadeira aqui, colocando uma personagem desse romance em “As intermitências da morte”. Vale a leitura, como toda a obra do simpático - e ranzinza - velhinho português.
Katia Rodrigues 08/02/2021minha estante
Excelente resenha, Alê! E que maestria tinha Saramago no desenvolvimento do texto! Peguei a indicação do Todos os nomes ??


Alê | @alexandrejjr 08/02/2021minha estante
Obrigado, Katia! Ah, e espero que goste de "Todos os nomes", pois é um romance muito gostosinho de ler.


Taisa 17/04/2021minha estante
Muito bom! Meu preferido do Saramago. O segundo é Caim. Não gostei mt de Todos os Nomes, mas é bom tb... a história é boa, só achei o texto em si meio aborrecido. Qq hr releio, vai ver era eu q não estava em sintonia com o livro.


Alê | @alexandrejjr 18/05/2021minha estante
Taisa, "Todos os nomes" é bom, mas o final não me agradou muito. Gosto particularmente de uma cena envolvendo o José e o teto (e não posso falar mais nada além disso!!).


João Pedro 08/06/2022minha estante
Bela resenha, Alê! Qual personagem de "Todos os nomes" aparece em Intermitências? Eu só li, além desse último, "Caim", que gostei bastante.


Alê | @alexandrejjr 25/08/2022minha estante
Opa! Obrigado pelo elogio e pelo comentário, João Pedro. Confesso que deixei passar a notificação e só vou te responder agora. Então... o José de "Todos os nomes" é brevemente citado em "As intermitências da morte". Quem leu esse livro rapidamente pega o aceno do Saramago aos leitores, é bem legal.


Nati 02/07/2023minha estante
Estou lendo o livro? vim dar uma espiada e ver o que já falaram sobre ele? estou gostando? é minha terceira obra do autor? já li:
O conto da ilha desconhecida, O homem duplicado (?), e agora este. Estou achando bem interessante!


Alê | @alexandrejjr 03/07/2023minha estante
Olha aí, Nati! Interessante que tu já conheces o universo saramaguiano, então creio que a leitura de "As intermitências da morte" esteja sendo mais proveitosa. Espero que sigas gostando até chegar às últimas linhas. E obrigado por comentar por aqui!




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Intermitências da morte, José Saramago – Nota 9,5/10
“No dia seguinte ninguém morreu”. Essa é a frase de abertura do livro, que tem como personagem principal a morte (com letra minúscula, registre-se!). Cansada de ser vista como algo (ou alguém) indesejado por nós, seres humanos, a morte de um determinado país – sim, porque existem várias mortes - decide interromper suas atividades para deixar clara a importância que recai sobre sua função. De um dia para o outro, portanto, NINGUÉM mais morreu.

E quais serão as consequências dessa atitude vaidosa da morte? É justamente esse o enredo de mais uma obra excepcional de Saramago, que passa a discorrer sobre os prejuízos causados aos empresários dos serviços funerários, a superlotação dos hospitais, a perda da função da igreja, o contrabando de pessoas em busca da morte em outros países e por aí vai... O autor ainda consegue humanizar a morte, transformando essa figura em alguém que sente, que pensa e que tem suas próprias dúvidas existenciais!

É um livro muito bem escrito, com parágrafos longos e com pouca pontuação, características de Saramago. Achei que no meio da obra, o autor acabou deixando a leitura um pouco prolixa e arrastada, o que foi logo “corrigido” por uma reviravolta. E, apesar de tratar de um assunto tão polêmico, o autor recorre constantemente ao humor, à ironia e à crítica social. Termino esse livro com ainda mais convicção da genialidade do autor e com ainda mais vontade de conhecer outras obras.

“Somos testemunhas fidedignas de que a morte é um esqueleto embrulhado num lençol, mora numa sala fria em companhia de uma velha e ferrugenta gadanha que não responde a perguntas, rodeada de paredes caiadas ao longo das quais se arrumam, entre teias de aranha, umas quantas dúzias de ficheiros com grandes gavetões recheados de verbetes.” (p. 145)

site: https://www.instagram.com/book.ster
Rhebeka.Silva 01/03/2020minha estante
Não li muitos livros da literatura brasileira, mas depois da sua resenha com certeza vou!


Michelly 11/03/2020minha estante
Minha obra predileta de Saramago.


