Livro do Desassossego

Livro do Desassossego Fernando Pessoa
Richard Zenith




Resenhas - Livro do Desassossego


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Laura.Amorim 06/03/2024

"Órfão da fortuna, eu tenho, como todos os órfãos, necessidade de ser objeto de afeto por parte de alguém”.
Solidão, desamparo, amor, a exposição de uma vida cotidiana pensativa, divagadora, e real. "Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir" . O livro é cheio de poemas e frases reflexivas para um leitor que esteja disposto a apreciar como é linda a arte de escrever, e cheio de sentimentos para os sensíveis de plantão, como eu, para que possam sentir cada uma das emoções; sentir as palavras de uma forma especial.
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Gi Santos 06/03/2024

Esse livro é um compilado de pensamentos soltos, divagações, memórias e invenções de Fernando Pessoa. É construído dessa forma e realmente dá a impressão de serem ideias soltas, às vezes sem muita conexão, como pensamentos intrusivos ou partes de um diário, o que na minha opinião é o que dá nome ao livro e o torna tão pessoal e fantástico. É inquietante e desassossegado, mas incrivelmente gostoso de ler. Fernando Pessoa é genial.
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RANNA. 05/03/2024

Das leituras mais lindas que já fiz
De toda a obra poética de Fernando Pessoa, encontrei minha favorita!
O livro do desassossego é uma coletânea de textos de uma sensibilidade com um fundo reflexivo/filosófico que todo mundo deveria ler. É impossível não finalizar essa leitura sem se sentir impactado pelas palavras e pensamentos soltos tão intrinsecamente bem dispostos que acertam em cheio mente e coração.
Com certeza um dos melhores livros que já li, vai se tornar livro de cabeceira para ler e reler sempre que puder.

?Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende.?
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bru241 04/03/2024

Não tenho palavras pra descrever o que Fernando Pessoa é pra mim! Ele é simplesmente o meu autor favorito da literatura brasileira/portuguesa. ?O livro do desassossego? tem tantas camadas e me identifiquei com tantas coisas, só queria poder guardar partes desse livro. Uma leitura não será o suficiente pra pegar toda a sua essência!
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Mila 03/03/2024

Bom, mas cansativo
Em vários momentos faz jus ao título e tem umas passagens bem incômodas. Mas em outras tantas achei mais monótono do que desassossegador. Fiz esforço pra manter a leitura e vez ou outra encontrar as pérolas.
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Icaro 18/02/2024

Intenso
O livro do desassossego - Fernando Pessoa

Assumo que não foi uma leitura fácil. Foi quase um ano e meio de idas e vindas até terminar, mas talvez seja esse o propósito do livro: algo difícil, incômodo, duro e intenso.

Valeu a pena cada página lida.

Publicado pela Relógio D?Água e comprado em uma viagem para a cidade do Porto em 2018 na famosa Livraria Lello.

???
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Lucas.Yoshi 16/02/2024

Não acho que consegui absorver tudo oq o livro tinha a oferecer, não gostei nada de ler ele versão digital me deu cansaço e tédio, além de em mts páginas ler só por ler e nem prestar mt atenção.
Quero ele Físico pra mudar minha opinião pq só pela escrita vc nota que é MT bom
joyce.tavares 19/02/2024minha estante
nossa, sim! dps que comprei o físico comecei a curtir muito mais.. e é uma leitura pra se fazer sem pressa também, quando comecei a ler com mais calma minha perspectiva do que estava lendo deu uma mudada


Lucas.Yoshi 23/02/2024minha estante
pois é eu necessito dele físico, por algum motivo não deu certo a leitura digital, eu alguns momentos dei uma acelerada sem nem prestar mt atenção só pra acabar ele logo, mas quero mt mt mesmo ter ele em mãos




Gigi 09/02/2024

Sinto-me desassossegada!!!
Um livro poético, não é de se esperar menos, Bernardo Soares ajudante de guarda livros da cidade de Lisboa (semi heterônimo de Fernando Pessoa) faz do "Livro do desassossego" seu diário de angustias e inquietação, como o próprio Fernando Pessoa disse em uma das cartas que escreveu sobre o livro para João de Lebre e Lima "esse livro chama-se livro do desassossego, por causa da inquietação e incerteza que é sua nota predominante"
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stfy 06/02/2024

Quando você pensa que nunca será compreendida...
Eu não consigo colocar em palavras o que esse livro me causou. O livro do desasossego me levou a tantos extremos diferentes, tantas emoções e "tapas" (muitos deles necessários), que eu demorei muito pra digerir e sinceramente acho que nunca vou superar a sensação única que Fernando pessoa me proporcionou. Eu realmente me senti acolhida lendo as palavras de Pessoa, é como se ele estivesse escrevendo sobre mim e me compreendido de uma forma que eu pensava ser impossível. Com certeza é um livro que eu vou levar para a vida e reler sempre que possível (considero a minha "bíblia" pessoal). Vale cada página e todo mundo deveria ler essa obra prima e explorar a mente intensa de Fernando Pessoa.
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Amélie Cordélia 23/01/2024

