Brave New World

Brave New World Aldous Huxley




Resenhas - Brave New World


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Matheus 25/02/2013

"O brave new world." By some malice of his memory the Savage found himself repeating Miranda’s words. "O brave new world that has such people in it!".

Tais são os tempos que mal conseguimos parar para apreciar um bom livro. A leitura não é nem de longe um imperativo da era modera; muito pelo contrário, hoje é preciso ser cuidar da aparência, é preciso ter amigos, é preciso nunca estar sozinho. É preciso estudar, é preciso ir bem nas provas, é preciso passar de ano, é preciso entrar em uma faculdade, é preciso fazer uma pós, é preciso tem MBA, é preciso ser reconhecido. É preciso fazer dinheiro, é preciso gastar, é preciso tirar féria no exterior. Mas a bagagem literária é um mero adereço das outras imprescindíveis qualidades que devem ter. Considerando tudo isso, que pecado moderno é ler Brave New Wolrd! Ainda assim, alguns pecados são inevitavelmente sedutores.

O livro é uma ácida sátira da sociedade modera, é mesmo tendo sido escrito faz mais de meio século, ainda preserva toda a sua atualidade. Em uma versão futurista e extrema do Leviatã de Hobbes, Huxley mostra um futuro distante em que as pessoas trocaram toda a sua liberdade em troca de felicidade e estabilidade social. Não há famílias para preocupar as pessoas, não há religião, não há doenças, não há individualidade e não há nada que carregue, nem que seja o minimo, de desprazer. Todos são um só, prezando somente pelo bem da sociedade e levando consigo a benção da a infantil felicidade e ignorância.

Toda a sociedade é estratificada em rígidas classes, desde trabalhadores até os controladores do mundo. Cada qual passa por um processo de fabricação compatível com sua função. Isso mesmo, as pessoas não mais nascem. São fabricadas. As classes mais baixas são concebidas a partir da divisão de uma célula ovo em mais de 50 embriões, gerando inúmeros gêmeos idênticos. Depois de saírem das encubadoras, os bebes e crianças são condicionados a amarem o o trabalho que futuramente farão, de modo que mesmo os que tenham o trabalho mais sujo e pesado amem cada segundo se suas vidas. "Buzz, buzz! the hive was humming, busily, joyfully"

Huxley parodia, uma atras da outra, as filosofias de vida vigentes hoje em dia. A ideia de que é preciso ser sempre feliz, que se de deve produzir sempre mais e mais em menos tempo, que se deve estar contente com sigo mesmo, todas essas ideias desabam na cabeça de quem lê Brave New World e acabamos por dizer a nos mesmos as frases de um dor personagens principais: "Well, I’d rather be unhappy than have the sort of false, lying happiness you were having here". Somo levados a concluir que "Actual happiness always looks pretty squalid in comparison with the over-compensations for misery. And, of course, stability isn’t nearly so spectacular as instability. And being contented has none of the glamour of a good fight against misfortune, none of the picturesqueness of a struggle with temptation, or a fatal overthrow by passion or doubt. Happiness is never grand".

Com várias reflexões filosóficas simples desse modo, o livro é perfeito para estudantes. Não só devido as inúmeras referências ao livro em canções como Admirável Gado Novo (Zé Ramalho) ou o álbum Admirável Chip Novo (Pitty) e em muitos outros textos, mas também devido ao fato de fornecer argumentos para as mais diversas redações - desde legalização das drogas até temas mais filosóficos como religião e importância da ciência e escrita - e ajudar a acalmar as crises existenciais características dos estudantes, sem a chatice do livro de autoajuda. Além do mais, o livro não é apenas a sátira social e tem uma estória bastante interessante que prende o leitor ao livro. Recomendo fervorosamente a sua leitura! Tenho certeza que que há de agradar a qualquer leitor.
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@apilhadathay 30/07/2021

Delicioso lê-lo em inglês
Pela primeira vez, li também o original em comparação com a edição da Biblioteca Azul e fiquei muito satisfeita. Tenho apenas elogios à obra e também ao plano de tradução lindamente executado por Lino Vallandro e Vidal Serrano.

"E esse... é o segredo da felicidade e da virtude: amarmos o que somos obrigados a fazer" (p. 36)

Neste universo distópico, o tempo é contado pela vida do Henry Ford - sua nova divindade.
O livro se inicia com um professor possivelmente universitário levando seu alunos ao laboratório pra mostrar como são geradas as crianças: todas de proveta, não há mais o conceito de família, pai e mãe são palavras consideradas obscenas! As pessoas nascem e morrem sozinhas. Existe uma ligação forte feita pela sexualidade entre as pessoas. Não existe mais a ideia de monogamia, então você é tão normal quanto mais promíscuo você for.

