De amor e de sombra

De amor e de sombra Isabel Allende




Resenhas - De Amor e de Sombra


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Clio0 07/07/2022

As primeiras obras de Isabel Allende buscavam retratar os horrores do período ditatorial na América do Sul. Havia um certo toque do realismo mágico encabeçado por Gabriel Garcia Marques que é mantido aqui na dicotomia dos personagens apresentados.

Sendo uma obra alegórica, a representação dos personagens é claramente maniqueísta. Jornalistas, artistas e pequenos trabalhadores são os "bons"; militares, comerciantes e proprietários são os "maus". Não há meio termos, embora a protagonista seja uma caricatura deliciosa da burguesinha que decide abandonar o alto estilo de vida para lutar pela liberdade.

Não há cinismo na escrita de Allende, contudo. Sua intenção é definir claramente para o leitor sua experiência no regime em questão, assim, a trama é simplista - o assassinato de uma criança milagreira por um militar de alto-escalão leva Irene e Francisco a investigarem e tentarem denunciar o ocorrido.

Pode ser uma leitura agradável para quem gosta do estilo. Há também um filme de 1993 com Antônio Bandeiras e Jennifer Connely nos papeis principais.
Daniele.Fernandes 17/04/2024minha estante
Livro intenso e maravilhosamente bem escrito! Mas, sou suspeita, pq sou mega fã da autora! ??




Mari.Vasconcelos 29/04/2022

Um livro necessário
Mais uma vez, Isabel Allende ganhando espaço na minha preferência. Essa mulher usava toda a alma quando escrevia, criava personagens como se fossem conhecidos seus, como se de fato(e talvez os tenha) convivido com eles, dava-lhes alma e coração até mesmo aos "Frankenstein's" .

Chorei horrores, me revoltei, tive ânsia de vômito e me peguei diversas vezes segurando este livro com os nós dos dedos brancos e em outras empurrando com uma vareta.
Essa mulher causa, mexe com tuas entranhas mas acima de tudo, deixa questionamentos na tua cabeça...


"Para alguns foi uma surpresa descobrir que algo andava muito mal no país. O murmúrio temeroso que durante muitos anos andou se escondendo atrás das portas e janelas fechadas, pela primeira vez na vida saiu para a rua gritando em coro, e esse lamento, aumentado pelos mil casos novos à luz, sacudiu todos os espíritos. Só os mais indolentes puderam, uma vez mais, ignorar os sinais e continuar impassíveis."
Margô 22/07/2022minha estante
Isabel Allende é uma das escritoras que mais gosto!




Lais.Lagreca 09/04/2021

Que livro!
A escrita de Isabel Allende é de um poder! Ela nos envolve, nos faz sentir, nos faz viver tudo que nos traz em suas páginas.
Quando peguei o livro, me perguntei do sentido do seu título, mas, à medida que a leitura avançava, ia compreendendo, ia sentindo tudo o que era amor e tudo o que era sombra.

Não há como defender regimes autoritários, nem de um extremo nem de outro (direita-esquerda). Esse livro ilustra de forma muito real como o autoritarismo no contexto de um regime militar é sangrento.

Imagina viver sem ter liberdade de ir e vir?
Imagina ter seu ofício ameaçado?
Imagina não poder dizer, expressar, fazer o que deseja?
Imagina ter pessoas conhecidas, amigos e familiares desaparecidos?
Imagina não poder questionar tais desaparecimentos?
Imagina não poder nem enterrar quem desapareceu?
Imagina ser torturado?
Imagina ser exilado?
Imagina...

Já vivemos isso.

Não é preciso imaginar. Aconteceu.

Assim como acontece, no livro, com a mãe da personagem Irene, havia e há quem viva uma realidade privilegiada, recortada, talvez quase alienada, em que todas as mazelas das outras pessoas não lhe atingem, ou são justificadas como “mas isso é para o bem da nação”.

Pelo “bem da nação” muitos cidadãos “de bem” fizeram muita maldade.

Esse livro é doloroso e bonito. É potente em transportar para a ficção realidades vividas. Esse livro é um dos melhores livros que já li.

Além de tudo isso, com essa leitura, podemos refletir sobre laços familiares, a situação das mulheres, das mulheres mães, de pessoas homossexuais, e sobre envelhecimento...

