A fúria

A fúria Silvina Ocampo




Resenhas - A fúria


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Ana Sá 20/12/2023

Sobre a esquecida no rolê hispano-americano ou uma ode às resenhas do Skoob!
Cheguei a este livro da argentina Silvina Ocampo (1903-1993) por um caminho inusitado: primeiro, cruzei com a sinopse da biografia da escritora ("A irmã menor", de Mariana Enríquez) e me senti imediatamente atraída! Adquiri a obra, mas em seguida, numa das resenhas do Skoob, esbarrei com um alerta do tipo: "a biografia é ótima, mas eu lamento não ter lido nada da produção ficcional de Ocampo; acho que assim teria aproveitado melhor a leitura de sua história de vida". Pois bem, conselho bom dado é conselho bom recebido! Voltei a colocar a biografia na estante e iniciei a leitura de "A fúria", uma coletânea de pouco mais de trinta contos publicada originalmente em 1959.

Como em todo livro que reúne um vasto número de contos, em "A fúria" nem todos os textos são memoráveis, alguns são inclusive descartáveis. Porém, como em todo bom livro de contos, a liga que justifica a coletânea é facilmente percebida: Ocampo é uma escritora do insólito, que (com as suas muitas personagens perturbadas!) vem perturbar a leitora e prendê-la numa zona de desconforto!

Relações fraternas e amorosas são tema frequente, sendo quase sempre conduzidas por ou culminando em estranhamento ou espanto: o casal que se muda para uma casa cheia de fantasmas (talvez metafóricos, talvez nem tanto); a esposa-escritora que confunde marido e personagens; o protagonista que faz amizade com um jovem vidente. Também os animais não são esquecidos por Ocampo: a mulher cuja descrição se confunde com a de um cavalo; a corrida de uma lebre que dribla inusitadamente uma matilha. Ou então simplesmente uma mulher presa num porão, nos dando a angústia de não entendermos nem qual é a profissão que ela afirmar ter, nem se ela estará a salvo de um desabamento iminente. Por fim, as ruas de Buenos Aires como cenário, diferentes crianças como personagens e sutis conflitos de classe enriquecem o combo!

Quem gosta da literatura fantástica de Cortázar vai se sentir em casa com Ocampo, com a diferença de que em muitos de seus textos encontramos uma dose a mais de ironia, humor ácido e morbidez. Em comum com o autor de "Bestiário" (1951) temos aquela atmosfera de um suspense que não demanda solução porque a graça da narrativa está precisamente naquilo que não deve ser explicado.

Aliás, por falar em Cortázar, é por aqui que começou o meu interesse pela biografia da autora. Pertencente à classe média alta, Ocampo não poderia ser mais íntima do cenário literário hispano-americano do qual o autor fazia parte: ela era casada com Adolfo Bioy Casares, foi muito amiga de Borges, e, dizem, chegou a ter uma caótica relação amorosa com Alejandra Pizarnik. Pensa então nessa biografia?

Também sua biografia literária não deixa a dever: trata-se de uma autora muito elogiada por nomes como Roberto Bolaño, Italo Calvino, Camus e próprio Cortázar, o que reforça o estranhamento diante de seu apagamento literário quando comparado ao alcance de alguns de seus contemporâneos argentinos. É o mantra: nem todas as mulheres, mas sempre uma mulher esquecida no rolê literário, não é mesmo?

Sigo para a leitura da história de vida de Silvina Ocampo agradecida à skoober que sugeriu que sua obra ficcional viesse primeiro. Agora, não mais reproduzirei os erros cometidos pela crítica literária ao colocarem holofotes na vida em detrimento da obra. Tiro da estante a biografia de uma ótima escritora, e não mais a de uma mera amiga de Borges e esposa de Adolfo Bioy Casares.
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Paula.Moreira 03/11/2020

Mais uma quebra de expectativa. Fiquei confusa e perdida. A sensação era de que me faltava contexto para entender alguns contos. Tirando um ou outro, foi um livro chato, de leitura trabalhosa e de baixa recompensa.
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Debora 22/12/2021

Livro de contos mais uniforme que já li
Os contos de Silvina Ocampo são excelentes, começam como histórias despretensiosas, mas, de repente, vc percebe que não é tão simples assim. Sem mudar o tom, sem peripécias narrativas, o fantástico, o absurdo entram na narrativa, nos fazendo parar para pensar no que acabamos de ler.
Há como que um confronto entre o ambiente rotineiro e a extravagância imaginativa (como nos diz o Posfácio)
Só teve um conto que me pareceu mal resolvido. Dos outros gostei bastante, em especial o que dá nome ao livro, A fúria, O castigo, A casa de açúcar e TB O rebento (a violência familiar entranhada)
Karamaru 22/12/2021minha estante
Vc me deixou instigado!!!


