Marrom e amarelo

Marrom e amarelo Paulo Scott




Resenhas - Marrom e amarelo


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Bianca523 23/01/2024

Foi bom? foi, mas
Eu gosto de finais em aberto, mas meu deus esse ficou arreganhado, parece um livro incompleto. o paulo trouxe várias histórias e personagens e deixou lá, sem aprofundar ou continuar. um pequeno recorte na vida dessas pessoas.
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Alicia 05/06/2021

Não achei tão incrível. A história é boa, mas talvez foi pouco explorada. Apesar disso, gostei dos personagens e o jeito que a história é contada. É interessante como esse livro mostra como ações do passado podem influenciar seu futuro e como os problemas do mundo são sentidos de formas diferentes por cada pessoa.
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Toni 03/11/2020

Marrom e amarelo [2019]
Paulo Scott (RS, 1966-)
Alfaguara, 2019, 160p. 📖

Cada vez mais se pede da literatura que ela seja algo além daquilo que está escrito. Tornou-se comum “criticar” um romance narrado por um homem (ou seja, em 1ª pessoa) por não entregar perspectivas femininas suficientemente complexas, por ex., ou julga-se “mal” uma história sobre mulheres negras quando se nota a ausência do olhar de pessoas LGBTQI+. Não vou discutir esses absurdos, o fato é que leitores têm lido mais suas próprias demandas do que aquilo que os livros contam. Convém lembrar Chimamanda Adichie: o importante não é que a história da vez comporte todos os temas e perspectivas (a malfadada ilusão cubista), mas que tenhamos várias vozes contando muitas histórias. 📖

Todo esse moído inicial porque “Marrom e amarelo” é um livro carregado de polêmicas; questões irresolvíveis que podem, e devem, ser matéria da literatura, e que não podem, por mais que alguns pensem que devam, ser reduzidas a certo ou errado. O enredo, alternando entre o governo golpista de transição (2016) e a juventude do protagonista em Porto Alegre, parece tratar da relação entre dois irmãos de cores de pele distintas (um com “passabilidade branca” e o outro não) mas, tendo em vista a unilateralidade da narrativa, acaba sendo muito mais sobre política, identidade, afetividade, masculinidade tóxica, colorismo, abuso de poder, mobilidade social, conflito de gerações e a densa capa de mentiras que cobre as discussões sobre racismo no Brasil. 📖

O romance é narrado por Federico, 50, notável ativista pela defesa da juventude moradora das periferias, convidado a integrar uma Comissão federal encarregada de resolver “a crise do programa de cotas raciais” no Brasil. [A propósito: Bia Ferreira - Cota não é esmola]. Com uma dicção convulsiva, envolvente mas sufocante (como pede a matéria da poesia aqui), a narrativa de Scott nasce da “covardia da hierarquização das cores de pele praticada no Brasil, toda a covardia dum massacre psicológico, dum distúrbio psíquico de larga abrangência social”. Grande romance que te agarra e abre os olhos desde seu primeiro parágrafo febril.
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Norberto 05/05/2021

Ultimamente tenho lido textos importantes e esse foi um deles. Aborda de maneira fluida e quase como em fluxo de pensamentos (junto a falas e situações) o dia a dia intercalado no presente, quando é parte de uma comissão que visa discutir a implementação de cotas raciais; e no passado de Federico, que nos faz perceber o racismo e refletir sobre como a sociedade se comporta com questões de colorismo, preconceito e desigualdade ao mesmo tempo em que vive situações delicadas que vão repercutir no presente, na vida da sua família. O livro aborda questões que possuem muita discussão mas que não são fáceis de serem resolvidas em uma época que o Brasil se via sob um governo que chegou ao poder de maneira díficil - pra se dizer o mínimo, com lembranças da ditadura e remete muitas vezes à questão "quem é a população negra brasileira?".
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Kiki 13/07/2023

Livro forte e necessário.
Que livro forte!
Aborda temas relevantes e importantes sobre questões de racismo.
Me levou a ter necessárias reflexões.
Adorei a leitura.
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Lurdes 17/01/2022

Federico e Lourenço são irmãos, mas não se parecem, nem no comportamento, nem na cor da pele, ambos filhos de pai negro e mãe branca.

Federico tem a pele clara, e um temperamento mais encimesmado, carregando muita revolta quando se depara com situações de preconceito e injustiça. Cria uma ONG e torna-se um militante respeitado e intransigente defensor de causas antiracistas.

Lourenço, ao contrário, tem a pele escura e se comporta de forma amigável, com brancos e negros. De porte atlético, dedica-se ao esporte e não se envolve em debates raciais.

Ao longo da narrativa percebemos comportamento similar em seus pais.
A mãe, branca, funcionária pública, reforça aos filhos que eles são, sim, uma família negra. O pai, que trabalha na polícia como perito criminal, dedica todo seu esforço para ser o melhor profissional possível e sabe que não pode cometer erros.

A estória começa em 2016, com Federico iniciando sua participação em uma comissão, montada pelo governo Temer, que visa estabelecer novos critérios para as cotas raciais, inclusive com a proposta de criar um software para classificar o grau de negritude dos candidatos.
Sabendo que a intenção do governo é enfraquecer o sistema de cotas, muitos, entre eles Federico, aceitaram participar da comissão para tentar evitar o desmonte do programa.

Paralelamente vamos conhecendo um pouco da vida de Federico e Lourenço por fatos ocorridos nos anos 1980, em Porto Alegre, que acabaram marcando seus destinos para sempre.

