Caçadores de Nazistas

Caçadores de Nazistas Andrew Nagorski




Resenhas - Caçadores de Nazistas


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Gerson 14/04/2020

"Nunca mais"
É um livro bem escrito fruto de uma pesquisa competente onde narra fatos de forma eficiente ao leitor. Isso torna o livro mais que um relato sobre os caçadores de nazistas, mostra detalhes e discussões que ocorreram após a guerra. Discussões sobre ética, moral, a lei, a justiça, a humanidade e a falta dela e etc.
Um livro imperdível por quem se interessa pelo período histórico e pela psique humana.
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Will 12/08/2022

Ótimo relato histórico...
Uma leitura agradável, com uma base de conhecimento bem completa, o escritor conseguiu desenvolver muito bem a linha do tempo envolvendo as diferentes gerações de caçadores de nazistas, com suas variadas motivações, modos de atuação e também suas divergências. Além dos criminosos mais conhecidos, temos alguns nomes de menor impacto, mas com histórias interessantes.
Acho importante dar algum destaque aqueles que, independente da razão, batalharam para levar alguma justiça ás vítimas do que acredito ser o crime mais bárbaro da humanidade. Um bom livro, qualquer um que tenha interesse no tema nazismo ou Segunda Guerra Mundial em geral, vai gostar.
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Diego Rodrigues 16/06/2020

