Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror

Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror Robin R. Means Coleman




Resenhas - Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror


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Marceloptera 12/12/2023

Perfeito!
Olha, há tempos um livro não mexe tanto comigo. Esse livro caiu como uma luva no meu gosto, pois ele aborda dois assuntos que eu amo: terror e temática racial. Com uma pesquisa muito bem feita sobre o cinema norte americano, esse livro traz uma verdadeira linha do tempo (desde os filmes antes da década de 30, início do cinema) sobre a presença e representação dos negros nos filmes de terror e filmes relacionados. É realmente uma experiência muito interessante e reveladora (e revoltante em alguns momentos) ver como a fomos retratados. Muitos dos estereótipos racistas que foram estabelecidos na humanidade, tiveram uma difusão ou origem em filmes de terror. O livro faz uma leitura até os anos 90 e início dos anos 2000. Super recomendo o livro e além dele, recomendo também o filme de documenrário que foi feito com base no livro e recebe o mesmo nome, Horror Noire.
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Murilove 01/08/2023

Minha ?paixão? por filmes B e terror não é de hoje, e recentemente minha curiosidade sobre o gênero veio aumentando com tantos lançamentos bons. Esse último mês resolvi dar uma chance para esse livro que já estava na lista de leituras futuras há algum tempo.

Horror Noire é um trabalho de 2019 produzido pela Dra. Robin Means
Coleman, professora norte americana que por curiosidade nasceu na mesma cidade de George Romero e Tom Savini. O interesse de Robin pela pesquisa sobre os impactos sociais dos filmes de terror negro partiu do mesmo filme cujo o qual despertou o meu interesse por este livro, o filme Get Out (2017) de Jordan Peele.

Coleman em seu trabalho analisa cronologicamente as características dos filmes de terror norte-americanos desde 1890 até o presente, identificando narrativas negativas raciais e buscando instigar o leitor a refletir os motivos de uma classe dominante americana predominantemente masculina, branca e heterossexual desejar em seus filmes representações do negro como um personagem abobalhado, medroso, violento, perigoso, sexualizado e subservientes.

O livro serve ainda como uma enciclopédia de referências de filmes de produção negra com muita indicação de filmes incríveis como ?Ganja & Hess? (1973), ?The Blood of Jesus? (1941) e ?Def by Temptation? (1990) entre vários outros ótimos. (estou com vários para assistir ainda).

Leitura muito boa e interessante para entusiastas do gênero. A tradução de Jim Anotsu para o português está ótima.
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Jean Silva 06/03/2023

Essa obra é um estudo acadêmico sobre a representação negra nos filmes de terror ao longo dos anos, passando por muitas décadas e por várias produções diferentes, esse livro é sensacional.
Terror/horror é um gênero que me atrai bastante, seja em livros ou em filmes, então, Horror Noire foi a junção perfeita, pois além de me proporcionar algumas recomendações de filmes de terror, o livro ainda faz um debate muito impactante a respeito da representação negra em diversos filmes do gênero.
É muito impactante e revelador o que é debatido nesse livro, ele carrega perspectivas
interessantes para analisar algumas produções. Acho muito importante a discussão que é realizada nesse livro, pois deixa claro o quanto filmes podem ser influenciados mas também influenciar o contexto social e seus paradigmas. É notável o quanto produções audiovisuais foram usadas para ditar costumes, ou apenas continuar propagando o ideal de superioridade racial.
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Leia Preta Leia 03/01/2023

A História do terror negro no cinema americano
Livro baseado na pesquisa acadêmica da autora Robin Means Coleman. A tese da autora foi transformada em livro em 2011 e foi trazida para o Brasil em 2019 pela Darkside por causa do lançamento do documentário Horror Noire de 2019 que foi produzido por Phil Nobile Jr e Ashlee Blackwell, que aliás, assina o Prefácio dessa edição.

Se formos pensar na história do cinema, que já completa 13 décadas, o terror permeia os filmes desde a época do cinema mudo, mas o gênero só foi reconhecido como nas décadas de 1930 e 1940. Mas sempre foi um gênero que desafiava limites e chocava muitas vezes por mostrar questões sociais fortes enquanto trivialisava a violência;

Nessa história, a representação da negritude se torna mais forte nos anos 1960, e desde A Noite dos Mortos Vivos (1968) até a Lenda de Candyman (2021) o horror tem sido um lugar de explorações provocativas da racialização e do racismo, assim como alternativas para a cultura popular dos EUA.