Federico é o narrador em todo o livro e utiliza, com frequência, diálogos entre os personagens, com pontuações bem particulares e costuma nomear os locais onde as ações se passam, lugares que, em 90% das vezes, existem.
A obra é ficcional mas existe veracidade em tudo, fazendo com que a leitura se mostre ainda mais forte.
O autor é direto, não faz concessões.
Seus questionamentos, angústias, revoltas, são absolutamente legítimos.
Temos um longo caminho a percorrer para diminuir as gritantes desigualdades.

Raras vezes nos deparamos com leituras que abordem o colorismo.
Esta aí uma excelente oportunidade de ler e refletir a respeito.
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books_resenha 05/05/2020

Necessário
Dentro da atualidade, o livro retrata a vida de dois irmãos, negros em diferentes tons, e o preconceito que viveram por toda a vida pela sua cor. Filhos de pai militar, que parece negar a existência do preconceito, mostram como é dolorido o dia a dia de algo camuflado. Um deles, Federico, foi convidado a participar da Comissão que discute as cotas raciais nas universidades, enquanto o outro, Lourenço, precisa lidar com a revelação da filha ser uma ativista fervorosa.
Livro necessário nesse cenário de início de tentativas de transformação.
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Lari 30/01/2023

Gostei bastante.
Quando acabou, fiquei com vontade de mais (não de um jeito ruim, como se o fim não tivesse sido suficiente).

É só que leria mais uma quantas páginas de um livro como esse.
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Nat 17/01/2022

^^ Pilha de Leitura ^^
É a história de 2 irmãos filhos de pai negro, porém um deles tem o tom de pele mais claro, e é justamente esse quem se torna mais ativista e é, também, o narrador da história. Suas ações acabam se refletindo parcialmente na sobrinha. É uma boa história! Vale a pena, ainda mais porque o livro é curtinho.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Maitê 03/01/2021

Eu não curto muito esse estilo de escrita, que as vezes me parece ser formado de muitas palavras vazias, páginas e páginas de nada dito. Não tem beleza.
Mas o que segura essa leitura é o tema. Um filho de negro, mas que passa como branco, vivendo a luta do seu irmão gêmeo negro. Faz disso sua vida, sem nunca de fato ter a mesma experiência, ou saber o que ele passa. É lugar de fala que se diz né, demora um pouco para ele entender isso.
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Renata (@renatac.arruda) 30/06/2020

Acho que ainda não tinha lido um romance sobre a dinâmica do colorismo no Brasil e achei muito interessante a abordagem do Paulo Scott, tratando da questão do ponto de vista do negro de pele clara, o chamado "pardo".

Oriundo de uma família mestiça, autodeclarada como negra, o protagonista, Federico, ocupa uma espécie de não-lugar, e toma pra si a tarefa de se engajar em movimentos sociais contra a discriminação. Quase uma forma de levar para a vida a relação de protetor que ele assume em relação ao irmão mais novo, negro de pele retinta, alheio ao engajamento político, mas com muito mais vivência real entre as pessoas negras periféricas da região onde vivem em Porto Alegre.

O que eu achei mais interessante no livro foi notar que Federico ocupa um não-lugar não só no que diz respeito à percepção das pessoas sobre sua raça e seu lugar na sociedade, mas também em todos os outros âmbitos da sua vida. É um militante famoso, mas visto com desconfiança por muitos. É ainda apegado a um antigo amor do passado que já seguiu em frente sem ele, mas não consegue derrubar as barreiras afetivas que o impedem de viver plenamente uma nova relação. É um familiar querido, mas permanece distante fisica e emocionalmente dos membros da sua família.

No fim das contas, mais do que as importantes discussões sobre raça, e sobre assumir as origens negras e indígenas que carregamos, o livro bateu em mim como uma história sobre um momento de transição. De encarar as consequências de erros cometidos no passado, encerrar ciclos que não fazem mais sentido e seguir em frente, rumo a um futuro em aberto.

@renatac.arruda
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Paulo 05/06/2022

Impressionante e imprescindível!
Livro que surpreende positivamente pela sua forma. O autor consegue transmitir toda a tensão costurando presente e passado em que retrata muito bem as mazelas raciais que estruturam a sociedade brasileira.
Recomendo fortemente.
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Cris 04/04/2021

Marrom e amarelo
Confesso que o que realmente me prendeu foi a história, mas eu tenho bastante dificuldade com esse tipo de escrita mesmo me adaptando a ela. Recentemente li um livro do Saramago que tem a escrita semelhante. O enredo me prendeu mas acabei não dando 5 estrelas pelo mesmo motivo, é algo muito pessoal meu como leitora.

Fora isso os temas são super importantes e atuais. Uma obra que retarda o racismo em vários aspectos, que vale muito a pena conhecer e aprender
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Marina 13/05/2022

Colorismo, Racismo e Porto Alegre
Como porto-alegrense, esse livro me toca de muitas formas. Ver minha cidade como cenário dessa obra de arte é um carinho a mais pra alma.

Se eu fosse definir o livro, eu diria sutil. Mas não sutil como uma flor, e sim sutil como uma bomba, que a qualquer gesto brusco pode explodir.

Mas, ao mesmo tempo, o livro nunca explode. Não é pra quem gosta de desfechos, não tem. A gente acompanha a angústia do Federico e vai se angustiando junto, e, sem dar spoilers, continuamos angustiados depois que o livro acaba.
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Luccrazy 01/06/2022

Texto bem escrito e história cativante
Fiquei entusiasmado com a sinopse de que se tratava de irmãos com o pano de fundo de racismo.
A escrita é bem fluida. A mais bem escrita em português no ultimo ano? não a toa foi bastante premiado.
Por mais livros anti-racistas e por mais textos em português bem escrito!!
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