Sarinha 22/04/2024
Sinta a batida do beat espere a hora da virada!
Mais uma vez Angie Thomas sendo magnífica.
A cada página lida, fica nítido o quanto a escrita da autora ultrapassa dimensões entre a miséria e a arte. A personagem Bri, trilha caminhos que podem não ter saídas. É destruidor quando a fome e os sonhos entram em jogo. Se há fome, não há espaço para sonhos. Eles são pequenos e inalcançáveis. O quão assustador é, uma palavra que possui quatro letras e duas sílabas, ocupar tanto espaço, ser algo tão visceral, que beira a morte. Para além disso, nossa estrela Bri, ainda precisa lidar com os estereótipos impostos e esperados sob ela.
Através da escrita envolvente da escritora, as emoções chegam ao leitor, consumindo e quando menos espera, já está cantando, torcendo e gritando:
Vai Bri!!!!!!!!!
O universo das batalhas de rimas, me fez pensar que nada melhor que espaços de vozes pretas, cantando sobre e para pessoas pretas ( Pensado muito nisso ultimamente). Os espaços de pertencimento são sobre vivências, convivências e resistência. Que bom que a virada chegou Bri!