BetoOliveira_autor 08/05/2020minha estante
Não sei se exatamente ele humanizou a morte, mas me parece que o autor quis demonstrar que a morte não está fora da gente, está dentro e, portanto, ela não surge, ela se dá no suceder dos episódios existenciais.
Para mim, a primeira parte da obra mostra que a morte tem um propósito, e o propósito é proteger a vida dos imensuráveis problemas da imortalidade. Embora muitos anseiem pela imortalidade, os mais sábios a têm como uma maldição.
A segunda parte, no surgir do violoncelista, o final, posso ter me enganado, sugere que o amor supera a morte, ainda que metaforicamente. Um final Nietzscheneano, em que o músico dorme com a morte, sem medo, abraçando o destino e todas as suas vicissitudes, o amor fati.




Fran Kotipelto 08/03/2011

"De Deus e da morte não se tem contado senão histórias, e esta é mais uma delas"


Quando crianças nossos pais nos mandavam orarmos antes de dormir pedindo proteção ao "Papai do céu" e nós muito contentes dobrávamos nossos finos joelhinhos e fechávamos os olhos agradecendo e pedindo a tal proteção. "...livrai-nos do mal.Amém." Como eu sempre fui uma garotinha muito obediente nunca deixei de fazer as benditas orações,mas certo dia decidi que não faria mais,já que todos os dias eram sempre iguais, e os chocolates que eu pedia nunca apareciam. E fui dormir muito tranquilamente, porém pela manhã quando acordei, minha mãe me disse que minha tia havia morrido em um acidente de carro (péssima maneira de se começar um dia, recebendo uma notíca dessa), e a primeira coisa que me veio à mente naquela manhã foi "você não fez a oração", eu fiquei assustada achando que a culpa era minha (tolice de criança)mas não contei pra ninguém meus devaneios infantis,e lembro que minha mãe disse com lágrimas nos olhos "a morte não devia existir".

Falemos então sobre "As Intermitências da Morte" magnífico livro do gênio José Saramago,que começa a narrativa com a constatação ""No dia seguinte ninguém morreu".E como em tudo na vida (desculpem o trocadilho)o começo é maravilhoso, nos primeiros dias a contentação reina por todo o país, afinal ninguém morre não é mesmo? que felicidade,mas não,passado algum tempo, muitos problemas se colocam, desde a falência de negócios como os das funerárias, passando para a superlotação dos hospitais e acabando no grande transtorno que são para os mais novos a presença dos mais velhos que a partir desse momento se transformam em fardos permanentes e eternos.

Quem já leu a obra-prima "Ensaio Sobre a Cegueira" percebe que em "As Intermitências da Morte" mais uma vez, sente-se a desilusão perante a condição humana, a ideia de homem como animal quando tem de lutar pela sua sobrevivência, neste caso, quando tem de lutar pela sua morte.Irônico não? mas é justamente a palavra "Ironia" que permeia toda a história,a destruição dos sonhos do comum mortal de querer ser eterno, e o fomentar da ideia de morte como um fim natural e essencial para a continuidade da espécie humana.

Em "As Intermitências da Morte" Saramago vai muito além de meras reflexões existenciais, fazendo uma crítica paradoxal, dura e sutil à sociedade moderna, ao relatar as reações do Governo,da Igreja,dos filósofos, dos economistas, repórteres e tantos outros.Mostrando que a morte é apenas um tabu imposto pelo medo do desconhecido, e que independentemente do medo que tenhamos, esse encontro é mais do que necessário.É poético.

"ofereci uma pequena amostra do que para eles seria viver para sempre (...) a partir de agora toda a gente passará a ser prevenida por igual e terá um prazo de uma semana para pôr em dia o que ainda lhe resta na vida"

Aproveite esse prazo encarecidamente concedido pela morte, não deixe que Ela a encontre antes que você tenha lido esse gênio chamado José de Sousa Saramago.
Jow 08/03/2011minha estante
Saramago é um mestre na arte de abrir os nossos olhos para fatos que cotidianamente nos atingem de forma direta ou indireta!
Vc Fran, é um mestre na arte de traduzir esses pensamentos de uma forma equilibrada, sarcasticamente poética, e com uma potência linguística brutal!


nerdiculo 08/03/2011minha estante
Olha, Fran, eu sempre leio suas resenhas, mesmo que não comente... Você me conquistou depois do que escreveu sobre Contos Inacabados. Nunca li nada do Saramago, mas depois do que você expressou aqui, mal posso esperar para fazê-lo. Sabe, acho que você deveria criar um Blog para as suas resenhas, palavras como as suas merecem um mundo maior que o do Skoob que, infelizmente, não é uma rede social de grande destaque.


Alan Ventura 08/03/2011minha estante
Li quase todas as resenhas sobre a obra, e nenhuma delas tem metade da genialidade da sua. Essa capacidade que você tem de extrair a ideia central da obra, proposta ou não pelo autor, é admirável. Parabéns mais uma vez, e concordo com o André, o Skoob é pequeno pra você.


