Resenhas - O Capote seguido de O Retrato

Vanessa 18/03/2024

História sobre um homem e seu capote (casaco) um pouco engraçado mas fiquei com dó de Akaki no final ?

Antonio 08/01/2024

Um livro com dois contos
Essa edição da LP&M contém dois contos muito conhecidos de Gogol. O Capote narra sobre as dificuldades financeiras de um funcionário público e todo um drama em torno disso, enquanto O retrato conta a história de um artista quase miserável que, de repente, vê sua vida mudar bruscamente por uma espécie de influência sobrenatural. Os contos são muito bons, com uma linguagem direta e uma escrita ágil, apesar de escritos há mais de um século e meio!

Lucas 04/01/2024

O capote é bom. Mas o retrato eh ruinzinho
Te dizer que o capote eh menor e consegue ser mais interessante, mas claro e mais imersivo.

Já o retrato, é confuso, meio chato e no fim esse retrato apenas eh amaldiçoado. Agora, nao fica claro a finalidade. É meio que porque sim e porque precisava de algo sobrenatural.

Suzana Alves 28/12/2023

Eu fiquei sem palavras quando terminou. E até triste. Há muitos motivos de O Capote ter se transformado na grande obra de Gogol, dos retratos da pequenez da arrogância humana a fragilidade de quem apenas deseja sobreviver sem ser notado.

Vanessa Golla 30/11/2023

O final de O Capote me pegou desprevenida.
Minha primeira obra de Gogol, em O Capote vi um misto de humor e crítica social. O conto fala sobre um funcionário público que usa todas as suas economias e desprende todas as suas forças para atingir um objetivo: comprar um capote novo. O final me surpreendeu.
Recomendo a leitura.

MaywormIsa 29/10/2023

Surpreendente
?O capote? certamente me marcou muito pela excelente forma que Gogol encontrou para narrar a miserável existência de um tal Akaki, que não tinha nada de bom na vida além de seu trabalho como funcionário público de baixo escalão.

Ao ficar sabendo de sua história, que só se torna emocionante quando um belo e novo capote chega em sua vida, refleti muito sobre ?o que é saber viver??

Apesar de o conto ser um tanto cômico, e ter um final surpreendente, antes do famoso capote aparecer na vida do personagem principal, tudo que ele tinha era o trabalho, 2 pares de meia e muito bullying dos colegas do ministério, o que me fez ter sentir desconforto em muitos momentos.

O que é existir? O que é aproveita a vida? Isso ficou martelando bastante na minha cabeça ao terminar de ler.

Sobre ? o retrato? eu já o havia lido em ?contos góticos russos? e achei que poderia ter sido melhor, acho que hoje eu daria 3,5/5 para esse conto específico, quanto ?o capote? ficaria com 4,5/5.

Luuizafkr 11/10/2023

Gogol sempre no meu coração
Gogol está me surpreendendo com seus contos. Adoro suas críticas cômicas e grotescas. Fico com vontade de ler mais e mais contos diferentes.

Eduarda 08/05/2023

Minha primeira leitura de gogol e achei incrivel, os livros me deram bastante interesse em lê-los, começando com o capote que é cheio de lições de vida e mostra as causas da falta de ambição de vida social e as maldades da sociedade; continuando com o retrato, mostra como é a vida de um artista que pode ganhar tudo do dia para a noite e acabar na perda do seu eu interior, fazendo com que o leitor tenha varias reflexões em torno do livro.

manuh_maiah 05/05/2023

Nhe
Não é meu tipo de livro, a escrita não me prendeu nada. Gostei mt do final, foi mt surpreendente, mas não compensou pelo "sacrifício" que foi ler

Xuia 22/04/2023

Achei que seriam duas histórias mas no final acabaram sendo três, pois o retrato tem duas partes, então acho que saí no lucro! Rs.
Primeiras obras do autor com as quais tenho contato, gostei do jeito que ele faz uma crítica sobre como a sociedade muitas vezes preza mais pelo material do que pelo pessoal - o modo de vida do personagem principal do capote (desculpem, acho os nomes russos difíceis de guardar!) e dos pintores do retrato demonstram bem isso.
Achei muitas vezes uma leitura densa e de difícil concentração, mas curti a experiência!

Regis 22/03/2023

Contos que surpreenderam!
No conto, O Capote: temos Akaki Akakiévitch que trabalha em uma ministério público e leva uma vida humilde, pacata e cheia de privações.
Constantemente é alvo da zombaria de seus colegas por seu capote puído, até decidir-se por economizar obsessivamente para a confecção de um novo casaco.

O autor inicia o conto parecendo contar a história em uma roda de amigos, parando por vezes para falar com o leitor como se esse estivesse em sua presença.
Com uma crítica social pertinente a realidade da época e condições de vida na metade do século XIX na Rússia (onde a burocracia no serviço público valorizava o status de nobreza), o autor através dessa ficção especulativa com mesclas de terror e realismo fantástico crítica todo o sistema russo vigente, com um capote e um pobre servidor público como personagens principais.
Inteligente, e por vezes engraçada, essa é uma leitura rápida que contextualiza muito bem as privações da sociedade e os absurdos da burocracia russa da época e que continuam presentes na realidade do serviço público brasileiro e de muitos países.

