clara :) 31/03/2024
Quando comeci o livro, já foi um tapa na cara, o primeiro ato do livro foi uma surpresa realmente não esperava, é acho que isso me deixou mais intrigada, pra descobrir com quem se sucedeu o fato (atormentei minhas amigas mandando áudios enormes tentado fazer uma linha de raciocínio pra descobrir quem era)
Um livro pequeno, mas com uma riqueza de temas é cenários, tão próximos a mim, que me fez pensar que estava na história,
a história deles falando que não são negros é sim indígenas pra não perder a terra, que tinha sido pegos a dente de cachorro, me fez lembrar da minha família onde minha taravó tinha sido sequestrada da sua tribo, "pega no laço" "dos índios bravos" ou como eles chamam cabloco bravo, faz lembrar que apesar da enorme população que a gente tem, a fé te saiu praticamente do mesmo lugar, da escravidão dos escravos, é dos abusos aos índigenas
Me fez lembrar que minha mãe conheceu um parente dela vivo que tinha sido escravo, que mesmo muito anos depois da escravidão, ela continua aí, mas mudou de nome, é de jeito de se mostrar
Me senti dentro da história lembrando de quando minha mãe me levava, a benzedores, dos meus tios de benção, que minha mãe confiava mais que médicos, é que descobriam doenças, antes mesmo de médicos atestaram, realmente mágico, místico, assim como Zeca chapéu grande
apesa muitas história, a história das irmãs, que falavam uma pela outra, da violência doméstica, das crenças e das entidades que eles cutuavam, um retrato da realidade pra mim tão bem contado, que meu deu um nó no estômago, por que a história era tão real, quanto o preconceito é a luta que aquele povo traçava.