Resenhas - Feliz Ano Velho

ju793 14/04/2024

A escrita do livro é boa, te prende e te faz querer ler mais. Mas mesmo assim tem momentos da narrativa que tudo que você quer é que o livro acabe logo.
Momentos desinteressantes, prolongados até demais e desnecessários tem um foco muito grande no livro, da a sensação que quanto mais você lê menos as páginas passam.
Senti falta do que ele sentia no tratamento, como o livro foi escrito de forma "leve", principalmente na questão do tratamento, me pareceu estremamente superficial.
Além de Marcelo só saber objetificar as mulheres e falar de uma coisa: sexo. Chega né?

JPColussi 28/03/2024

Poderia ser mais curto
Durante 150 páginas é um dos livros mais divertidos de se ler, mas do momento em que Marcelo passa (o que me pareceram) mil páginas descrevendo sua banda e o concurso em que se inscreveram, a história fica tão fluída quanto a recuperação da vértebra dele.

Durante o livro temos uma visão da vida de Marcelo, passando pela sua infância, marcada pelos horrores da ditadura e a perda do pai, até sua juventude animada. Marcelo nos conta sobre suas experiências amorosas e sexuais, as quais são vivas e empolgantes (e são um porto seguro pra sua mente), assim como de suas aventuras e projetos.

Marcelo é um rapaz encantador e talentoso, que vê o mundo de uma maneira cativante, suas paixões são ardentes e cheias de tesão. Marcelo é, por vezes, bom demais pra ser verdade, o que é engraçado, mas coerente, porque é o próprio Marcelo que nos conta a história. um bom livro, retrata bem a juventude e seus momentos eróticos.

Raul 28/03/2024

Razoável
Li esse livro por indicação do meu pai que me fez comprar no instante que descobriu que tinha no Kindle, mas eu não achei lá essas coisas.
A história é interessante, principalmente a parte da carreira musical do protagonista e as dificuldades que ele enfrentou, mas eu achei o jeito como ele trata o começo muito "aha eu não ligo pros padrões e que se dane" enquanto no meio do livro ele reclama o tempo inteiro que não é justo isso ter acontecido com ele (ele pulou no lago porque quis).
Tem esses problemas, mas ñ posso dar uma nota menor que três senão seria hipócrita; se ele escreveu esse livro pra ajudar pessoas com deficiência a passar por isso, talvez eu tenha lido errado, mas se for como uma espécie de autobiografia eu não leria por conta própria (principalmente porque não gosto de autobiografias).

Felipe Berlofa 09/03/2024

Uma autobiografai descontraída, mas com algumas coisas a se pensar
“Não sou herói, sou apenas vítima do destino, dentre milhões de destinos que nós não escolhemos.”

Nota: 4/5
Editora: Brasiliense

Um dia percebemos que a vida pode ser muito mais imprevisível do que pensávamos. E ler “Feliz Ano Velho” traz um pouco dessas reflexões, mas de um jeito burlesco.

“Feliz Ano Velho” é uma autobiografia escrita por Marcelo Rubens Paiva. Publicado em 1982, o livro narra a história real do autor, que aos 20 anos sofre um acidente ao mergulhar em um local raso, o deixando tetraplégico. A partir desse momento, acompanhamos a jornada de Marcelo para se adaptar a uma nova realidade, enfrentando não apenas as limitações físicas, mas também os desafios emocionais que surgem com essa transformação radical em sua vida.

Podemos tirar algumas reflexões da leitura sobre temas como identidade, amor, amizade, família e superação. Através dos olhos de Marcelo Rubens Paiva, sentimos sua vida e como ele consegue transmitir com uma honestidade e sensibilidade impressionantes os altos e baixos emocionais pelos quais passa durante sua jornada de recuperação.

O mais interessante na narrativa é a forma cômica com que Marcelo escreve e conta tudo o que houve com ele, sempre com comentários que nos tiram boas risadas na leitura, mas não deixa de ser sério e nos contar seus sentimentos mais profundos nos momentos mais comoventes de sua vida.

Além disso, a obra oferece uma perspectiva única sobre a realidade das pessoas com deficiência no Brasil, destacando os desafios enfrentados por aqueles que vivem com limitações físicas em uma sociedade que muitas vezes não está preparada para recebê-los adequadamente.

Em suma, “Feliz Ano Velho” é uma obra comovente e inspiradora que ressoa com leitores de todas as idades, lembrando-nos da importância de valorizar cada momento da vida e encontrar beleza mesmo nas situações mais desafiadoras. Uma leitura indispensável para quem busca uma história verdadeira de coragem, esperança e amor inabalável.

