The Catcher in the Rye

The Catcher in the Rye J. D. Salinger




Resenhas - The Catcher in the Rye


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Flávia Menezes 26/06/2021

Às vezes, tudo de que um personagem precisa, é de alguém que sente, e os escute com muita empatia.
No próximo mês de julho, essa história completará 70 anos desde a sua publicação. The Catcher in the Rye (em português, O Apanhador no Campo de Centeio) de J.D. Salinger é um clássico da literatura norte-americana, uma vez que foi uma obra bastante inovadora ao introduzir o assunto da adolescência, além de tópicos que eram considerados tabus para a época como a homossexualidade, alienação, identidade, depressão, com uma boa crítica à superficialidade da sociedade.

Eu não conhecia absolutamente nada sobre a história, e tudo o que li sobre, antes de iniciar a leitura, foram algumas resenhas aqui do Skoob. Algumas resenhas traziam fortes críticas às atitudes imaturas do protagonista, que vale a pena aqui lembrar, tinha apenas 16 anos, além de menções de ausência de empatia pelos personagens, e até mesmo pela história.

Tenho que lhe dizer que, comigo aconteceu exatamente o contrário: eu fiquei imensamente interessada em tudo o que Holden Caulfield tinha para me contar. A obra é narrada em primeira pessoa, e a trama descreve um final de semana decisivo na vida do protagonista, com alguns flashbacks muito bem colocados, e com uma linguagem algumas vezes bem adolescente, com suas gírias e tudo mais, mas sem dúvida, que flui com muita facilidade.

Logo no começo da história, toda a raiva e rebeldia do personagem me chamaram muita atenção, e eu queria saber mais sobre o que havia por trás desse comportamento irritadiço, e sempre tão desinteressado com tudo o que acontecia ao seu redor. Especialmente no que dizia das relações de amizades, com outros garotos da mesma idade que ele, que frequentavam a mesma escola. Quer saber se a minha pergunta foi respondida: sem dúvida que foi!

O relato do jovem Caulfield vai ficando a cada vez mais intenso, mais emotivo e mais honesto. E o mais lindo disso tudo é que em nenhum momento parece vir de um homem adulto. Ao contrário. Em todos os momentos, em sua narrativa, ou em seus diálogos com outros personagens, vemos um jovem adolescente. Claro. Talvez um pouco mais maduro, já que estamos falando de 70 anos atrás, e as responsabilidades dos jovens naquela época, eram um pouco diferentes das que encontrarmos nos jovens da atualidade.

Mas mesmo assim, era um jovem com seus hormônios aflorados, sua irritabilidade de quem busca um caminho para a definição da sua identidade em um mundo de pessoas abastadas, superficiais, e de muitas cobranças, e pouco amor. Em algumas partes, eu fiquei extremamente tocada com a dor do personagem, que ao seu jeito, trazia com muita verdade a sua história e as suas cicatrizes.

Para ler uma história como essa, é preciso muita sensibilidade, pois é como se você estivesse diante de um amigo que vai se abrindo com você com muita coragem, e sem esconder nenhum detalhe. Foi assim que eu me senti diante do relato do jovem Holden Caulfield. E dizer que ele não passa de um garoto rico, mimado e inconsequente, preciso ser honesta aqui, é não ter empatia nenhuma por uma pessoa em um momento de grande dor. Dor por uma perda de uma pessoa que ele muito amava. Dor por ter que ir para uma escola que o afasta do convívio com a família. Dor pelo medo de crescer. Dor por se sentir insuficiente, não inteligente o bastante, e indeciso com o que quer fazer com o resto da sua vida. Pobre Holden. Tudo o que ele consegue pensar é que resto da vida é esse, que alguém que ele tanto amava e tanto admirava, não teve a oportunidade de experimentar?