"Tarde, mas não tarde demais"
Quando pensamos em caçadores de nazistas a primeira imagem que nos vem a mente costuma ser algo parecido com o famoso personagem James Bond, agente secreto eternizado no cinema por Sean Connery na década de 60. Muito dessa mitificação teve origem na ficção, tanto literária quanto cinematográfica, na qual os caçadores costumam ser retratados como agentes vingativos, altamente treinados e que se arriscam loucamente na linha de frente para perseguir os nazistas, esses que por sua vez costumam ser retratados como monstros sanguinários e psicopatas, ainda com algum poder. Quando na verdade, na maioria dos casos, os caçadores de nazistas são jornalistas, historiadores e promotores, que passam grande parte de seu tempo realizando pesquisas em bibliotecas e desatando nós burocráticos nos tribunais. Quanto aos nazistas que ocuparam algum cargo de comando no Terceiro Reich, em sua maioria são pessoas que levam uma vida normal e ás vezes até reclusa. Têm família, cães, gatos, um carro e um emprego comum. Apenas em alguns raros casos a realidade chegou bem perto da ficção. Nesse livro o jornalista americano Andrew Nagorski joga alguma luz na vida e carreira daqueles que ficaram conhecidos como caçadores de nazistas, desmistificando a imagem hollywoodiana que aprendemos a construir deles e até mesmo dos nazistas.
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Para entendermos como surgiram os caçadores e o que desencadeou sua perseguição aos nazistas, primeiro é preciso compreender o cenário do pós-guerra. Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial os Aliados já pensavam na guerra que estava por vir, a Guerra Fria. E tudo que o povo alemão queria era recolher os cacos e tentar reconstruir seu país, mesmo que isso custasse o precoce esquecimento do passado recente (e esse era um preço que a grande maioria dos alemães estava mais do que disposta a pagar). O Julgamento de Nuremberg foi o primeiro passo para se tentar fazer justiça, mas se formos considerar que apenas nazistas das mais altas patentes foram julgados e somente doze deles foram condenados à morte, fica evidente que essa era só a ponta do iceberg. EUA, Reino Unido, França e União Soviética não chegavam a um acordo definitivo sobre a melhor forma de julgar os nazistas. Os russos, instigados por Stalin, acreditavam na justiça do "olho por olho, dente por dente". Os americanos queriam levar os nazistas a grandes julgamentos acreditando que isso era não só uma forma de punição mas de registro histórico também, o que era visto por muitos como sensacionalismo. A linha entre justiça e vingança era muito tênue e conforme os horrores dos campos de concentração eram descobertos a tensão ia aumentando.
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Enquanto as condenações recaíam sobre os nazistas de altas patentes, e mesmo assim apenas para aqueles contra os quais as provas eram irrefutáveis, muitos guardas de campos de concentrações e superiores de patentes mais baixas acabaram escapando sob a alegação de que estavam apenas cumprindo ordens de seus superiores. Isso levantou outra questão: como julgar as patentes mais baixas? Mesmo quando não haviam provas concretas que ligassem um comandante de campo de concentração diretamente a execução de judeus, era sabido que ele fazia parte de uma engrenagem da máquina de matança de Hitler. Se fossem levar todas as peças dessa máquina a julgamento os processos iriam se arrastar por um longo tempo. Enquanto se preparavam para a Guerra Fria, EUA e URSS estavam muito mais preocupados em se aproveitar do processo de desnazificação da Alemanha para recrutar cientistas, médicos, físicos e outros conceituados especialistas alemães das mais diversas áreas e da mais alta capacidade. Começava a se perder o interesse em julgar os nazistas.
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Como se já não bastasse a impunidade, dos poucos que foram condenados em julgamentos anteriores muitos foram absolvidos posteriormente ou tiveram a pena reduzida. Entravam em cena então os caçadores de nazistas. Motivados pelo senso de justiça, esses caçadores fizeram bem mais do que apenas perseguir nazistas. Enquanto investigavam, pesquisam, estudavam e faziam seus contatos, esses caçadores tiveram que lutar arduamente para convencer o resto do mundo e a própria Alemanha da importância de relembrar o passado. A persistência dos caçadores no assunto ajudou muito a desencadear importantes reflexões, como por exemplo: o que levou o instruído povo alemão a seguir os ideais de Hitler? Quando os nazistas começaram a ser caçados e interrogados, a imagem que se tinha deles, de psicopatas sanguinários, foi desmistificada. Em sua maioria se mostraram pessoas altamente instruídas, com formação acadêmica e uma carreira que poderia ter sido de sucesso. Mas quando presos, em sua defesa alegavam que só estavam seguindo ordens. Por quê? Jogar toda a culpa em seus superiores se tornou lugar comum nos julgamentos. Isso desencadeou um estudo sobre regimes totalitários e o desaparecimento do senso de responsabilidade individual. Até que ponto um regime totalitário pode tornar uma pessoa má? É necessário que o indivíduo já tenha uma pré-disposição a ser assim para se deixar levar dessa forma? Convencer as pessoas a relembrarem e refletirem sobre um passado obscuro não era uma tarefa fácil, mas necessária. O autoexame do povo alemão provocado por essas reflexões levou jovens que nasceram depois da guerra a levantarem questões profundas, como por exemplo: qual papel seus pais haviam desempenhado durante o Holocausto? E assim muito alemães descobriram da noite para o dia que seu pai, seu vizinho ou seu professor, havia sido um nazista que despachara milhares de judeus para a morte.
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O livro traz muitos relatos de caçadas, entre eles os famosos casos de Klaus Barbie (Açougueiro de Lyon), Herbert Cukurs (Carrasco de Riga), Ilse Koch (Cadela de Buchenwald), Josef Mengele (Anjo da Morte), Rudolf Hoss e talvez o mais conhecido deles, Adolf Eichmann. Embora eu acredite que a leitura possa ser melhor aproveitada se feita após a leitura de um livro de história da Segunda Guerra, pois este aqui é mais focado nos detalhes sobre as investigações e as estratégias adotadas pelos caçadores para levar os nazistas ao tribunal, ainda assim é uma leitura muito fluída, reflexiva e que não se apega somente aos detalhes técnicos. Em alguns pontos o livro exige um pouco de pesquisa, acho que faltaram algumas notas mas nada que comprometa a experiência. São muitos os nomes e logo no início do livro nos deparamos com um breve resumo sobre quem é cada caçador e cada caçado. Essa lista é de grande auxílio durante a leitura, tive que recorrer a ela algumas vezes. O livro também conta com uma sessão de fotografias bem interessante.
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Os caçadores de nazistas estavam longe de ser um grupo perfeito de justiceiros. Aliás, eles sequer formavam um grupo. Apenas em raras ocasiões havia troca de informações. Na maior parte do tempo era comum eles se tratarem como rivais, disputando os holofotes e os créditos pelas prisões, e muitas vezes discordando das condenações impostas às suas caças. Mas o papel desempenhado por eles foi crucial para manter viva a memória de um dos períodos mais sombrios da humanidade. Incansáveis em seu árduo trabalho, eles botaram o dedo na ferida enquanto o resto do mundo só queria deixá-la cicatrizar e tocar a vida adiante. A inabalável busca pela justiça, a coragem de desmascarar criminosos de guerra e o empenho em forçar a humanidade a encarar e lidar com o seu lado mais feio, renderam e ainda rendem frutos até os dias de hoje. Só a partir dos anos 2000 foi que as patentes mais baixas que serviram no Terceiro Reich começaram a ser condenadas de fato. A prisão e condenação de velhinhos de mais de 80 anos foi criticada por uns e elogiada por muitos outros, afinal nunca é tarde para se fazer justiça. E essa também é a mensagem que esse livro nos passa. A Alemanha Nazista e tudo o que a envolveu nunca devem ser esquecidos. Estamos em uma década que provavelmente será a última em que pessoas que viveram os horrores da Segunda Guerra Mundial ainda estão entre nós. É estranho pensar que daqui a pouco não restará no mundo ninguém que viveu aquela época. Não podemos mais contar com os caçadores para nos relembrarem, essa função agora pertencerá aos livros e documentos históricos, e caberá a cada um de nós manter viva essa memória e os olhos bem abertos para qualquer indício de repetição. Que o serviço prestado pelos caçadores de nazistas não tenha sido em vão.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Loko 31/05/2022