Liað· 05/03/2024

Yes
Ganhei o livro de presente de aniversário, e admito q não tava tão afim assim de ler, por ser um gênero que eu não gosto muito, porém fui surpreendida positivamente.
Por mais que o livro trate de um tema ?pesado? e de pouca discussão, o autor faz de um jeito que a gente se sinta próximo dele, se sinta quase ele, e é muito bom, por que vc sente oq ele tá sentindo.
Achei legal o jeito que ele resolveu levar o livro, no caso de uma maneira bem engraçada, mas que ao mesmo tempo te põe pra pensar.
Recomendo bastante!

mlnprf 05/03/2024

Eu esperava um pouco de sensibilidade, mas o Marcelo só fala de drogas e objetifica TODAS as mulheres. Pulei várias páginas e narrações insuportáveis. Independentemente de ser um livro escrito na década de 80, é machista e racista ao extremo. Não existe nada de "linguagem descontraída" aqui. O cara é pornográfico e desrespeitoso em toda a narrativa. Péssimo.

Milla Borba 23/02/2024

Interessante
Não achei que fosse gostar desse livro porque tenho um pouco de receio de livros escritos por homens, ainda mais quando são de uma outra época onde muito preconceito era aceito.
Mas apesar desses coisas, a história de Marcelo é muito interessante e bem contada, tem uma escrita incrível que me conquistou e me fez ter um ritmo de leitura.
Dois momentos que me deram a sensação de chato foi quando ele começa a narrar sobre o festival de música, que pra mim se estendeu muito e acho que acabou dando uma enrolada na história, e no final quando ele começa as descrições de sexo com Mariana, senti que tinha mudado de livro e agora era um romance young adult, pra que tanto detalhe, tantas páginas? Eu só quis correr e pular.
No geral eu gostei muito de conhecer o Marcelo e entender tudo que aconteceu na sua vida depois desse acidente que marcou não só ele, mas toda a população.

Mafe 18/02/2024

Encantador
O Marcelo mostra com todo o seu charme e dedicação os lados de seu acidente, sempre de uma forma descontraída, mas quem realmente presta atenção, entende q o autor está sempre se sentido injustiçado. Isso obviamente não é um problema, tentar minimizar um acidente sério, tentar descontrair e contar seu lado é, querendo ou não, uma válvula de escape.
Não imagino a dor e o desconforto para ele mudar de estilo de vida de uma hora para outra, então discordo completamente das pessoas q dizem q o Marcelo é forçado e tenta ser engraçado no seu livro.
O autor consegue transmitir em suas palavras e forma de escrita todos os seu sentimentos, nunca li algo assim. Me sinto triste quando Marcelo está triste, me sinto feliz quando Marcelo está feliz, eufórica quando ele está eufórico e etc.
O livro é ótimo, engraçado, as histórias de vida do autor são maravilhosas. Suas namoradas, a história de seu pai, a faculdade, os baseados?
Trago, para finalizar, uma frase q mexeu comigo: As pessoas não entendem o que é a morte porque a morte não é pra ser entendida, é pra ser apenas a morte.

Kelly @leitora_assidua_ 15/02/2024

Finalizo esse livro um pouco chocada com o final.
Não que eu esperasse mais, só não esperava o que me foi apresentado!

Em Feliz Ano Velho somos apresentados a acontecimentos sofridos pelo próprio autor, que ao pular num lago fratura uma das vértebras, ficando assim tetraplégico.

A partir daí somos imensos em um turbilhão de sensações!

O autor narra com detalhes todos os acontecimentos relevantes da sua vida, nos levando a fazer parte do seu cotidiano e de suas lembranças como as seções de terapia e o fato de ter perdido o pai para a ditadura.

Uma história que traz descontração, reflexões e uma pitada de erotismo, ótima para quem curte o gênero biografia, ela só não levou 5 ?'s por algumas falas e relatos que achei desnecessários.

Alline 14/02/2024

Simplesmente um livro maravilhoso.
Galera tem mania de falar que a literatura brasileira é chata né? Esse livro nos prova ao contrário. Ele é extremamente encantador e envolvente. Simplesmente conta a história do acidente do Marcelo e o seu processo de aceitação. Parece ser algo chato e monótono, quanto na verdade não é. Ele conseguiu envolver temas culturais, como arte e música, com política, contando de como foi a ditadura militar e como ele perdeu seu pai, envolvel a vida do cotidiano, viagens de um jovem, e ainda por cima, nos deu uma aula maravilhosa sobre colunas.
Esse livro é maravilhoso, se você vai ler ele,
Boa leitura!