Talvez, se em nossas escolas pudéssemos ter mais leituras como essas, se pudéssemos fazer com que os nossos adolescentes ousassem em escrever mais sobre a sua vida como o jovem Holden fez, quem sabe os ajudaríamos a compreender mais as suas próprias emoções? Hoje, nesse mundo tecnológico em que vivemos, tudo é tão superficial, tão fake, tão sucinto no que dizemos, que é muito difícil sentirmos abertura para sermos tão honestos sobre o que sentimos como o jovem Holden Caulfield fez comigo, nessa leitura intensa, mas também, tão necessária.

Se você tiver tempo, e quiser exercitar a empatia, então eu te convido a ler essa história. Basta encontrar um lugar bem confortável, se sentar, e convidar o jovem Holden Caulfield para entrar, e lhe contar a sua história. Você vai se surpreender em como alguém tão jovem pode ter tamanha honestidade para lhe contar coisas tão difíceis de se dizer a outro alguém.
Edu Santtos 26/06/2021minha estante
esse livro é tão lindo


Marcos 26/06/2021minha estante
Fláviaaa esse é um dos livros que o Charlie leu, em as vantagens de ser invisível.


Douglas Finger 26/06/2021minha estante
Quero muito ler!


Flávia Menezes 27/06/2021minha estante
Marcos?.mentira?!!! O Charlie leu esse livro?! Que referência essa, viu? Porque, como o Charlie passa por muitas crises psicológicas, esse livro é PER-FEI-TO pra ele!! ????


Flávia Menezes 27/06/2021minha estante
Douglas, leia! Vale a pena. A narrativa é bem gostosa, e a história envolve bastante, porque é um relato bem honesto. Você vai gostar. ?


Marcos 27/06/2021minha estante
Sim Flávia, inclusive ele leu o livro em um momento bem difícil para ele...


Dhewyd 25/01/2022minha estante
Terminei esse livro ontem... gostei da parte que ele conta sobre as crianças no campo do centeio... a parte mais emocionante , quando a irmã Phobe lhe dá o dinheiro das compras do Natal e ele começa a chorar na cama da irmãzinha... Mas algo me deixou um pouco perturbado, o fato de tantos devaneios sem sentido na mente do garoto e dele ser reclamao demais... reclama de tudo e de todos.


Flávia Menezes 25/01/2022minha estante
Jura? Eu não sei, Dhewyd. Confesso que tenho muita vontade de reler, mas o traduzido, porque eu estou curiosa pra ver se a tradução acabou por tornar o livro não tão bom quanto na sua versão em inglês. Porque eu vejo muita gente que não gostou pelo mesmo motivo que você. Mas não sei? acho que por ter uma formação em Psicologia eu encarei essas reclamações além disso sabe? Porque fiquei mesmo muito tocada com o sofrimento dele, da ausência dos pais. E me lembrou muito um livro sobre uma análise antropológica que eu tinha lido sobre os Nova Iorquinos. Bateu muito com essa forma dos ricos de Manhattan se portarem, e a forma como vivem a vida. Mas eu te entendo. Vejo muita gente aqui dizendo o mesmo que você. ??


Dhewyd 25/01/2022minha estante
Pois é... não consegui gostar tanto do livro... tem partes bem interessantes... mas a questão do protagonista em si não é um cara que cativei uma admiração, muito pelo contrário... entendo o sofrimento dele , pela perda precoce do irmão e tudo, mas como um professor dele disse... ele está caminhando para um abismo... e a cada passo está se jogando mais no fundo, o corpo vai cair e ele não vai nem sentir o corpo quicando no chão... Achei ele muito egocentrista, e meio maluco.


Flávia Menezes 25/01/2022minha estante
Compreendo, Dhewyd. E como eu disse, tem muitas pessoas que sentiram exatamente como você e também não conseguiram criar nenhuma empatia por ele. Mas no saldo final, é sempre interessante ler clássicos e ver como eles se relacionam com o momento em que vivemos atualmente, e observar as mudanças na forma como vemos e nos relacionamos no mundo. ??




Marcela115 26/12/2021

Livro que em 2021 tirou minha ressaca literária de 11 anos. Isso mesmo. Onze. Não tenho como recomendar mais.
Emilia.Reis 26/12/2021minha estante
Já queria ler... poxa 11 anos? ?