Impressionante!
O livro é bem leve e pode, facilmente, agradar o público leigo. Confesso que aqui tinha detalhes sobre a vida de alguns carrascos nazistas (ou de seus captores) que nem eu, em meus anos que já acúmulo em leituras sobre o III Reich, sabia.

A Obra trás uma riqueza de detalhes e explora um lado que poucas Obras sobre as mentes nazistas discutem: a mente dos envolvidos. É formidável o esforço do autor em buscar diferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto ou explorar diferentes fontes sobre o mesmo conhecimento.

Vale a pena? Sim, muito. Mas, recomendo, que a pessoa que se aventure tenha um conhecimento mínimo sobre o Holocausto e a Alemanha Nazista. Muito bom!
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Thais 13/03/2023

Uma parte da história que não deve ser esquecida
"Minha opinião é que, em vista da monstruosidade desses crimes, temos para com os sobreviventes e as vítimas um dever que vai além de simplesmente dizer 'já se passou algum tempo, isso tudo deveria ser varrido para baixo do tapete"'.
Sempre gostei de estudar e ler sobre histórias, esse período do mundo principalmente, como dito ao longo do livro por mais que muitos quisessem simplesmente esquecer o ocorrido é necessário sim buscar por justiça passa os anos que for! Em pleno Guerra fria, Alemanha dividida, Áustria querendo tirar seu corpo fora frente as acusações etc., só mostra o quanto é necessário fazer barulho para que os monstros paguem por tudo que fizeram de mal!
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Chelsea.Archer 28/12/2020

Impactante
Levei um tempo grande para ler porque o conteúdo do livro é muito pesado, contendo histórias verídicas sobre o nazismo e o que aconteceu com os criminosos de guerra depois da vitória dos aliados.
Um livro que todos deveriam ler para que atrocidades como o Holocausto não aconteçam NUNCA MAIS
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Tama 04/07/2021

Conhecer para não esquecer. E jamais permitir que se repita.
O mal está plantado na humanidade. Os nazistas são meramente a sua manifestação.
A guerra acabou. O holocausto terminou. Mas os nazistas ainda existem, assim como o mal.
E deu frutos. Comunismo. Guerra fria. Ditaduras.
Entender para jamais permitir que volte a acontecer.
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Moya2 14/08/2023

Uma dura lição.
Esse livro deveria ser parte da formação escolar.