Ellen 26/01/2024

"As pessoas não entendem o que é a morte porque a morte não é pra ser entendida, é pra ser apenas a morte."

Michelle B. 24/01/2024

Via real
Um relato da vida real, com muitos pensamentos do autor sobre a situação que está vivendo e com pitadas políticas.

Ana Júlia Coelho 22/01/2024

Marcelo, como todo jovem de sua idade, faz merda sem pensar nas consequências. Numa dessas, fraturou uma vértebra e ficou sem movimentos do pescoço para baixo. Precisou ficar na UTI, depois mudou para um quarto, mas, ao longo de 3 meses, até ir para casa, teve muita oportunidade para refletir e reavaliar, com saudade, sua vida de fanfarrão.

Entre descrições da vida no hospital, também somos levados para a época em que ele saía, se divertia e pegava todo mundo. Numa dessas, o autor descreve quando decidiu ser músico e até nos mostra umas letras feitas por ele (muito ruins, por sinal). Essa parte me deixou bem entediada, achei um pouco monótona, junto de outra parte onde ele divaga sobre muros nas cidades. Ele entra em reflexões políticas que não me agradaram, mas entendo esse lado, já que o pai dele foi vítima da ditadura.

Foi muito legal acompanhar esse choque entre “minha vida era incrível e eu podia fazer o que eu quiser” e “agora dependo de outra pessoa para tudo, só meu cérebro ainda funciona”, porque nos faz refletir sobre a vida e sobre a falta de acessibilidade na maior parte das construções do Brasil. Ele, que era um garoto que não planejava nada, vivia intensamente, passou a analisar se consegue chegar facilmente em um simples cinema.

Enquanto reaprende a viver dependendo de uma cadeira de rodas, ele percebe que pode permanecer o mesmo, apesar dessas pequenas adaptações na vida. Nesse pequeno relato ele demonstra todos os altos e baixos de precisar fazer fisioterapia, a ansiedade em descobrir se conseguirá voltar a andar e todas as explosões de emoções que uma situação dessas desencadeia em uma pessoa.

Gosto que a edição tenha mantido o vocabulário da época, mesmo que algumas expressões e palavras sejam inapropriadas para o politicamente correto de 2024. A graça de um livro é, além de entregar uma história que nos faça refletir (ou apenas se divertir), manter preservada a cultura da época em que foi escrito, e esse livro manteve totalmente a essência da juventude do autor.

Para mais resenhas, me siga no instagram @livrodebolsa

Bella221 21/01/2024

Não sei
O livro é uma autobiografia do Marcelo Rubens Paiva (eu nem sabia quem ele era).
Achei que seria mais uma história de superação e que no final teríamos uma lição pra aprender e um ensinamento pra guardar, mas o livro me deixou um pouco entediada.
O cara é machista e racista o tempo todo. E cita coisas do passado do nada e depois volta pro "presente" como se nada tivesse acontecido e o passado acaba ficando sem nexo.
Não gosto de julgar biografias porque acho difícil opinar sobre a história de vida de alguém. Mas só queria dizer que o jeito como foi escrito, não me agradou muito.

leomnds 19/01/2024

Por que fui ler isso?
Olha, este livro até pode ter feito sucesso na época em que foi lançado, mas hoje em dia não convence mais. Ele tem partes boas, como a passagem pelo hospital e a recuperação. O problema é que o resto do livro é basicamente ele transando com alguém, e eu não aguentava mais ler a mesma coisa repetidamente. Tudo bem que um jovem pode ter uma vida agitada, com muitas namoradas diferentes aos 20 anos e vários relacionamentos, mas isso foi exagerado demais. Cheguei ao fim do livro e não aguentava mais continuar. Já estava com vontade de vomitar a cada história que ele contava.
Além disso, não posso ignorar o racismo explícito presente neste livro. O autor chama pessoas negras de "crioulos", o que me causa uma revolta. Ele também é totalmente desrespeitoso com uma mulher que cuidava dele, revelando-se um machista. Os comentários horríveis sobre mulheres são lamentáveis.
Se você está buscando um livro sobre um jovem que se envolve com várias pessoas, fuma maconha, não trabalha, é burguês, racista, machista e acaba em uma cadeira de rodas, então este é o livro certo para você. Acho que hoje em dia Marcelo seria um Esquerdo - macho, como dizem.