Marcela115 26/12/2021minha estante
Tiveram traumas envolvidos hahahahaha mas tô de voltaaaa


Andrea 26/12/2021minha estante
E eu chamando a minha de GRANDE RESSACA LITERÁRIA ?

Welcome back, girl!!


Emilia.Reis 26/12/2021minha estante
entendo... boas leituras!!! ?


Mireille 27/12/2021minha estante
Caramba flor ? 11 anos! Já quero ler colocar na minha lista




Fe 19/10/2022

A prova de que um homem branco pode escrever qualquer coisa, fingir que tem um significado profundo que mais ninguém entende e todo mundo vai bater palma. Eu perdi a conta de quantos meses demorei pra ler.
Dai Solyom 19/10/2022minha estante
Eita, perdi até a vontade de iniciar essa leitura


Nalu 19/10/2022minha estante
Finalmente alguém q entendeu meu sentimento com esse troço


Fe 19/10/2022minha estante
É ruim demais, gente, sério!! Quem disse que gostou tá mentindo


Lianne 14/02/2023minha estante
Desisti da leitura, achei péssimo kkkkk




Tata 20/06/2010

Decepção pura. O mínimo que eu esperava era, bom, uma história. Coerente. Mas como pode existir qualquer coisa próxima de coerência com um protagonista como Holden Caulfield? O cara é um louco completo - tudo em sua vida é péssimo, triste e deprimente. Todo mundo eh idiota, problemático e chato. E não dá pra aceitar e rotular tudo isso como rebeldia adolescente. Nenhum adolescente - nenhum ser humano - consegue sentir todas as reviravoltas emocionais de Holden sem ter uma pequena condição médica chamada bipolaridade.

O que eu acho ainda mais impressionante é o fato de que em 224 páginas não há enredo algum. Nada. O cara anda por aí, vai pra Nova York, anda em Nova York... e é isso aí. NADA. A gente só acompanha os pensamentos disconexos e reza pra alguma coisa, QUALQUER coisa acontecer.
Arthur.Valenca 09/03/2011minha estante
É, realmente, as obras de Salinger - todas elas - são dotadas de uma profundidade sutil que apenas alguns conseguem alcançar. Conselho: a pior coisa que se pode fazer é ir ler um livro dele sob a ótica do "bom psocólogo". Isso mata todo o sentimento envolvido. Qd vc "se esvaziar" para ler Salinger, vai perceber uma ordem até mesmo nos ditos pensamentos "disconexos".


Luiza 26/03/2012minha estante
Acho que uma das coisas mais fantasticas da trama é justamente a sensação que o livro te causa de esperar o tempo todo algo acontecer.Os pensamentos de Holden com certeza tem ordem e acho que todos nós passamos por essa depressao com o mundo em algum momento de nossas vidas.


Lianne 02/01/2018minha estante
Nossa, finalmente uma pessoa que pensa que nem eu! Comecei a ler o livro, achei entediante e parei, depois voltei a ler só para fins de completude, apenas.
A única coisa que ele faz é dizer que tudo é depressivo, não gosta de ninguém. A partir do momento que alguém julga todos os outros ao seu redor, e acha que ninguém é bom, então o problema não está nas pessoas, mas nele mesmo. Isso sim é que é necessário refletir. Por que errado é o mundo todo? E não apenas ele? Enfim...
Coisas simples e agradáveis como ver um filme na Broadway se torna algo depressivo pra ele. Não tenho paciência pra essas crises infundadas.
Mas devo admitir, a partir do momento que eu já sabia que ele iria achar tudo depressivo e aceitei isso, consegui ler o livro todo com um pouco de ansiedade até. Adorei a personagem de Phoebe, a irmã dele.