Que livro!
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Marcia 21/08/2023

Livraço!!! Mais uma leitura incrível pra conta!
A história se passa no Chile, período da ditadura de Pinochet. Nesse livro vamos conhecer a história de quatro famílias, desde quando seus filhos nasceram até se tornarem adultos. Nesse percurso muitas dificuldades viveremos com os personagens. Toque de recolher, repressão, autoritarismo, controle das conversas, controle das notícias, pessoas desaparecem, outras são retiradas de suas casas brutalmente e nunca mais voltam... Não ha direito a defesa.
A protagonista é uma jornalista que "a partir de uma reportagem rotineira, um mundo estranho, oculto pela história oficial, revela-se a Irene, jornalista proveniente de uma família aristocrata, e a Francisco, fotógrafo filho de um professor anarquista, fazendo-os se sentir moralmente responsáveis pelos fatos cruéis que se sucedem" ( sinopse)
Livro que recomendo a todos. Leitura fácil apesar do assunto ser dificil. Muitas emoções e aprendizado.
Leiam! É realmente um livraço.
Valeu!!!
Isabel 21/08/2023minha estante
Também amei esse livro, Márcia




mariabotelhods 03/11/2020

Gostinho de quero mais!
Só não dei as cinco estrelas porque o livro é tão gostoso que 280 páginas foi pouco. A história termina dando brecha a um novo capítulo, queria muito que Allende tivesse escrito talvez mais dois ou três capítulos. Já estou com saudades das aventuras de Irene e Francisco, que casal excepcional. O livro demorou mais da metade de suas páginas para os personagens finalmente selarem seu amor, e sabemos que ele é bem escrito por ter me prendido até esse ponto. Gosto da escrita de Isabel por ela ser única, por incluir personagens de todas as idades - inclusive os velhos, os jovens, por adicionar pessoas que representem uma classe inteira e pelo padrão de seus livros - um pano de fundo familiar, um mistério a ser resolvido, um personagem disposto a ir atrás de seus desejos, uma pessoa com a vida amando ao próximo como a si. Terceiro livro que leio dela nesse ano e já planejo ler os próximos! Minha estante já não fica mais sem Allende. Meu sonho agora é ter todos os seus livros. A vida é preciosa demais para não separar umas horas e ler algum livro da autora.
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Elide 07/05/2023

Meu primeiro contato com Isabel Allende
Não tinha expectativa para a obra apesar da vontade que tinha em ler a autora, mas posso dizer que o primeiro contato não foi empolgante. Apesar do tema interessante e do tom poético da narrativa, o livro não me empolgou. A falta de linearidade e a narrativa não me prenderam. De todo modo, fiquei interessada em ver o filme inspirado na obra para, quem sabe, ajudar no meu envolvimento com a história.
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O Ciclista 13/07/2020

A ditadura dos Trópicos
Por tras da cortina de ferro das ditaduras na America do Sul, este romance acontece. Diferente de lado A e B que se contam nos livros didáticos, aqui Allende mostra até onde o amor leva as pessoas, sem aquele roteiro padrão, o leitor acha que vai ser pego pelos militares junto com os personagens, a cada próxima página virada, um sentimento que é intríseco ao livro. Aquela leitura que a pessoa se sente parte da história, ou se não é a própria história.
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Maíra 30/09/2021

Excelente
Sou suspeita para falar porque eu adorei todos os livros da Isabel Allende até hoje. É mais um livro com contexto histórico, em que ela consegue introduzir diferentes visões de mundo e diferentes modos de lidar com a realidade de um regime autoritário. Vale muito a pena.
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Caroline Vital 27/08/2022

Primeira experiência com Allende e gostei muito.

Notei forte influência de Gabo. Depois da leitura, fui correndo assistir o filme.
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@eu_rafaprado 11/11/2023

Maravilhoso, porém pesado.
"De Amor e de Sombra", de Isabel Allende, 4,5 de 5 estrelas (280 páginas, tempo médio de leitura: 9:00 horas).

Os livros de Isabel Allende são mágicos; desde o início da leitura, ela nos transporta para um universo cheio de realismo fantástico, acontecimentos e personagens que chegam à beira do absurdo, do improvável e, ao mesmo tempo, são reais, críveis ao ponto de levantar a suspeita de que Isabel os conheceu.

