Barbara.Luiza 24/06/2021Essa talvez tenha sido uma das Graphic MSP que mais fiquei ansiosa por antecipação. Uma personagem mulher, da minha profissão em uma história de assédio no trabalho. Pra me deixar mais curiosa tinha ainda o fato de que Tina foi uma personagem que passou desapercebida por mim quando mais nova, eu redescobriria sua história aqui.
Mas... e infelizmente... não funcionou. A história se desenrola em um tom ameno, apesar das questões individuais da personagem, deixando a expectativa beber direto na fonte do clímax.
Só que estamos falando de um quadrinho family friendly, há limitações para esse abuso (que se apresenta como uma pressão psicológica para que haja um encontro posteriormente, preservando o leitor de cenas mais gráficas).
Apenas da mensagem positiva de enfrentamento e o simples fato de a autora tomar a frente ao trazer esse debate para as mais jovens, não senti que o quadrinho me entregou a tensão que eu sentia ser necessária.
Ao final do romance temos um pouco do processo artístico, aqui de Fefê, mas essa sessão está em todas as revistas do selo MSP. Foi a primeira vez que o processo de desenho e pintura se destacou para mim, talvez meu romantismo goste de como as artes de Torquato são mais ‘manuais’ do que ‘digitais’. Ficou o desejo de conhecer revistas adultas da artista, para ver como se desenvolvem seus roteiros.