Paula Romano 09/03/2011minha estante
Maravilhosa resenha! Muito interessante esse assunto e resenhado tão bem assim parece-me mais interessante ainda!
Fiquei com muita vontade de ler.
Amo as resenhas que tu faz Fran, como disse o André, também acho que deverias fazer um blog com tuas resenhas e coisas do tipo.
Beijão,
Paula


Gláucia 09/03/2011minha estante
Linda a maneira como iniciou a resenha, relatando um fato de sua vida associado à morte, essa passagem de plano.


Luh Costa 11/03/2011minha estante
Posso ser sincera?
Não sei nem o que falar. Vc escreve maravilhosamente bem. Nos deixa com vontade de ler todo o livro assim que acabamos de ler suas resenhas. Continue assim!
Abraços


redomingos 11/03/2011minha estante
Muito boa resenha.
Eu nunca tive muito animo para ler Saramago, mas agora eu me senti inspirada.
Abração.


Vanne 15/03/2011minha estante
Parabéns pela resenha!

Boa mesmo =]
Até adicionei este livro na minha estante!
*ansiosa para lê-lo*


Erika Rayane 23/04/2011minha estante
"(...)Como eu sempre fui uma garotinha muito obediente(...)" Ah guria mentirosa. kkkkkkk.Beijos.


Seul ☯ 10/07/2011minha estante
Fran, crie um blog!... O mais rápido possível!!!
Estava em dúvida sobre com que livro iniciar a leitura do grande Saramago, mas após ter lido sua resenha comprarei As Intermitências da Morte já na próxima semana!
Parabéns!
Você escreve muitíssimo bem ;)
PS: Queria ter esse dom ^^


Fran Kotipelto 13/07/2011minha estante
Quem sabe eu até crie um blog algum dia Suéliton,mas por enquanto não dá. Falta-me tempo e coragem. Mas fico feliz que minha resenha tenha te despertado o desejo de ler a obra em questão. Fico muito feliz mesmo. Beijão.


Bruna 17/09/2012minha estante
É exatamente isso Fran, Saramago nos deixa em uma encruzilhada, se somos jovens viver eternamente é a melhor das hipóteses, mas depois de velhos viver eternamente agonizando é pavoroso. Mas não seria talvez pior receber uma carta sabendo que em alguns dias você irá morrer?... Parabéns, a melhor resenha sobre este livro que já li.




Michela Wakami 24/06/2021

Gostei bastante da construção da história.
Apesar dos parágrafos gigantesco e da forma, digamos que peculiar da escrita do autor, é um livro com grande facilidade na leitura.
Teve um ponto na história que me incomodou, o sútil ataque aos cristãos, a Deus e a Jesus.
Respeito o direito do escritor, de colocar em sua obra, as suas crenças.
Mas como cristã também tenho o meu direito de me sentir encomendada.
A nossa protagonista, nos surpreende em vários momentos e se revela ao final da história de uma maneira bastante diferente do que a imaginamos.
Vale a pena a leitura, afinal estamos falando de José Saramago.
Embora eu e ele, estejamos de lados diferentes em muitos aspectos.
Não poderia deixar de reconhecer o seu talento.
A nota 3 é devido ao meu incômodo.
Mas seria 4 se não fosse isso.
Karol Alencar 24/06/2021minha estante
??????


Bárbara | @barbaraeoslivros 24/06/2021minha estante
Adorei a resenha


Michela Wakami 25/06/2021minha estante
Bárbara, obrigada!?


Pri.Kerche 24/02/2024minha estante
Adorei a resenha! Li esse livro há alguns anos e gostei. Só acho meio pedante a liguagem de Saramago. A obra seia mais interessante sem esse pedantismo kk


Michela Wakami 24/02/2024minha estante
Obrigada, Pri!
Verdade kkkkkk.


Bruna Pedrosa 25/02/2024minha estante
É verdade, eu aprecio mais a trajetória de vida e o esforço dele para se tornar um escritor do que a obsessão de atacar o cristianismo em praticamente tudo o que escreveu. Mas não acho Saramago "uma merd*" e "f*da-se o Prémio Nobel" como disse o seu pior "rival" António Lobo Antunes numa entrevista sem papas na língua hahahaha aliás, muito bom ler Lobo Antunes depois de Saramago para contrapor duas personalidades literárias tão divergentes.


Michela Wakami 25/02/2024minha estante
Não sabia dessa rivalidade.?
Já quero lê-lo.?
Obrigada pela informação, Bruna.?


Michela Wakami 25/02/2024minha estante
Acabei de pesquisar, só tem um e-book dele em português na Amazon, que custa 70 reais. (caro)
Os outros só tem físico.
Que pena.
Quem sabe um dia eu consiga comprar físico.