Ler os relatos dos julgamentos com a descrição de detalhes de crimes perversamente hediondos gera uma repulsa e um ódio absurdo. Qualquer condenação ainda seria pífia diante do volume e da violência exarcebada e incontrolável promovida pelos perdedores.

A desforra dos prisioneiros libertados nos campos de concentração dá uma leve sensação de justiça, que ao mesmo tempo satisfaz e mas promove um auto-questionamento: os libertos são diferentes dos algozes?

De toda forma, os ?Caçadores de Nazistas? trabalharam praticamente o tempo todo sob o amparo da lei, trazendo os criminosos à um julgamento imparcial, mas que por excelência, sempre tarda e infelizmente em alguns casos, falha.

Covardes, muitos deles viveram uma vida como ratos escondidos no esgoto, e acabaram de safando da justiça.

Uma mácula na história da humanidade, que lamentavelmente foi parcamente justiçada.
Aline MSS 16/08/2023minha estante
Nossa. Quero mto ler! ??????




Lucas 27/12/2020

Belo trabalho de investigacao resultando numa ótima leitura. Relata a carreira de diversos caçadores de nazista e diversos de seus casos e julgamentos associados. Não há nada de hollywoodiano nas investigações e caçadas, exceto algumas passagens, mas reforça que a justiça deve ser feita, mesmo que tardia aos envolvidos nos horrores do holocausto, bem como trazer algum senso de justiça as vítimas e suas famílias.
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Thamiris.Treigher 02/01/2021

Muito bom!!
O que os Nazistas faziam dentro dos Campos? O que aconteceu com os Nazistas no pós-guerra? Por que tantos conseguiram mudar de país e viver uma vida tranquila? Quem foram os incansáveis caçadores de nazistas que lutaram até o fim por Justiça? Por que, também, havia tanta desavença entre eles? Os Nazistas eram monstros ou pessoas que, aos poucos, perderam a sensibilidade e aderiram ao terrível sistema? Esse livro é um apanhado histórico sensacional, traz a realidade dos fatos que muitos de nós nem imagina. Essencial para quem gosta de entender a Segunda Guerra.
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Davi.Winchester 22/02/2021

Sem palavras
Melhor leitura de 2020. Terminei em 3 dias. Não tenho o que dizer desse livro. Simplesmente foda.
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Luiz Henrique 21/09/2021

Caçadores de Nazistas
Achei interessante, apesar de por vezes a leitura ser um pouco arrastada e cansativas pois os fatos parecem se tornar muito repetitivos. Contudo, o conteúdo é excelente, bem explicado e organizado. Para quem se interessar no assunto, recomendo.
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Carol 04/05/2022

Detalhes sobre o mau
Neste livro temos acesso ao processo de caçada aos criminosos do regime nazista, bem como a tarefa árdua de provar os crimes que cometeram, enquanto vivem pelo mundo como cidadãos de bem.
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BeatrizFonseca1 19/05/2023

Os Nazistas fizeram coisas horríveis aos judeus, negros e deficientes,nos campos de concertação, o livro problematiza o julgamento de vários nazistas , que foram mortos ou fugiram depois que Alemanha perdeu a guerra na segunda guerra mundial.
O autor traz á baila os malefícios que a cultura da supostas superioridade ariana provocou na Europa, durante o conflito belico
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Ana Priscilla 27/08/2023

Sobre a caça aos nazistas no pós-guerra
Gostaria de escrever uma resenha mais completa, mas vou resumir, foi uma leitura muito intensa! Precisei parar algumas vezes. A narração é incrível, senti que estava dentro de um documentário e um ótimo documentário, bem completo. São personagens reais, a realidade é devastadora. Cada capítulo narra como ocorreu no pós-guerra a busca pela justiça, os caçadores foram incansáveis quanto a isso. Houve várias formas de justiça e também a justiça simbólica, porque as vidas perdidas não voltam. O mundo nunca vai poder esquecer o horror que as vítimas passaram e quem participou dessa máquina da morte. Graças aos caçadores de nazistas, sempre denunciando e relembrando ao mundo.
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