Infância

Infância Graciliano Ramos




Resenhas - Infância


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lithamendonca 28/03/2024

Com uma escrita simples e comovente, Graciliano nos leva de volta à sua infância marcada pela pobreza e pela vida singela. As lembranças que ele compartilha são fragmentos de um passado distante, ainda muito vivos e tocantes. O texto nos conduz pelas lembranças da inocência perdida e das pequenas descobertas da infância, mostrando como essas experiências moldam quem somos. O livro é uma imersão profunda no coração do autor e na sua essência de vida.
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Eliane406 23/01/2024

Recordar
Daí o denso nevoeiro e a fragmentação narrativa, que se parte a cada instante num eu presente e num outro eu passado, que deslizam nas suas diferenças, que apresentam pontos comuns e se confundem em imagens e semelhanças. Os dois eus, em tensão dialética, dialogam na narrativa num jogo duplo entre narrador e protagonista. O menino por vezes assume o comando da narrativa, fazendo ouvir a sua visão mágica e infantil das pessoas e acontecimentos; outras vezes, o ponto de vista é do adulto, que escreve e faz reflexões sobre o passado. Com isso, o narrador torna-se leitor virtual do seu passado à medida que o produz.
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Wellington.Pimente 29/10/2023

Memórias infantil.
Essa autobiografia, com ficção nos pontos nebulosos, relembra a infância do escritor Graciliano Ramos, através de suas memórias.

A obra abre com o título "Nuvem" que são as suas primeiras memórias dos dois aos três anos, que não são tão precisos e que houve ajuda da família e da ficção para preencher as lacunas no tempo.

O que chama atenção são os pais tão duros e violentos e em diversos trechos ele demonstra o medo que sentia dos pais e como até da falta das mãos com carinho era percebida, e como não tinha nem o apoio da sua própria mãe (as mãos finas), que normalmente acontece em lares onde há um pai mais bruto, portanto uma mãe para amenizar sua dor e/ou mesmo defende-lo, ele vivenciava a violência constante através do medo, como no trecho: "...Medo, foi o medo que me orientou nos primeiros anos, pavor. Depois as mãos finas se afastaram das grossas, lentamente se delinearam dos seres que me impuseram obediência e respeito." Outro ponto bem marcante, como o autor teve dificuldades com sua alfabetização, de como o método de ensino era terrível, em que existiam as palmatórias para cada erro no aprendizado, praticamente uma tortura.

A obra traz um panorama de um tempo com muita coisa que no mundo atual já evoluímos e mudamos com muitos erros vivenciados, apesar de outros ainda persistirem, porém o livro é rico ao nos proporcionar essa visão infantil das complexas relações humanas, com um fundo regional e de um período não muito admirável no mundo, através da narrativa do ótimo Graciliano Ramos.
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Serjão 15/10/2023

Gostei bastante do livro. Meu terceiro do mestre graça, é perceptível que muitos personagens da obra de Graciliano foram baseados em personagens de sua infância e juventude, para mim tudo escrito por esse mestre da literatura é mágico, a forma que ele descreve os cenários me transporta para o local.
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Marcia 31/07/2023

Minhas impressões sobre o livro
Nesse livro Graciliano faz sua autobiografia, narrando fatos vividos de quando estava com na faixa dos 8 anos e segue até adolescência. Eu gostei muito, a escrita é popular, fácil compreensão,cativante e reflexiva
É muito interessante ver como Graciliano mergulhou em seus pensamentos da infância, nas lembranças e conseguiu nos trazer a realidade da época sob sua perspectiva infantil.
Conhecer o dia a dia da família , da região, suas dificuldades e aprendizado me permitiu aprender e crescer com ele. Algumas frases que chamaram atenção:
"O inferno era um nome feio que não devíamos pronunciar. Mas não era apenas isso. Exprimia um lugar ruim, para onde as pessoas mal-educadas mandavam outras, em discussões. E num lugar existem casas, árvores, açudes, igrejas, tanta coisa, tanta coisa que exigi uma descrição. Minha mãe condenou a exigência e quis permanecer nas generalidades. Não me conformei (?)?
?(?) Minha mãe curvou-se, descalçou-se e aplicou-me várias chineladas. Não me convenci. Conservei-me dócil, tentando acomodar-me às esquisitices alheias. Mas algumas vezes fui sincero, idiotamente. E vieram-me chineladas e castigos oportuno?
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Sandrinha 04/07/2023

Ótimo!! Meu nordeste é lindo!! Encanta a alegria de um povo feliz, apesar das dificuldades não falta o sorriso no rosto
No dia 26 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, em Alagoas, nascia Graciliano Ramos de Oliveira, um dos maiores romancista da literatura brasileira. Também conhecido nacionalmente.
Graciliano Ramos foi um dos principais autores da segunda fase do Modernismo brasileiro.