Um passear pela alma de Pessoa
Esse livro não é daqueles que você precisa abocanhar de uma vez só. Doses homeopáticas são suficientes para refletir, saborear acerca dos pensamentos de Bernardo Soares ( heterônimo de Pessoa). Você, pessoa intrusa, se vê lendo um diário pessoal que contém aqueles pensamentos invasivos que a gente não se atreve a falar para ninguém, exceto para um papel. A proposta do " o livro do desassossego" é nos afundarmos nas páginas do diário de Bernardo Soares, um guarda-livros que, a olho nu, leva uma vida pra lá de ordinária, mas no âmago da sua solidão, elege a arte seu meio e fim. Escreve lindamente, sabe apreciar o belo e vive em uma dualidade de pensamentos... por vezes sacraliza o que os outros acham banal, as vezes seculariza Deus. Quase sempre endeusa a arte. Lindo como tudo que Pessoa toca. Um livro pra degustar aos poucos e sempre! Nota miiiiillll
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val 16/01/2024

Bom título
A obra tem um título adequado. As reflexões do autor por vezes nos deixam desassossegados junto com ele. Gosto do estilo diário. não possui uma linha narrativa. Leitura pra passar o tempo.
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deverasgiovanna 16/01/2024

O livro da minha vida, simplesmente
Eu só sou capaz de dizer que vale a pena mergulhar no universo Fernando Pessoa, e sim, ele te tira as palavras!!!!
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3.0.3 15/01/2024

Um incêndio na caverna da alma
“Nós nunca nos realizamos. Somos dois abismos – um poço fitando o Céu.”

O Livro do desassossego (1982), de Bernardo Soares, que é tido como um “semi-heterônimo” de Fernando Pessoa (1988-1935), dita um andamento íntimo que jamais descansa, pois a obra trata das inquietudes do sujeito dentro do espaço-tempo que frequenta. Embora os temas abordados na obra se assemelhem a um diário, o livro – que reúne aproximadamente quinhentos trechos em prosa e que foi publicado mais ou menos cinco décadas após a morte de Pessoa – é o que mais se parece com um romance.

Trabalhando como auxiliar de guarda-livros em Lisboa, Bernardo Soares produz uma narrativa onde – pode-se dizer – não há fatos, sequências lógicas e noção temporal clara. Desilusão, melancolia e tédio são os tons que prevalecem na obra, que transita entre a dimensão do mundo concreto que é vivido na rua dos Douradores à dimensão do mundo abstrato que é sonhado na folha de papel. Assim, entre o múltiplo e o uno, Bernardo Soares empunha sua caneta para explorar as ideias do que é irreal e real, do tudo e do nada.

O Livro do desassossego é uma antologia de reflexões profundas sobre a vida e seus desdobramentos. Nele, há diversas passagens que colocarão em xeque as nossas condutas e a nossa visão de mundo. A inquietação que o meio social e suas opiniões suscitam, a singularidade de Bernardo Soares contra a pluralidade do que o rodeia, as mudanças e os movimentos literários e políticos portugueses, a inquietação das palavras – entre outros aspectos fundamentais – são alguns temas abordados e que, certamente, também nos despertam profunda inquietação.

“Vivo de impressões que me não pertencem, perdulário de renúncias, outro no modo como sou eu.”

É uma obra que reúne tudo o que pertence a todos ao abrir caminho na densa floresta de si. Sonhando, mas sonhando com o intelecto, Bernardo Soares avança contra as estruturas do próprio corpo para flexionar sensações e pensamentos tão comuns a todos, ou seja, sublime arte, que se escora no mais escuro de nós, no mais complexo, dentro da neblina oscilante, o particular transformado em universal. Aqui, tudo testemunha tudo, e todo o testemunho se apresenta para tirar dessa banalidade da vida a transcendência que pulsa no mais íntimo do humano. Compreende-se que é uma obra basilar onde tudo se encontra e nada se perde (ou nada se encontra e tudo se perde), onde se busca no espaço a metafísica da vida.

Cintila a cada palavra e em todo o fragmento a astúcia daquele que durante toda a vida atentou a si e às circunstâncias do mundo. Embora julgue o homem de ação e o de sonho, Bernardo Soares sustenta uma vontade velada de se equiparar a eles, pois a aflição de não saber como é a real aparência da vida é gatilho de profundo desassossego. Os traços existencialistas ao longo dos fragmentos são bem perceptíveis, fazendo com que a obra também possa ser lida como um tratado de filosofia.

