Ana Júlia Coelho 14/01/2024Basicamente desde sempre, e foi muito gostoso acompanhar o relacionamento dessas duas, regado a respeito e companheirismo.
Assim que se mudam para a nova casa, já esbarram com uma dupla de amigos. Lisa se encanta por Victor, e para Marie sobra David. Mas o que era pra ser só uma ajudinha com as tralhas das duas acabou se tornando algo muito mais forte e intenso.
Li a sinopse e esperei algo divertido, alegre, pra cima... uma história leve para tirar de alguma ressaca literária. Mas aí a autora decide colocar um câncer bem no meio da história. Algo que já não estava me agradando, definitivamente foi por água abaixo depois desse incremento pra lá de previsível.
Até o câncer aparecer, parecia que a autora não sabia dar continuidade às cenas. Ela descrevia um momento aqui, desenvolvia pouco, deixava os acontecimentos superficiais, e aí encerrava e pulava pra outro. Cada capítulo se passa em um mês, que na verdade narra uns 2 ou 3 dias. Mas depois do câncer, ela explora cada vírgula de sofrimento que dá de explorar. Obviamente que isso me deu gatilho demais, já que fui achando ser um romance e me pego com efeitos colaterais de quimioterapia, sem nenhum aviso de que a autora tentou mirar em A Culpa é das Estrelas e acertou um drama qualquer e de qualidade duvidosa. Também preciso ressaltar a falta de revisão, o que, em casos como esse, acaba tirando o foco do leitor na história e levando para os tantos erros repetidos ao longo de tão poucas páginas.
A inserção de indicações musicais para o leitor ir colocando a trilha-sonora do livro é até interessante, mas óbvio que não usei (ainda bem, porque na parte do câncer eu ia estragar meia dúzia de música que eu gosto). A amizade da Lisa com a Marie é um ponto fortíssimo da história, e por umas três páginas me permiti ter o coração aquecido pela história de David com Marie. De resto, nada marcante positivamente.
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