Leonel 01/03/2010
"Eldest" é a continuação de "Eragon", e, sendo assim, era de se esperar que fosse superior. Pelo menos um pouco.
Bem, o volume começa mais ou menos quando a história anterior acaba. Os acontecimentos iniciais do livro trazem uma reviravolta interessante, e eu gostei do aprofundamento em Nasuada: temos até capítulos só com a sua visão.
Aliás, uma evolução do primeiro volume para esse foi a escolha que Paolini fez em alternar a história de Roran com Eragon. Ambas são interessantes até certo ponto. Até Eragon chegar em Ellesméra, o ritmo do livro é quase que cruelmente maçante. Quando dois novos personagens muito importantes entram na história (quem já leu deve saber quem é), aí sim, a coisa fica boa! Ou quase. Rapidamente, o livro se torna cansativo de novo, e nem a luta de Roran em Carvahall salva, pois logo o povo tem que se mudar e essa parte da história podia ter sido muito reduzida.
O fim do livro, com a batalha na Campina Ardente, tinha MUITO potencial, de verdade. Mas nem a grande revelação das últimas páginas salva. O Paolini parece ter um sério problema em descrever as emoções dos personagens. A reação de Eragon com a sua descoberta (spoiler brabíssimo!) é tão intensa quanto um bocejo.
Enfim, Eldest é um livro cansativo e muitas vezes chato mesmo. Forçado em várias partes, para acelerar a história que já estava insuportável, para um fim tosco e mal aproveitado. A sensação que eu tive é que Paolini podia ter escrito "Eldest" em 150 páginas, que seria muito melhor.