"Quanto maior é o talento de um homem, mais poder ele tem para desviar os outros. É preferível o sacrifício de um à corrupção de muitos" (p. 181)

Os moradores são divididos em Castas: Alfas até os Ípsilons, dos Administradores gerais à casta mais baixa. Essas condições são decididas na geração do feto, no laboratório e cada pessoa já cresce predisposta a aceitar a sua realidade sem questionamentos. Existe um panorama forte de condicionamento psicológico.

"Cada um pertence a todos" (p. 62)

Bernard Marx é um Alfa que decidiu não tomar mais o soma, a droga que mantém todos tranquilões e felizes o tempo todo - um medicamento entregue pelo governo e que deve ser tomado diariamente, em doses especiais que induzem a pessoa a seguir sem questionar a vida. Acabou sendo rechaçado, por destoar do grupo. Clássico herói banido.

Há uma cena icônica do "Selvagem" sendo acuado pela civilização; endeusamento do Ford, experimentos com crianças, uma normalização da felicidade artificial e uma proibição do direito de ser infeliz; a ideia da morte é suavizada e normalizada, com o condicionamento das pessoas para aceitarem-na sem questionar; o soma é comparado a um "Cristianismo sem lágrimas"; até mesmo um debate sobre deus se manifestar apenas na ausência. Muitas referências são feitas a obras de Shakespeare, sobretudo por parte do "Selvagem", o John, uma figura.

Há referência a Wells; encontramos elementos que nos ligam a NÓS, de Zamiátin, como a ideia da padronização humana, o fordismo como lei e até rito quase religioso, os milhares de relógios de Bloomsbury, a ideia de ser socialmente útil; a busca de uma perfeição social que só parece se concretizar quando se elimina a liberdade das pessoas em geral. QUE OBRA! S2

site: www.instagram.com/apilhadathay
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Carlos.Bonin 23/12/2021

It took long enough to become good
I confess I was a little let down by the most of this book. It only grew to one of the most interesting reflexions on the human nature and happiness on about the last 20% of the book.
Ricardo.Pimenta 28/12/2021minha estante
Interesting. This was my second of the three so-called ?main negative utopias? (if there is such a list that excludes Bradbury). I loved it from the start, although I agree there is much more of (or from) me in the start, until it builds up to the reflections you stated. Within dystopias, I?d give if five stars (but not across different categories). Who cares about my stars anyway?




Clemente 29/12/2021

Uma utopia em outros olhos
Um mundo que nos olhos da maioria poderia ser considerado uma utopia, mas o autor brilhantemente conseguiu mudar a perspectiva pra mostrar os problemad de um mundo aparentemente "perfeito"
A diferente perspectiva dos varios personagens mostram brilhantemente as diferenças no mundo, onde muitos são felizes, mas a que custo? A resposta é, tudo que nos faz humanos.
Um mundo que os poucos problemas são resolvidos com drogas e repreensão.
Aldos Huxley fez uma critica incrivel, um mundo intrigante, e personagens complexos e interesantes que culminam nessa obra prima.
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Luisa 25/08/2022

Leitura que incomoda
A premissa é muito interessante; um mundo em que uma nova ordem foi estabelecida onde todos são felizes, a sociedade é castificada e os valores sociais de bem comum e felicidade geral são o símbolo dessa ordem. Muita engenharia genética para criar os indivíduos e condicionamento para regrar as relações/interações sociais.

Ok, a premissa é promissora, mas a execução é anticomunista, xenofóbica (especialmente para alguém da América do Sul), racista e misógina. Lembrete que foi escrito em 1932, mas alguns clássicos não valem a pena ser reverenciados em 2022. Esse é um deles.
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Vanda 06/01/2013

Admirável mundo novo!
Será que realmente estamos longe disso? Será que tudo aquilo continuará sendo pura ficção? Oh! Admirável mundo novo!
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Arthur.Battisti 21/02/2023

