Papel Manteiga Para Embrulhar Segredos

Papel Manteiga Para Embrulhar Segredos Cristiane Lisbôa




Resenhas - Papel Manteiga Para Embrulhar Segredos


15 encontrados | exibindo 1 a 15


cperlingeiro 26/02/2009

Um amor parcial
Como editora do livro Papel-manteiga, minha resenha é mais parecida com um depoimento. Um "por trás dos bastidores", posso assim dizer.

Conheci a Cris (autora) num almoço, apresentada pela minha designer favorita, Mariana Newlands. De cara a gente se deu bem e eu tava procurando boas idéias para publicar o primeiro título da Memória Visual. A idéia foi conjunta, bem como todo o teor do livro. Ele foi pensado, criado, amado e adotado por um monte de gente.

Na feira da USP, com os livros todos sendo vendidos com um descontão, as pessoas compravam de 5-10 exemplares para dar de presente de natal. Uma senhora comprou 20 livros para dar de presente para as amigas do curso de culinária! Quando participei da Bienal do Livro em 2007 um monte de outros editores amigos foi prestigiar, comprar, elogiar. A imprensa também foi generosa com as resenhas e notas. E as livrarias apostaram com tudo no título e eu consegui emplacar até nas grandes redes. Imagina: logo eu, editora de um título só.

O livro já está em sua primeira reimpressão. E agora, a Memória Visual, editora com 18 títulos, prepara uma continuação: Cadernos de Virgínia, que vai ser mais ou menos uma continuação. Reminiscências de Virginia, pós-estágio de Antonia. Não percam. A Cris me entrega os originais em breve e espero publicar até maio!
cperlingeiro 14/12/2012minha estante
Oi Renata, o segundo livro ja saiu no final do ano passado. Se chama Duas pessoas sao muitas coisas e eh igualmente lindo e saboroso. Fique por dentro na nossa fan page no Facebook (www.facebook.com/memoriavisual)


Bel 16/12/2013minha estante
Amo esses dois livros!! Muito poético, lindo e envolvente. Sou fã!


Anna 06/03/2021minha estante
Eu estou lendo agora, sou gastrônoma e pesquiso literatura comparada. Simplesmente apaixonada por esse livro ?


Mariana Laly 13/04/2021minha estante
Passei aqui para agradecer. Amo o "Papel Manteiga..." e não sabia da publicação da continuação... Corri para comprar (e ainda comprei "A Peleja do Coentro com o Alecrim") e acabou de chegar! Uma felicidade só.




Paula 09/07/2009

Doce
O livro é uma delícia. A linguagem poética da Cristiane Lisboa com as receitas maravilhosas da Tatiana Damberg compõem um prato cheio para os amantes das letras e dos sabores.
Li um trecho do livro e saí correndo para as livrarias para comprá-lo e não me arrependi.

"Aprendi diversos tipos e uma só regra: fazer pão é como se apaixonar. É preciso sentir os ingredientes. A cócega que a farinha provoca na palma da mão, o deslizar da manteiga, o fermento que é fino mas pesa um pouco e gruda nas linhas das mãos. Depois, dedicar atenção à sova, ao amassar vigoroso. O repouso da massa aproxima os cozinheiros dos escritores. Assim como um texto precisa descansar as palavras por um tempo antes de ser apreciado por olhos alheios, a massa pálida do pão precisa ficar só para se fazer magia. Estufada, com o dobro do tamanho e uma textura areada está quase pronta. Dependendo do forno, dá para fazer até dois tipos de milagre ao mesmo tempo."

Cristiane Lisbôa. In: Papel manteiga para guardar segredos - cartas culinárias.Rio de Janeiro: Memória Visual, 2006. p.33
comentários(0)comente



