Laura.Oliveira 11/12/2023
Farofa das boas, mas haja paciência com a protagonista
Um acordo imperfeito é uma daquelas comédias românticas que promete arrancar boas risadas e cumpre com a promessa. Trata-se de um dramalhão repleto de cenas tão absurdas que rir se torna a única reação possível. Neste aspecto, o livro é ótimo. Apesar de trazer alguns assuntos difíceis na premissa, 90% do livro é só leveza e boas risadas. Contudo, os outros 10% se dividem nas poucas cenas mais sérias e na chatice da Alana. Meu Deus, que protagonista infernal!
No início, eu até estava gostando da Alana, entendendo completamente ela e me divertindo com as suas loucuras. Contudo, chega uma hora que simplesmente se torna indefensável o tanto que ela insiste na mentira, mesmo depois de ter “se acertado” com o Beto. Se não fosse o Arthur, o livro não teria final, pelo visto, porque ela ia dar um jeito de prosseguir com a mentira só para não assumir que mentiu e, honestamente, isso seria aceitável se a protagonista tivesse uns vinte anos e não quase trinta! Não querendo ser etarista, mas já sendo: cadê a maturidade dessa criatura?
Enfim, no geral o livro é bom, mas essa pendenga para resolver as coisas entre os protagonistas foi de torar. Ainda mais porque acabou que o final referente às histórias paralelas foi bem corrido, mesmo que tenha sido por ser o primeiro livro de uma série. Acabou que o Joca não serviu de muita coisa na história, além de fazer o Beto bancar o branco salvador, e a Carina foi a “vilã” mais sem graça da história das vilãs para quem foi pintada de Paola Bracho no início.
Espero que a continuação seja melhor e que ela não seja narrada pela Alana e o Beto, e sim pela Tati e o Arthur (que chamaram mais a minha atenção, embora eu tenha me apegado ao Beto com o passar da história). Para resumir: o livro foi bom, rápido de ler e um ótimo passatempo, mas com ressalvas.