O Livro do desassossego provoca uma constante inquietação física. A angústia se materializa num asco que transborda pelos campos da sensação, do corpo e do intelecto para revelar a cada trecho os múltiplos lados do ser humano e dimensionar a busca do sujeito pela compreensão de si e da vida. Para isso, a obra explora sentimentos de isolamento, inquietude, abstração e alheamento, operando em uma frequência de intensa introspecção.

“Repudiei sempre que me compreendessem. Ser compreendido é prostituir-se. Prefiro ser tomado a sério como o que não sou, ignorado humanamente, com decência e naturalidade.”

Ao pensar os aspectos incompreensíveis da vida num estilo de escrita tão fragmentário e único, notamos que a precisão linguística de Fernando Pessoa é tão assombrosa que é capaz de transformar a sua prosa em poesia. Minerador de gemas, a sua astúcia é a de um genuíno alquimista da palavra – e o Livro do desassossego revela isso com contundência, transformando-se em uma referência da literatura mundial. Grandeza transformada em princípio, incorporada de todos em si, Pessoa é um arquiteto de labirintos, traçando a quantidade de mistérios que em sua época desperta o espírito universal de todas as épocas – linguagem do espírito para o espírito, sintetizando matizes, sons, ecos, fragrâncias, pensamentos e sensações que puxam sensações e se multiplicam. Fernando Pessoa é, de fato, o gatuno do fogo.

É um livro que nos marca de forma tão singular que levamos a sua filosofia e a sua literatura para a vida. Mas cabe ressaltar que a profundidade dos pensamentos de Pessoa demanda o amadurecimento do leitor, que certamente precisará enfrentar a obra diversas vezes, pois uma única leitura é insuficiente. Não compreendemos o que fazemos de nós. Transformamo-nos em nossas sensações à medida que sentimos profundamente. Se intuímos que aquele que pensa de forma racional não é um ser liberto, mas um ser que habita outro tipo de prisão, o Livro do desassossego faz desabar as estruturas que sustentam a nossa vida.

Na verdade, o desassossego, que oscila de uma leitura para a outra, de um tempo para o outro, é tão imenso e suficiente que sem ele o mundo não seria o mesmo. É um desassossego complexo e profundo. O motivo real disso tudo permanece incompreensível: a leitura nos desassossega e incendeia. E esse é com precisão o sentido das chamas. Não seremos mais os mesmos ao ressurgirmos do outro lado daquilo que nos incendeia. Na verdade, quando isso acontecer, ainda desconfiaremos. Certamente será complexo compreender como sobrevivemos às chamas ao transpô-la.

Viver é desassossegante. Nota-se nos trechos da obra que Bernardo Soares foi um observador ativo dos movimentos humanos. Navegador da palavra. Burilador da vida. Ele abre veredas para que vivamos além de nossos pensamentos, além de nossas sensações e, sobretudo, além de nós mesmos, visto que é capaz de revelar as zonas mais incógnitas de nós, com consciência ímpar. Lentamente, até perceber que se viveu todo um ciclo existencial em algumas páginas, assim devemos ler o Livro do desassossego. Com a sua sublime linguagem, faltam-nos palavras para dimensionar a potência dessa obra.

“Como um espetáculo na bruma aprendi nos sonhos a coroar de imagens as caras do quotidiano, a dizer o comum com estranheza, o simples com derivação, a dourar, com um sol de artifício, os recantos e os móveis mortos e a dar música, como para me embalar, quando as escrevo, às frases fluidas da minha fixação.”
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Eliane406 03/01/2024

Inquietação
Identifico Fernando Pessoa como um gênio literário, a sua capacidade ampliada em ser um ortônimo com tantos variados heterônimos foi notória, tantas personalidades distintas e uma inteligência linguística que compreendeu narrar a sociedade de diversas perspectivas poéticas e na prosa.

Em O livro do Desassossego o semi-heterônimo Bernardo Soares sente-se em angústia com a existência, em seu cotidiano ele narra em fragmentos como um diário a inquietação diante sua vida, indagações sobre si mesmo e o mundo.

É uma narrativa que inquieta quem está lendo, faz refletir sobre a existência e o que nos envolve diariamente, sobre as pessoas que nos cercam e o que se pode fazer enquanto se vive, é uma leitura sensível que deve ser digerida aos poucos, o próprio Fernando Pessoa elucida sobre a personalidade narrativa que não deixa de ser a sua e também não é a dele, trata-se de uma síntese.

?"Mas parece-me que para mim, ou para os que sentem como eu, o artificial passou a ser o natural, e é o natural que é estranho. Não digo bem: o artificial não passou a ser o natural; o natural passou a ser diferente."pág.41
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