Debora 22/12/2021minha estante
Excelente livro!


Karamaru 23/12/2021minha estante
???




Camila.Szabo 20/01/2022

Desconcertante
O que achei mais interessante nos contos dela é como ela desconcerta o leitor. Algumas vezes nos deixa na dúvida com sua escrita que muitas vezes deixa espaço para ambiguidade, outras vezes pela forma natural que trata situações de crueldade. Fiquei boquiaberta com alguns contos.
Crianças, idosos, animais e religiosidade são temas de muitos dos contos deste livro. Inclusive ela trata as crianças como seres ambíguos também colocando-as como protagonistas de algumas situações maldosas e até absurdas.
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André Vedder 18/07/2020

Ótimos contos, alguns melhores que outros, como em todos bons livros de contos.
Gostei da escrita, do humor ácido, e principalmente da capacidade da autora em criar um clima tenso e de suspense, na maioria das vezes, devido à construção de personagens perturbados e bizarros, mas ao mesmo tempo humanos.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 03/09/2019

34 Contos
Silvina Ocampo (1903-1993) é considerada um dos principais nomes da literatura argentina, todavia seu reconhecimento foi tardio. Boa parte da vida, ela foi ofuscada pelo brilho da irmã Victoria, do amigo Jorge Luis Borges e do marido Adolfo Bioy Casares, com quem viveu um casamento aberto durante 53 anos, ou melhor, até sua morte.

A bem da verdade, oculta detrás de um par de óculos gatinho ou escondendo o rosto com as mãos nas fotografias, ela sempre foi muito reservada. Pouco se sabe sobre sua vida particular e o significado de grande parte de seu trabalho é um desafio para o leitor.

No Brasil, sua obra jamais despertou maior interesse, apesar da alardeada semelhança com os escritos de Clarice Lispector. Todavia, ultimamente seu nome veio à baila, graças a publicação da ?Antologia da Literatura Fantástica? cuja organização reuniu Silvina, Casares e Borges.

Sem dúvida, uma participação que pode surpreender, em especial, se levar em conta que ocorreu há 82 anos, quando a literatura ainda era um reduto praticamente masculino. O mais curioso é que essa repercussão acabou corroborando para que a Companhia das Letras lançasse, em agosto desse ano, o primeiro livro da escritora em português. Trata-se do sexagenário ?A Fúria?, que totaliza 34 contos, a maioria editados entre 1937 e 1940 em várias revistas literárias, incluindo a ?Sur?, dirigida por sua irmã.

De acordo com Laura Janina Hosiasson, professora de literatura hispano-americana da USP, que assina o prefácio da edição, a prosa de Silvina ?é irônica, mordaz e, ao mesmo tempo, perversamente ingênua. Embalada pelo ritmo preciso da descrição dos detalhes, ela consegue capturar o leitor para dentro de um universo familiar e doméstico no qual o sinistro e o estranhamento se insurgem como uma onda capaz de destruir qualquer proteção à equilibrada rotina burguesa?. Por sinal, boa parte conta outra história nas entrelinhas, causando desfechos inesperados e três bons exemplos são ?O Médico e a Paciente?, ?As Fotografias? e ?O Mal?.

Polissêmicos, amorais e insólitos, esses contos destilam um humor sombrio, ao abordar temas nem sempre corriqueiros, como metempsicose (?A Casa De Açúcar?), antropomorfização (?O Porão?) e premonição (?Os Sonhos de Leopoldina?). Quanto às personagens, elas formam uma miscelânea sugestiva de onde despontam um relojoeiro corcunda (?A Casa dos Relógios?), uma criança homicida (?A Oração?) e um cachorro embalsamado (?Mimoso?). Sobre os espaços ficcionais, Silvina faz com que cada ambiente esteja ?ativamente ligados ao sentido profundo das tramas?, nada é escolhido ao acaso, sequer suas costumeiras descrições, e esta peculiaridade está vinculada em parte com sua vocação pictórica. Inclusive, quando jovem, ela chegou a estudar em Paris com Fernand Lèger e Giorgio de Chirico.

O título do livro foi sugerido por Borges e revela seu conto preferido. ?A Fúria? gira ao redor desse sentimento e também remete às Fúrias, divindades que puniam os mortais e personificam a vingança na mitologia romana. Silvina recria essa história e surpreende pela originalidade, todavia,o livro inicialmente seria intitulado ?A Lebre Dourada?, que é o primeira narrativa da lista e distingue-se pelo hermetismo e o caráter esotérico. Resumidamente, ele retrata uma perseguição de uma lebre por uma matilha e é uma parábola na qual o sobrenatural e o natural entram em contacto e confundem-se.

