O Livro do Desassossego

O Livro do Desassossego Fernando Pessoa
Richard Zenith




Resenhas - Livro do Desassossego


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Lana 28/12/2023

O "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa, é uma obra única e impressionante que reflete a mente complexa e inquieta do autor. A obra é considerada uma bricolagem literária, composta por fragmentos, pensamentos e reflexões diversos que exploram as contradições e os dilemas da existência humana.
O livro, organizado por Bernardo Soares, um dos heterônimos de Pessoa, é uma profunda imersão na subjetividade do autor. Através de uma linguagem poética e densa, Pessoa explora temas como a solidão, a insignificância da vida, o tédio, a busca pelo sentido da existência e a impossibilidade de alcançá-lo.
Através de uma narrativa introspectiva e fragmentada, o autor deixa transparecer suas angústias, seus questionamentos e suas reflexões mais profundas sobre a vida e a arte. Cada página é um convite para mergulhar nas profundezas da alma humana e enfrentar suas contradições.
Além disso, o "Livro do Desassossego" também é um retrato da cidade de Lisboa, que serve como pano de fundo para as reflexões de Pessoa. Através de descrições detalhadas e atmosféricas, o autor dá vida à cidade e imprime suas impressões sobre seus habitantes, prédios e ruas.
No entanto, é importante ressaltar que o "Livro do Desassossego" não é uma obra fácil de se ler. Sua densidade e complexidade exigem um certo esforço do leitor para compreender as diversas camadas de significado presentes na obra. É uma leitura que demanda atenção e disposição para se deixar envolver pela prosa poética e filosófica de Pessoa.
No geral, o "Livro do Desassossego" é uma obra fundamental da literatura portuguesa e uma das grandes contribuições de Fernando Pessoa para a literatura universal. Sua riqueza de pensamento, a profundidade de suas reflexões e a originalidade de sua forma fazem desta obra uma leitura indispensável para quem busca compreender a complexidade da existência humana.
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ThAmis.Pinheiro 25/12/2023

Desassossego
Um livro que faz jus ao título.

Não foi uma leitura fácil. Tampouco foi prazerosa.

Não que o livro seja ruim. Muito pelo contrário. Há inúmeras passagens maravilhosas.
Creio que meu erro tenha sido ler com se fosse um livro de prosa, ou seja, uma página atrás da outra. Penso que o ideal é ler aleatoreamente, como um livro de cabeceira. Assim, não fica tão pesado, pois Bernardo Soares - o heterônimo - faz muitas reflexões sobre tédio, frustrações, não-pertencimento; e lendo de vez em quando, espaçadamente, fica mais fácil compreender e digerir as palavras.

Inclusive, o próprio Fernando Pessoa faz a melhor descrição/resenha:

?Esse livro chama-se ?Livro do Desassossego?, por causa da inquietação e incerteza que é sua a nota predominante?.
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Carolina 17/12/2023

Muito bom
Esse livro tava em uma das minhas trocentas listas de livros para ler antes de morrer

Agora eu já sei pq ele tá lá, e vale muito a pena ler ao menos uma vez na vida!
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Lu Tibiriçá 16/12/2023

A pessoa do Pessoa
Parafraseando Caetano, esse livro traz textos curtos (alguns realmente pequenos) com divagações de Fernando Pessoa sobre situações que o deixavam incomodado, desassossegado.
Eu nunca tinha ouvido essa palavra, mas agora ela me dá uma perspectiva de situação, de sentimento, de estado de espírito...
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Asdfg8 03/12/2023

Depois de um longo tempo retomei a leitura e conclui, divulguei algumas passagens, estou dando 4 estrelas, mas senti que estava me arrastando para um poço ou caverna obscura, apesar de haver muita beleza e luz também, só que não na proporção que sinto em mim.
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27/11/2023

Gostei muuuuito da primeira parte, a segunda nem tanto e na terceira era meio 8 ou 80. Mas mesmo assim gostei muito desse livro, é bem livro de cabeceira que as vezes você abre e lê duas passagens antes de dormir pra recuperar a sanidade
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Mickael 16/11/2023

Um Desassossego de livro
Consegui terminar esse livro na segunda tentativa. Confesso que na primeira não consegui. O tamanho me inibiu na época, e também não estava pronto para o tamanho de Fernando Pessoa.
A obra é uma aula do conceito de Introversão de Carl Gustav Jung. O que os manuais às vezes tem dificuldade em explicar, este livro faz com facilidade monstra. Além do conceito de alma.
Gostei da experiência
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Allana65 07/11/2023

Amém.
"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem fatos, a minha história sem vida. São as minhas confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer."