Solo 25/05/2020

Realmente me arrependi da compra... O a historicidade do livro é realmente muito interessante haja vista que o apanhador no campo de centeio foi o ponta pé inicial para a consolidação de uma cultura adolescente mais independente.
Entretanto a história é absurdamente descritiva com detalhes, muitas vezes, desnecessários. Ademais, vale pontuar a tradução que eu, particularmente achei irritante. O vocabulário escolhido ficou completamente forçado para um menino de 16 anos (apesar de ele assumir, as vezes, agir como se tivesse 13)
A tradução sem duvidas foi o que fez a história ficar mais difícil de se levar.

Sendo assim, gostei do livro por sua historicidade real. Já a história e a tradução são realmente desanimadoras.
Paulo.Sakumoto 31/05/2020minha estante
Acho que te entendo, por isso li no original em inglês. Perde-se menos, capta-se mais.


Solo 05/06/2020minha estante
Poderia me falar um pouco sobre a versão em inglês? Estou pensando em lê-la


Paulo.Sakumoto 05/06/2020minha estante
Esse livro foi alçado justa ou injustamente à condição de clássico literário porque representou uma narrativa nova que ditou compartamentos e influenciou gerações (para o bem e para o mal). Ponto. Daí dizer que poderíamos extrair grandes questões filosóficas do livro creio que é superestimar, é elevar indevidamente o livro, o autor e o personagem a um patamar que não lhe corresponde. Está claro que se trata de um adolescente que se depara com a hipocrisia da sociedade e dialoga criticamente com o leitor através de seus inúmeros "phony". Bom, fato é que se você conseguiu extrair o conteúdo do que o Holden Caufield tinha para mostrar, parte para outra leitura. Eu li o original em inglês porque têm certas leituras que não comportam traduções. É tipo poema traduzido ou filme dublado.




Aquela que tá olhando pro céu 14/02/2024

A sweet, kindhearted and depressed boy's letter| Let us all just be friends with him
THE CATCHER IN THE RYE. Boy oh boy, what a compelling book.

I have heard beforehand that this was - and still is, to this day - a rather controversial piece of literature. A “hate it or love it” sort of thing. Indeed, since the very beginning I could grasp the reason why. Like any great piece of art, not everyone is able to truly understand the meaning and the profoundness of The Catcher, and its both infamous and reputable Holden Caulfield (which, by the way, I found very hard learning the correct spelling of). As he would very well put it, “you have to be in the mood for this kinda thing”.

This is a letter, a quite extensive and detailed one, in which Caulfield tells what has happened to him in a period that lasted about two and a half days. Which is funny, though, is that it felt like so much more than only 48 hours. It almost doesn’t feel fictional, and for most of the time I truly and purely believed that I was reading this poor, depressed and innocent guy’s letter.
Navigating through Holden’s psyche, I could listen to his most raw and unrealistic thoughts, assess his hidden emotions and trauma and how he would run away from them, whilst observing his actions and what’ve led him to exceedingly disruptive and destructive behavior. I could also see the world through his eyes, and actually FEEL it. Certainly, that’s how “old Caulfield” would navigate through life - by feeling it. “Just for the hell of it.”

Although the book is written with a rebellious adolescent perspective, do not be fooled into thinking that it’s a silly and shallow one. It requires a ton of thinking and attention to get into the heart of it, since there are various layers hidden with symbolism.

He felt so desperately lonesome. Depressed and traumatized, he wishes he could only save the good ones from the bad things in life. And the very reason for that is that he would have, in sixteen years, repeatedly seen the wicked ones being rewarded, whereas the pure and impotent ones would unfairly suffer. The death of his young brother is the central part of his sorrow, but nonetheless, different kinds of abuse were suggested throughout the novel as well - both with him, and with people he cared for.

I kept wishing I could talk him out of certain rather unworthy or dangerous thoughts, but especially, I wished I could be the true friend that he was needing

Though for some viewed as a boring or irritating teenager, Holden is irrefutably a greatly kindhearted kid, who couldn’t find a way to deal with his emotions and figure out what to do, or to expect, out of life, love, and happiness.
Read it with your heart and an enlightened mind.
Aquela que tá olhando pro céu 14/02/2024minha estante
Meu lema é: livro em inglês, resenha em inglês.
Mas já que deu curiosidade, resolvi jogar no google minha resenha e colocar aqui tudo, just for the hell of it.
Vamos ver como o Gugo se saiu com as expressões tiradas do livro...


