Resenhas - Memórias de um Sargento de Milícias

Leonardo_css 14/06/2020

Um clássico para relaxar e rir
Quando peguei o livro, me veio todas aquelas memórias de quando tentava ler um clássico e cansava rápido da leitura. Bom, isso não aconteceu.

A história é basicamente uma novelinha ou série de tv, com diversos personagens e situações cômicas que nos fazem soltar uns sorrisos vez ou outra.

O livro acompanha a história de...bom, começamos por Leonardo (que depois virou Leonardo-pataca) um oficial de justiça que só se lasca por conta do seu desejo desenfreado.

Nisso, acrescentamos o major vidigal (policial bravo, temido e que impõe respeito na comunidade). Temos o Compadre, a comadre e outros que vão sendo inseridos na história (nada de spoilers). Portanto, o livro reúne muuuitas situações e personagens que se eu contasse, estragaria a surpresa.

Recomendo de verdade leituras assim, leves e que te fazem esquecer desse período ruim que estamos vivendo. Um clássico que guardarei no coração.

Ivan 31/12/2021

Um malandro muito astuto
Memórias de um Sargento de Milícias é um romance de folhetim publicado originalmente no Correio Mercantil entre 1852 e 1853. Integralmente, a obra saiu em 1954.

Escrito por Manuel Antônio de Almeida, o livro conta as memórias de Leonardo. Nosso protagonista é um malandro muito astuto, e como tal, tem um carisma enorme.

O romance acompanha a vida de Leonardo, desde sua infância de menino traquinas, em que foi abandonado pelos pais, até a idade adulta, em que continua se metendo em muitas confusões. Foi com essa única narrativa bem-humorada que o autor já entrou para a história da nossa literatura, como criador de um dos melhores e mais completos romances picarescos já lançados.

Trata-se de um misto do realismo com romantismo. Nesse clássico o autor tem como foco principal às classes baixas e médias do Rio de Janeiro daquele tempo, incluindo ciganos, malandros e outras figuras suburbanas.

Recomendo esta obra não só para aqueles que queiram se divertir, como também para os que queiram descobrir e se aprofundar sobre os costumes da sociedade da época.

RANY 03/12/2021

Por diversas vezes eu ri alto sozinha, isso atribuído a maneira que o escritor narra a história ? O menino era "atentado" (usando uma expressão que dizemos atualmente). Ninguém dava nada por ele e diziam que não seria nada. Até que ele conhece o prazer, ou dor como é para alguns, de apaixonar-se, ou amar. Mesmo tendo crescido ele não largou as diabruras. No final eu entendi o por que do nome do livro e no meio da história eu ficava me perguntando quando esse personagem ia se revelar e no final também o escritor termina o livro nos "poupando de infelicidades". Eu dei um grito quando li isso, por que eu queria saber tudo o que aconteceu referente àqueles personagens. O livro é bom e termia feliz-triste. Triste depende de como a pessoa vê. Feliz também.

iarakessia 11/07/2021

a sorte de um malandro
Leonardo era a encarnação do tinhoso quando criança. Foi criado pelo padrinho barbeiro que a tudo fazia suas vontades e não enxergava seu péssimo comportamento. A sorte era que o menino tinha alguns por ele, e assim acaba se safando de muitos momentos de apuro. Mesmo após todas as travessuras, ele consegue um bom final. E isso se dá também pelo seu amadurecimento.

thays 03/06/2021

não é atoa que é considerado um clássico
Apesar de ser um livro do "tempo do rei", Memorias de um sargento de milícias foge por completo do estereótipo de romance feito pra elite. Aqui temos personagens reais e cheios de defeitos e qualidades, muitas situações cômicas e irônicas, não é totalmente focado num romance, o herói está mais para anti-herói e a que vem a ser a mocinha chega até a ser considerada estranha e feia.

É claro que o livro tem algumas palavras e expressões que eu não conhecia (o que já era de se esperar, mas as situações são bem detalhadas e você acaba entendendo o significado), mas isso nem foi um empecilho. A narrativa é simplesmente incrível e acho que nunca vou me cansar de dizer isso!!! Tive a sensação de estar fofocando ou contando um causo pro narrador a todo momento e isso fez a experiência ser ainda melhor. Toda vez que o narrador falava "vou deixar pra contar isso mais pra frente" eu ficava só aquele meme do "fofoca pela metade mata fofoqueira" e isso acontece o livro todo kkkkkkk.