Queria poder escrever todos os trechos que me maracaram, mas este livro é tudo ao mesmo tempo. Não à toa levei um mais de um ano pra lê-lo e ainda sinto que não absorvi metade do que eu deveria. É um livro sagrado. Me reencontro cada vez que releio um dos fragmentos.
Maravilhosamente triste e genial!
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Carla.Parreira 06/11/2023

Livro do desassossego (Fernando Pessoa)....
É uma obra incompleta do escritor português Fernando Pessoa, composta por fragmentos, reflexões e pensamentos diversos. Publicado postumamente, o livro é uma coleção de textos datados entre 1913 e 1935. A obra reflete sobre temas como solidão, identidade, existência, amor, arte e poesia, mesclando diferentes perspectivas onde apresenta sua visão de mundo, suas angústias, dúvidas e reflexões.
*
Melhores trechos: "...O único modo de estarmos de acordo com a vida é estarmos em desacordo com nós próprios. O absurdo é o divino. Estabelecer teorias, pensando-as paciente e honestamente, só para depois agirmos contra elas, agirmos e justificar as nossas ações com teorias que as condenam. Talhar um caminho na vida, e em seguida agir contrariamente a seguir por esse caminho. Ter todos os gestos e todas as atitudes de qualquer coisa que nem somos, nem pretendemos ser, nem pretendemos ser tomados como sendo... Somos todos escravos de circunstâncias externas... Afinal eu quem sou, quando não brinco? Um pobre órfão abandonado nas ruas das sensações, tiritando de frio às esquinas da realidade, tendo que dormir nos degraus da tristeza e comer o pão dado da fantasia. Do meu pai sei o nome; disseram-me que se chamava Deus, mas o nome não me dá ideia de nada. Às vezes, na noite, quando me sinto só, chamo por ele e choro, e faço-me uma ideia dele a que possa amar. Mas depois penso que o não conheço, que talvez ele não seja assim, que talvez não seja nunca esse o pai da minha alma...
Eu nunca fiz senão sonhar. Tem sido esse, e esse apenas, o sentido da minha vida. Nunca tive outra preocupação verdadeira senão a minha vida interior. As maiores dores da minha vida esbatem-se-me quando, abrindo a janela para dentro de mim, pude esquecer-me na visão do seu movimento. Nunca pretendi ser senão um sonhador. A quem me falou de viver nunca prestei atenção. Pertenci sempre ao que não está onde estou e ao que nunca pude ser. Tudo o que não é meu, por baixo que seja, teve sempre poesia para mim. Nunca amei senão coisa nenhuma. Nunca desejei senão o que nem podia imaginar. À vida nunca pedi senão que passasse por mim sem que eu a sentisse. Do amor apenas exigi que nunca deixasse de ser um sonho longínquo... Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É um conceito nosso, em suma, é a nós mesmos, que amamos. Isto é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa. O onanista é abjeto, mas, em exata verdade, o onanista é a perfeita expressão lógica do amoroso. É o único que não disfarça nem se engana. As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade. No próprio acto em que nos conhecemos, nos desconhecemos. Dizem os dois 'amo-te' ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada um quer dizer uma ideia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstrata de impressões que constitui a atividade da alma... Primeiro entretiveram-me as especulações metafísicas, as ideias científicas depois. Atraíram-me finalmente as sociológicas. Mas em nenhum destes estádios da minha busca da verdade encontrei segurança e alívio. Pouco lia, em qualquer das preocupações. Mas no pouco que lia, tantas teorias me cansava de ver, contraditórias, igualmente assentes em razões desenvolvidas, todas elas igualmente prováveis e de acordo com uma certa escolha de factos que tinha sempre o ar de ser os factos todos. Se erguia dos livros os meus olhos cansados, ou se dos meus pensamentos desviava para o mundo exterior a minha perturbada atenção, só uma coisa eu via, desmentindo-me toda a utilidade de ler e pensar, arrancando-me uma a uma todas as pétalas da ideia do esforço: a infinita complexidade das coisas, a imensa soma a prolixa inatingibilidade dos próprios poucos factos que se poderiam conceber precisos para o levantamento de uma ciência... Hoje sou ascético na minha religião de mim... O amor quer a posse, mas não sabe o que é a posse. Se eu não sou meu, como serei teu, ou tu minha? Se não possuo o meu próprio ser, como possuirei um ser alheio? O amor quer possuir, quer tornar seu o que tem de ficar fora para ele saber que se torna seu e não é. Amar é entregar-se. Quanto maior a entrega, maior o amor... Nada mais seu do que a sua consciência de si..."
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Caroline Vital 29/10/2023

Lido em 2018
Poético, melancólico, depressivo. Me idenfiquei, estranhamente. Mas também é arrastado, meio chato, foi difícil terminar.
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Gii 29/10/2023