Aquela que tá olhando pro céu 14/02/2024minha estante
O APANHADOR NO CENTEIO. Rapaz, que livro convincente.
Ouvi de antemão que esta era - e ainda é, até hoje - uma obra literária bastante controversa. Uma coisa do tipo "odeie ou ame". De fato, desde o início pude entender o porquê. Como qualquer grande obra de arte, nem todo mundo é capaz de entender verdadeiramente o significado e a profundidade de The Catcher, e seu infame e respeitável Holden Caulfield (que, aliás, achei muito difícil a grafia correta de). Como ele muito bem dizia, "você tem que estar com vontade de fazer esse tipo de coisa".

Trata-se de uma carta, bastante extensa e detalhada, na qual Caulfield conta o que lhe aconteceu num período que durou cerca de dois dias e meio. O que é engraçado, porém, é que parecia muito mais do que apenas 48 horas. Quase não parece ficção, e na maior parte do tempo eu realmente e puramente acreditei que estava lendo a carta desse cara pobre, deprimido e inocente.


Aquela que tá olhando pro céu 14/02/2024minha estante
Sentia-se tão desesperadamente solitário. Deprimido e traumatizado, ele gostaria de só poder salvar os bons das coisas ruins da vida. E a própria razão disso é que ele teria, em dezesseis anos, visto repetidamente os ímpios sendo recompensados, enquanto os puros e impotentes sofreriam injustamente. A morte de seu jovem irmão é a parte central de sua tristeza, mas, no entanto, diferentes tipos de abuso também foram sugeridos ao longo do romance - tanto com ele, quanto com pessoas com quem ele se importava.
Eu continuava desejando poder falar com ele sobre certos pensamentos indignos ou perigosos, mas, especialmente, desejava poder ser o verdadeiro amigo que ele estava precisando.
Embora para alguns seja visto como um adolescente chato ou irritante, Holden é irrefutavelmente um garoto de bom coração, que não conseguia encontrar uma maneira de lidar com suas emoções e descobrir o que fazer, ou esperar, da vida, do amor e da felicidade.
Leia-o com o coração e a mente iluminada.




@Estantedelivrosdamylla 02/05/2023

Holden, o "malvado favorito"
Esse título parece estranho? Sim, mas não deixa de ler até o fim hahah

Fazer uma resenha sobre esse livro é aceitar que ela nunca será inovadora, afinal, esse livro é mais polêmico do que antigo.

Escrito em meados dos anos 40, The Catcher in The Rye ou O apanhador no campo de centeio perdura até hoje como um dos grandes clássicos da literatura americana e ele divide opiniões: ame-o ou odei-o. Holden é chato pra caramba ou muito legal; e aí chego eu: uma pessoa que quer ler o livro, mas ja está cheia de conceitos prévios acerca dele.

Inicialmente pensei "pq inventei de colocar esse livro na minha lista?" E depois eu estava fazendo uma loucura de pegar um livro possivelmente chato e ler em uma edição em inglês.

Assim comecei a lê-lo e amei. Holden é um jovem de 16 anos cheio de inseguranças seguras, ele pensa que sabe quem são os "phonies", mas ao mesmo tempo se veste deles, já que se declara um grande mentiroso desde o início.

Holden mente para se encaixar, fala mal dos outros, mas possui atitudes parecidas, porém o que mais me chamou atenção foi que ele não é alguém ruim, que critica e critica e só vê maldade, pelo contrário, ele sempre tem algo bom a falar de alguém, mesmo do maior phony que ele encontrar.

O dilema dele, que navega entre o luto pelo seu irmão Ellie e o sentimento de não pertencimento, permeia por todo o livro e faz com que nos deparemos com a palavra "depressed" várias vezes. Holden, além de um garoto que parece inconformado, é um jovem tentando se encontrar e buscar o seu lugar na sociedade.