Infância é um livro autobiográfico de Graciliano Ramos, publicado em 1945.
Graciliano conta como foi sua formação como escritor, desde as primeiras lembranças de menino até as do adolescente que lê e escreve no interior de Alagoas. Teve uma infância difícil, assinalada por dificuldades na relação com seus pais, bastante rígidos. A mãe era ríspida e o pai autoritário e em muitos momentos violento. Sentia-se oprimido, e humilhado, pois, pensava ser um ser fraco diante dos adultos, mais fortes.
O livro é formado por capítulos que retrata de maneira clara e objetiva momentos de sua vida, como a sua saída do sertão de Alagoas, e chegada a fazenda no interior de Pernambuco, loja do pai. A primeira ida à escola e as suas dificuldades em aprender a lê e escrever. Diria que foram tempos difíceis, de muita angústia, pois, sua alfabetização foi feita de maneira dolorosa, violenta e até mesmo sufocante.
Tudo que viveu em sua infância serviu como base para transformá-lo em um escritor de sucesso e o tornar um apaixonado pela leitura.
Maxwell.LeAo 14/02/2024minha estante
Excelente resenha :D




Isabel.Urtassum 17/04/2023

??
Livro ótimo, porém demorei muito pra ler por não estar acostumada
Com ele percebi que devo ler mais clássicos para me acostumar com esse tipo de leitura para a faculdade.
Livro forte, pesquisar os gatilhos antes de ler!!!
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bebs 26/02/2023

Muito bom
Gostei bastante. Devo admitir que foi uma leitura um pouco complicada, pois a escrita de Graciliano é bem rebuscada, mais até que autores anteriores a ele, como Machado. Todavia, a história ainda é muito boa. O olhar de uma criança sobre a vida é com certeza muito interessante, ainda mais se essa criança se trata de Graciliano.
Ótimas passagens e reflexões. Recomendo bastante!
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Arminda 05/12/2022

Esse livro me fez refletir sobre a alfabetização, as dificuldades, a necessidade de pensar em todo o processo. A leitura é muito prazerosa.
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Rousa 22/10/2022

Infância
O livro conta a infância do autor Graciliano Ramos, seus sofrimentos, descobrimentos e como desenvolveu o seu amor pela escrita. O entendimento no início é um pouco dificil mas depois me acostumei, o livro dá enfase ao racismo da época e ao sofrimento do próprio menino que é abusado e surrado muitas vezes no decorrer da história.
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isabeuly 03/10/2022

"Onde conseguir livros?"
Infância conta a juventude do autor Graciliano Ramos. Um futuro escritor que cresceu com um amor imenso por livros, mesmo esses objetos sendo escassos em sua vida.
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Stella F.. 26/09/2022

A descoberta do mundo
Infância – Graciliano Ramos – Editora Record – 2008

Este livro foi escrito em forma de pequenos textos independentes, e posteriormente foi transformado em livro, publicado em 1945. Por isso, não há uma sequência cronológica nas páginas e capítulos, parecendo fragmentado. Mas, aos poucos, vamos nos acostumando a escrita maravilhosa, mas muito melancólica de um Graciliano Ramos já adulto, voltando ao passado e tentando lembrar o que sentiu ao longo daquela infância em Alagoas e Pernambuco, dos dois aos onze anos.

