Guynaciria 13/09/2019Imaginem o seguinte cenário, em um futuro distópico a humanidade foi praticamente exterminada por conta de uma simples gripe, e mesmo com todos os avanços tecnológicos que permitiram criar nanotecnologia de reparação de corpos e até mesmo habitar a lua em estações de pesquisa, mesmo assim a forma mais eficaz de combate ao mosquito transmissor da doença, continua sendo o biológico (através de libélulas).
Só que a natureza sempre dá um jeito de equilibrar a balança, mesmo que para isso uma espécie tenha que deixar de existir, no caso a espécie selecionada foi a nossa.
Hannah é uma mulher do futuro, que consegue enviar informações as pessoas do passado, para que essas tenham a chance de achar uma cura a tempo para a doença. Mas muitos seres humanos são por essência individualistas, só visando o benefício próprio e imediato.
Assim as preciosas informações foram mantidas em segredo pelos integrantes do clero, que não desejam causar pânico e perca de fé em seus seguidores. Da mesma forma o governo só pensou em usar os dados para criar armamentos de dominação frente a outros países e os cientistas por sua vez só querem estudar a tecnologia enviada, formando equipamentos cada vez mais precisos.
Nesse livro podemos ver como muitas vezes nos focamos tanto no micro, que esquecemos de ver o impacto que vamos causar a longo tempo no macro. Fora que o autor através de suas personagens principais, faz uma análise do que é realmente importante na vida de cada ser humano, no final da vida, não são os bens materiais, nem as tecnologias e estudos avançados que farão a diferença, o único elemento capaz de motivar de fato uma pessoa é o amor e a compaixão pelo seu semelhante.