Resenhas - Crônicas pra ler em qualquer lugar

Filipe 25/03/2020

Razoável
Comprei porque sou muito fã do Gregório. De fato todas as crônicas dele neste livro são muito legais... sobretudo as inéditas que ainda não havia lido. Mas, as crônicas dos outros autores... bom, é o que outra pessoa já comentou aqui, é muita referência externa desnecessária para sustentar alguma intelectualidade... muito maçante. Algumas eu até pulei de tão cansativas. Portanto, vale pelas crônicas do Gregório e por uma ou outra da Maria Ribeiro.

none 18/06/2021

Crônicas para fugir daqui
Já gostava de acompanhar os três e suas incursões na mídia, seja na TV, internet, seja na imprensa. Três estilos de fazer crônica e ver o mundo. Necessitamos de bom humor e sabedoria. Isso eles e ela tem. Cada um vem de uma década, Xico Sá com sua experiência de velho novo pai, literato do Crato, nos brinda com a mescla da cultura do sertão, a alegria do Nordeste e a sinceridade do bom jornalista. Maria Ribeiro escreve sobre relações que não eram pra dar tão certo e as amizades que deram certo demais; é cirúrgica para tratar sobre a música e a vida. Li direto a crônica sobre Anthony Bourdain no fim do livro - ela trata da hipocrisia cultural e religiosa embutidas no imaginário popular brasileiro. Gregório Duvuvier não tem receio de tratar de problemas íntimos, como a recente calvície: diz na lata que tem muito, poucos são os cabelos...
Um livro para ler rápido e reler com vontade de ter mais. É pena que é tão curto. Essa é a única crítica negativa que posso fazer desse livro tão preciso.
O título da minha resenha é um jogo de palavras com o título do livro. Nenhuma crônica trata da pandemia, mas não é um livro apolítico (isentão). Quem já gostava dos autores e da autora depois da leitura vai gostar tanto quanto ou mais. Quem nao gosta que aprenda.

petrusfob 15/12/2021

Um novo mar
Sempre tive contato com leituras neutras ou de posicionamento ideológico de direita. Crônicas foi meu primeiro contato com a esquerda de uma forma pacífica. Pude ter uma abertura de mundo interessante, divertida com os escritos de Gregório Duvivier - meu favorito dos três, inclusive - e confusa com a Maria Ribeiro, que é prolixa. Não gostei tanto de Xico Sá, mas que sabe numa futura releitura eu mude de opinião.

Sugiro a todos que leiam Crônicas para Ler em Qualquer Lugar.

Carolina.Santana 05/07/2020

Meh
Sinceramente, só gostei mesmo das crônicas do Gregório. Maria Ribeiro consegue ser cansativa de tão pedante que é, cheias de referências ?cults? que não conversam entre si e exigem que o leitor tenha uma bagagem bem específica: classe média alta carioca que fez Puc. As crônicas do Xico são boas, mas ele tem uma pegada mais voltada pro lirismo, eu não gosto tanto, mas não posso dizer que é ruim.

Carol.Cuofano 24/10/2019

Crônicas para ler em qualquer lugar
Livro que reúne crônicas já publicadas e outras inéditas de Maria Ribeiro, Gregorio Duvivier e Xico Sá. Os temas das crônicas são bem variados, embora a crítica de tom político apareça em diversos textos.

São bons textos, mas achei a leitura cansativa. As crônicas são carregadas de referências artísticas, políticas, de notícias da época de publicação da crônica, de personalidades. Para mim, essas referências deixaram a leitura um pouco arrastada.

Prefiro crônicas mais leves, daquelas que o assunto está no texto e na relação autor/leitor e não em referências externas.

Lucas.Augustinho 05/10/2021

Comprei o livro para poder ler as crônicas do Xico Sá, pois nunca tinha lido crônicas dele. Acho ele um cara muito legal. E o livro é bom. Tem crônicas muito boas de todos os três, especialmente as do Gregório. A leitura é gostosa e passa muito rápida.

Vitor 23/11/2023

3 visões?
Uma leitura rápida, mas não menos demorada no impacto da bagagem vida. As crônicas dos 3 artistas, são reflexos das mentes deles, mas não espelhados - não é o contrário.

Podemos até não gostar das opiniões e dos conteúdos, mas é inegável o talento deles para a escrita. Gregório é sempre ágil, rápido e certeiro; Maria mais lenta, observadora e com referências (até demais) e Xico a qualidade do meio termo tradicional, sem deixar de falar e abrir as portas para contestar sempre o que reprime.

Nem todas as crônicas vão agradar, fato, mas muitas vão nos fazer refletir. Leiam

Rodolfo_Domingos 26/11/2019

Um livro de gente boa
Mas não é apenas resgate de material e seleção de autores feita de forma mecânica e comercial. Os três autores, apesar de diferentes gerações (nascidos em 60, 70 e 80), andam alinhados entre si e com o Brasil dos anos 2010. Organizados de maneira bastante linear, as crônicas passam de maneira fluida por temas como vida digital, morte, amor, família e sociedade. E política, claro. Muita política. Afinal, estamos num Brasil de 2019 em que se tenta limpar a sujeira dos anos anteriores ao mesmo tempo em que outras grandes bombas e serpentinas explodem na nossa cara.
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Mas não é um livro sério (no sentido de sisudo) e, por ser crônica, permite que a gente também traga as nossas individualidades para conversar com os pensamentos dos autores.
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Gregorio, por exemplo, tem um humor que busca corroer os elementos mais corroídos, com a voz de um rapaz que mal chegou aos 30 e ainda inspira muita juventude e vontade de descobrir o mundo por tentativa e erro.
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Maria vê o mundo sob a ótica de quem já viveu bastante, viu o melhor e pior das coisas, mas mantém a esperança de um mundo melhor.
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Xico é um amigão bem brasileiro, um sujeito que é a síntese da coletividade, um produto de suas raizes, uma farofa chic.
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O resultado do livro é intrigante. O brasileiro não sabe para onde vão as coisas, mas quer que tudo dê certo. Esse é o Brasil desta década, o Brasil impresso num livro de timing ímpar. Um livro de gente boa.