O Livro das Ignorãnças

O Livro das Ignorãnças Manoel de Barros




Resenhas - O Livro das Ignorãnças


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Rayy4 07/01/2024

Uma leitura difícil.
Não consegui compreender a maior parte do livro, mas as poucas que entendi me pegaram desprevenida. Apesar disso, gostei bastante.
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Luciano 26/12/2022

Que livro!
O mundo meu é pequeno, Senhor.
Tem um rio e um pouco de árvores.
Nossa casa foi feita de costas para o rio.
Formigas recortam roseiras da avó.
No fundo do quintal há um menino e suas latas maravilhosas.
Seu olho exagera o azul.
Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas com aves.
Aqui, se o horizonte enrubesce um pouco, os besouros pensam que estão no incêndio.
Quando o rio está começando um peixe, Ele me coisa
Ele me rã
Ele me árvore.
De tarde um velho tocará sua flauta para inverter os ocasos.
Valtean1 26/12/2022minha estante
Esse livro é incrível!




Locimar 25/07/2020

Aprendi a gostar dos nadas
A primeira vez que li este livro foi em 1993 quando morava em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Comprei o exemplar na então livraria Grafipel. Já reli não sei quantas vezes mais. Todo riscado e exclamado. Um primor. Minha edição foi lançada pela Civilização Brasileira.
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sek 29/07/2021

O mundo meu é pequeno, Senhor
Aqui, se o horizonte enrubesce um pouco, os
besouros pensam que estão no incêndio.
Quando o rio está começando um peixe,
Ele me coisa
Ele me rã
Ele me árvore.
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Laísa 20/11/2022

Eu tive que ir ao Google confirmar se o meu e-book estava completo, e sim estava.
O livro é composto por 3 partes, e alguns poemas, neles os verbos se tornam substantivos, e os substantivos são verbo.
O livro das ignorãnças tem uma leitura engraçada e encantadora.
No meu e-book, aos 40% do livro inicia uma biografia sobre o Manuel de Barros e algumas cartas e fotografias são inseridas nela.
Gostei da leitura, mas esperava mais.
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Larissa3149 15/01/2023

Desaprender...
"Venho de um Cuiabá garimpo e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda de bananas no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá, entre bichos do chão, pessoas humildes, aves, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar entre pedras e lagartos.
Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz.
Já publiquei 10 livros de poesia; ao publicá-los me sinto como que desonrado e fujo para o Pantanal onde sou abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei ? pelo que fui salvo.
Descobri que todos os caminhos levam à ignorância.
Não fui para a sarjeta porque herdei uma fazenda de gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral, porque só faço coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore."
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kathrein.oliveira 12/02/2023

Um livro sensível...
A escrita do Manoel de barros é sensível e bonita. Foi meu primeiro contato com o autor e achei muito sutil e singela. Como o melhor da escrita brasileira.
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Alanna.Kristyna 19/06/2023

Meu livro favorito de poesia. Manoel de Barros me fez tentar escrever poesia, me lembrou o porque eu amo tanto palavras e porque acredito que "o futuro terá cura, o futuro é literatura". Uma experiência única fora desse mundo, muito íntima e ao mesmo tempo coletiva. Incrível!


Bernardo é quase árvore.
Silêncio dele é tão alto que os passarinhos ouvem de longe.
E vêm pousar em seu ombro.
Seu olho renova as tardes.
Guarda num velho baú sem instrumentos de trabalho:
1 abridor de amanhecer
1 prego farfalha
1 encolhedor de rios - e
1 esticador de horizontes.
(Bernardo consegue esticar o horizonte usando três
fios de teias de aranha. A coisa bem esticada.)
Bernardo desregula a natureza:
Seu olho aumenta o poente.
(Pode um homem enriquecer a natureza com sua incompletude?)
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fernandanoronha 22/04/2024

Esbabacada
Eu li esse livro e automaticamente me transformei em uma amante de poemas pqpp poucas palavras vc le em 40 minutinhos tudo, mas indicaria tomar um tempo pra analisar cada um e reeler o livro dps, realmente muito bom.
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Vanda 04/01/2013

o Rosa do poema
Quem não conhece Manoel de Barros tem que ler este livro. Ele está para a poesia como G Rosa pra prosa.
...............
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
- Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável,
o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
pode muito que você carregue para o resto da vida
um certo gosto por nadas…
E se riu.
Você não é de bugre? – ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em
estradas -
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas
e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
agramática.

( Manoel de Barros )
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João Victor M. 07/04/2013

Manoel de Barros é para quem gosta de lirismo e coisas por vezes sem muito sentido lógico. É uma obra pra se sentir criança, para viajar e brincar com as palavras. Singularidade, acho que é a palavra que melhor descreve sua obra. Não conheço até agora nada parecido. E são tantas descobertas, o mundo é mais divertido pelo olhar de um menino, onde as descobertas do mundo são constantes, mas também é o momento de criá-lo e recriá-lo, pintar e bordar.
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Marconi Moura 08/01/2022

3,5
Chamado por Drumond de Andrade de o maior poeta brasileiro vivo de então, Manoel de Barros trabalha as sensações, experiências, cultura e linguagem de sua terra, o Pantanal. Tenho pensado que eu tenho um transtorno de processamento de linguagem para poesia... ?
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Mickael 08/09/2023

Livro das Ignorânças
O título representa bem minha experiência com poesia. Comecei por este do Manoel e já estou lendo o livro das Pré-Coisas. Confesso que foi difícil no início, pois a leitura é diferente da prosa.
É bom para desacelerar da correria do dia a dia.
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