Wagner47 22/06/2023

A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste
A ossuda parou de matar. O que de início parecia ser uma benção, logo se mostra um tormento.

Não é porque a bonita aderiu a uma greve que as pessoas deixarão de sofrer, portanto um clamor por aquela que deixou de vir vale mais do que uma vida de dores.
A morte é ressurreição, então como que haverá igreja se não há ressurreição?
Que solução as funerárias encontrarão para se sustentar?
E o INSS desse povo?

Com essas e outras questões Saramago inicia sua jornada ao descrever os mais variados tipos de reações e contratempos frente à ausência da morte. Importante destacar que esse estado de "vida suspensa" acontece apenas em um país com uma população de 10 milhões de habitantes e fora de seus limites tudo ocorre normalmente.

O autor separa metade de sua obra unicamente para descrever vários acontecimentos e desdobramentos deste país se adaptando a sua nova realidade, desde acordos feitos com a maphia (com ph para não ser confundida com a outra), criação de hipóteses que justifiquem tal punição ou soluções, das mais simples às mais criativas, que amenizem toda essa problemática ao qual se encontram.

Pela sinopse do livro acredito que eu posso dar esse spoiler. A segunda metade insere de fato uma personagem a qual acompanharemos durante todo o restante da obra: ela mesma, a morte (e sim, com m minúsculo). Ela, com os seus mais variados poderes, propósitos e morais, acaba encontrando certa barreira em sua tarefa: um violoncelista.

Acredito que a parte mais incômoda se origina dos devaneios, desviando muito da obra a ponto de até mesmo explicar ditos portugueses que, ao meu ver, nada acrescentaram. Com isso acaba ocupando espaço que poderia ser destinado, por exemplo, às adaptações da sociedade após certas implicações.
Também senti falta de situações mais extremas quando colocado em questão o estado de algum indivíduo à beira da morte (e Saramago sabe muito bem ser extremo, como muito bem visto em "Ensaio sobre a Cegueira").

Para mim, a segunda parte foi incrivelmente superior à primeira. O toque de humor que o livro ganha é muito bem vindo, com ótimos diálogos e pensamentos da morte com sua gadanha/foice que nunca fala. Infelizmente essa metade também se perde em devaneios, principalmente no final quando tudo parecia muito bem encaminhado.
Acho válido falar algo em qualquer resenha do Saramago: sua escrita não é de fácil leitura. Temos parágrafos enormes de quatro páginas, com diálogos separados apenas por uma vírgula e letra maiúscula (com ausência de travessões e qualquer pontuação além do ponto final e da própria vírgula). Não influenciou na nota, mas fica o recado.

Mas "As Intermitências da Morte" têm uma característica presente a todo momento: é muito inteligente. Não falo de complexidade, mas pelo simples fato de abordar a vida enquanto se fala da morte. Inclusive é bem paradoxal algumas vezes, trazendo à tona que para vencer a morte, é necessário morrer.
E a morte nunca dorme.

Talvez uma sonequinha.
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Cleber 24/10/2023

LC no literature-se
Adorei a leitura coletiva, mesmo não conseguindo seguir o cronograma.
Depois que se acostuma com a escrita do Saramago a história flui de forma rápida. Não quero deixar spoiler, mas da metade do livro em diante a história muda e fica ainda mais interessante ver a morte pensar sobre a Morte. O final me surpreendeu, aliás, o livro todo me surpreendeu. Agora é esperar pelo último encontro na LC. Espero ler mais livros do Saramago.
Lahdutra 24/10/2023minha estante
tb amei o final!




Vini Ribeiro 24/04/2022

Repleto da ironia carrancuda do autor português, a história da morte e de sua ausência. Poderá a humanidade continuar atulhada de... humanidades? Reflexivo e divertido. Um leve Saramago.
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Vi. 15/10/2021

Ótima temática!
Adorei a temática e o enredo, mas a leitura é bem densa e exigiu um certo esforço para compreender a história.
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Vitor 03/02/2022

morte com m minúsculo
Parece que o livro foi escrito por duas pessoas diferentes. A primeira metade o livro é bem densa e cheia de complicações: problemas políticos, religiosos, organizações criminosas, hospitais lotados, colapso no mercado funerário e debates filosóficos sobre o destino da humanidade. Já a segunda metade toma um rumo surpreendente e divertido que discorre sobre os caprichos e peculiaridades da morte.
Edu 03/02/2022minha estante
até o momento só li um livro do Saramago, quero ler mais, e esse aí vai ser o próximo.


Kamyla.Maciel 03/02/2022minha estante
Esse livro foi minha grande surpresa ano passado. Adorei muito! É exatamente isso, refleti bastante com ele e ria muito também.




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