Finalmente, estimo que outros livros de Ocampo sejam publicados pela Companhia das Letras, como também ?La Hermana Menor?, de Mariana Henriquez, que, lançada em 2018, é a primeira obra biográfica sobre a escritora.
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@retratodaleitora 24/10/2019

Depois de ler os contos presentes em A Fúria eu senti imediatamente uma vontade imensa de procurar saber mais sobre quem foi Silvina Ocampo. Encontrei um ótimo artigo de Mariana Enriquez (autora de As Coisas que Perdemos no Fogo, que é maravilhoso), explicando um pouco quem realmente foi essa escritora argentina, seu comportamento que despertava tanta curiosidade na época (principalmente sobre seu casamento aberto com Bioy Casares). Eu já tinha lido os contos antes de pesquisar sobre sua vida, mas fazer isso me ajudou a compreender melhor essas narrativas tão estranhas.

“Somos um compêndio de contradições, de afetos, de amigos, de mal-entendidos – me dia Elena. Certamente pensando em mim, acrescentava: ¬– Somos monstros (...). Somos também o que as pessoas fazem de nós. Não amamos as pessoas pelo que são, e sim pelo que nos obrigam a ser” (trecho retirado do conto ‘A Continuação’, um dos meus favoritos).

Os contos de Silvina trazem um estranhamento que perdura durante todas as 224 páginas que compõem o livro, aumentando conforme vamos adentrando histórias espetaculares, finais abertos, personagens bizarros e acontecimentos imprevisíveis. O imprevisível, de fato, é personagem presente em todas essas histórias
"Nos seus contos há algo que não consigo compreender: um estranho amor por certa crueldade inocente e oblíqua" disse Jorge Luis Borges (seu velho amigo) sobre seu estilo.

E há mesmo algo de inacreditável, algo de estranho (Silvina foi uma mulher considerada estranha), algo entre personagens que chegam e parecem inocentes, mas a crueldade e a ousadia logo se apossam deles. Silvina foi uma escritora ousada, desafiadora, e seus contos traduzem sua personalidade única. Está aí alguém que eu gostaria de ter conhecido!

“(...) pois nem todos os seres são lúcidos, nem capazes de ler o destino nos signos que diariamente surgem ao redor de si” (conto ‘Carta perdida em uma gaveta’). O conto “A Fúria” que dá título ao livro também foi um dos meus favoritos, entre vários outros.
Entendi tudo o que li? Acho que não. Acho que é desses livros que se transformam a cada releitura. Recomendo muito para leitores de realismo mágico e narrativas absurdas. Conheçam a senhora Ocampo.

site: https://www.instagram.com/p/B4AQjkXjBLu/
@umlivroumtrecho 22/01/2020minha estante
Esse livro é muito bom e o artigo da Mariana Enriquez é perfeito.




Mariana Dal Chico 02/01/2020

“A Fúria” de Silvina Ocampo foi publicado no Brasil pela Companhia das Letras que me enviou um exemplar de cortesia.

Desde que foi anunciado o lançamento desse livro, vi muitas pessoas comentarem sobre o quanto essa autora é incrível e que finalmente ela teria um livro seu publicado no Brasil. Imaginem o tamanho da minha expectativa para essa leitura!

A escrita da autora é lírica, as palavras são bem escolhidas e ditam o ritmo da leitura.

Morte e sexualidade são os temas mais frequentes dos contos, porém não são os únicos. Os personagens são variados, crianças capazes de atrocidades, homens, mulheres, um cachorro.

Com um ambiente doméstico, os contos sempre beiram o absurdo e causam estranheza, alguns são realmente assustadores, enquanto outros ainda estou tentando entender.

Meu conto preferido é “A casa de açúcar” onde uma recém-casada começa a agir de forma estranha e assume a identidade da antiga moradora.

Outros contos que gostei muito foram: A continuação, O rebento, A sibila, As fotografias, A fúria, Os sonhos de Leopoldina, O casamento, A paciente e o médico, O prazer e a penitência

A verdade é que eu esperava demais e acabei me decepcionando. Gostei da experiência de leitura, mas não amei.

site: https://www.instagram.com/p/B6imCX7jBho/
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Carla Verçoza 26/10/2020

Realismo mágico em sua melhor forma. Tensão, horror, o desconforto da perversidade na inocência.

“Eu desejaria ter nascido na outra época, (...). Somos provocados que alguns homens chamam progresso. As guerras agora são feitas com chuvas ou secas, com movimentos sísmicos, com pragas inesperadas, com mudanças exorbitantes de temperatura: na maior parte do tempo não se derrama uma gota de sangue, mas isso não significa que soframos menos que nossos antecessores.”

“Às vezes, morrer é simplesmente ir embora de um lugar, abandonar todas as pessoas e os costumes que se ama. Por esse motivo, o exilado que não deseja morrer sofre, mas o exilado que busca a morte encontra o que antes não tinha conhecido: a ausente da dor em um mundo outro.”