Li algumas resenhas que falaram que o Holden está com medo da vida adulta, e por isso que ao dizer que quer ser um Catcher in The rye ele tenta se colocar como um protetor da inocência da infância das crianças. Achei bem interessante e me convenceu, mas aí não foi algo que me veio à mente durante a leitura.

Por fim, meus sentimentos com relação ao decorrer da narrativa variaram entre : achar engraçado, triste e sensível. Foi impossível para mim não simpatizar com Holden e ao mesmo tempo me sensibilizar por suas dores. Dessa forma, o que começou como um livro que seria enfadonho, terminou como um livro que quero reler.
DHPCarn 02/05/2023minha estante
Curti a resenha.


@Estantedelivrosdamylla 03/05/2023minha estante
Obrigada ?




Dan 21/12/2010

If a body catch a body....
O livro não é dotado de nenhum acontecimento explosivo ou epifanista. Mas o caminho do jovem Holden da primeira a última palavra, refletem muito a minha pessoa. Caulfield sem dúvida sempe foi um pedaço meu, mesmo antes de eu conhecer sua história, muito parecida com a minha.
Eu também um dia quero ser um apanhador que pega criancinhas de abismos sem fundo. Apesar de ser breve e linear, tem uma profundidade para qualquer um que se enxergue nessa história.
PaulaF 12/07/2013minha estante
Muito bem dito, como todo livro o verdadeiro significado é muito particular e fica nas entrelinhas! :)


Raul 03/06/2016minha estante
"If a body meet a body"...




eduxst 23/12/2022

Vazio interior.
David Copperfield é um estudante rico reprovado que está cansado de tudo. Para tentar sair desse estado, ele aproveita o período entre os pais saberem da reprovação escolar para experimentar coisas novas. Mas, mesmo tentando, ele não consegue viver novas experiências e acaba ficando depressivo. O que me incomodou muito no início foi que o Copperfield julga demais as coisas (cansativo). Isso é meio que justificável por algumas coisas que aconteceram, que faz ele ter um afeto meio que exclusivo só pelos irmãos.
eduxst 23/12/2022minha estante
lembrei de a "Redoma de vidro" quando tava lendo.


Claudio.Kinzel 22/02/2023minha estante
David Copperfield? Quem é este personagem?




Ju(lia) 23/07/2022

The Catcher in the Rye
Nesse livro conhecemos Holden um adolescente que após ser expulso de sua escola decide passar o fim de semana que antecede o natal nas ruas de Nova York; acompanhamos Holden na sua jornada de autoconhecimento, amadurecimento e outras questões que passamos agora na adolescência.
Eu particularmente gosto muito de livros onde "nada acontece" e o personagem sai por aí comentando sobre as coisas que passam pela sua cabeça, talvez seja por isso que gostei do livro, até porque não há nenhum plot nem nada que vai te surpreender aqui.
Holden, o personagem principal se parece muito com um adolescente, com seus pensamentos, e modo de falar (não tão atual mas são as gírias da época) mas que nos faz sentir como se estivéssemos conversando com um amigo; embora muitos odeiem o Holden não acho que ele seja um péssimo personagem- não de todo-.
Não é uma leitura que agrada a todos é 8 ou 80, e na minha cabeça (talvez não faça sentido), mas é um livro que me lembra levemente o filme "Antes do Amanhecer".

Quanto ao inglês do livro por ser o primeiro em inglês que li foi uma leitura lenta, ainda mais porque é inglês intermediário com muitas gírias antigas, que provavelmente vão ter que ser pesquisadas, então não recomendo caso seja sua primeira leitura em inglês. (Peguem amostra no Kindle e testem o nível de inglês do livro KKKKKKK).
Ju(lia) 23/07/2022minha estante
Não gente eu não sou red flag pq achei esse livro bom KKKKKKKKKK


Joao.Alessandre 24/07/2022minha estante
Apesar do protagonista presunçoso, antipático e desrespeitoso também estou no grupo dos que gostaram.