Dra, Coleman nesse livro vai traçar um perfil da participação da negritude no cinema em geral, e especial o de horror, durante todo o século XX e começo do XXI; ela traça uma historia cronológica de caracterizações notáveis da negritude nesse gênero desde as comédias de susto do cinema mudo, até o slachers dos anos 1990. E ela examina níveis importantes de participação negra tanto na frente das telas, quanto atrás das cameras, já que o terror oferece um espaço representativo único para se desafiar os esterótipos mais negativos dos negros construídos pelo cinema.
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Leonardo Lemes 19/07/2022

HORROR NOIRE
Um texto monográfico sobre representatividade preta no cinema. Um percurso cronológico (que transcorre por três séculos) e atmosférico essencialmente acadêmico, mas com uma linguagem técnica bastante acessível e neutra. Com diversos tópicos abordados e argumentados com excelência, o livro trata o gênero terror ? e suas subclassificações ?, por um lado, como um propagador de pautas raciais pejorativas, que colaboraram com o preconceito e a criação dos esteriótipos do ser preto associado ao mal, ao selvagem, ao antagonismo, ao falso heroísmo, personagens femininas muito sexualizadas, lascivas e inclinadas à loucura, personagens de caráter parvo, não-inteligentes e facilmente descartáveis; mas por outro lado, a partir da segunda metade do século XX, o recurso midiático é visto como uma oportunidade e passa a ser um dos maiores movimentos de visibilidade e resistência, embora, ainda, a passos trôpegos. A obra é completamente referenciada, e abarca uma extensa lista de títulos cinematográficos, todos objetos de estudo. Horror Noire é um livro rico que valoriza seu conteúdo desde o título até a última referência; nele há uma crítica social ferrenha sobre as sensibilidades raciais, que a autora consegue tornar, de maneira consciente, autoexplicativa. "O horror tem algo a dizer sobre religião, ciência, estrangeiros, sexualidades, poder e controle, classe, papéis de gênero, origem do mal, sociedade ideal, democracia etc. Esses tópicos mudam completamente de figura quando são examinados sob a ótica da cultura negra."
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Thainá - @osonharliterario 27/06/2022

A Representação Negra no Cinema de Terror
Horror Noire é um livro de não-ficção que nos ambienta desde o fim do século XIX até os anos 2000 ao longo de uma narrativa que explora a representação negra, a falta dela e até mesmo a forma indevida de sua utilização nos filmes de terror.

Separado por décadas, o livro nos mostra os filmes mais impactantes e importantes para o gênero e seus subgêneros, de acordo com a época em que fizeram sucesso. Aqui temos uma escrita e pesquisa poderosas que nos transportam para dentro daquelas palavras de maneira forte e visceral, tanto para dentro da produção e história por trás de cada filme como também para dentro da própria década, de seus problemas e dificuldades e de como a sociedade se portava.

Com isso, Horror Noire escancara as problemáticas, os estereótipos e os preconceitos de filmes desconhecidos por alguns, mas também de famosos e queridinhos do público. Há a atenção pela falta de atores negros nos filmes, a inserção do problemático black face e como os movimentos raciais influenciaram os filmes negros de terror.

O livro é repleto de aprendizado, conhecimento e informação. Eu fiquei cada vez mais ávida para saber mais, para conhecer mais filmes e para entender melhor cada problemática apresentada ali.

O único ponto que não me agradou (e me travou logo no início da leitura) foi a quantidade de introduções desnecessárias e cansativas. Porém, depois que isso passou e eu comecei a adentrar em cada década, a leitura fluiu muito bem e me deixou ansiosa para sempre querer ir para o próximo capítulo.

Horror Noire é um livro completo que nos abre os olhos para detalhes que devemos prestar atenção e que devemos lutar para mudar; é uma obra de cunho importantíssimo e essencial para todos os fãs de terror, principalmente para aqueles que, assim como eu, tem uma paixão pelo gênero que transcende as telas e as histórias, mas que também perpassa pela criação e seus criadores.

É sempre importante nos questionarmos: será que atualmente a representatividade negra no cinema de terror é mais respeitável e adequada? E, além disso, é mais presente?