Ver Sobreira 04/02/2012

Papel Manteiga para Embrulhar Segredos
Sinopse
Este Papel-manteiga não forra as formas, sequer se deixa descansar nela a cobertura do bombom. Este papiro é compatível com a língua, a física e a falada, pode-se embrulhar nele sabores factíveis e ficcionais.
Livros que receitam são tão íntimos quanto o amor.
Receitas são letras e não o bolo em si, a bandeja. Porque palavras se transformam em bolo se você quiser. Eis um romance permeado por receitas até para quem não tem fogão. Cozinhe e faça a sesta, uma vez que as cartas/capítulos deste romance levam o leitor ao sombreiro que a boa literatura traz aos bons pratos.
Ingredientes unidos por Tatiana Damberg, em alquímica sabedoria, encontram seu cozimento nas graças de Cristiane Lisbôa, que faz literatura até com miolo de pão.
A forma como se escolhe ingredientes, como se perfuma as panelas e se deixa cozer as carnes foi, é, e sempre será misteriosa para quem a faz, imagine para quem a lê. Tem em mãos um romance epistolar, receitas solares e madrigais. Alcance uma poltrona e dispense o guardanapo. Ninguém está olhando.
Andréa del Fuego


Este é meu segundo livro do DL-2012, e é um dos livros mais curiosos que já li em minha vida. Cristiane Lisbôa, com a ajuda de Tatiane Damberg, autora do outro livro que li e segundo ela mesma é gastrônoma por vocação, dá vida as receitas que complementam e dão força as palavras das cartas escritas pela personagem Antônia para sua bisavó.

A sinopse não é uma sinopse, é a orelha do livro feita por Andréa del Fuego, – escritora brasileira vencedora do Prêmio José Saramago 2011 – e ela dá um breve tom do que encontraremos neste livro. Reunindo cartas e receitas espetaculares Papel manteiga para embrulhar segredos é um convite a se deliciar tanto com a leitura, bem como as receitas. Por quê? Porque nas cartas encontramos as angústias, limitações, frustrações, alegrias e descobertas da personagem Antônia. E nas receitas? Só falta realizá-las.


Não sabemos em que lugar ela esta, mas pelas descrições parece ser um pequeno povoado em algum cantinho da Europa ou não, em qualquer lugar do mapa como a personagem relata. A cada nova receita aprendida, a personagem escreve uma carta para sua bisavó que parece saber e entender a decisão dela de se afastar de todos e temos também a senhorita Virgínia que é responsável por manter Antônia com o "pé na realidade".

Ao longo do livro, que é mais composto de receitas salgadas ou cartas salgadas do que doces, e talvez esteja refletindo o estado de ânimo de Antônia, ela vai superando algo ruim que está dentro dela. Sempre em contato com a bisavó aos poucos descobre, quem sabe, um mundo desconhecido através das "cartas culinárias".

O livro é interessantíssimo. Mais uma vez demonstra a relação do ser humano com a comida, e que a mesma transparece o nosso estado de espírito. É um livro de receita para a felicidade, mas principalmente uma ficção literária das melhores. A personagem redescobre a si mesmo e também pode ser o mesmo para nós. Cristiane Lisbôa fez um trabalho primoroso de ficção!? ou de auto-reflexão, não temos como saber.

Por fim com afirmar Andréa del Fuego, (...) Alcance uma poltrona e dispense o guardanapo. Ninguém está olhando(...), pois as receitas são de babar ou como diz a sabedoria popular de comer rezando, e as cartas de Antônia uma revelação da personalidade humana.
comentários(0)comente



Lílian 05/01/2012

Papel Manteiga - Desafio Literário 2012 - Janeiro
Não me lembro de ter lido algo que pudesse ser classificado como “literatura gastrônomica” até o ínicio desse Desafio Literário 2012. Dentre as sugestões indicadas no blog, o livro de Cristiane Lisboa, seja pela título como pelas sinopses que encontrei no Skoob, chamaram minha atenção e foi a obra escolhida para resenha nesse mês de janeiro. Com uma edição cuidadosa, Papel Manteiga é dividido em duas partes: Cartas Salgadas e Cartas Doces. O enredo, aparentemente simples: a troca de cartas entre uma jovem aspirante à chefe e sua avó. Não existem referências aos locais e já no primeiro paragráfo, Antônia – a aspirante a chefe – apresenta ao leitor a atmosfera que deverá acompanhar toda a narrativa: “ Bisa Ana, estou em alguma parte do mapa. Não posso dizer qual, pelos motivos que nós duas sabemos”. (p.07). Em cartas elaboradas em papel manteiga, Antônia informa sua avó sobre o desafio de aprender com a Senhorita Vírginia, dona de uma pequeno restaurante que fica no topo de uma colina. Na primeira menção à Virgínia, Lisboa oferece ao seu leitor uma narrativa bem construída e repleta de delicadeza, em trechos como o seguinte : “ Gente que não mente nem quando precisa pode causar profundos danos em corações sensíveis”. (p.07). A troca de correspondência é permeada por receitas que desempenham um papel relevante na narrativa: as receitas também contam uma história. O que parece ser uma simples coleção de cartas conduz a uma reflexão sobre o fazer literário. Mais do que isso não falo. É um livro que vale apena ler, com uma escrita agradável e repleto de trechos que ficam martelando na sua cabeça como o seguinte, um dos meus favoritos:

Pense comigo, Bisa, não existem declarações de amor com sinceridade absoluta. Muito menos elogios, jantares, casamentos e literatura. Jamais houve um só verão que tenha sido vivido com franqueza. A própria imaginação do tempo embaralha as lembranças com o que não aconteceu, para que nossa própria existência entre para o álbum de família como mais interessante. Mentem com veracidade os que escrevem diários e os que prometem infinitos domingos sem tédio. E todos salvam heroicamente as existências pessoais e alheias da completa mediocridade. Porque escolheria eu a verdade? Sei que sou imbecil. Mas, prefiro que digam que sou encantada com o aéreo. Opinião de muita franqueza, aliás. Porque a não sinceridade faz com que tudo que seja dito seja verdade-verdadeira. Antônia.(p.57).

Vírginia, a dona do restaurante é uma personagem que aparece aqui e acolá no texto, merecendo da autora um destaque maior. Por acaso, descobri que Cristiane Lisboa acaba de lançar o “ Duas pessoas são muitas coisas: estória de Vírginia”. Fica o convite.
Larissa 07/01/2012minha estante
Ja' li uma resenha sobre este livro e achei muito legal!!!! Gostei muito da sua resenha, eu gosto dessa troca de cartas e sentimentos. E nesse caso sabores!!!


Viquinha 24/01/2012minha estante
Convite aceito. ;)




xuxudrops 19/04/2012

Uma delícia!
Gostoso de ler e as receitas fáceis de fazer!
comentários(0)comente



Larissa 26/09/2020

Eu li como água para chocolate e amei, não sei foi uma coisa de amor à primeira lida pelo livro e o tenho a muitos muitos anos, veio de mamãe. E quando vi esse título a uns 10 anos trás eu achei que fosse semelhante, porém após varias tentativas para encontrar um exemplar eu finalmente achei! Mas para minha decepção não foi nada como o meu amado livro citado acima. Sinceramente foi uma decepção eu esperei tanto por esse livro que quando o li me decepcionei!
comentários(0)comente



Alyne 01/02/2021

Uma receita delicada
A história contada em cartas me conquistou, embora no início eu estivesse estranhando. A didática da senhora Virgínia por vezes me deixou com uma expressão de incredulidade. E as receitas foram um tempero especial, especialmente com o detalhe das notas ao fim delas.
comentários(0)comente



Gabriela Gonçalves 10/01/2023

Achei super fofo e delicado. Não é uma história propriamente dita. As cartas que Antônia escrevem contam um pouco do que está acontecendo, mas também não se aprofunda tanto. As receitas entram como complemento das cartas. A ideia desse livro é super interessante e gostaria de ler mais sobre os aprendizados de Antônia e os ensinamentos de Senhorita Virgínia. Mas acho que ele funciona e cumpre seu papel do jeitinho que ele é. Deixa o coração quentinho e com vontade de ir para a cozinha testar todas as receitas.
comentários(0)comente



Marcos Faria 28/04/2011

A gente não quer só comida
Segredos entre três pessoas nunca são guardados. E é assim que eles aparecem em “Papel Manteiga”.

Antonia, a Bisa e Senhorita se envolvem numa trama de mistérios que se torna insuportavelmente tensa até partir. Mas a catástrofe anunciada não acontece. Porque os segredos são escritos — melhor dizendo, embrulhados — em papel-manteiga. Translúcido, pedindo pra ser descoberto.

Ser revelado é a própria essência do segredo, tanto quanto a possibilidade de morrer é o que torna a vida preciosa e a delícia do amor está na sua fragilidade. E se a literatura exige a trama secreta, o subtexto que não se explicita, isso também só faz sentido se o leitor finalmente é admitido na cumplicidade.