Morais 02/03/2021

O mais chato dos melhores
Cometi o maior erro que qualquer humano, em qualquer fase da vida, pode cometer: criei expectativa. Comecei o livro com as esperanças nas nuvens e quando cheguei na página 20 já estavam enterradas a 7 palmos. Depois disso, teve pontos animadores e outros tão lentos que chega a ser deprimente, tanto que por ser uma história extremamente comum e pelo protagonista ser um adolescente. Mas com o passar da leitura, tudo foi se tornando sensível, cada momento que ele passava ou cada pensamento exagerado me fazia ver minha própria imagem no mlk e, quando chegou no fim, deixou uma saudade do que vivi durante essas 234 páginas. Fui feliz lendo esse livro
Dickson 26/03/2021minha estante
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gabriella.malta 27/05/2021minha estante
Amei sua análise, terminei hoje e favoritei mas foi a quarta tentativa de ler esse livro, demora abandonava antes da página 30, é uma narrativa muito sensível e diferente




juliaandthejets 26/12/2017

Para onde os patos vão no inverno?
Narrado em primeira pessoa, o protagonista Holden Caulfield, garoto rico de 16 anos, conta suas aventuras desde que é expulso (novamente) do colégio interno onde estuda, na Pensilvânia, até sua volta pra casa em Manhattan, Nova York.

Apesar de ser uma narrativa simples e fluída, você não só se envolve rapidamente com o mundo e os sentimentos apresentados na obra, mas eles também entram em você, consequência da carga psicológica e simbólica do texto. É um livro que te faz rir, chorar e refletir sobre as situações em que o protagonista enfrenta em um estado de estresse físico e mental, solidão, medo, confusão e alienação.

Caulfield, apesar de considerar a maioria das pessoas ao seu redor falsas (phony), reclamar e criticar o tempo todo, possui uma personalidade bastante sensível e carente de atenção que acaba repelindo os outros justamente por não perceber neles sensibilidade/sinceridade e talvez certa humanidade, fica visível em boa parte dos diálogos que Holden as entende como superficiais.

Sendo um adolescente, rico, mimado e rebelde, falta nele clara compreensão e empatia de como funciona o mundo ao seu redor, mais especificamente, o mundo adulto, de responsabilidades, de escolhas, de seriedade (e é claro que suas relações e experiências com mais velhos apresentadas no livro aparentemente não o ajudam nesse processo de maturidade). Portanto, Holden preza pela infância e inocência das crianças (únicas criaturas que ele considera com atitudes legítimas), afirmando que algumas coisas deveriam continuar sendo como são/as mesmas.

Vinda daí a expressão "The catcher in the rye": ele gostaria de ser aquele impede que crianças caiam do limbo, perto de onde brincam em um campo de centeio (em que a gente pode considerar a queda como a perda da inocência/passagem para a vida adulta).

Enfim, é um livrinho lindo, atemporal, que eu acredito que sendo lido em diferentes fases e idades da sua vida, você pode tirar diferentes interpretações e se relacionar de diferentes maneiras com as personagens. Vale a pena cada minuto de atenção durante a leitura.
Hipólito 27/12/2017minha estante
Ótima resenha. Li o livro há pouco tempo. Excelente leitura!




Milena 30/10/2020

"I'd just be the catcher in the rye and all..."
Em busca do livro ideal para minha primeira leitura em inglês, me deparei com a recomendação de The Catcher in the Rye. A história me chamou a atenção e, para complementar, é um dos livros favoritos de um amigo. Parecia a escolha certa.

A ideia de acompanhar três dias da vida de um jovem rebelde pode parecer entediante, mas acredite, os dias desse adolescente valem cada página lida. Holden é um personagem muito complexo, um contestador nato, principalmente quando se trata dos "phonies", expressão que ele usa para denominar as pessoas falsas, ou melhor, os adultos falsos. Alguns podem ver em Holden o típico adolescente chato, o "aborrecente", mas em meio a tantas reclamações e xingamentos, Holden expressa seus questionamentos e descontentamentos com a sociedade.

