Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão

Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão Michel Foucault




Resenhas - Eu, Pierre Riviere, que Degolei Minha Mãe, Minha Irmã e Meu Irmão


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pirocadeperuca 07/12/2023

é bom, a apresentação do caso é clara, tudo bem documentado, não há uma verdadeira interpretação do estado mental de Rivière, achei interessante. no dossiê falam a respeito da parte judicial do caso, o que foi um pouco repetitivo, mas ainda assim, ótimo livro
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Edgar 02/03/2022

Esse livro me foi recomendado há quinze anos por um conhecido que cursava filosofia. Nunca tinha me deparado com ele até atualmente, e achei esclarecedor quanto ao ponto de vista do código penal da época, e seus reflexos em nosso próprio código. Assisti o filme sobre o livro, e acredito que sem ler o segundo, não há como entender as nuances do primeiro, tão caras à Foucault. Por outro lado, percebo hoje que meu conhecido superestimava o autor francês.O parricida Jean Pierre Rivière tem seu caso publicado originalmente nos Annales d’hygiène publique et de Médecine Légale em 1836 como a junção das peças judiciárias do processo, as perícias médico legais e seu memorial. O jovem “de vinte anos, 5 pés de altura, cabelos e sobrancelhas negros, suíças negras e ralas, testa estreita, nariz médio, boca média, queixo redondo, rosto oval e cheio, tez morena e olhar oblíquo” que, em 1835, mata sua mãe, seu irmão e sua irmã virou tema de um grupo de pesquisa interessado na história das relações entre psiquiatria e justiça penal.
A obra “Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão” é resultado de um trabalho coletivo entre estudantes do Colllège de France, coordenado por Michel Foucault. Esse grupo de dez alunos expõe questionamentos intrigantes e atemporais.
O texto vincula o leitor à contextualização dos fatos, mostrando na apresentação os motivos da publicação, a relevância e repercussão do caso no período histórico e adverte a “singularidade para a época e para a nossa também” (XI, Apresentação). A sequência de homicídios impacta a civilidade  francesa do século XIX, principalmente quando perpetuada por um jovem camponês, considerado ativista cristão, que justifica seus bárbaros atos por uma perspectiva “divina”.
Fomentados pela mídia local, alguns médicos afirmavam a existência da alienação mental hereditária na família do réu, fato que incidiria numa execução com fins de tratamento ao alienado. Os magistrados, por sua vez, tendem ao entendimento de que Pierre seria imputável, logo a urgência de encaminhá-lo a um tribunal do júri. Afinal, como atribuir inimputabilidade já que o indivíduo encontrava-se lúcido no momento dos homicídios e ainda demonstra notável consciência e frieza ao descrever e justificar sua barbárie familiar?
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Déby 19/10/2011

Eu, Pierre Riviere, que Degolei Minha Mãe, Minha Irmã e Meu Irmão
Sinopse: Em 1835, um jovem camponês mata a golpes de foice a mãe grávida, a irmã adolescente e um irmão de sete anos. Preso, escreve longo depoimento sobre as razões de seu ato. Condenado morte, trava-se acirrada polêmica entre psiquiatras e juristas, e a repressão judiciária é suspensa pelo diagnóstico médico: o jovem é considerado louco e sua pena é comutada em prisão perpétua. Meses mais tarde, enforca-se em sua cela. A agitação em torno desse caso marca o inácio da luta da psiquiatria por uma posição, ao lado da Justiça, entre as instâncias de controle da vida social. Este livro é o resultado de um trabalho de equipe realizada no College de France sob a direção de Michel Foucault, reunindo as peças judiciárias do processo e desenvolvendo análises sobre aspectos jurídicos e psiquiátricos.


Esse livro é impressionante um dos melhores que eu já li. A sua riqueza de detalhes é impressionante,no inicio não me chamou muito a atenção mas depois de uma indicação eu decidi ler e realmente valeu muito a pena .
Eu concerteza recomendo!!!
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Emanuela 25/03/2010

Não acho que o livro seja preconceituoso ou tendencioso. É o retrato de uma época, seus valores e crenças, de uma mentalidade hoje considerada retrógrada e infundada. Foucault nos convida a mergulhar nesse universo e entender, sob outra ótica, um crime brutal e inicialmente sem sentido. Nessa viagem nos chocamos com um adolescente, misterioso e psicopata aos olhos das testemulhas, que mostra-se através de suas confissões... Magnifíco, como toda a obra do autor, digno de ser degustado sem moderação.


Zkymicx 12/06/2020minha estante
Como é a escrita do livro? É mais acadêmica ou mais informal? Seria como um estudo de caso para História da Loucura?




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