Distópico
O jeito do livro segue a linha da sua história com um modo estranho de contar e passagens controvérsias, mas é um ótimo livro para refletir e analisar o mundo a volta. A história é estranha no começo, mas os protagonistas são autênticos e você não perde a vontade de ler no meio do livro. Com certeza é um clássico e deve permanecer assim. Recomendo bastante a leitura
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marie 30/01/2023

distopia? utopia?
li a cópia da minha mãe desse livro e achei ele meio esquisito em algumas partes porém tem alguns momentos e diálogos interessantes, principalmente quando o ?selvagem? entra na história

em resumo, achei o livro interessante mas confesso que também achei meio confuso, mesmo assim acredito ser uma leitura importante e semelhante a 1984 em alguns aspectos
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Lia da Lua 29/12/2022

Genial e bizarro
Li para a faculdade, que livro difícil. Mas a construção de mundo é de dar inveja sim! Por muitos momentos me vi me perguntando "que?" durante a leitura, mas eu apreciei bastante a crítica social que foi trazida, apesar de o final ter sido bastante chocante.
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jubs 06/11/2022

interessante mas sem sal
com certeza esse livro merece o título de classico e merece todo o apreço q as pessoas tem por ele mas por mais q ele seja muito interessante e faça com que a gnt reflita muito, não tem um plot e n é divertido de ler como as distopias de hj
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stellasays 29/10/2014

Um livro superestimado
Tentei assistir o filme baseado nesse livro há uns 3 anos atrás, não consegui. Me distraía e simplesmente não tinha concentração. Achei que era por causa do próprio filme, mas depois de ler esse livro eu sei que é culpa da estória mesmo. Que livro chato!
Bem, o livro se passa no ano de 632 A.F. (After Ford, o novo calendário se baseia na data de nascimento de Henry Ford) em uma sociedade futurística utópica/distópica - tem um debate imenso a respeito disso nas 3 introduções do livro, o que já me cansou bastante - onde as pessoas não envelhecem, não engordam, não engravidam, não ficam doentes, não se casam, apenas curtem a vida com muito sexo livre e drogas. Como ninguém tem filhos, não existem pais e mães, todos nascem de proveta e são condicionados desde o nascimento a amarem sua própria classe social, seja ela qual for, e não invejarem nenhum tipo de ascensão social. Claro, que para isso, eles sofrem repetidas doses de terapia de choque e ouvem mantras enquanto dormem para absorver a ideia de que tudo é perfeito e todos são felizes.

Enquanto isso, do lado de fora dessa bolha, tem uma galera que ainda vive conforme vivemos hoje em dia, eles se casam, têm filhos, ficam doentes, velhos e morrem. Estes são chamados de "selvagens". Vivem em casas muito pobres e sujas, cercados pela doença e pela miséria. Dentre eles há um rapaz chamado John, que é filho de uma mulher que veio desse mundo fantástico mencionado acima e que fica, em vão, tentando condicionar o filho do lado de fora pra pensar como as pessoas pensam do lado de dentro. Ou seja, o menino acaba não se enquadrando nem de um lado, nem de outro.
Antes de sermos apresentados a John o Selvagem, o autor quer que você pense que o protagonista é o Bernard Marx, um homem repleto de sentimentos profundos em uma sociedade cheia de pessoas frívolas e vazias. Só que, uma vez que ele conhece o John, o autor desiste de dar atenção pro Bernard, que muda da água pro vinho e vira um homem obcecado pela fama que chora por medo de ficar sozinho. Ele é simplesmente empurrado pra escanteio e é esse o fim do Bernard. Já o John, é um rapaz sexista, moralista, masoquista, com uma séria obsessão por Shakespeare. E é esse cara que Huxley quer que você dê atenção agora. Eu não aguentei. O personagem é insuportável.

O livro salva por um ou outro comentário, cheguei até a postar um na Timeline do Facebook. Ele tem uma prerrogativa boa, mas perde muito com a execução. É um livro muito superestimado e tive que me esforçar pra terminá-lo. Não indico.

site: http://custella.blogspot.com.br/2014/10/291014-brave-new-world-by-aldous-huxley.html
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Eclipsenamadrugada 15/07/2015

Surreal
Ótimo livro, e incrível por ter sido escrito em 1932, a visão que o escritor tinha de um futuro muito distante, francamente achei sua imaginação bastante inteligente, porem esperava que o final fosse um pouquinho mais conclusivo, já que teve a paciência de imaginar tudo que colocou nesta incrível história. Só o final me deixou insatisfeito, no seu todo a história é bem legal.
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Luis 11/12/2016

Incrível
Não sei por que eu demorei tanto para ler esse livro.
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