"De Amor e de Sombra" é um romance apaixonante de Isabel Allende que transporta os leitores para o cenário político turbulento do Chile durante os anos 70. A história segue a jornada de Irene Beltrán, uma jovem jornalista, e Francisco Leal, um fotógrafo corajoso, enquanto desafiam o regime opressivo do ditador chileno. Em meio a perigos e segredos do passado, o amor floresce entre eles, forjando uma conexão profunda e duradoura. Allende tece habilmente temas de amor, justiça social e resiliência, criando uma narrativa envolvente e comovente que explora a interseção entre a luz do amor e a sombra da opressão. Neste livro, os personagens lutam não apenas por seu amor, mas também pela verdade e pela justiça
em um mundo cheio de segredos sombrios. "De Amor e de Sombra" é uma obra-prima literária que cativa o coração e a mente, lembrando-nos da importância de resistir em face da adversidade. Publicado em seu exílio, enquanto o Chile ainda enfrentava muitos sofrimentos,
este livro, o segundo da autora, que sucede o sucesso "A Casa dos Espíritos", nasce como uma denúncia.

O livro conta ainda com personagens secundários fascinantes, como a empregada da casa de Irene, os idosos que moram no 'lar/asilo' que a mãe de Irene construiu para sobreviver às penúrias, o cabeleireiro
que acolhe e ajuda Irene em suas fugas, o pai de Francisco, que mantém um jornal clandestino para denunciar o regime, entre muitos outros que permanecem em nossa mente por muitos dias após a leitura.

Essa foi uma leitura conjunta com meu amigo @marcosmelhado

É importante ressaltar que Isabel Allende é a autora mais lidas e renomada da língua espanhola.
#isabelallende #deamoredesombras #Deamorydesombra
Gilmar 12/11/2023minha estante
Incrível!




Jhanade 14/04/2022

Famílias e ditadura.
Quatro famílias e suas vivências durante o período da ditadura de Pinochet. Irene, uma jornalista de família aristocrata vive em uma bolha, noiva de um oficial do Exército ela não percebe o mundo de violência e perseguição ao qual o povo sofre. Até conhecer o fotógrafo Francisco, que é filho de um professor anarquista,
família dos Leal.

Acontecimentos trágicos acometem a família de Francisco, que fugidos da ditadura espanhola de Francisco Franco acabam por ver arrebentada a ditadura na América Latina.

O mundo de Irene e Francisco se encontra com o Evangelina, filha trocada entre as famílias Flores e Ranquileo, a menina apresenta uma certa perturbação nos nervos que acaba envolvendo diagnósticos diversos, passando por benzedores, parteiras que indicam que o mal da menina é falta de casamento, padres e pastores para curar o espiritual, médico com indicações de choques elétricos.

Evangelina é levada pela polícia e dentro de regimes de ditaduras você leitor já pode imaginar bem os próximos passos..

A bolha de Irene é rompida, uma investigação se inicia por parte da jornalista e do fotógrafo para mostrar ao mundo o que acontecia naquele período da ditadura chilena.

Os generais para conseguirem manter sua violência berram sobre invasões russas, levantes comunistas, fazem o país afundar em perseguições e mortes de inocentes. Algo familiar, a história se repetindo, ainda hoje.?!

A autora nesse livro mescla realidade e ficção, "um clássico que sucedeu o best-seller internacional A Casa dos Espíritos."
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Jose Ap F Ferres 08/03/2020

Cara surpresa
Sempre tive curiosidade sobre a obre da autora.
Reciso do clube pacote de textos.
Uma história cativante de um período sombrio da América do Sul.
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Lethycia Dias 02/02/2021

