Codinome 03/12/2018
Um pouco sobre “O vigário de Wakefield”
Livro e autor que nunca tinha ouvido falar. O autor Oliver Goldsmith, nascido na Irlanda, no condado de Longford, publicou esse livro no ano de 1766. “O vigário de Wakefield” talvez seja sua obra mais famosa, em que nos apresenta a história do vigário (ou cura) Carlos Primrose e sua família. O que eu entendi é que ele faz parte da religião anglicana e pode constituir família, diferente de um padre no catolicismo, usei esse exemplo, pois ele me parece uma espécie de “padre” nessa sua religião.
Ele e sua família passam por uma diversidade ampla de adversidades, muitas vezes acabam ficando até previsíveis demais, tornando a história bastante artificial. Esses enormes componentes trágicos são resolvidos na conclusão de forma bastante rápida, que, novamente, torna ainda mais artificial o livro. Lembrou-me a estrutura de uma telenovela em que tudo se resolve no último capítulo: embora muitas pessoas, ao que me parece, gostam; acredito que uma criação artística pode entregar coisas mais elaboradas e, portanto, menos previsíveis. Por exemplo, tem até casamentos no fim: ritual padrão de último capítulo de novela.
Ainda na parte da ficção, achei bem fraco e até um pouco juvenil. As partes interessantes da ficção são aquelas que vemos que os personagens estão fazendo umas belas de umas bobagens e, em seguida, são tomadas pelas consequências desastrosas: por exemplo, quando a família decide que será pintada de forma exótica e querem pendurar o quadro dentro de casa, mas é um quadro tão enorme que a família se vê obrigada a pendurá-lo na cozinha. Uma situação que faz com que os personagens sejam colocados no ridículo.
Algumas ideias discutidas no livro como comparações de sistemas políticos (monarquia e república), moral do casamento, críticas à sociedade das aparências, entre outros problemas morais, dão um “a mais” à obra de Oliver Goldsmith.