Holden também é um adolescente extremamente triste. Ele chora repentinamente, sente medo de atravessar a rua, se sente sozinho. Esses momentos, quando ele se abre para o leitor e conta suas histórias (o irmão, o colega...), nos fazem sentir ainda mais empatia por ele.

Entre todos os livros que li, Holden certamente foi um dos personagens mais autênticos que tive o prazer de acompanhar. Sim, ele é meio chato às vezes, mas não somos todos?
@denisvitmar 03/11/2020minha estante
Sensacional!!!




Lucas Quinamo 09/10/2011

O Apanhador nos Campos de Centeio
O livro já estava na minha lista, mas quando minha professora de inglês pediu para a turma ler, eu tive que coloca-lo no topo da lista.

O livro é bastante simples, até para quem está começando a ler em inglês. Porém, atenção, leia com um dicionário de gírias do lado.

Sobre a história, minha primeira impressão foi: Holden Caulfield é um chato. Simplesmente por como ele começa o livro: dizendo que não está com saco para contar muito sobre si mesmo. Após um tempo de leitura, o livro torna-se interessante, mas deprimente e angustiante. Não pela história do personagem, mas porque o observador vê que as escolhas de Caulfield são sempre feitas sem medir as consequências e apesar do garoto ser bastante inteligente, é de deprimir o que ele faz com as pessoas ao seu redor e consigo mesmo.

Não é raro que Caulfield fuja do assunto no meio da narrativa e comece a contar de casos passados, mas isso torna o livro mais verossímil, menos artificial, afinal, a superficialidade e artificialidade das pessoas é uma das coisas que Caulfield mais critica durante o livro, e com razão.

Embora tenha momentos que você percebe o quão bom seria se ele entendesse que essa artificialidade é muitas vezes intrínseca do humano.

Quando terminei de ler o livro, fiquei um pouco decepcionado com a quebra na história. Acho que ficou faltando um epílogo, mas quando li a última palavra, ao invés de jogar o livro para o lado e ir fazer outra coisa, deitei na cama com o livro e fiquei filosofando.

O livro me trouxe ótimas reflexões. Recomendo a todos.
Milena Karla - Mika 30/07/2014minha estante
Grande resenha!




Gustavo 05/01/2016

Disappointing
The Catcher in the Rye is one of the main symbols from the American literature, a must-read book in several schools in the US.

I had very high expectations for this book, after all this was the book that had been quoted on uncountable other novels, movies, and tv series I loved.

It was a big disappointment. Holden is one of the most annoying characters in literature. I wonder if a person -- even the ones who love and praise this book -- were able to finish the novel without wanting to shake him really hard and shout at him. His life is entirely dedicated to complaining, everything has a problem. Ok, he is sixteen years old, but this a period of you life when you can already acknowledge your own mistakes and know that the world is not conspiring against you.

Perhaps, if you identify with Holden "a misunderstood warrior-poet, fighting the good fight against a hypocritical and unfeeling world", this book will be less painful, and perhaps even a great novel. For others, this book will fill you with thoughts "why don't you grow up?" "do something about it" "it is your fault, not theirs".

Besides Holden, the book has not plot. The entire story is based on Holden drinking in one place, complaning about it and the people in it, going to other place, drinking and complaining all again.

I just didn't give this book 1 star because there is, in fact, some good parts. Holden's love for his sister is extremely beautiful and there are certain lessons that can be learned through the anger of Holden.

I would not recommend anyone reading it. Unless if you want to read it because it is a classic, but I warn you, this might be a big disappointment.
P.a 17/08/2018minha estante
How come this book ever came accross as a beautiful masterpiece to anyone when it's clearly poorly written? There is no subjectiveness or metaphors or anything that may have been misinterpretated, it's literally just a bad book and that is clear and obvious, it goes from nowhere to no place at all and people eat it with a spoon in order to be cult or to diverge from the mainstream perhaps, cause I can't sincerely believe someone can actually read this book and enjoy it.




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