Babi 12/02/2024
"Não há respostas fáceis"
Uma visão bem esclarecedora sobre os acontecimentos e sobre os assassinos, além de focar MUITO nas vítimas e no pós ataque.
O livro tem uma dinâmica de vai e volta entre o dia do massacre, o antes com os planejamentos, e o depois.
Conta de forma muito esclarecedora quem eram os assassinos e principalmente suas diferenças. Conhecemos muito sobre eles através de seus filtros
Eric é quase um consenso unânime de que tinha psicopatia. Frio, sem empatia e com um ódio generalizado e despropositado. Planejou todo o massacre e foi atrás dos meios para realizar. Os diários dele são cheios de raiva e contemplam homicídio, estupro e atentados terroristas.
Dylan era tímido, com baixa auto estima e depressivo. Os diários dele eram uma angústia só, cheio de contemplações suicidas. Várias páginas falavam sobre amor e tinham desenhos de corações. Pouco ele falava sobre homicídios, mas estavam lá também.
As vítimas são muito abordadas no livro também, assim como as famílias e as consequências que os sobreviventes sofreram.
O plano massacre era composto por três atos, do qual envolvia bombas, que não funcionaram (o que evitou que o número de mortos fosse maior). Como eles não tinham um plano B saíram atirando em alunos e professores, causando 13 mortes e deixando vários feridos com sequelas graves. Também atiraram na polícia, e por fim, se suicidaram.
O livro traz fortes debates: depressão, suicídio, armamento, exploração da mídia, traumas, prevenções, enfim, muita coisa mesmo.
É ótimo para quem quer se aprofundar sobre o tema. Não tem respostas fáceis quanto as motivações, e muitas coisas permanecem um mistério.