Peguei amor por todos os personagens inclusive por aqueles que eu acho que odiaria se existisse na minha vida, fora que SEMPRE TEM ALGUMA COISA ACONTECENDO, não dá nem pra piscar. Fez por merecer as cinco estrelas e eu super recomendo a obra, ainda mais pra quem tem medo ou preguiça dos clássicos.

Amanda 05/01/2021

Uma deliciosa comédia de costumes
A leitura não é nenhum um pouco maçante! O enredo é leve, descontraído, com bastante humor. Os personagens são interessantes, Leonardinho é o meu predileto, o típico: ?pau que nasce torto nunca se endireita? hahaha

Tainá 21/10/2021

okay
eu tô cansada de ler livro pra faculdade pelo amor de deuss. enfim, achei esse okay. pelo menos é divertidinho e tal, mas nada demais sei lá. cansadah.

lareS2 10/11/2023

Leitura nacional, engraçada e envolvente
Me diverti como nunca lendo Memórias de um Sargento de Milícias, cheguei a gargalhar com as situações que o personagem principal se envolvia, e o melhor, até parte do romance conseguiu ser cativante. De fato, um clássico

Paty 11/03/2021

Reli e lembrei porque tinha gostado
A primeira vez que li o 'Memórias póstumas' foi no colegial. Lembro que dentre os livros clássicos, tinha sido um dos que eu mais tinha gostado de ler na época, mas lembro também que o começo da história tinha demorado pra me cativar.
Reli, porque lembrava muito pouco da história e queria ver se, agora mais velha, eu iria gostar mais do começo. Me surpreendi, porque, de novo, o começo não me prendeu muito... É muito bem escrito, com uma linguagem e uma caracterização muito interessante, mas é um pouco arrastado... Depois que passa uns 40%, a narrativa se torna mais dinâmica e mais fácil de compreender.

O que eu mais gosto é não é daquelas histórias de amores arrebatadores e sentimentos extremos. É uma história que me lembra um pouco Machado de Assis, no sentido que é cheia de ironias, hipocrisias e, convenhamos, de muita gente imperfeita, o que dá um retrato mais realista e divertido da vida do protagonista e da época em que se passa a trama.

Danilo.Sousa 05/03/2024

Muito bom...
Mais uma obra de literatura que nos apresenta uma linda história. Que tem seu início com um sonho familiar, ou melhor, uma realização de uma vocação. Mas, tudo começa a tomar novos rumos e no fim temos uma linda obra e história.

Mari M. 07/12/2021

Me surpreendi...
Achei aue ia ser um livro chatissimo, porem é uma novela encantadora. Faz jus à sua época romântica, com final feliz, mas também antecipa ironias machadianas e trechos de uma leitura mais moderna. Adorei a experiência.

Miguel.Martins 27/04/2021

"Memórias de um sargento de milícias" é considerado um livro a frente de seu tempo. Apesar de se inserir no período do Romantismo, a obra antecipa algumas características do Realismo que ainda estava por surgir. O tom da narrativa lembra, inclusive, o de Machado de Assis, o maior representante da literatura realista nacional.

Sua semelhança com as obras realistas reside no fato de que Manuel Antônio de Almeida não se preocupa em narrar um "romance", no sentido amoroso, não foca na elite urbana e não apresenta personagens idealizados. Pelo contrário, a narrativa é cômica e irônica, com personagens que beiram a caricatura. Por baixo das piadas, revela várias mazelas da sociedade urbana carioca "no tempo do rei".

Foi escrito no formato de folhetim, como a maioria das prosas românticas do período, mas se diferencia destas por estar em constante diálogo com o leitor. O narrador não apenas conta a história, ele conversa com o leitor o tempo todo, como quem conta uma fofoca ou um "causo".

O único ponto negativo, a meu ver, é que a história não tem muito foco, o que acaba deixando a leitura um pouco arrastada. Como o título anuncia, o livro conta as memórias de Leonardo, da infância à vida adulta, passando por algumas histórias de personagens secundários. No fim, tudo se conecta, mas acho que o livro poderia ser um pouquinho mais curto.

Sammy 23/03/2021

"Conclusão de que o verdadeiro amor, ou são todos ou é um só, e neste caso não é o primeiro, é o último. O último é que é o verdadeiro, porque é o único que não muda."

Cativar as pessoas é uma qualidade que faz a sua importância, apesar de o Leonardo conquistar a aversão de muitos, o mesmo poderia se dizer em relação à empatia.

Enfim, o filho de uma pisadela e de um beliscão se arranjou.

Tainara 03/12/2023

Então...
Foi interessante ler esse livro, porém não é o tipo de livro que leria novamente, em certos momentos achei muito difícil continuar.