Interessante, porém deixou a desejar
"De amor e de sombra" acompanha o amor que nasce entre Irene e Francisco enquanto investigam juntos o desaparecimento de uma adolescente chamada Evangelina Ranquileo, conhecida na região em que vivia por produzir fenômenos paranormais. Irene, filha de uma família rica em decadência, deixa um mundo de conforto despreocupado para conhecer o de Francisco, filho de imigrantes espanhóis que colabora com grupos resistentes à ditadura militar do Chile.
A trama demora um pouco para se desenrolar, nos apresentando às famílias de Irene, de Evangelina e de Francisco, uma por vez. Embora a apresentação tenha sido importante, é recheada de acontecimentos pitorescos que fazem parte do estilo de Allende mas que me cansaram um pouco. A abertura do livro, que inclui os pensamentos dos idosos de quem Irene e sua mãe cuidam em uma espécie de "asilo de luxo", é bem estranha. Bastante tempo se passa até que Irene e Francisco se conheçam e realmente investiguem o caso de Evangelina, mas da forma como as coisas são apresentadas, fica evidente quem são os responsáveis.
Essa parte foi a que me deixou mais envolvida na trama, porque eu ainda estava interessada em saber onde Evangelina estaria, e se viva ou morta. Mas a trama da investigação evolui para um escândalo que abala o domínio dos militares sobre o poder no Chile de forma bem apressada, e isso acontece como um final de novela, em que temos a certeza de que os vilões serão punidos - certeza dada pelo próprio texto, que parece perder a força do início, correndo para um final razoavelmente feliz. Claro que eu queria ver os vilões punidos e os protagonistas a salvo, mas toda a parte final é bem caricata.
Fiz uma leitura lenta, e não gostei de algumas intervenções que Isabel Allende faz inserindo fluxo de consciência de alguns personagens. Adoro essa técnica, mas os momentos em que ela foi usada foram inadequados, e seu uso me pareceu uma forma de apressar a narrativa ao invés de aprofundar na mente dos personagens. Algumas coisas nessa história envelheceram mal, como a narração em detalhes da relação de Evangelina com seu irmão Pradélio, dada apenas pelo ponto de vista dele, que me pareceu uma violência ainda maior do aquela que era investigada.
O curioso - e assustador - desse livro foi observar como algumas falas e pensamentos de personagens que apoiavam o regime ditatorial no Chile dos anos 70 são parecidos com os de pessoas conservadoras no Brasil dos dias de hoje. A necessidade de "livrar o país de comunistas"; as justificativas para a violência do Estado como algo "inevitável para que as coisas melhorem"; o horror das pessoas privilegiadas de ver gente pobre adquirindo bens e tendo vida digna; e as teorias da conspiração paranoicas são exatamente iguais.
Foi uma leitura interessante, mas um pouco cansativa, e com certeza poderia ter sido melhor se eu não tivesse criado muita expectativa.

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Renata CCS 07/02/2013

A busca da verdade que devolve ao Chile valores de liberdade e democracia
DE AMOR E DE SOMBRA é uma obra assumidamente política. Divulga através de seus personagens as atrocidades cometidas durante o regime Pinochet, no Chile. Irene Beltran é uma jornalista proveniente de uma família rica e aristocrata, e Francisco Leal, um fotógrafo de origem humilde, filho de um professor Marxista, são as personagens centrais que começam a trabalhar juntos no caso de uma jovem chamada Evangelina que, segundo diz o povo, faz pequenos milagres e parece viver em um mundo só dela. A menina é assassinada por um comandante das forças armadas e Irene e Francisco prometem não dar tréguas enquanto não for feita justiça à sua morte. O corpo de Evangelina é encontrado numa mina, uma sepultura coletiva, juntamente com vários outros cadáveres de vítimas da brutalidade dos militares, torturadas e assassinadas pela polícia. São crimes hediondos que os incentivam a ir mais longe em suas investigações e isto coloca em risco suas vidas. Achei que a história de amor dos dois ficou vaga e artificial com a tentativa de harmonizar ficção com realidade. Mas o livro não deixa de ser uma ótima experiência, não só pelos eventos reais, mas pela técnica de narração que Isabel Allende possui: pelo meio, há lugar para belíssimos pormenores de realismo fantástico prendendo o leitor ao livro e aos seus mistérios. Para uma análise mais justa deste romance, este não pode ser visto isoladamente, mas sim fazendo parte do universo mágico de Allende nos proporciona.
sonia 28/10/2013minha estante
Trama complexa, considero a autora difícil de ler; a história absurda dessas Evangelinas é tão impactante quanto toda a trama política, tudo é meio absurdo debaixo do Equador, como nós brasileiros bem sabemos.




Samantha 13/04/2021

O livro nos conta a história de amor Irene e Francisco em meio a ditadura chilena. Allende consegue mostrar a truculência do regime ditatorial e a formação de um amor capaz de ultrapassar todas as barreiras.
É interessante como, apesar de se tratar de uma ficção, conseguimos identificar comportamentos atuais.
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