Mylena 06/11/2023
Não sei do filme, mas o livro... nossa!
Se metade do que eu senti lendo o livro foi transferido e adaptado para o filme, deve ser uma experiência e tanto.
Até ler o livro eu não tinha assistido ao filme (até esse momento ainda não vi na verdade), mas acho que todo mundo ja ouviu falar nessa história.
Eu não tinha nem noção do que se tratava, mas superou bem minhas expectativas.
Acompanhar a perspectiva de Paul sobre os anos em que ele passou sendo responsável pela morte de tantos homens em nome do Estado faz o leitor questionar não só o sistema carcerário, mas a humanidade como um todo. É impossível baixar se apegar ao Delacroix, ao John, e ao senhor Guizos. Assim como é impossível se imaginar no lugar daquelas pessoas. Acho que os milagres, pra mim, ficaram em segundo plano se comparado com o quanto de humanidade é possível se aprender nas mais inesperadas circunstâncias.
O paralelo de passado e presente foi muito bem construído, como tudo que o King faz.
Mas, pra ser sincera, a melhor parte do livro pra mim foi a introdução do autor. Eu tenho bastante dificuldade em pegar no sono e deixar os problemas de lado na hora de dormir, então ler na cama é um dos melhores prazeres pra mim, pois eu me deixo perder na história mesmo depois de fechar os livros, e escolho pensar neles em vez dos meus problemas kkkkkk. Logo na introdução o autor comenta que um dos exercícios criativos dele é criar histórias, mentalmente, na hora de dormir. Ele fala que uma das histórias acabou sendo a de John, e que ele se apegou a ela e aproveitou a oportunidade que pode pra transformar em um romance. Que bom que a história de dormir dele também pode se tornar a minha, pois me acompanhou em algumas noites insones kkkkk. Obrigada, King, por mais essa.