Bekah Abreu 05/02/2016"É uma verdade universalmente aceita que um zumbi, uma vez de posse de um cérebro, necessita de mais cérebros. "Heeey pessoal doido!
Para quem não sabe, no final desse mês, esse livro estará sendo lançando na sua versão cinematográfica. Isso mesmo!
Eu já queria ler faz tempo, mas graças minha preguiça ia sempre deixando a frente e ignorando o fato do filme estar tão perto de ser lançado. Só que, com o fato de ser no fim do mês, acabei me rendendo a esse amor com recheio de mortos-vivos.
Cinco irmãs, esperando o melhor da vida, mal sabem que seus destinos vão se cruzar a de dois jovens solteiros. As duas mais velhas estarão intimamente ligadas a eles, pelos laços de amor e ódio. Achou parecido com algum clássico? Seria, se essas jovens são fossem mestres nas artes da guerra e morassem num mundo onde os mortos saem de suas tumbas para colher os cérebros dos vivos.
Bem vindos à releitura de ‘Orgulho e Preconceito’ com uma pitada de sangue, ação, comedia e horror.
Gente, que livro mais viajado! Quando engatei na leitura, já tinha medo, pelo fato de ver tanta gente falando horrores. Só que como gosto da versão original, resolvi dar uma chance (e por que amei o trailer do filme).
No começo me surpreendi, depois odiei, depois ri. Adorei ver as versões do ‘Sr. Darcy’ e ‘Lizzie’ com suas katanas e sede de sangue das ‘hordas de satã’.
Mesmo sendo a coisa mais louca que já há tempos...
Acredito, que quando você vai ler esse livro, a primeira coisa que deve ter em mente é poucas expectativas, pois a obra tem muito de Jane, com discrepâncias do Seth. A trama parece estar normal, até que do nada, vem algum zumbi tentar te matar.
Outra coisa é o bom humor. Sou fã das obras da Jane Austen, mas ao terminar esse livro, percebi que o autor não quis nada mais, que mostrar um clássico com uma roupagem nova de humor e ação. O estilo é ‘NoSense’, então na maioria dos momentos, não notamos muita logica. Só que é isso que dá graça a livro e foi isso que o autor propôs.
Não da para engolir que as meninas foram treinadas nas artes orientais, nem a guerrinha de China x Japão. Como não vi como reagir aquilo, sempre ria quando era dito. Aliás, era notável as partes em que a Elizabeth parecia mais uma ‘Kill Bill’. Mas em vez de me zangar, isso só ajudou na minha diversão, afinal, notei que foi uma coisa proposital. Só que isso não quer dizer que gostei, né...
O Sr. Darcy, por sua vez, estava mais bruto que nunca e suas tiradas mais engraçadas ( e um pouco taradas numa certa parte) e caricaturadas.
Houve uma cena que amei demais. Que foi a luta (?) entre eles. Espero que tenha no filme, pois ficou uma tensão legal no ar (queria um beijo ou amassos, mas né...). É o tipo de cena que ocorreria nos casais de hoje.
Só que mesmo assim, consegui visualizar eles dois em sua originalidade, pois mesmo com katanas e artes orientais, é possível perceber as personalidades que tanto nos conquistaram.
O famoso ‘Orgulho’ de um versus o ‘Preconceito’ do outro. Essa parte, ficou intacta (mesmo com os sete talos de sangue da Lizzie).
"-... Conte-me: há quanto tempo está apaixonada por ele?
- É algo que veio se formando tão aos poucos que mal sei quando começou. Mas creio que devo fixar a data no dia em que pela primeira vez percebi como suas calças se avolumavam naquelas suas partes mais inglesas.", Orgulho e Preconceito e Zumbis.
Quanto ao resto, eu me via morrendo de rir com algumas mudanças bem interessantes, que causaram um rumo novo (mas sem quebrar o antigo). Me deparei com uma ‘sacanagem’ educada em alguns momentos e em outros, reflexos de horror, com a cenas de fome dos zumbis.
Falando em Zumbis, gostaria de ter visto mais deles, afinal, eles também protagonizam a obra. Só que pelo que notei, a serventia deles era mais parte da ‘brincadeira’ do que qualquer outra coisa.
Quanto aos finais novos, fiquei satisfeita com o fim do canalha da estória. Acho que falo por todos, quando digo que foi espetacular.
Já os dos outros, realmente me deu certo calafrio, afinal, nem todos escaparam da praga.
Recomendo a pessoas de mente aberta e que não se deixem levar pelo amor a obra original. Esse livro é para divertir e relaxar, trazendo momentos engraçados, mas sem perder partes originais da obra. É um tipo de elevação da obra por meio da releitura e comédia.
Não que seja um clássico ou a oitava maravilha do mundo, mas como li sem expectativas de tal, acabei me divertindo muito e rindo das peripécias do Seth (co-autor). Esse homem é louco! Pobre Jane Austen. Se ela lesse essa obra iria retornar dos mortos e comer o cérebro dela.
Recomendo ainda mais para os jovens adolescentes (principalmente meninos) que podem se encantar pela releitura e procurar o clássico depois.
“De todas as armas que já manipulara, aquela sobre a qual menos tinha controle era o amor; e de todas as armas do mundo, o amor era a mais perigosa.", Orgulho e Preconceito e Zumbis.
Se eu pudesse, daria quatro estrelas, mas como algumas cenas foram excessivamente sem noção, ao ponto de perder a graça, baixei para três. Só que mesmo assim, recomendo demais para um momento de relaxamento e leitura ‘fast-food’.
Leiam que o filme vem ai!
Beijos leitores famintos!