Letuza 02/03/2020
Cony é sempre maravilhoso
Um dos meus autores brasileiros favoritos, Carlos Heitor Cony traz, nesse livro, a história de Rosa Maria, moça do subúrbio, obrigada a interromper os estudos e trabalhar para ajudar a família. O pai de Rosa é aposentado à revelia depois de um infarto e não consegue manter a família. Rosa Maria arruma um emprego como recepcionista de um grande jornal. Trabalho sem graça, salário baixo, mas ela não tem opções. Lá ela conhece Lobianco, um homem da idade de seu pai, casado, dois filhos. Os dois começam um romance e ele passa a sustentar não somente Rosa Maria, mas toda a família dela. Lobianco, por ciúmes, convence Rosa a se demitir e ficar em casa à disposição dele. A moça, aos 21 anos, começa a perceber que sua juventude foi roubada e procura conhecer outras pessoas. Conhece André, Luiz e Ricardo. Não trai Lobianco. Começa a registrar seus sentimentos em um diário. O superintendente, todo poderoso do jornal, chefe de Lobianco, Dr Alberto, começa a assediar Rosa, mesmo fora do jornal. Ela, depois de uma encenação, rejeita Dr Alberto e também um poderoso ministro do governo, de quem o jornal depende de favores ilícitos. Então um dia Rosa Maria aparece morta, assasinada em seu apartamento, alugado por Lobianco. Durante a investigação o diário é encontrado e os suspeitos começam a ser investigados. Lobianco, André, Dr Alberto, Luiz, Ricardo. E para nós leitores até mesmo o ministro, que não é mencionado no diário. Quem matou Rosa?
A história é baseada em caso ocorrido em 1973. A garota assassinada teve sua vida e sua moral arrasadas pela imprensa. Além disso o livro faz críticas à ética nos negócios, ao mundo político e corporativo. A leitura é rápida e gostosa, como sempre nos livros de Cony.
Gostei demais!