Kennedy 27/04/2020
Trata-se de um livro que revela a influência do governo alemão desde o fim da Primeira Guerra Mundial sobre o cinema norte-americano. Como àquela época o mercado germânico era muito relevante para os negócios de Hollywood, e com o crescente orgulho alemão crescendo cada vez mais após a guerra, o que viria a culminar num nacionalismo radical e doentio que encontrou seu auge no Nazismo, não houve muitas opções para os magnatas da Hollywood a não ser se curvar ao regime autoritário.
O livro se baseia em vários documentos que relatam reuniões, trocas de cartas, dentre outros aparatos que possibilitam ao leitor compreender como o Nazismo foi tão longe em sua busca pela supremacia, deixando-nos abismados ante a amoralidade e a conivência de alguns para com seu próprio povo.
É, portanto, um ótimo retrato histórico tanto do cinema como da política. Todavia, o ritmo não é tão fluido assim, embora compreensível, tendo em vista o nível de detalhes que precisavam ser transmitidos.
Indicado para os que se interessam por cinema - haja vista que é possível verificar como os mecanismos de roteiro e direção podem moldar uma narrativa - e para os que se interessam pela História de modo geral.