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras.

site: https://sonhandoatravesdepalavras.com.br/2022/06/27/resenha-horror-noire-a-representacao-negra-no-cinema-de-terror-robin-r-means-coleman/
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Thiago 13/03/2022

Escuridão nunca mais
O que a autora faz neste livro é um importante levantamento do cinema com/para negros desde a invenção dos aparatos cinematográficos ? ou, mais precisamente, da ausência da raça por décadas. Coleman destaca títulos de representações absurdas; outros, a frente do seu tempo, inserindo pontos de teorias do cinema quando convém.
Ainda assim, não é exatamente uma tese com análises fílmicas plano a plano, o que poderia ser um caminho mais interessante notar, ilustradamente, como se dá o enquadramento do elenco negro nas narrativas enumeradas. O formato ?sinopse comentada? acaba se tornando uma leitura cansativa em muitas partes.
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jhdep 19/02/2022

Racismo, um terror sem fim
Com uma linguagem menos acadêmica do que a do livro que li sobre cinema anteriormente, a autora traça um panorama histórico mostrando a representação negra no cinema desde quando essa forma de midia se consolidou. Demonização, exclusão e santificação marcaram a história da negritude nos filmes de terror, que também representaram uma ferramenta de denúncia das mais variadas formas de estigmatizaçao enfrentadas pelas pessoas pretas desde a escravidão. Não é exaustivo e nos traz uma nova forma de se observar a força que a arte tem não só de representar a realidade social, como também de contribuir para a percepção das pessoas acerca dela, pro bem ou para o mal.
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Inacio.Netto 14/02/2022

Perfeito
Eu tinha visto o documentário antes de ler o livro e assistindo o documentário eu senti falta de vários detalhes e/ou informações que o livro me contemplou. Exatamente completo, rico em detalhes, com depoimentos, dados, estudos, contexto da época, um deleite. Tem uns momentos em que a leitura é arrastada, com muitos termos difíceis de se compreender e atrasam a leitura, mas só essa crítica. A edição da Darkside é belíssima, a diagramação, cor da página, é lindo de ler, estimulante e fica ótimo na estante.
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Diana 14/01/2022

Leitura incrível para amantes de terror
A autora passa por um século de representação de pessoas negras nos filmes de terror, desde "O nascimento de uma nação" até "Corra". Deixa bem claro como (boa) representatividade é importante. Leitura bem fluída e interessante.
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Thalita153 06/01/2022

Por que o preto sempre morre primeiro no filme de terror ?
Jamais irei me esquecer das mãos do meu amigo me cutucando na sala escura do cinema pouco antes do filme começar.

Sua voz ainda que abafada se fez presente no meu ouvido quando sussurrou :

"Tenho certeza que o preto vai morrer primeiro"

Nossas gargalhadas preencheram a sala escura enquanto nossos cérebros tentavam entender....

Por que o preto sempre morre primeiro no filme de terror ?

Horror noire consegue com extrema habilidade responder essa pergunta e ainda acrescenta dúvidas que provavelmente você nunca parou para pensar.

Os horrores encenados em filmes "pretos" retratam coisas do nosso dia dia !

Nossos "Bichos papões" são reais bem diferentes de Jason, Freddy e Chucky
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Lê Pinheiro 06/01/2022

Sobre o papel das pessoas negras no cinema!
Bom, o livro relata como eram retratados os negros no cinema desde o início, principalmente no gênero do terror. Como negros eram associados a coisas ruins e como também era muito forte o preconceito quando se trata das culturas africanas. Não sou muito boa nas resenhas mas esse livro é muito bom pra todos perceberem o quanto as pessoas negras eram marginalizadas na indústrias cinematográficas. Não posso falar mais pra não dá spoilers. Sabe como é né!? ?????
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Lali 13/10/2021

Imersão magnífica no universo do cinema de terror, com detalhes e estudos que comprovam o desrespeito com o negro nesse gênero. Desde o bizarro blackface amplamente utilizado no início do século passado até as dificuldades encontradas até hoje na representação dos personagens. A autora é clínica e objetiva na análise e não abre margem para contestação. Mais uma evidência clara do racismo estrutural tão presente na sociedade.
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Rildery 18/08/2021

Necessário
é uma obra muito necessária para conhecer o lado racista do mundo do cinema. Nessa obra é retratado algumas curiosidades sobre os filmes de terror e como a figura do negro é retratada nesses filmes.
A edição da DarkSide é impecável.
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