“Suspeitava que minha vida seria uma sucessão de fracassos e de abominações. Não há criança infeliz que depois seja feliz: quando adulta, poderá ter lá alguma esperança em algum momento, mas é um erro acreditar que o destino pode mudar as coisas.”

“Não nasci grudada aos amigos de infância. Se agora tenho pouco discernimento para escolhê-los, imagine quantos erros não cometi nos meus primeiros anos! Como amizades de infância são equivocadas, e não se pode ser fiel a um equívoco indefinidamente.”

“’A conjuntos músicas, a quanta gente, a quantos livros tenho que renunciar para não compartilhar os mesmos gostos com você?’, Pensei ao olhar para dentro do apartamento através do vidro da janela. “Quero minha solidão, a quero com mil caras impessoais.”
Vinícius 26/10/2020minha estante
Gente.... Interessei




andrealog 05/06/2023

Perturbador mas super indico
Foi minha primeira leitura da escritora Argentina considerada uma das grandes em seu país no realismo fantástico. O livro e uma série de contos, de situações um tanto prosaicas e corriqueiras, muitas vezes com pessoas comuns, como aquelas com as quais cruzamos cotidianamente, mas há sempre um surpresa, um final ( ou início ou meio) que faz nosso estômago se apertar. A autora nos mostra que o terror pode estar em qualquer lugar, mesmo nas crianças ou num animalzinho simpático como a lebre do primeiro conto
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Diogo 29/08/2020

A Fúria é o tipo de livro que você termina e já quer voltar pro começo de novo.

Escrito por Silvina Ocampo, expoente do realismo mágico, o livro contém 35 contos. A escrita dessa autora é única. Suas histórias, narradas de forma a aproximar o leitor criando quase um diálogo - é como se ela soubesse o que se passa na nossa cabeça -, retratam um mundo um tanto ingênuo, mas bastante cruel. Seu personagens, mesmo as crianças, não são, contudo, inocentes. Todos estão implicados em algum delito ou infração sempre intencional.

O real e corriqueiro se mistura com o fantástico e inimaginável da forma mais natural possível. Seus contos são como fábulas, mas com um tom confessional. Somos convidados a ler relatos oníricos e bizarros, refletir e largados ao final para viver dentro de nós o remorso e o arrependimento dos personagens.

Usando, muitas vezes, de narradores pouco confiáveis e de construções em desarranjo, as histórias parecem sempre esconder algo e nada realmente é o que parece ser, mas, na maioria das vezes, tudo se esclarece em tragédia.

Silvina Ocampo escreveu um livro perfeito para analisarmos a condição humana pelo seu pior prisma. Não consigo elencar os contos por ordem de preferência - até porque são muitas histórias curtas -, mas recomendo fortemente a leitura.
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cafeína_ebórea 27/05/2022

Confuso
Esperava mais, poucos contos me passaram o mínimo horror e os outros passam uma ideia de inacabado. Parece que peguei o bonde andando e desci na estação errada com a cara daquele meme do Vincent Vega em Pulp Fiction kk, porém, a escrita de Ocampo é ótima, fácil de entender, esse livro só não é pra mim.
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Adla Kellen 02/05/2020

A Fúria é um livro de contos escrito por Silvina Ocampo.
Silvina Ocampo era uma pessoa elusiva, vaga, imprecisa. Em artigo na revista @quatrocincoum sobre a autora, Maria Enriquez escreveu “ A voz de Silvina Ocampo é irônica, lírica, meio demente”. “Sou como os animais, escondo o que gosto” disse Ocampo certa vez.
No livro ela mistura o real com o fantástico em contos misteriosos e inquietantes.
Cada conto tem sua peculiaridade. E cada coisa tem o seu significado. Como o conto O vestido de veludo, que ela compara o vestido com nardos, um tipo de flor.
Contos preferidos: A casa de açúcar, A casa dos relógios, As fotografias, O vestido de veludo.
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Fabiana 03/06/2020

Contos sombrios, alguns excelentes, outros nem tanto... Questão de gosto e vivência tb na literatura.
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MachadiAninha 26/09/2021

Me puxou pra outro lugar que não o agora
Me senti na Argentina, principalmente. Foi como se eu tivesse renascido, e mesmo não sabendo de alguns eventos da cultura em específico, expressões e coisas do tipo, ao virem à tona, foi como se eu tivesse sido parida lá. Silvina faz um trabalho com o tal "realismo fantástico" que encanta e te tira de uma zona de conforto enorme. Contos curtinhos, que dão pra ler em uma sentada, e que nos fazem pensar em mil coisas e em coisas nenhuma. Houve momentos em que pensei ser um coelho, um homem, uma criança, e ahn! Essa troca de expectativas em relação a alguns padrões são bem legais. As crianças dos contos, por exemplo, são tudo, menos boazinhas e inocentes.
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