"Não consigo reatar-me."
O livro do desassossego foi muito prazeroso de ler, os sentimentos que nunca conseguimos colocar no papel estão todos ali, esperando para serem lidos e sentidos outra vez.
Divido em várias partes o autor conseguiu colocar tantas ideias e dores que a cada página que lia, cada trecho e parágrafo, foi uma enchente de memórias. Me senti dentro de meus próprios pensamentos sem estar de fato neles, como um mergulho de cabeça dentro do que sou ou a visão que tenho de mim. A divagação de ser sonhador, de temer a vida e não encontrar o sossego em nada. A angústia de um coração triste, da dissociação, de levar a vida como de fosse pesada demais e da ausência de si mesmo. O livro é repleto de frases marcantes, textos que tive vontade marcá-lo por inteiro. Alguns, confesso, são um pouco confusos, mas espero ter entendido bem.
Já tinha lido Fernando Pessoa antes, de curtos poemas. Confesso que adorei e não poderia deixar de preucurar outras obras. Tenho certeza que foi um achado e tanto, um dos preferidos do ano, guardarei suas palavras com carinho.
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Deise.Maria 20/10/2023

Uma obra lindissima!!!
Como definir o que foi essa obra pra mim?
Vou tentar ser mais simples possível.
Vou começar destacando esse texto:
?" Mas a cada exclusão, que me impus, dos fins e dos movimentos da vida ; a ruptura, que procurei, do meu contato com as coisas levou - me precisamente aquilo a que eu procurava fugir..."
O Bernardo Soares nosso heterônimo nesse livro, é um guarda - livros.Que trabalha na rua Douradores ,e descreve em vários trechos seu cotidiano, e alguns devaneios ; sobre a vida que se define como tediosa , pois nada se resume em cunprir obrigações e deveres do escritório, nessas prosas encontramos aspectos de sonhador , que tenta ver a vida por uma ótica ilusória. Mas uma ilusão que ele sustenta como única verdade de vivenciar sensações diferentes jamais experimentadas.
Dos heterônimos que já li do Fernando Pessoa esse foi o mais proximo de entender o autor , que em sua nota explica que ele próprio possui semelhanças com o Bernardo Soares , o sentimentalismo por mais que ele próprio tente fugir, é expresso da forma mais sublime. Exemplo;
???" Assim como lavamos o corpo deveríamos lavar o destino , mudar de vida como mudamos de roupa- não para salvar a vida , como comemos e dormimos, mas por aquele respeito alheio por nós mesmos..."
????Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura.."
???Vence só quem nunca consegue. Só é forte quem desanima sempre"
Bernardo é um personagem poetico por mais que ele tente ocultar seus sentimentos, e nos seus textos ele contempla a vida , fala dos misterios da morte , a brevidade dela, o sofrimento que atinge a todas as classes sem distinção, reflexões sobre a existência que leva o leitor a uma profunda coneccao com os sentimentos que pertubam o autor ; como a existência de Deus, a nossa consciência , a busca pelas coisa materiais, a busca pelas sensações do físico e da alma, todas as sensações que humanamente expressamos e as que o subconsciente busca pra dar sentido a vida.
O desassossego do autor se refere basicamente a isso, a inquietação, as incertezas e sentimentos conflitantes que permeia seus pensamentos.
Gostei do livro é claro que por se tratar de Fernando Pessoa exigiu de mim uma lentidão para poder compreender melhor , eu acredito que minha resenha tenha sido fiel ao tamanho da importância que é essa obra.???E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons , nobres e vis , mas nunca de um sentimento que subsiste,....um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende."
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Pêssego 09/10/2023

Eu nem ia fazer uma resenha porque o livro simplesmente me deixou sem palavras
Esse livro retrata um formato de vida que claramente ninguém queria ter, o livro é ótimo mas a leitura é difícil Porque não seria o Fernando pessoa se fosse fácil demais.
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Ygor Araujo 01/10/2023

Pessoa e seus heterônimos
Na obra, o leitor é apresentado a Bernardo Soares, mais um dos heterônimos criados pelo autor. O niilismo e a questão existencial são temas presentes do início ao fim. Quem lê, se depara com várias reflexões metafísicas e filosóficas.
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Gisele280 25/09/2023

O título não é atoa...
Demorei mais do que queria para terminar, a linguagem é clássico pesado, mas quando vc pega o ritmo, dá certo. Achei esse heterônimo muito, muito depressivo e pasmei ao ver refletindo tanto dos meus sentimentos. Vou querer reler avulso em alguns momentos da vida, talvez minha nota mude, mas por hora é isto! Valeu muito a pena a experiência
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