Neylane Naually 27/06/2020ótima surpresaJunho é o mês do orgulho lgbtqia+ graças a Revolta de Stonewall que aconteceu em 28 de junho de 1969 em Nova Iorque, e por isso eu li vários livros e contos com essa temática durante o mês, e eu salvei essa resenha especial pra hoje, justamente por causa da data e pelo que o livro traz em suas páginas.
Livro de estréia do autor, Swimming in the dark traz uma Polônia conflituosa, uma história de amor proibida e uma escrita maravilhosa. É escrito em formas de cartas, o que normalmente me deixaria meio fora da minha zona de conforto porque não gosto muito de romances epistolares, mas a escrita do autor é tão fantástica que eu não senti nenhum desconforto, pelo contrário, não sei se teria um modo melhor de contar essa história.
Na Polônia socialista do livro relações homoafetivas não são proibidas, porém são altamente desencorajadas e ninguém tem coragem de se assumir. A repressão é muito forte, tanto por parte do governo como por parte do preconceito da população. Além desse pano de fundo, o casal ainda possui um embate político entre eles, já que um acredita no sistema, ou ao menos tenta se aproveitar dele e o outro, nosso protagonista, quer fugir dali o mais rápido possível.
A história é muito bonita, com cenas para deixar o coração quentinho e outras para quebrá-lo, o autor não tem dó da gente. Nós já começamos a história sabendo o que vai acontecer, mas é impossível não torcer por outro fim. O livro é curto, mais ou menos 200 páginas, e deixa o leitor querendo mais. Estou seguindo o autor de perto agora, já esperando pelos próximos trabalhos dele! Indico muito. 16+