Coruja 10/01/2011Confesso que não estava assim particularmente animada com esse lançamento, apesar de toda a festa que vinha sendo feita em torno do livro. Muitas resenhas positivas depois e livro devidamente encomendado, ainda estava com o pé atrás.
A questão é... vampiros? De novo? Fala sério, ainda não deu para cansar, não?
Mas, bem, eu já tinha encomendado o livro. O que mais eu podia fazer além de ler?
Ele deve ter demorado ainda uma semana na estante antes que eu pudesse me sentar para começar a folheá-lo. E então ele me fisgou assim, logo às primeiras páginas. Não devo ter levado mais que duas horas para devorá-lo inteiro e depois entrar em surto porque... como assim ele acaba ali? Bem ALI? Eu preciso, PRECISO do segundo volume. DESESPERADAMENTE.
Então... a história gira em torno de Claire, gênio em treinamento. Claire terminou a escola mais cedo, e poderia ter sido aceita em qualquer grande faculdade de tecnologia, incluindo aí o famoso MIT; o problema é que seus pais a acham muito nova para simplesmente debandar para uma faculdade longe deles e é assim que decidem que ela deve passar um ano em Morganville, onde ela pode começar a faculdade e ficar convenientemente perto de casa.
Além disso, Morganville é uma cidade pequena e tranqüila. O que pode acontecer demais com Claire nesse lugar?
Bem, pode acontecer que o fato de ter se mostrado inteligente colocou-a na mira da grande Abelha Rainha, Monica e suas Monickettes, resultando em bullying pesado, que chega ao ápice com uma queda da escada que poderia tranqüilamente ter quebrado o pescoço da protagonista.
Torna-se, pois, uma questão de sobrevivência deixar o dormitório da universidade. E é assim que Claire vai parar na Casa Glass, onde conhece Eve, Michael e Shane, que daí em diante serão seus amigos e protetores.
Bem, protetores de uma forma relativa. Não é como se eles pudessem fazer muita coisa. Não quando a cidade está infestada de vampiros.
O que me fisgou na história, além dos personagens – que dos ‘mocinhos’ aos ‘bandidos’ são todos muito bem construídos e interessantes – foi a forma como a Rachel Caine colocou seus vampiros na história, respeitando a natureza destes seres. Eles são predadores, e em nenhum momento ela te deixa esquecer disso.
Gostei da forma como a Caine escreve – ela é ágil, e sabe misturar bem romance, humor, aventura e suspense. Interessante é que o personagem que mais me meteu medo – e devo confessar que ela conseguiu me deixar realmente arrepiada – não foi nenhum dos vampiros que dominam e infestam a cidade, mas um humano: Jason, o irmão psicopata da Eve.
Só que Jason não tem nada a ver com o primeiro livro (sim, eu saí à cata dos livros seguintes após terminar o primeiro porque, como eu disse, eu precisava saber o que acontecia a seguir), então não entrarei muito em detalhes.
O duro é que a série tem previsão de doze volumes. Doze, fala sério. Que saudades da época em que livros começavam a terminavam num único volume. Do jeito que a coisa anda, se eu não conseguir me controlar, terei que declarar falência.
Enfim... eu gostei, recomendo, e mal posso esperar para continuar a ler a série. Cada novo volume traz uma reviravolta e acréscimos de elenco que nos deixam com calafrios e não consigo de forma alguma prever como isso vai terminar.
O que é, definitivamente, um sopro de novidade das séries nesse estilo que tenho lido nos últimos tempos...