Vemos desde o início que as lembranças são fragmentadas, mas algumas são recorrentes, assim como alguns termos se repetem ao longo da narrativa, usados de maneira frequente pelo memorialista como por exemplo: névoa, vapor e nuvem; treva e sombra; teia de aranha (Oliveira, 2022, pg. 158)

Podemos selecionar alguns temas como:
• o deslocamento da família por causa da seca
• a educação falha; a falta de amor da mãe, mas a lembrança de que ela tentava de alguma maneira ler
• o pai trabalhador, porém, grosseiro
• sua doença nos olhos recebendo dois apelidos que muito o chateavam: bezerro-encourado e cabra-cega: “Na escuridão percebi o valor enorme das palavras” (posição 1358)
• o medo que o paralisava, mas que de alguma maneira o movimentava: “Medo. Foi o medo que me orientou nos primeiros anos, pavor. Depois as mãos finas se afastaram das grossas, lentamente se delinearam dois seres que me impuseram obediência e respeito.” (posição 66)
• a escola como castigo por não gostar dos métodos e ter dificuldade de aprendizagem (escrita pedante, soletração, professores ruins)
• a salvação por uma professora muito carinhosa
• a descoberta dos livros de uma maneira inimaginável.

Mas o escritor também tinha lembranças boas, carregadas de afetos por alguns amigos e pelo avô que tecia urupemas, como ele tecia palavras. “O autor, insensível à crítica, perseverou nas urupemas rijas e sóbrias, não porque as estimasse, mas porque eram o meio de expressão que lhe parecia razoável.” (posição 156).

Além do sofrimento familiar e com as letras, e algumas aventuras interessantes, o escritor teve contato com a religião, com pessoas que diziam ao contrário do que pensavam: “Mas os gabos se prolongaram, trouxeram-me desconfiança. Percebi afinal que elas zombavam, e não me susceptibilizei” (posição 1887); entendeu um pouco sobre sua família e uma irmã natural; foi preconceituoso algumas vezes, e solidário com o sofrimento de outros muitas vezes também, não entendendo alguns castigos infligidos a pessoas que não pareciam merecê-los.

Segundo Octavio de Faria, no posfácio “Em Graciliano Ramos o menino Graciliano é tudo. Seus heróis são o menino, sua timidez é a do menino, seu pessimismo é a do menino, sua revolta é a do menino.” (posição2534)

Segundo Oliveira (2022) “As doenças e o sofrimento psíquico maltrataram o narrador de Infância que se solidarizava também com as outras crianças que, como ele, também sofriam violência física e moral. Entretanto, apesar dos padecimentos por que passou, foi surpreendido com momentos imprevistos de satisfação, em que vivenciou descobertas cognitivas e afetivas. Dessa forma, Infância, através da rememoração, dá a medida dessas incongruências que parecem constituir o mundo, apreendidas pelo olhar do adulto, que está em permanente e sensível diálogo com o menino.” (pg. 174) E essas lembranças boas podem ser associadas à leitura no armazém do pai, o acesso aos livros do tabelião Jerônimo, a descoberta de livros que o faziam querer aprender a ler e interpretar de maneira livre, sem castigos e com lógica.

Bibliografia:
Graciliano Ramos: a melancolia e as ironias da memória de Ana Maria Abrahão S. Oliveira (2022)



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Ana 22/08/2022

Infância é um livro de memórias, não um romance nem uma autobiografia. O autor vai relatar os fragmentos de memória que tem de seus primeiros anos de vida até o início da adolescência, vivendo entre o interior de Pernambuco e Alagoas, no século XIX. É necessário lembrar-se desse contexto antes de julgar alguns dos fatos narrados. As relações familiares e trabalhistas, são cruéis, o menino é criado sem afeto, sem orientação, são muitos os episódios de violência sofridos. A irmã é excluída da convivência familiar por conta de um casamento não aceito. Se os filhos são tratados com violência, muito mais sofrem as crianças trabalhadoras. Os negros, ainda que em um período pós-escravidão, são marginalizados. A escola é outro ambiente de abusos e violência, e os métodos de ensino são pouco eficazes. O menino sofre pra conseguir se alfabetizar e quando consegue descobre o prazer da leitura e começa a se aventurar na escrita.
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Jessi 27/12/2021

O livro é um pouco difícil no começo o que dificulta o entendimento, é meio enigmático, mas depois você se acostuma, há muitas passagens racistas da família, quando do próprio Graciliano, mas a passagens muito boas da história de vida do Graciliano recomendo
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