O conto, O Retrato é dividido em duas partes. Nele um jovem e pobre pintor adquire, com seus últimos 20 copeques, um quadro com a pintura de um homem com um olhar mais avassalador que o pintado por Leonardo da Vinci: em a Mona Lisa.

Uma história de ascensão e queda com uma escrita completamente absorvente.
Li a primeira parte desse conto em um único fôlego, de tão entretida que estava com o que se passava com o pintor Tchartkov.
No momento em que um sonho tem início se repetindo sucessivas vezes atormentando o pintor, a leitura me prendeu de vez e não consegui largar até o final.

O Retrato tem uma escrita lírica maravilhosa. Aqui o autor tece comentários sobre a ignorância e mediocridade disfarçada de entendimento no mundo da arte, fala sobre a superfluidade da sociedade russa, e mostra como um artista tem que se sujeitar a perda de sua essência para se adequar as exigências da elite obscurantista.

Esse foi um livro curto que me surpreendeu com o prazer que conseguiu me despertar.
Conheci o autor através de uma curta biografia que me chamou a atenção e acabou me levando para seus dois principais contos.
Gostei muito da escrita e da forma como fui conduzida até que a curiosidade se apossasse da minha vontade me mantendo completamente absorta na leitura.

Recomendo.

Marcos.Wagner 13/03/2023

Duas obras Maravilhosas
Capote uma história de um funcionário público e seu capote, o retrato quanto coisa pode existir em um quadro

Thalita234 23/02/2023

Nikolai Gogol é um professor pra metade dos grandes escritores do século XIX. O primeiro trabalho do autor que eu tive contato foi com o espetacular " O capote" onde um funcionário público "copiador" com uma falta de personalidade imensa (um belo de um banana) feito de chacota pelos colegas por ser um pobre ferrado se ver obrigado a comprar um casaco novo. Pobre coitado, mal sabia o inferno que esse casaco ia transformar a vida dele, depois de ter sido roubado, o nosso protagonista vira uma grande vítima do sistema público burocrático da Rússia que ele mesmo ajudava a manter. Uma das coisas mais engraçadas que eu li em anos, o desprezo do autor por esses funcionários estúpidos, orgulhosos e mesquinhos deixa o texto ácido e delicioso de se ler, diria que é uma bela lavada de alma pra quem já foi vítima da máquina pública em algum momento. Gogol é tão malvado que se refere a figurões com cargos inúteis que se acham muito importantes como "tal grande personagem" nem se digna a dar um nome para eles. O final do conto é sensacional e voltando a primeira frase da resenha, entendi rapidinho porque o Gogol é um baita professor.

Janaine.Mioduski 15/01/2023

Minha primeira leitura de Gogol e que experiência, meus amigos. O primeiro conto O Capote é um dos contos mais famosos do autor e faz jus à fama. Já tinha ouvido falar bastante e mesmo assim foi com um aperto no coração que vi todo o desenrolar da trama.

Agora, o segundo conto O Retrato foi o que mais gostei. Pessoalmente adoro histórias com quadros malditos e mal assombrados, mas esse conto superou todas as expectativas. Uma história tensa, selvagem, verossímil e toda bem pensada e concluída.

É uma leitura rápida, mesmo que intensa. Vale a pena para todos os fãs de literatura russa e de boa literatura em geral.

"Assim, o jovem infeliz cobria seu rosto e mais de uma vez no curso de sua existência ele arrepiou-se vendo o quanto o homem acumula em si de desumanidade, ao constatar que grosseira ferocidade se esconde por debaixo das maneiras polidas, mesmo, ó meu Deus!, entre aqueles que o mundo considera pessoas honestas..."

"Paciência! Paciência!, resmungava ele. A paciência não pode no entanto ser eterna. É muito bonito ser paciente, mas ainda assim é preciso comer no dia seguinte".

"Tchartkov aproximou-se mais uma vez do retrato para examinar aqueles olhos extraordinários e sentiu, não sem algum terror, que eles o observavam. Não era mais uma cópia da natureza, antes a vida perturbadora com a qual poderia se animar o rosto de um cadáver recém-saído de um túmulo".

"(...) sentiu aquela assustadora tortura que corrói por vezes os talentos medíocres quando tentam inutilmente ultrapassar seus limites. Semelhante tormento pode inspirar grandes obras à juventude, mas, infelizmente, para quem passou da idade dos sonhos, não passa de uma sede estéril e que pode conduzir o homem ao crime".

Beth 31/12/2022

Primeira coisa que li de Gogol e simplesmente adorei. Eu já li algo dos clássicos da literatura russa, mas Gogol tem algo só dele, e é tão diferente, tão inusitado, curioso, que me pegou de surpresa e eu fiquei encantada.