Porque a narradora, com a autora e a co-autora, forma outro triângulo, que repete o primeiro como num espelho, ou numa homotetia. As três tecem uma conspiração que mais cedo ou mais tarde precisa ser traída. Antonia, a inconfidente, não resiste e sussurra ao leitor as dicas para entrar no segredo do livro: isto não é o que parece.

Ao contar suas aventuras como pupila da Senhorita, ela volta e meia escorrega e revela suas verdadeiras intenções: falar do amor e da literatura. No fim das contas, é a mesma coisa. Escritores e amantes devem saber cozinhar, amassar o pão, comer terra para aprender seu gosto. Levar seis vezes a massa à geladeira para fazer mil-folhas, a intrincada superposição de camadas que, transformadas em livro, permitem diversas leituras.

Por isso Senhorita não gosta dos livros de receita, os livros que seguem receitas, e muito menos dos seus leitores. Exigente no que se refere a pratos e poemas, não tolera a superficialidade disfarçada de requinte. Faz questão de que mesmo e principalmente a ficção tenha consistências de verdade.

A duras penas Antonia aprende com ela a diferença entre culinária e comida. “Papel Manteiga” é isso mesmo: comida que satisfaz, alimenta e delicia.

(Publicado originalmente no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2007/01/19/a-gente-quer-comida/)
comentários(0)comente



Vivipris 25/11/2011

Livro da delicadeza
Esse livro nos leva aos detalhes e sutilezas de vida. Um série de receitas ligadas aos eventos que se passam com a personagem te faz mergulhar num universo que admiro demais, a comida despertando sentimentos maravilhosos e nos levando a uma viagem interna gostosa e profunda. Recomendo mas, se seu coração gostar de emoções muito fortes, cenas duras, esse livro não é para você. Com certeza irá considerá-lo frágil demais.
comentários(0)comente



Sol Brasil 29/01/2012

Este é meu 2º livro do Desafio Literario, do mês de Janeiro em que o tema é sobre Gastronomia.
Desde que li o resumo dele na internet, fiquei bastante curiosa, para saber que cartas eram essas.
Também me interessei, pela capa, pelo tamanho do livro. Por tudo.
A sinopse deste livro é feita pela escritora brasileira Andréa del Fuego, a autora Chistiane Lisbôa (que não sabe cozinhar) e as receitas por Tatiana Damberg.

PARA CONTINUAR LENDO: http://cantinhosdoslivros.blogspot.com/2012/01/resenha-papel-manteiga-para-embrulhar.html
comentários(0)comente



CARLA 09/09/2015

Gente, que livro lindo!
Quando comprei e li a sinopse, pensei: " É uma historinha com umas receitas legais!"
Mas para minha surpresa, trás a troca de cartas de uma bisneta com sua bisavó, nas quais ela vai contando seu aprendizado na arte da gastronomia, tudo de forma muito poética. E, não para por aí, nas cartas seguem as receitas dos pratos aprendidos e a relação das cartas com a comida.
O que mais me encantou foram as receitas dos doces: pão de ló, bolinho de chuva, ambrosia, rocambole doce, suspiros... os quais aprendi com minha avó.
Ah, minha querida Nai, até os segredinhos culinários passados por você a mim. "Cacau vá virando delicadamente", "Deixa a porta do forno um pouquinho aberta pra assar os suspiros"....
Foi uma linda viagem ao passado, recordações que guardo com carinho.
comentários(0)comente



carlynara 29/04/2020

Doce
Antônia em um mundo de descobertas, se aventurando e aprendendo sobre sua arte.
comentários(0)comente



Lorena 30/04/2020

O papel mais fofo do salão.
Uma leitura leve, de significado, e que dá fome. Não leia antes de dormir.
comentários(0)comente



Anna 13/03/2021

Uma forma poética de falar sobre gastronomia
Para uma mulher apaixonada por gastronomia e literatura, foi uma grata surpresa conhecer Antonia, Bisa Ana e Virgínia. A autora consegue abordar aspectos extremamente verídicos e poéticos da relação entre cozinheira e comida, emocionando quem nunca conseguiu expressar essas sensações em palavras antes. Terminei a leitura emocionada e não vejo a hora de ler a continuação.
comentários(0)comente



15 encontrados | exibindo 1 a 15


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR