Se deus me chamar não vou

Se deus me chamar não vou Mariana Salomão Carrara




Resenhas - Se deus me chamar não vou


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Natália 30/08/2020

Maravilhoso! Temos uma protagonista criança, muito inteligente e facilmente identificável (para mim). Esse livro fala sobre bullying, gordofobia, sobre relacionamentos não-convencionais e também sobre solidão. Maria Carmem é uma criança bastante solitária, que passa os recreios sozinha ouvindo música no fone de ouvido, coisa que eu já fiz várias vezes. Tive vontade de abraça-la várias vezes ao longo da leitura. Eu me lembro de ter a idade dela, de me sentir feia e sentir que ninguém nunca ia querer namorar comigo, sentir que eu era indesejada pelas pessoas, assim como ela se sente. Foi uma leitura muito emocionante pra mim.


-----SPOILER----------------------------------------------

Uma surpresa para mim foi que esse livro também fala sobre depressão e ideação suicida na infância. Quando ela fala sobre pular da janela com um guarda-chuva para ver se ele te faz flutuar, é exatamente uma representação de como uma criança pode interpretar o suicídio.
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Wercton 04/05/2023

Se deus me chamar eu pulo fora de guarda-chuva
Com uma narradora sagaz de 11 anos que sonha em ser escritora, a Mariana Salomão Carrara narra as paixões, questionamentos, medos, incertezas, descobertas e a imensa solidão de uma confusa fase transitória da vida entre a infância e a adolescência. É uma leitura curta, leve e divertida recheada de momentos memoráveis.

Acho que um dos grandes triunfos desse livro é a inteligência com a qual a autora narra acontecimentos do ponto de vista "puro", imaturo e não confiável de uma criança que enxerga tudo de maneira muito melodramática e - por vezes - poética, deixando com nós leitores a tarefa de discernimento do que de fato está acontecendo. Do que é exagero e do que é escapismo de uma realidade por vezes dura.

Pude me ver bastante na personagem quando eu tinha essa idade, também gostava de escrever e tinha a imaginação fértil que me colocava em situações complicadas que adultos quase nunca entendiam e reprovavam, e os pensamentos melodramáticos de como seria a vida no futuro. A vontade que tive muitas vezes era a de poder entrar nas páginas e acalmar a jovem escritora.

Leitura super recomendada para qualquer um que procure algo leve, e que ainda assim seja tocante e traga boas memórias de volta.

"Acho que vem daí a palavra solidão, pessoas tão sólidas que ninguém vem checar se estão ruindo."
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Lorena 05/05/2021

Fui ler despretensiosamente, sem ter muita ideia sobre o que era o livro e AMEI!! É lindo, te prende, te toca...Uma gracinha ?
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Luanna.Benfica 19/08/2022

Amei
Eu amei muito esse livro! O ponto de vista de uma criança de 11 anos pode nos surpreender muito, as mudanças no lar, as coisas que ela precisa enfrentar na escola (que é um ambiente cruel), a Maria está mostrando o mundo dela, como ela diz ?a pior idade do universo? onde os adultos criam regras que nem eles mesmos seguem, é um livro tão curto, mas cheio de ensinamentos. Eu li em um dia, não conseguia parar, já quero conhecer outras obras dessa autora. Como diz a Maria ?É possível que um lápis pareça estar novo, mas todo quebrado por dentro?.
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Bia 03/08/2023

Engoli e quase engasguei com esse livro.

me deparei com minha criança, como se eu tivesse escrito todas as angústias e pensamentos.

todos deveriam ter essa experiência.
Tai 03/08/2023minha estante
Me convenceu só de falar em "minha criança" ?


Bia 03/08/2023minha estante
fico feliz em te convencer ? boa sorte ao ler!




Elyene 25/10/2020

Controle é uma ilusão dolorosa
Sei nem descrever como apreciei toda essa leitura! Amei desde a escrita da autora às percepções sagazes e com olhos frescos de uma criança pré-adolescente. O livro, para mim, conversa muito com a nossa necessidade de ter controle sobre tudo e a frustração de perceber que, simplesmente, não é possível e, mais, como essa tentativa pode ter custos muito elevados. Também se destacou aos meus olhos a dinâmica difícil entre pais e filhos, evidenciando as influências de um membro sobre o outro e a importância de dar ouvidos às interpretações de cada um, que podem ser bem diferente diante da mesma situação. Ah, e toda a relação dela com o próprio tamanho e como ele parece ser incompatível com ser criança???? Enfim, amei demais, já tá favoritado e eu não mudaria uma linha!
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Ludy 14/03/2021

Dança gatilho dança
De vez em quando eu me pego pensando nesse livro. Quando eu li, não caiu a ficha mas quando eu terminei comecei a relembrar momentos e ele trouxe uma sensação de alívio misturada com tristeza.
Por que acho que todo mundo passou por situações, talvez não tão atenuadas como a da menina da história, de estar sozinho e de estar crescendo e não saber como enfrentar tudo.
É incrível como essa evolução dolorida se repete, na gente e nas próximas gerações pra sempre. Então tudo passa, e com um livro desse vc se lembra de como chegou até ali, seja isso bom ou ruim.
Enfim devaguei que só, mas é um livro bem interessante. Muito bom mesmo.
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maga suprema do universo 23/04/2022

maria carmen
em estado de pular da janela com guarda chuva na esperança de que ele não flutue e as pessoas encontrem meu corpo no chão
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valentine 10/03/2022

a validação da dor de ser criança
Esses dias eu sentei pra comer em um restaurante com a família do meu noivo, toda adulta, recém-chegada à responsabilidades que me levariam para a cadeia se eu as executasse mal, ou apenas as negligenciasse. De costas para mim, sentava um menino de alto contraste com o resto de sua família - vestido de preto, braços cruzados, olhos infinitamente tediosos e raivosos. Abafando um riso, cochichei para o meu noivo como era engraçado como, quando crianças, as coisas são muito mais dramáticas e profundas, quando na verdade não têm lá muita importância. Aquele menino não podia ter tantos motivos para entortar a cara daquela forma em um domingo de sol.

Alguns dias depois, esse livro me provou errada.

Ser uma pessoa nova do mundo, enquanto todo mundo espera que você supere coisas que deve superar, sangre tudo o que deve sangrar, pense na morte o suficiente para que a aceite, é uma das experiências mais solitárias e dolorosamente subestimadas que nós passamos sob a sentença da ampla consciência - especialmente se, já criança, você não cabe em qualquer molde bem feito. Todo mundo esperando que fique velha o suficiente para ser levada a sério. Quando seus pensamentos e dores são familiares - e até confortáveis - para quem já passou por eles e se esqueceu da experiência, quando nem mesmo as pessoas da sua idade querem te ouvir, o resultado é dilacerante. É fazer parte da sociedade apenas por observação, experimentando seus piores lados, enxergando o que ninguém mais enxerga.

Os onze anos de Maria Carmem combinam muito com os meus. Mesmo rindo do garoto do restaurante, eu não voltaria para a infância nem que isso me desse uma segunda chance em um sucesso mais prematuro. Nem que eu pudesse carregar todo o conhecimento que tenho agora lá para trás e fizesse tudo de novo. Eu seria instantaneamente destruída por gente que acha que sabe demais, ou que não me considerava válida, bonita, graciosa ou inteligente o suficiente para ser ouvido. E já não era a Mariazinha inteligente e observadora o suficiente? O mundo fez dela o que faria da gente, mais velho, se a gente ao menos se lembrasse.

Só nos resta crescer e olhar para garotos emburrados em restaurantes, rindo do que já passamos, mesmo que mal tenhamos sobrevivido nós mesmos.

"Acho que existem crianças mais solitárias do que os velhos." - Mariazinha
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Camilla121 19/10/2020

Sensacional
Adoro livros assim, surpreendentes, realistas, com verdades que nos dão muitos tapas na cara, que nos faz refletir, que nos ensina, que nos faz rever nosso conceitos, que mexe com a gente. Enfim, por mais livros assim, por mais autoras assim, adorei, simplesmente esplêndido.
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Lae | @vivoliteral 14/07/2022

160 páginas que me deixaram no chão
Não sei como explicar a grandiosidade desse pequeno livro - dessa pequena personagem - dessa família...
Como diz Maria Carmen: ser criança pode ser mais solitário que gente velha.
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andie 26/01/2022

Se Deus Me Chamar Não Vou capta muito bem todos esses sentimentos quando fala da solidão da criança. Maria Carmem é uma criança que se sente sempre muito sozinha. E ela não se sente sozinha apenas na escola, onde sofre com os comentários dos colegas, mas também dentro de casa: até a relação tão próxima e apaixonada que os pais têm entre si fazem com que ela se sinta deslocada, como se estivesse sobrando.
É um pouco maluco pensar na solidão da criança, porque solidão sempre parece um sentimento tão adulto. Acompanhar a solidão de Maria Carmem te coloca para pensar. Não é uma solidão física, de estar sozinha, já que os pais estão sempre por perto. É solidão no sentido mais solitário possível, aquela solidão que preenche por dentro e faz com que ela passe pela vida sem dividir nada com ninguém.
Toda essa viagem pela cabeça de Maria Carmem é o que faz Se Deus Me Chamar Não Vou ser uma leitura tão boa. Porque ela é uma criança tão palpável e tão comum que chega a ser angustiante. Nós fomos ou conhecemos algumas Marias Carmens pela vida, e não tem como não ficar aflita com o pensamento de que tantas outras estão por aí, com seus sofrimentos e medos igualmente profundos. É importante esse convite para olhar para trás. Afinal, não dá para esquecer de que isso tem sempre muito a ver com o jeito como seguimos em frente.
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moni 06/08/2020

Banho-maria
?Acho que existem crianças mais solitárias que os velhos.?

Só queria poder abraçar a Maria Carmem :(
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MaislaSilva 11/08/2020

Leitura são experiências
Vim trazer uma nova perspectiva ao livro, ao primeiro momento não gostei do livro, pois li em um momento que não casou com o livro, mas em considerar uma análise mais profunda do livro é uma leitura agradável. Esse livro é um daqueles que sempre me esqueço o título mas sempre me recordo a história. Mudei minha nota e acho que o livro merece uma avaliação melhor e menos raza do que a minha primeira
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